Feedback: um guia prático para o líder

Na integra

O feedback é uma ferramenta poderosa que, quando usada corretamente, pode transformar o desempenho, fortalecer relações e impulsionar o crescimento tanto individual quanto coletivo. Ou seja, no ambiente de trabalho, a prática de dar e receber feedback não é apenas uma formalidade, mas uma necessidade essencial para o desenvolvimento contínuo e para a criação de uma cultura organizacional saudável.

Neste artigo, exploraremos como o feedback pode ser o diferencial que leva um líder e sua equipe a alcançarem novos patamares de sucesso e engajamento.

O que é feedback e qual é a sua importância?

Feedback é o processo de fornecer informações a uma pessoa sobre seu desempenho, comportamento ou atitudes, com o objetivo de reforçar aspectos positivos ou orientar melhorias.

Assim, a prática tem a capacidade de promover o crescimento e o desenvolvimento contínuo, tanto no ambiente profissional quanto no pessoal. Isso porque o feedback ajuda a alinhar expectativas, corrigir desvios, aumentar a motivação e melhorar a comunicação entre colegas, líderes e equipes.

No dia a dia profissional, tendem a coexistir dois tipos principais de feedback, o formal e o informal. Aqui, as diferenças entre eles:

  • Feedback formal é aquele que ocorre em contextos estruturados e planejados, como avaliações de desempenho, reuniões de feedback periódicas ou sessões de coaching. Esse tipo de feedback geralmente é documentado e segue um processo específico.
  • Feedback informal acontece de maneira mais espontânea e no dia a dia, como uma conversa rápida após uma reunião ou um comentário durante a execução de uma tarefa. O feedback informal é útil para correções ou reconhecimentos imediatos e pode complementar o feedback formal ao fornecer suporte contínuo.

A diferença entre feedback positivo e construtivo

Feedback positivo é aquele que reforça comportamentos, atitudes ou desempenhos desejáveis, reconhecendo o que foi bem feito. Ele ajuda a manter a motivação e encoraja a repetição de ações bem-sucedidas.

Por outro lado, o feedback construtivo tem o objetivo de orientar melhorias (é a tal crítica construtiva). Ou seja, ele aponta áreas onde há necessidade de desenvolvimento, oferecendo sugestões práticas e específicas para que a pessoa possa melhorar seu desempenho ou comportamento.

Porque ambos são importantes, devem ser utilizados de maneira equilibrada para promover um ambiente de crescimento saudável.

Feedback contínuo ou ocasional? Ambos!

Feedback contínuo e feedback ocasional têm papeis importantes, mas diferentes, no desenvolvimento de indivíduos e equipes. O feedback contínuo envolve fornecer retorno de maneira regular e constante, o que permite ajustes imediatos e promove um ambiente de aprendizado constante. Isso ajuda a manter o alinhamento com os objetivos, incentiva o desenvolvimento gradual e constroi uma cultura de transparência.

Por outro lado, o feedback ocasional geralmente ocorre em momentos específicos, como avaliações de desempenho anuais ou após a conclusão de um projeto importante. Esse tipo de feedback é mais estruturado e pode ser usado para fazer uma análise mais profunda de resultados e comportamentos ao longo do tempo.

Embora o feedback contínuo seja crucial para o crescimento e a adaptação no dia a dia, o feedback ocasional oferece uma oportunidade de reflexão mais abrangente e estratégica, permitindo que tanto os indivíduos quanto as organizações façam ajustes de longo prazo em seus métodos e abordagens. Em resumo, uma combinação de ambos é o ideal.

