Como melhorar o clima organizacional na sua empresa

O professor Amauri Marchese, da Integração Escola de Negócios, fala sobre tempos de crise econômica e de como tudo isso influencia no ambiente de trabalho. Aproveite as dicas e saia da zona de conforto.

O ambiente de uma empresa, em momentos de crise, é propício ao desenvolvimento de rumores e boatos, provocados pela sensação de instabilidade e insegurança da situação. A ameaça de demissão, a perda de poder de representantes dos níveis mais altos da hierarquia, a promoção de pessoas não tão bem qualificadas mas que ganham menos, o fechamento de unidades operacionais, escritórios de vendas ou filiais, tudo isso causa a desestabilização do clima organizacional.

Pressão de todos os lados

E mais: entramos em uma louca corrida para atingir os objetivos e as metas empresariais, geralmente “inchadas” para tentar reverter eventuais perdas. Em um quadro desses, a liderança das empresas passa por pressões diárias e, muitas vezes, deixa de lado o “script do bom gestor” para obter resultados positivos a qualquer custo.  

Ouvir o outro

É aí que um líder precisa se reinventar. Buscar novos meios de estimular ou entender melhor seus subordinados. Uma atitude que pode fazer a diferença nesse contexto é: ouça sempre as pessoas antes de falar, dar uma opinião ou resolver um determinado assunto. Parece simples, óbvio, mas quantas pessoas a praticam? Quantas pessoas realmente sabem ouvir?  

Jeff Immelt, Diretor-presidente da General Electric (GE), costuma dizer o seguinte: “Ouvir ativamente é a mais menosprezada e a menos desenvolvida habilidade empresarial, seja com clientes e colaboradores, seja com outros stakeholders que possam afetar os negócios.”  

Concordo plenamente com o executivo. E digo mais, em um mundo onde todos querem aparecer ou falar mais do que o outro, muitos profissionais têm sérias dificuldades para ouvir ativamente. E como os subordinados observam seus líderes e seguem seus exemplos, o estrago está feito.

Saia da zona de conforto

  1. Prepare-se para a ação: esteja sempre “ligado” no clima organizacional.
  2. Seja franco: a verdade às vezes dói. Mas deve ser dita com firmeza e educação.
  3. Faça perguntas: quanto mais informação você tiver, mais adequada vai ser sua decisão.
  4. Observe a linguagem corporal: lembre-se, o corpo fala.
  5. Reconheça sempre: elogie, dê destaque às realizações dos seus subordinados.
  6. Dê feedback: positivo ou negativo, o feedback deve ser enfatizado como um instrumento de crescimento profissional e pessoal.  

Espero que vocês cresçam na crise!

Amauri Marchese é professor da Integração Escola Negócios, onde ministra o curso Como Integrar a Comunicação Interna e o Endomarketing. Clique aqui e conheça o programa do curso.

Oito dicas para o sucesso da comunicação interna

Já se passaram quinze anos do terceiro milênio, e os desafios da nossa época não têm precedentes na história da humanidade. Estamos assustados pelas ameaças à nossa biosfera. Assistimos, perplexos, a uma mudança incessante de hábitos e atitudes. Convivemos com novas tecnologias a cada instante. Analisando as novas realidades do século 21, está mais do que provado: dinheiro não é riqueza, consumo não é felicidade e informação não é conhecimento.

Diante desse quadro, só vejo uma saída. O caminho de uma comunicação interna transformadora, que possa construir novos saberes e mobilizar novas frentes coletivas. Um caminho que conscientize, favoreça a paz e fortaleça um futuro coletivo sustentável. A tendência é que a comunicação emotiva supere a racional. Porque cada vez mais as pessoas são atraídas e seduzidas por uma interação mais quente, mais próxima e menos cinzenta.

A partir dessas ideias, relaciono 8 dicas fundamentais para uma empresa ser bem-sucedida no assunto:

1. Posicionar a comunicação interna como área estratégica de resultados.  

2. Contar com o apoio da alta liderança. Sem obter as informações essenciais em primeira mão, dificilmente a área de comunicação Interna vai conseguir exercer seu papel de forma eficaz.

3. Alinhar todas as ações, veículos e canais de comunicação interna às prioridades estratégicas da organização. Caso contrário, os investimentos financeiros e o esforço das pessoas não vão obter os resultados esperados.

 4. Valorizar a comunicação face a face. Os gestores são os verdadeiros comunicadores do significado das mensagens. Quando o gestor tem um bom desempenho nisso, as equipes respondem melhor e mais rapidamente.

5. Ter a multidisciplinaridade como palavra de ordem. O perfil do profissional de comunicação está mudando. É preciso apurar seu senso de percepção sobre o clima empresarial, agindo como um autêntico agente de mudança.

6. Ter a tecnologia como aliada, utilizando-a para tornar as comunicações internas mais velozes e eficazes.

7. Desenvolver uma cultura de valorização do diálogo. Dar voz aos colaboradores, ouvindo suas necessidades e expectativas para com isso harmonizar seus interesses com os da direção da empresa.

 8. Avaliar e mensurar permanentemente a eficácia da comunicação interna, partindo sempre de indicadores que possam nortear ações corretivas de reposicionamento de mensagens e ações.

Comunique-se bem, seja claro, aja com transparência e terá uma longa carreira de sucesso pela frente.

Amauri Marchese é professor da Integração Escola Negócios, onde ministra o curso de Como Integrar a Comunicação Interna e o Endomarketing. Clique aqui e conheça o programa do curso.