Felicidade no trabalho: 7 maneiras que o RH pode contribuir

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Lidar com a felicidade no trabalho e a saúde mental dos colaboradores é um desafio contínuo para gerentes e equipes de RH. Há uma busca constante para descobrir o que mantém as pessoas motivadas, engajadas e felizes, afinal segundo pesquisa da ADP Research, apenas 18% dos trabalhadores brasileiros estão totalmente engajados. Além disso, de acordo com estudo da Robert Half (2018), as empresas mais bem-sucedidas são justamente as que possuem colaboradores assim: motivados, engajados e felizes. Estes, por sua vez, tendem a ser mais leais, produtivos e criativos. Mais do que isso, a felicidade é uma ferramenta fundamental para conquistar bons resultados duradouros no ambiente corporativo!

Engana-se, no entanto, quem entende a felicidade no trabalho como uma série de tarefas concluídas e que geram apenas motivação. Trata-se também de se sentir parte da organização, estar alinhado aos valores da empresa e em especial à cultura da organização. Além disso, é importante entender o quanto a sensação de felicidade pode proporcionar bem-estar ao colaborador, uma vez que, ao aplicar um Programa de Felicidade no Trabalho, a empresa pode ver seu índice de demissões cair consideravelmente. Para sermos mais precisos, são 55% menos demissões, segundo pesquisa da Delloite (2019).

Neste sentido, o lugar que o RH ocupa em uma empresa coloca a área em uma posição única para influenciar e melhorar a saúde mental e qualidade de vida dos colaboradores no curto e no longo prazo. Afinal, promover a felicidade no ambiente de trabalho não significa que todos estarão felizes o tempo todo, mas pode garantir melhores resultados de negócios. E tais resultados podem ser surpreendentes. Segundo pesquisas da Harvard Business Review e da Universidade da Califórnia, promover a felicidade no trabalho pode gerar um aumento de 85% na eficiência do colaborador e de 20% no faturamento organizacional.

Neste artigo, listamos algumas maneiras que profissionais de RH podem fazer a diferença para promover a felicidade no trabalho e proporcionar o bem-estar organizacional.

 

  1. Estabeleça valores claros para a organização

É importante ter um conjunto de valores organizacionais claros que sejam comunicados de forma eficaz e discutidos com os colaboradores para que eles se sintam parte dela, durante toda a sua trajetória profissional. É o compromisso que uma organização ou empresa assume com determinadas políticas e ações, como “tornar-se verde”. Não é suficiente afirmar isso na declaração de missão, na história da marca ou no material de marketing e promocional. É fundamental que ações demonstráveis sejam realizadas regularmente para que os funcionários sintam uma responsabilidade individual e pessoal em relação a esses valores. Isso garantirá que eles possam avaliar suas próprias atitudes em relação a esses valores centrais positivos e se orgulhar deles. Atitudes e ações positivas, que ocorram sempre, contribuem para uma maior felicidade no trabalho.

2. Faça das soft skills uma prioridade

Em algum momento da sua carreira, você provavelmente já trabalhou com um superior difícil – e sabe do impacto prejudicial que isso teve sobre como você se sentia em relação ao seu trabalho. Parte da solução para evitar que isso aconteça é que os gerentes se concentrem não só na parte técnica, mas também nas habilidades sociais e de relacionamento que o cargo exige. Assim, é importantíssimo que gestores e líderes estejam equipados com uma forte inteligência emocional, por exemplo.

Para o RH, isso significa dar um passo atrás e olhar para o quadro geral, garantindo que os orçamentos de treinamento sejam gastos nas áreas certas – o que invariavelmente inclui soft skills.

 

3. Fomente a colaboração e a comunicação

O estilo de liderança e gestão que incentiva o trabalho em equipe, a comunicação aberta e honesta é vital para criar um sentimento de felicidade no trabalho. Para tanto, é preciso haver auditorias regulares para avaliar como as pessoas estão interagindo umas com as outras. Junto a isso, o feedback deve ser bem-vindo e levado em consideração e as oportunidades de interação social precisam ser incentivadas. Além disso, é interessante pensar em oportunidades de aprendizado que permitam aos membros da equipe avaliarem seus preconceitos inconscientes, que podem afetar suas interações com outros colegas. Por fim, é importante definir políticas rígidas contra bullying no local de trabalho, especialmente no que diz respeito às reclamações sobre comportamentos não tolerados.

 

4. Entenda que felicidade no trabalho tem a ver com gratidão

Especialmente em uma conjuntura de trabalho remoto ou híbrido, é compreensível que alguns colaboradores estejam se sentindo invisíveis e desvalorizados, o que pode ser desmotivador e aumentar ainda mais a sensação de solidão. Esses problemas podem ser mitigados quando as pessoas sentem que seu tempo e esforço são apreciados.

Uma mensagem no portal de RH da sua empresa ou um cartão de agradecimento escrito à mão para os colaboradores pelo último projeto, venda etc. pode ajudar bastante a lembrar as pessoas de que o que elas fazem é importante – e está sendo visto.

 

5. Estipule metas e recompensas claras e estimule o “orgulho de pertencer”

Uma maneira de colaborar para a felicidade no trabalho dos colaboradores é tratá-los de forma igualitária, apontando objetivos claros pelos quais possam trabalhar, fazendo com que se sintam parte importante da empresa – e orgulhosos por isso – , com a admiração de saber que o seu trabalho é somado ao da equipe. 

Ter uma política transparente de progressão e promoção oferece aos funcionários a oportunidade de medir seu desempenho. Indicadores de desempenho mensuráveis não só encorajam uma competição saudável, mas ao ter isso colocado de forma clara e honesta, evita possíveis ressentimentos ou desconfiança em relação à promoções. Ou seja, com regras claras, sobra menos espaço para dúvidas sobre favoritismos. Quando as metas são reforçadas positivamente e as conquistas são reconhecidas e celebradas, isso leva os funcionários a se sentirem valorizados, o que, por sua vez, aumenta a felicidade no trabalho.

 

6. Crie um ambiente de trabalho inclusivo

Felicidade no trabalho tem a ver com colaboradores que se sentem valorizados, apoiados e nutridos, independentemente de raça, etnia, religião, procedência, identidade de gênero e/ou orientação sexual, idade ou classe social. Todos devem ter oportunidades iguais para progredir e acesso igual a todas as vantagens e recompensas oferecidas. 

Um local de trabalho inclusivo é aquele que valoriza as diferenças individuais e faz com que as pessoas se sintam bem-vindas e aceitas. É importante que exista, assim, uma série de ações que reforcem o comprometimento da empresa com a inclusão.

 

7. Aplique o Índice de Felicidade no Trabalho

Medir o Índice de Felicidade no Trabalho (IFT) é um diferencial competitivo estratégico. Através dele, é possível criar condições que vão ajudar a organização na promoção da felicidade organizacional e do bem-estar dos colaboradores.

O índice de felicidade no trabalho é uma métrica, realizada digitalmente, que permite que as empresas possam medir a satisfação, engajamento e promoção das organizações por seus colaboradores, além de realizar a correlação com a produtividade da sua vida profissional e ambiente organizacional.

Através dele é possível identificar (e comparar com outras empresas) as questões de Entusiasmo e Bem-Estar, Engajamento, Orgulho de pertencer, Reconhecimento e Produtividade.

Desta forma, realizar a medição do índice de felicidade no trabalho é importante para as organizações e para o RH, já que a felicidade está diretamente relacionada ao desempenho e produtividade dos colaboradores, além da gestão da marca empregadora (employer branding) das organizações.

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