Nesta semana o nosso blog conta com a colaboração da professora Meg Chiaramelli, da Integração Escola de Negócios. Para onde nossa vida profissional pode nos levar? Meg vai responder dando dicas sobre Carreira Y. Siga em frente.
” Costumo ouvir com frequência comentários como: ‘ Meu filho ficou importante, virou chefe de área ‘ou’ Fulano virou profissional de sucesso, é gerente na empresa X ‘.
Existe uma crença, especialmente na nossa cultura, de que assumir uma posição de liderança corresponde a ter mais sucesso, e que posições sem este escopo têm pouco importância. Este paradigma cai por terra quando mencionamos algumas pessoas que foram ou são extremamente reconhecidas e que sempre trabalharam sozinhas. Cito alguns nomes como Albert Einstein, Airton Senna, Pelé, Roberto Carlos, enfim, a lista é realmente extensa.
Antes do surgimento do conceito de Carreira Y, as opções de trajetórias profissionais eram limitadas e sempre seguiam um padrão linear. As promoções aconteciam até a pessoa atingir posições de liderança. Era tudo muito restrito e não havia perspectiva de ascensão a não ser dessa forma. Quando o colaborador não crescia, ele ficava “estagnado” na mesma posição. E precisava pedir demissão para assumir em outra empresa um cargo de melhor remuneração.
Como esta era a única forma de crescer profissionalmente, os profissionais aceitavam posições de liderança somente por causa do status, salário e benefícios. E alguns se sentiam desconfortáveis com isso, porque não tinham habilidades de gestão. Com a Carreira Y, o profissional pode optar entre seguir uma posição de liderança ou ser um técnico ou especialista, adotando caminhos alternativos ligados à pesquisa, desenvolvimento de produtos, consultoria interna, entre outras áreas.
Mas por que o nome Carreira Y? Muito simples: o caminho segue linear até um determinado ponto e depois se bifurca, seguindo rotas diferentes.
Quais as principais características deste tipo de carreira? Fazer com que o conhecimento técnico seja alavancado em uma época em que há uma grande necessidade de inovação, o que representa uma vantagem competitiva para as organizações.
Para finalizar, deixo aqui algumas dicas: para que as empresas tenham sucesso na implantação deste modelo, os especialistas devem ser tão reconhecidos quanto os generalistas e as lideranças. Devem ter remuneração e benefícios semelhantes. E também o mesmo prestigio e oportunidades de desenvolvimento que um gestor. É importante enfatizar que a nomenclatura e a ordem de senioridade dos cargos variam conforme a política de cargos da empresa.
E então, você está preparado para a Carreira Y? Pense diferente, invente, não tenha medo do novo. Você vai encontrar o seu caminho.”
Margareth Chiaramelli é professora da Integração Escola Negócios, onde ministra o curso Cultura Organizacional. Clique aqui e conheça o programa do curso.