Por Adriana de Oliveira, consultora das Escolas de Liderança e Comunicação da Integração Escola de Negócios, coach e psicóloga clínica
O modelo hibridismo corporativo, que une presencial e remoto, começa a ser adotado por diversas empresas. Mas qual seus desafios e planejamento necessário?
Com a pandemia, empresas e profissionais foram obrigados a quebrar paradigmas e provar mais uma vez que Darwin estava certo: precisamos aprender a nos adaptar sempre. A crise na saúde mundial e a necessidade de confinamento nos forçou a recorrer a um novo modelo profissional, o hibridismo corporativo.
Desde então, dividimos as funções profissionais em atividades presenciais e on-line. Assim, surgiu uma nova realidade para muita gente, com infinitas reuniões à distância misturadas aos afazeres domésticos, falta de estrutura fora do escritório, distanciamento social e as incertezas que geram cansaço e esgotamento.
E no processo do hibridismo corporativo, que mescla o home office com a atuação presencial, há quem tenha se adaptado e há quem sinta falta do escritório. “Precisamos lembrar que a capacidade de aprender é inerente à nossa sobrevivência, por isso em 2020 o que aconteceu foi que criamos novos hábitos e habilidades”, diz a consultora das Escolas de Liderança e Comunicação da Integração Escola de Negócios, coach e psicóloga clínica, Adriana de Oliveira.
Para ela, as novidades e dúvidas relacionadas ao hibridismo corporativo trouxeram angústias e medos, sentimentos que nos afastam do profissional que almejamos ser e do que realmente acreditamos. “No entanto, é preciso reaprender diante do cenário atual”, defende.
7 atitudes que o RH pode ter para lidar melhor com modelo presencial e remoto
- Há maneiras de lidar com a novidade do hibridismo corporativo, deixando-o não somente mais produtivo, como vantajoso para a qualidade de vida do profissional.
- Lide com o paradoxo criado pela pandemia: a distância física é necessária, porém, mais do que nunca, precisamos uns dos outros para encontrar motivação e pensar em soluções coletivas. Afinal, estamos juntos na tempestade, mesmo que os barcos sejam diferentes por sentirmos os impactos de acordo com nossa realidade.
- Acelere a adesão às tecnologias no cotidiano, pois as ferramentas tornam o RH cada vez mais digital e são fundamentais para a gestão e direcionamento das pessoas.
- Mesmo à distância, o RH e os líderes devem se manter humanizados para estabelecer uma relação de troca, confiança e empatia.
- Mesmo diante das dificuldades que nos colocam fora da rotina habitual, aceite o novo. Rejeitar um caminho que está surgindo só vai alimentar a sensação de cansaço e improdutividade.
- Independentemente da área e cargo, tanto os profissionais de RH quanto os líderes e equipes devem fortalecer e reforçar o ambiente de cuidado e compromisso com as pessoas.
- Invista em novas políticas e estratégias de engajamento para manter a qualidade nas entregas.
Como fortalecer o profissional no hibridismo corporativo
- Reveja regras e hábitos, além de reinventar novas formas de atuar e sobreviver.
- Os ciclos de aprendizagem podem ser curtos e práticos, o importante é
- saber desapegar e descartar o que não agrega.
- Ninguém está só! Conexão é a chave e traz dinamismo, velocidade e transformação.
- A sinergia e a sintonia entre as pessoas é imprescindível para enfrentar os desafios atuais e os que estão por vir.
- Para facilitar a gestão no dia a dia e ajudar a manter a produtividade, foque em: autopercepção, dedicação de tempo para o planejamento e criação de rituais para iniciar e finalizar o dia de trabalho.
- A liderança no modelo de ‘comando e controle’ definitivamente não tem mais espaço no processo de mudança atual. E, com a transformação digital, processos de mudança serão constantes.
- A base para o engajamento, seja qual for o local ou formato de trabalho, deve ser confiança mútua, comunicação transparente, reconhecimento e a capacidade de influência dos líderes.
- Competência essencial para o hibridismo corporativo: a habilidade de se comunicar com clareza e empatia pela internet.
- Na ausência do olho no olho, atenção à postura nas conversas por vídeo.
- Amenize e compense a falta da presença física com uma dose extra de foco e atenção ao outro. Ou seja, se interesse verdadeiramente pelo sentimento das pessoas.