GlobalCall: um chamado para inovar

O mundo mudou completamente nos últimos meses. Para conversar sobre as ações de empresas frente a essas mudanças, a Integração promoveu, em julho, o GlobalCall. A ideia foi trazer profissionais de diferentes países para saber como eles estão inovando em um tempo de grandes desafios. Ou seja, o GlobalCall foi um chamado para inovar.

O evento, que foi online e gratuito, aconteceu em dois dias com os seguintes convidados: Wilson de Souza, gerente regional de Vendas da Knowledge Unlatched (Berlim), Flávio Reis, sócio-diretor e designer da La Gracia (Londres), Kingsley Seale, diretor de operações da BeChallenged (Sydney), e Fabio Tognetti, sócio-diretor e palestrante da Unreal — emotional training, (Milão). A mediação do GlobalCall ficou por conta de Luis Zanin, head da Conquistar, empresa do Grupo Integração, Erik Guttmann e Alan Carvalho, consultores da Integração. Veja os principais destaques:

Compartilhamento de boas práticas

Wilson de Souza está em Berlim desde março de 2019. Ainda no processo de adaptação à nova cidade, a um outro idioma e ao trabalho na Knowledge Unlatched — empresa que promove a publicação de e-books acadêmicos de acesso livre –, ele se viu diante do cenário da pandemia mundial do novo coronavírus. “Eu estava com viagem marcada para visitar universidades no Brasil e para ver minha família quando tive de cancelar. O trabalho foi deslocado para home office”, conta.

Wilson disse que houve tensão sobre como seria a produtividade ao trabalhar em casa, mas algumas medidas tomadas pela empresa ajudaram o formato a funcionar. Uma delas foi o estabelecimento de uma reunião de cerca de 15 minutos pela manhã para que todos pudessem falar sobre o que viram no dia anterior e o que tinham pela frente. “Outro ponto positivo foi que passamos a ter reuniões semanais com os colegas nos Estados Unidos. Assim, pudemos trocar ideias e ver como eles estavam implementando ações para que o trabalho desse certo”, contou.

As reuniões, de acordo com Wilson, também foram importantes para que todos pudessem compartilhar boas práticas. “Por exemplo, um colega comentou sobre como mudou uma apresentação e conseguiu abordar um cliente que ele vinha buscando há bastante tempo”, disse.

Wilson também destacou que o momento trouxe uma necessidade de adaptar produtos e pensar em mudanças de valores para conseguir ter resultados. “Não é possível passar por essa experiência que estamos vivendo sem entender que todos os setores serão impactados. Por isso, é preciso ter flexibilidade em relação ao que oferecemos”, disse.

Momento para desenvolver projetos

Também há um ano fora do Brasil, Flávio Reis contou como foi sua reação à pandemia. Ele, que segue trabalhando de Londres com sua empresa no Brasil, disse que ficou bastante assustado no início. “Quando a pandemia começou a avançar na Inglaterra, eu pensei que era realmente grave e comecei a avisar a todos no Brasil”, disse.

Ainda preocupado com o Brasil, mas com uma situação que começa a se normalizar em Londres, Flávio afirmou que vê um lado útil do período de lockdown. Isto é, ele viu o momento como um chamado para inovar. “Consegui me concentrar nos meus projetos. A área da minha empresa, que é de treinamento, foi bastante afetada, mas nós conseguimos nos aventurar e criar cursos online”, disse.

Flávio também acredita que o período de isolamento social permitiu que as pessoas se arriscassem mais. “Creio que, por estarem em casa e, dessa forma, se sentirem mais protegidas, as pessoas começaram a experimentar”, afirmou. Flávio deu um exemplo: “Um profissional de uma empresa de aviação do Brasil me perguntou, durante um treinamento, o que eu achava de usar o TikTok para uma apresentação que ele iria fazer. Eu achei a ideia ótima e disse que ele deveria tentar”.

Na visão de Flávio, essa vontade de ousar e fazer algo diferente é o que tem feito a diferença na busca por soluções para o momento. “Quem tem pensado em soluções são as pessoas, não as empresas”, destacou.

