5 principais fatores que afetam a qualidade de vida no trabalho

Na integra

Por Rosemary de Almeida, psicóloga e professora das Escolas de Liderança e Comunicação da Integração Escola de Negócios

Veja os desafios e as ações que melhoram a qualidade de vida no trabalho de uma maneira holística, ou seja, que beneficia colaboradores, seus familiares e a organização

Qualidade de vida no trabalho pode ser definida como a qualidade total da vida no trabalho de um funcionário em uma organização. Ou seja, ela não está vinculada só a funcionários mais felizes, mas também a melhores resultados de negócios. 

Quando a qualidade de vida no trabalho é estável, a produtividade tende a aumentar. O mesmo ocorre com o nível de retenção de funcionários.

Rosemary de Almeida, psicóloga e professora das Escolas de Liderança e Comunicação da Integração Escola de Negócios, aponta cinco ações que não só melhoram a qualidade de vida no trabalho do funcionário, mas que também refletem em um aumento no bem-estar da família do colaborador e da própria organização.

1 – Avaliar se o profissional está satisfeito profissionalmente

A felicidade no trabalho está relacionada com o nível de engajamento do colaborador com a organização. Quanto mais satisfeito um funcionário se sentir, mais comprometido estará com a empresa. E esse tipo de envolvimento impulsiona o desempenho.

Entre alguns dos fatores importantes que elevam a satisfação do funcionário no ambiente de trabalho estão a segurança, a adequação de atividades, a autonomia, a liberdade, sua valorização e seu reconhecimento.

2 – Reduzir os níveis de estresse no local de trabalho

Entender a causa e como evitar o estresse é essencial para manter a qualidade de vida no trabalho. “O estresse ocorre quando as demandas de trabalho são maiores do que a capacidade percebida de atendimento delas. Reduzir a sua incidência é imprescindível para manter o moral e a produtividade da equipe.

Algum nível de estresse é aceitável, como o chamado estresse positivo, que é desafiante, motivacional. Em excesso, no entanto, pode resultar em mudanças físicas e mentais comprometedoras. E cuidado com o mito do ‘colaborador apaixonado pelo que faz é imune ao estresse’, pois pesquisas comprovam que essa pessoa também sofre desgaste e pode abandonar a empresa.

3 – Não perder de vista o poder da recompensa financeira

“Alguns dizem que salário não motiva, mas com certeza desmotiva”, avisa Rosemary. A estrutura salarial da empresa deve ser justa e equitativa, equilibrada interna e externamente. Deve-se garantir salários e benefícios razoáveis para que os colaboradores tenham um padrão de vida adequado. 

Empresas que pagam bem atraem melhores profissionais quando comparadas às que não possuem um pacote atrativo. Vale lembrar ainda que todos devem ser reconhecidos pelo valor que agregam ao sucesso da organização. Colaboradores reconhecidos são mais motivados e leais, além de terem melhor desempenho.

4 – Possibilitar um equilíbrio entre vida profissional e pessoal

O chamado novo normal, principalmente baseado nos interesses das gerações mais jovens, trouxe à tona a necessidade de revisitar o atual modelo profissional que prega trabalho, trabalho e mais trabalho. A ordem agora é estabelecer soluções alternativas. O home office e a jornada flexível são os primeiros itens de desejos para uma vida mais saudável. Porém, como as necessidades não são comuns, ouça os interesses dos colaboradores e adapte-os quando possível.

Para começar, tenha uma equipe adequada à demanda, evite horas extras, incentive a prática de atividades físicas e programas culturais. Quando justificável, implante um horário flexível e o trabalho remoto, evitando deslocamentos e utilização de espaços físicos desnecessários. 

5 – Garantir um ambiente de trabalho diverso e não-tóxico

A empresa não deve ter espaço para ofensas, gritos, pressões desnecessárias, responsabilizações indevidas, assédio, racismo…  Todos devem se sentir  pertencentes da mesma forma e com os mesmos direitos e deveres. Sonho? Realidade que deve ser perseguida incansavelmente para se conquistar a tão desejada qualidade de vida no trabalho. 

Uma gestão humanizada e ações estratégicas de recursos humanos irão ajudar na jornada para reconhecer e recompensar esforços, garantir distribuição adequada de tarefas, possibilitar trabalho remoto, ter um programa de bem-estar, proporcionar condições adequadas de trabalho, além de respeitar horários, intervalos entre jornadas e férias. 

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