6 dicas práticas ao dar feedbacks construtivos

Dar feedback eficaz e construtivo requer habilidade e sensibilidade. Aqui estão 6 dicas práticas para garantir que seu feedback seja bem-recebido e cause o impacto desejado:

  1. Seja específico: Evite generalidades e foque em comportamentos ou situações concretas. Em vez de dizer “Seu trabalho precisa melhorar,” diga “Notei que no último relatório, houve erros de digitação que poderiam ser evitados com uma revisão mais cuidadosa.”
  1. Ofereça feedback em tempo hábil: Quanto mais próximo do evento ou comportamento, mais eficaz será o feedback. Isso porque a prontidão ajuda a pessoa a entender o contexto e a fazer ajustes rapidamente.
  1. Foque no comportamento, não na pessoa: Direcione seu feedback ao comportamento específico, não à personalidade. Por exemplo, “Você pode melhorar a comunicação durante as reuniões,” em vez de “Você é muito quieto.”
  1. Ofereça sugestões práticas: Além de apontar o que pode ser melhorado, ofereça soluções ou alternativas. Por exemplo, “Para evitar esses erros no futuro, que tal usar uma lista de verificação antes de enviar o relatório?”
  1. Seja equilibrado: Inclua tanto aspectos positivos quanto áreas de melhoria. Isso mostra que você reconhece o esforço e o progresso, além de apontar oportunidades de crescimento.
  1. Esteja aberto ao diálogo: Encoraje a pessoa a compartilhar sua perspectiva e a discutir o feedback. Com isso, promove um entendimento mútuo e aumenta a eficácia do processo.

Um bom feedback não é genérico, mas individualizado

Ajustar o feedback para diferentes estilos de aprendizagem e personalidades é fundamental para garantir que a mensagem seja bem compreendida e efetivamente aplicada. Afinal, cada pessoa processa e reage ao feedback de maneira única, com base em suas preferências de comunicação, experiências anteriores e características individuais. Por exemplo, algumas pessoas respondem melhor a feedback direto e objetivo, enquanto outras podem precisar de uma abordagem mais gentil e motivacional.

Considerar esses fatores ao fornecer feedback é importante porque aumenta as chances de que a pessoa entenda claramente o que precisa ser melhorado e como fazer isso. Além disso, esse ajuste demonstra empatia e respeito pelas diferenças individuais, o que pode fortalecer o relacionamento e a confiança entre as partes.

Ou seja, ao personalizar o feedback, você não só aumenta a eficácia do processo, mas também contribui para um ambiente de trabalho mais inclusivo e colaborativo, onde todos se sentem valorizados e compreendidos.

E quando é o líder que recebe o feedback?

Receber feedback, especialmente críticas construtivas ou negativas, pode ser desafiador, mas é uma oportunidade valiosa para crescimento. Aqui estão algumas estratégias para o líder encarar o feedback de forma produtiva:

Mantenha uma mentalidade aberta: Encare o feedback como uma ferramenta para o seu desenvolvimento, não como uma crítica pessoal. Lembre-se de que a intenção geralmente é ajudar você a melhorar.

Respire antes de reagir: Quando receber um feedback que pareça negativo, respire fundo e resista à tentação de reagir imediatamente. Isso ajuda a processar a informação de maneira mais calma e objetiva.

Ouça atentamente: Preste atenção ao que está sendo dito, sem interromper. Faça perguntas esclarecedoras se algo não estiver claro, mas evite entrar em modo defensivo ou justificar-se de imediato.

Reconheça o feedback: Agradeça a pessoa pelo feedback, independentemente de como você se sinta sobre ele. Mostrar gratidão pelo tempo e esforço investido pode abrir espaço para um diálogo construtivo.

Reflita antes da ação: Tire um tempo para refletir sobre o feedback antes de tomar qualquer atitude. Pergunte a si mesmo como você pode usar essa informação para melhorar e crescer.

Peça exemplos ou esclarecimentos: Se o feedback for vago, peça exemplos específicos para entender melhor o comportamento ou a situação que precisa ser melhorada.

Crie um plano de ação: Identifique passos concretos que você pode tomar para abordar as áreas apontadas no feedback. Isso mostra comprometimento com o seu próprio desenvolvimento.

Lembre-se: lidar com feedback de maneira madura e proativa não só melhora suas habilidades e desempenho, mas também fortalece suas relações com a equipe.

Feedback deve ser ação estratégica

Para que o feedback seja realmente eficaz, é crucial que ele seja parte de uma estratégia mais ampla de desenvolvimento de habilidades interpessoais dentro da organização. Um ambiente onde o feedback é valorizado e bem-recebido é também um ambiente onde as relações interpessoais são fortes e saudáveis.

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