Inovar para sobreviver

Em fevereiro, uma campanha tomou conta da Itália e do mundo ao afirmar que “Milão não para”. Essa foi a fase de negação da pandemia, lembrou Fabio Tognetti, que mora em Milão. Logo em seguida, o país entrou numa das experiências mais difíceis da Europa com o novo coronavírus. “Veio o lockdown e fechou tudo”, contou Fabio.

Sócio-diretor da Unreal — emotional training — empresa que integra a Catalyst Global, a maior rede de jogos corporativos do mundo, da qual a Conquistar é representante exclusiva no Brasil –, Fabio disse que tiveram de adiar 100% as programações de eventos. “Não sabíamos o que iria acontecer. Suspenderam todos os investimentos”, afirmou.

Fabio observou que a única saída era aproveitar as oportunidades e enxergar o isolamento social como um chamado para inovar. E isso, segundo ele, passava pelas empresas se ajudando mutuamente. “Vimos empresas grandes oferecendo uma espécie de coaching gratuito para ajudar as menores. Então, decidimos investir mais em comunicação, usando o LinkedIn, para explicar a importância do team building para treinar as pessoas”, disse. “Na crise que tivemos em 2008, as empresas investiram nas pessoas para se reerguer. Então, vimos que era hora de mostrar a importância de se investir em pessoas”, contou.

Algumas ideias surgiram na empresa de Fabio. De acordo com ele, houve uma oferta de jogos online com preços reduzidos, além de adaptarem treinamentos que eram presenciais para o formato online.

Para Fabio, o momento é de planejamento. “É como se estivéssemos na pista de corrida esperando o safety car liberar a retomada. Temos de pensar como será essa largada e ficar atentos às oportunidades. Todos largarão mais próximos, quase que nas mesmas condições”, disse ele.

Uma visão mais realista

A BeChallenged, empresa de Sydney, na Austrália, que também faz parte da Catalyst, realizava cerca de 70 eventos de team building por mês. Com a pandemia, esse número ficou abaixo de dez, de acordo com Kingsley Seale, diretor de operações da empresa. Ele contou que uma das decisões mais importantes foi a de manter todo o time, evitando demissões. “Em vez de procurar fornecedores fora, passamos a ver quem do nosso time poderia fazer os trabalhos que tínhamos de contratar”, explicou ele.

A outra decisão foi oferecer apoio para a indústria local. “Passamos a oferecer treinamentos gratuitos para manter os times motivados”, disse Kingsley.

Agora que a situação começa a melhorar no país, ele explicou que a empresa está na fase de buscar meios para continuar próxima dos clientes, além de pensar novas oportunidades. “Algo é certo: os eventos online chegaram para ficar”, disse.

Kingsley disse acreditar que os eventos presenciais sofrerão mudanças depois da pandemia. “Principalmente porque as empresas vão pensar mais em como usar o orçamento. Portanto, eventos presenciais terão de ser realmente mais efetivos para valerem a pena”, disse. “Além disso, vamos ter de pensar em formatos híbridos, capazes de conectar quem estiver na empresa e aqueles que continuarem a trabalhar em home office”, explicou.

Para que a economia australiana volte ao normal, Kingsley acredita que levará entre dois e cinco anos. “Com esse cenário, posso afirmar que estamos recomeçando. É como se fôssemos uma startup novamente. Dessa forma, estamos mais realistas, elaborando propostas menos faraônicas e buscando negócios que antes não fazíamos”, completou. Ou seja, a empresa de Kingsley entendeu que esse momento era um chamado para inovar.

As ações do Grupo Integração

Os times da Integração e da Conquistar que participaram do GlobalCall puderam fazer paralelos importantes com a realidade no Brasil. Por aqui, desde o início, a Integração adotou o home office e o foco foi a colaboração entre as equipes remotas. Em abril, foi lançado um hotsite com diversas soluções de treinamento online para os clientes. Jogos online ganharam destaque em maio e junho com a realização do Game Day.

Com o GlobalCall, Zanin confirma a visão de Kingsley: “O desafio a partir de agora é combinar soluções para trazer inovação. Ou seja, os eventos híbridos vieram para ficar. Mas, seja qual for o formato, os treinamentos terão que ser de alto impacto para engajar mais as equipes”. E conclui: “Como diz o mote do GlobalCall, vimos o momento da pandemia como um chamado para inovar. E já estamos trabalhando para fazer essa nova realidade acontecer”.

