“Não tenho/tive tempo”, “não deu/vai dar tempo”. Quantas vezes você diz e ouve essas frases diariamente? Nosso cotidiano é composto por uma vasta lista de tarefas a cumprir, mas a sensação é de que não há tempo suficiente para cumprir todas as atividades no prazo programado.
Se, ao final do dia, sobram telefonemas sem retorno, tarefas a serem delegadas, reuniões e conversas a serem agendadas, e-mails não lidos e responsabilidades pessoais pendentes, é sinal de que o tempo está sendo mal administrado. Esse desequilíbrio resulta em stress, irritabilidade, dificuldade de concentração, atrasos constantes, horas extras em excesso, discussões improdutivas, não cumprimento de prazos, insatisfação e mau relacionamento em equipe.
De acordo com Marcia Rizzi, coach e consultora de gestão organizacional há mais de 10 anos, vivemos na Era dos excessos: excesso de reuniões, de mensagens fora de hora, de tarefas, de informações, de telefonemas, de interrupções, entre outros. Lidar com os excessos de forma consciente, com estratégia, tendo metas claras e mantendo o foco, diminui a sensação de que o dia tem poucas horas diante do número de tarefas a cumprir. Os cinco pontos para gerenciar melhor o nosso tempo são: metas (objetivos muito claros), organização, disciplina, prioridades e foco.
“O gerenciamento do tempo permite redução de gastos com hora extra, menos stress, equipes mais alinhadas, melhor aproveitamento do tempo pessoal e profissional, melhores resultados em tempo reduzido, aumento de produtividade, mais qualidade de vida, segurança e objetividade”, analisa.
Apesar de sofrermos mais com as atividades profissional, do que com as pessoais, a gestão do tempo não deve ser vista com foco em planilhas e programas de computador, mas com foco comportamental. A mudança tem mais a ver com nossa postura no dia a dia, do que propriamente com ferramentas e estratégias inovadoras. Devemos trabalhar o nível de consciência em relação ao que fazemos com nosso tempo hoje, atrelar ao que é importante em nossa vida, como atingir, quando e porque é necessário mudar.
Somos pais, filhos, estudantes, profissionais, pertencemos a um grupo de amigos e outros grupos específicos. Precisamos de tempo para sermos tudo isso, além de tempo para cuidar preventivamente da saúde, para os deslocamentos, para a espiritualidade e até para as eventualidades.
Para Marcia Rizzi, a conscientização da importância de cada um desses papéis é o caminho para conseguirmos conciliar interesses. “Quando percebemos a importância da família e do lazer, além do crescimento profissional, por exemplo, estabelecemos prioridades e ficamos mais atentos para que a balança não fique pendendo indefinidamente para um dos lados apenas”, explica.
Quando o assunto é trabalho, devemos questionar a prioridade das tarefas, a quantidade de atividades realizadas e como cumprir a jornada de trabalho da melhor forma possível, garantindo entregas nos prazos estipulados e maior produtividade. A hora extra deve ser exceção e não regra.
Desacelere e reflita sobre o que você deseja atingir na vida. Priorize estas ações, transforme em resultados significativos para você e continue por este caminho!