Encontrar a melhor pessoa para preencher uma vaga de emprego é só uma parte de todas as ações que formam uma boa gestão de talentos. A verdade é que trata-se de um trabalho que afeta todo o ciclo de vida do funcionário.
Neste artigo, explicamos melhor as nuances e por que ela é essencial para a saúde de uma organização.
O que é gestão de talentos
Depois de procurar e contratar a pessoa certa para o trabalho, a gestão de talentos concentra-se ainda na integração desse profissional, nos treinamentos que deve receber, em revisar seu desempenho e também em determinar oportunidades de avanço na carreira deste profissional. Isso requer conhecimento em processos de análise e desenvolvimento de talentos, sem contar um planejamento cuidadoso e de longo prazo para impulsionar a retenção.
Além disso, os profissionais de RH responsáveis pela gestão de talentos não estão olhando apenas para as vagas individuais. Uma boa gestão de talentos começa com a compreensão do que a empresa está tentando realizar e como o plano de carreira de seu pessoal se alinha com a conquista desses resultados.
A importância da gestão de talentos para o negócio
A gestão de talentos é parte integrante de uma organização saudável em muitos níveis. Começando pelo fato de que, num mundo de constantes mudanças, em que profissionais criativos, inovadores e engajados são cada vez mais fundamentais, podemos falar em uma verdadeira “guerra por talentos” em mais de um nível corporativo.
Outro ponto é que, considerando crises e incertezas, a contratação pode ser um processo longo e caro que talvez não produza resultados. Assim, quem deseja atrair e reter os melhores profissionais, precisa acertar primeiro na gestão de talentos. Afinal, o maior patrimônio de uma empresa são as pessoas. Se a empresa não está alavancando seu pessoal corretamente, se não possui uma estratégia de gestão de talentos alinhada com sua estratégia de negócios, então está minando seus resultados, sem sequer dar-se conta.
“Desenvolva as pessoas e elas desenvolverão a organização”
Idalberto Chiavenato
Por fim, a gestão de talentos também trabalha para manter os colaboradores atuais e promovê-los para cargos mais altos na organização. Isso economiza dinheiro que poderia ser perdido com a alta rotatividade de pessoal. Como todo bom gestor de RH sabe, faz muito mais sentido desenvolver e reter talentos-chave do que buscar, contratar e treinar novos.
4 razões por que uma empresa deve investir na gestão de talentos
- Atrair os melhores talentos: quando você tem uma gestão estratégica de talentos, é capaz de criar uma marca empregadora, que atrai organicamente seu talento ideal e, por sua vez, contribui para níveis mais altos de desempenho e resultados de negócios.
- Garantir bons profissionais em funções críticas: uma boa gestão de talentos assegura que a organização tenha um fluxo contínuo de funcionários para preencher funções críticas, o que garante que as operações funcionem sem problemas, sem qualquer impacto negativo nos clientes ou partes interessadas.
- Economizar com treinamentos desnecessários: é através da gestão de talentos que a empresa consegue tomar decisões sistemáticas e consistentes sobre o desenvolvimento dos seus colaboradores. Isso garante que as pessoas tenham as habilidades necessárias para desempenhar o trabalho em questão, economizando dinheiro tanto em substituições de pessoal quanto em treinamentos que no fundo não atendem às reais necessidades da função.
- Aumentar o engajamento e a retenção de colaboradores: quando há um processo justo de desenvolvimento, os funcionários se sentem mais engajados e isso aumenta tanto as taxas de retenção quanto os resultados do negócio. Sem falar na economia nos custos de recrutamento e gerenciamento de desempenho a longo prazo.
Quem é responsável pela gestão de talentos na empresa?
A gestão de talentos normalmente começa na área de Gestão de Pessoas, mas é importantíssimo que as lideranças da organização estejam a bordo, para que as iniciativas e estratégias da área sejam bem-sucedidas. Embora a Gestão de Talentos seja responsável por essas atividades, outras áreas como recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento e remuneração e benefícios também têm responsabilidades.
O importante é ter em mente que a verdadeira gestão de talentos deve começar no topo. Isso significa que, para um planejamento efetivo, os líderes precisam acreditar e entender o valor de seu pessoal, preocupando-se sempre em como os manter motivados e engajados.
8 principais focos de atuação de uma boa gestão de talentos
- Employer branding: ter uma marca forte ajuda a atrair melhores candidatos. Sabe aquelas empresas famosas por “tratarem bem” seus colaboradores?
- Experiência do candidato: como os candidatos à vagas na empresa são acolhidos, informados, entrevistados?
- Seleção: este é um grande foco da área, já que saber identificar e selecionar os melhores profissionais é uma parte crítica da gestão de talentos.
- Onboarding: trata-se de receber o novo funcionário de modo a integrá-lo o quanto antes aos valores da empresa e às suas funções. Esse bom início de trajetória na empresa contribui para que as pessoas sejam mais produtivas e também aumenta a retenção de funcionários.
- Retenção: quais estratégias estão sendo usadas para aumentar a retenção de bons profissionais? Aqui deve-se pensar em questões como blindagem, recompensas financeiras, visibilidade, notoriedade, envolvimento em projetos estratégicos, mentoria reversa, etc.
- Planejamento de sucessão: a empresa precisa ser capaz de preencher cargos importantes sempre que eles ficarem vagos. Ter um pipeline de talentos que garanta o planejamento de sucessão é um elemento-chave para isso.
- Aprendizado e desenvolvimento: é preciso ter uma estratégia para garantir que os talentos tenham as competências necessárias para sua atuação com eficácia (soft skills e hard skills).
- Gestão de desempenho: Uma parte essencial da gestão de talentos é acompanhar e melhorar seu desempenho.
Por fim, vale dizer que, para vencer a “guerra por talentos”, a empresa deve poder contar com uma estratégia de focada e alinhada aos seus objetivos como negócio. Neste contexto, aplicar as melhores práticas e recorrer à ferramentas digitais desenvolvidas para ajudar a área de RH são ações fundamentais para o sucesso da empreitada.
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