Jogos corporativos: aliados do RH

As atividades de team building vêm se tornando cada vez mais utilizadas no Brasil. Para entender a evolução dessas práticas e a importância delas para as estratégias de recursos humanos (RH), conversamos com Luis Zanin, head da Conquistar, empresa membro do Grupo Integração. Nesta entrevista, ele explica como os jogos corporativos se tornaram importantes aliados do RH.

Zanin, conte-nos o que mudou nos jogos corporativos nas últimas duas décadas. 

Para fazer um breve histórico, vamos voltar um pouquinho mais no tempo. As atividades de team building existem desde os anos 1980, quando surgiram na Europa. No Brasil, essas práticas começaram a ser utilizadas nos anos 1990, basicamente como atividades ao ar livre. A partir daí, houve uma evolução dessas dinâmicas, que passaram a incorporar recursos das novas tecnologias, como realidade virtual, realidade aumentada, celulares e tablets. Mas a evolução da qual estou falando não ocorreu somente com o uso de tecnologia. As dinâmicas do passado tinham muito foco no RH e pouco no participante. Ou seja, o RH aplicava uma dinâmica para testar o comportamento dos colaboradores em determinadas situações. Os colaboradores, no entanto, não conseguiam entender muito bem por que a atividade estava sendo feita. 

Como se dá essa mudança de foco?

As dinâmicas da maneira que eram realizadas no passado deixaram de fazer sentido, inclusive para a equipe de RH. No entanto, quando se muda o contexto em que elas são executadas ou, ainda, se acrescentam outros ingredientes, como storytelling, elas ganham potencial para ser utilizadas em diversas finalidades de treinamento, em vez de apenas visar o lado comportamental. Isto é, os jogos e as atividades de team building incorporaram conteúdos mais técnicos ou relacionados a produtos. E foi aí que esses jogos corporativos passaram a ser vistos como aliados do RH.

Atualmente são usados, por exemplo, em convenções de venda para trabalhar técnicas de negociação ou para apresentar características de um novo produto. Ou seja, todas as modalidades evoluíram nos últimos anos, mais do que isso, podem ser utilizadas em conjunto, gerando novos significados e abrindo possibilidades de treinamento e transmissão de conteúdo. Essa é uma excelente estratégia para fazer com que as pessoas guardem informações sobre um lançamento de forma mais lúdica. Os jogos também têm sido utilizados para o recrutamento de profissionais, em todo o processo de seleção. Já imaginou chegar a uma entrevista de seleção e ela mesma já ser parte de um jogo? A Heineken tem um exemplo interessante disso (veja o vídeo aqui). Dessa maneira, o processo de recrutamento torna-se mais interativo e lúdico. 

A duração de um jogo não precisa estar restrita a um determinado momento, isso é correto?

Sim, exatamente. As trilhas de aprendizado, por exemplo, uma metodologia bastante utilizada pelo RH, podem ser transformadas num processo de gamificação. Elas já possuem o pressuposto da recompensa. O colaborador só passa para outro nível de conteúdo se conseguir finalizar o anterior. O RH pode tornar esse avanço na trilha mais divertido, oferecendo bônus para quem conseguir desbloquear os conteúdos. Não precisa ser um bônus financeiro. O participante pode receber cursos exclusivos como recompensa, por exemplo. 

As atividades de team building podem ser tanto competitivas quanto colaborativas?

Sim, o jogo não deixa de ser um reflexo da realidade. A vida não é só competitiva, ela é também colaborativa. Há competição nas empresas, áreas competem com outras áreas por recursos ou por atenção, pessoas competem por promoção. O importante é enfatizar que o objetivo geral será alcançado nessa relação entre competição e colaboração, ou seja, nas empresas, é necessário haver colaboração antes da competição para que elas sobrevivam. Nos jogos corporativos acontece o mesmo. E esse é um dos motivos pelos quais os jogos corporativos se tornaram aliados do RH.

Conte-nos sobre alguns dos jogos da Conquistar. 

Primeiramente, vou falar sobre o Beat the Box. Esse foi o jogo mais utilizado no ano passado. Ele enfoca bastante esse conceito de competição, mas há a necessidade de compartilhar informações entre as equipes. Se não houver, o jogo fica limitado. Não adianta um participante querer vencer se ele não compartilhar informação. O Beat the Box é um jogo que pode ser customizado de forma a deixar os desafios bastante relacionados com a realidade e os objetivos da empresa. 

Outro jogo bem interessante é o Fórmula 1. Nessa atividade, os participantes têm a missão de construir um carro de papelão, que é bem grande, quase do tamanho natural, e vai rodar depois. Há uma corrida entre os carros montados e as pessoas se empolgam muito com a atividade. Ela foca em gestão de projeto, trabalho em equipe e ainda permite fazer analogias como, por exemplo, com patrocínios. Os participantes podem ser induzidos a pensar no portfólio de produtos da empresa e como hierarquizá-los para serem priorizados no decorrer do ano. Ou seja, é um jogo que não fica só no aspecto comportamental. 

Os jogos que citei fazem parte do catálogo da Catalyst, a maior rede de jogos corporativos do mundo, da qual a Conquistar faz parte. Nós representamos exclusivamente a Catalyst no país, mas também criamos jogos. Em 2019, lançamos o Bot Creation, um jogo pensado e elaborado pela Conquistar. A ideia dele é construir um robô com recursos simples, partindo da premissa de que a inovação pode ser gerada com baixo custo. Outro aspecto interessante é que o Bot Creators está relacionado à ideia de métodos ágeis, ou seja, a criação precisa ser sempre aprimorada.  

Quer mais informações sobre esses e outros jogos? Visite o site da Conquistar e veja todos os jogos do catálogo. Fale com nossa Equipe de Relacionamento pelo telefone (11) 3046-7878 ou e-mail [email protected] e solicite uma proposta customizada para sua empresa. 

Retrospectiva: os principais destaques do blog em 2019

O ano está terminando, mas vamos aproveitar este momento para relembrar os principais destaques do blog em 2019. Foram vários eventos importantes, como o Workshop de Notáveis e o Road Show, entrevistas, e-books e muito mais. Então, não deixe de conferir.

Notáveis

O Workshop de Notáveis já é um evento tradicional da Integração, promovendo o encontro dos clientes com pensadores renomados em suas áreas de atuação. Neste ano, o Workshop de Notáveis recebeu:

CBTD

Entre os dias 20 e 22 de novembro, a Integração e a Conquistar estiveram presentes no 34º Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento (CBTD). Durante os três dias, muitos dos cerca de 5 mil congressistas e visitantes do CBTD passaram pelo nosso estande para pegar um exemplar do Panorama do Treinamento no Brasil 2019/2020 e também os novos catálogos com a programação completa dos cursos no próximo ano.

Curso de BP agora com cinco dias

O curso Formação em Consultoria Interna de RH — Tornando sua Ação Estratégica como Business Partner, um dos mais procurados e bem avaliados da Integração, ganhou mais um dia e passou a ser oferecido com duração de 40 horas, divididas em cinco dias. Esse foi um dos principais destaques do blog em 2019. “Quando o treinamento começou, ele era realizado em três dias. Mudamos para quatro porque sentimos que havia conteúdo que os alunos precisariam receber. Em seguida, mais recentemente, vimos que faltava um dia para a discussão de um case prático e uma atividade de fechamento”, contou Meg Chiaramelli, head das escolas de RH, Vendas e Marketing e do Núcleo de Coaching da Integração.

Road Show

Em 11 de setembro, a Integração recebeu cerca de 100 clientes para a edição 2019 do Road Show. Neste ano, o tema foi Aprendizagem Corporativa 4.0, e os clientes que compareceram puderam, então, acompanhar apresentações sobre conceitos, tendências e cases relacionados ao tema. O evento contou ainda com plenárias que aprofundaram o assunto.

Visão 4.0

Nos dias 8 e 9 de agosto, a Integração promoveu a primeira edição do VISÃO 4.0. O evento, pensado para instigar as lideranças a enxergarem seu papel por outros ângulos, teve cinco eixos: arte, futurismo, neurociência, intuição e emoção. “Tivemos a presença de um grupo muito interessante de profissionais de diferentes formações e áreas. Dessa forma, acredito que foram dois dias de atividades vivenciais que proporcionaram aos participantes um aprendizado leve e intuitivo”, disse Fernando Cardoso, sócio-diretor da Integração e idealizador do VISÃO 4.0 para líderes.

Conquistar premiada no México

Também em agosto, a Conquistar, empresa do Grupo Integração, recebeu o importante prêmio de maior venda individual em um único projeto. A responsável pela negociação com o cliente para a concretização da venda foi Daniela Serban, executiva da área comercial da Integração. O prêmio foi entregue no México pela Catalyst, a maior rede de jogos corporativos do mundo, da qual a Conquistar faz parte. O jogo aplicado pela Conquistar, em projeto voltado para 6 mil colaboradores de uma grande empresa de telefonia, foi o Go Team.

Entrevistas

Entre os principais destaques do blog em 2019 estão as entrevistas. Uma delas foi com Pedro Mandelli, que tratou de vários aspectos sobre o papel do líder. Teve também entrevista com os responsáveis pelo curso Como Estruturar um Sistema de Educação Corporativa: Meg Chiaramelli, Marcelo Fernandes, head de Aprendizagem Corporativa na Integração e diretor-executivo da Mentor Interativa, e Beto do Valle, diretor-executivo da Impakt Consultoria e consultor na Integração.

Terceira edição do Game Day

Evento gratuito de degustação de jogos da Conquistar, o Game Day aconteceu em 31 de maio. Essa terceira edição, também um dos principais destaques do blog em 2019, apresentou aos clientes novos jogos do catálogo: Infinite Loop, Bot Creator e City Build. “O Game Day é interessante porque é uma oportunidade de trazer os clientes para conhecer um novo produto e de sentir a percepção deles. Os jogos que apresentamos já estão prontos, mas a avaliação dos clientes pode nos levar a aprimorá-los”, explicou Luis Zanin, head da Conquistar.

Go Team Especial de Páscoa

Na véspera da Páscoa, a equipe de colaboradores da Integração participou de uma atividade que movimentou todos os andares do Polo Itaim, sede da empresa, em São Paulo. Eles foram levados a uma caça aos ovos de chocolate, numa ação organizada pela equipe de marketing da empresa. Além de divertida, a atividade foi mais uma forma de integrar os diferentes setores. Para isso, a caça dos ovos foi feita com o auxílio do Go Team, jogo que pode ser utilizado para melhorar a comunicação e a relação entre os profissionais, incentivar o pensamento criativo e a busca pela solução de problemas.

Dia especial para as mulheres

No Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, a Integração teve um evento especial. As mulheres da empresa, que representam mais de 70% dos colaboradores, participaram de uma palestra com a escritora e coach Ana Kessler. Ao ressaltar as características femininas, como a capacidade de observar atentamente e, a partir disso, criar soluções, Ana destacou o poder das mulheres para enfrentar desafios. “Além de conseguirem aprender enquanto assumem novas funções, as mulheres sabem compartilhar”, disse.

Café Panorama

O ano de 2019 começou com um café de apresentação dos dados da pesquisa Panorama do Treinamento no Brasil 2018/2019. Mais de 50 profissionais das áreas de recursos humanos e treinamento e desenvolvimento (T&D) tiveram a oportunidade de conhecer e discutir os dados, que foram apresentados por Fernando Cardoso.

Nova certificação do curso de coaching

O Curso de Formação Sustainable Coaching da Integração conquistou uma importante certificação, o Accredited Coaching Specific Training Hours (ACSTH), da International Coach Federation (ICF). Fundada há mais de duas décadas, a ICF é uma instituição respeitada internacionalmente e que se baseia em um código de ética robusto e em uma definição clara sobre a prática do coaching. “Ter esse certificado, portanto, põe a Formação Sustainable Coaching, que ministramos aqui na Integração, numa lista seleta de programas de formação específica em coaching reconhecidos pela ICF. Além disso, o certificado reconfirma a aderência do curso às diretrizes e definições de coaching da ICF, bem como o foco no ensino das competências para a prática também estabelecidas pela ICF”, explica Rodrigo Aranha, facilitador do curso ao lado de João Luiz Pasqual.

Grupos das escolas no Facebook

Começamos 2019 com a criação de grupos no Facebook para todas as escolas da Integração. A ideia foi, dessa forma, estimular o compartilhamento de informações entre quem já participou dos cursos da Integração ou tem interesse nos temas específicos de cada grupo. Então, participe você também.

E-books para baixar

Algumas mudanças de comportamento podem ser úteis para o desenvolvimento de um líder. É o que mostra Meg Chiaramelli em um e-book que disponibilizamos gratuitamente para nossos clientes e leitores do Na Íntegra. Portanto, não deixe de baixar aqui o e-book Dez Atitudes para Ser um Líder de Sucesso.

Produzimos também um e-book para explicar como nosso Método i+5 funciona e como sua empresa pode tirar proveito dele.

Jogo para treinamento comercial rende prêmio mundial para a Conquistar

Uma grande empresa de telefonia brasileira queria implementar, para o Natal de 2017, suas estratégias comerciais para incrementar as vendas. Para isso, era necessário treinar vendedores de todo o país. A companhia escolhida para encarar esse desafio foi a Conquistar, empresa do Grupo Integração, que aplicou o jogo Go Team para cerca de 6 mil colaboradores, divididos em 35 turmas espalhadas por várias capitais do Brasil.

Por esse projeto, a Conquistar recebeu da Catalyst, em agosto deste ano, o importante prêmio de maior venda individual em um único projeto. A Catalyst é uma rede de jogos corporativos que tem representantes em mais de 50 países. A premiação da Conquistar aconteceu no México, durante a convenção da Catalyst em que participaram todas as empresas do continente americano que integram a rede. “Receber esse prêmio foi muito significativo para nós. A implementação desse projeto foi muito intensa, porque era um número enorme de colaboradores e tínhamos um período curto de tempo para alcançar todos eles. Toda a equipe da Conquistar ficou à disposição para atender esse cliente durante 40 dias. Houve momentos em que tínhamos quatro grupos de treinamento em atividade, um em cada canto do país”, explica Luis Zanin, head da Conquistar.

A customização do Go Team 

Os treinamentos se deram em 16 capitais — Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, São Paulo e Vitória. “O objetivo da empresa era oferecer às suas equipes comerciais uma ferramenta capaz de estimulá-los a bater as metas de venda daquele fim de ano”, explica Daniela Serban, executiva da área comercial da Integração, responsável pela negociação com o cliente. “O Go Team foi totalmente customizado para a estratégia do cliente e de acordo com o perfil dos colaboradores”, afirma Daniela.

Na foto, da esquerda para direita: Kadu Carvalho, coordenador de Eventos da Conquistar, Daniela Serban, executiva da área comercial da Integração, e Luis Zanin, head da Conquistar.

O Go Team faz parte do catálogo da Catalyst e é aplicado no Brasil exclusivamente pela Conquistar. Mais do que um jogo, o GoTeam é um aplicativo que os participantes baixam no celular ou em tablets disponibilizados pela Conquistar. Os grupos de participantes recebem desafios, que vão sendo liberados por meio de GPS em ambientes externos ou QR code em locais fechados. Ele é constituído de várias etapas que levam à descoberta de um mistério final. 

A ferramenta ainda permite atualizações e o compartilhamento de comentários e pontuações em tempo real, além do recebimento e envio de conteúdo multimídia. “Toda a narrativa pode ser customizada, e o jogo pode ser utilizado para uma atividade competitiva ou colaborativa, de acordo com o objetivo do treinamento”, afirma Luis. “As atividades do Go Team são aplicadas a qualquer número de participantes. Também é possível organizar o jogo para durar uma hora, uma tarde ou até mesmo uma semana inteira, com pistas sendo disponibilizadas em determinados horários de cada dia”, complementa. O grande diferencial do jogo que ajudou a fechar esse projeto é a emissão de diversos relatórios sobre o desempenho das equipes, munindo as organizações de informações que subsidiarão as ações posteriores. 

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Bot Creators: jogo desenvolvido pela Conquistar trabalha resolução de problemas, criatividade e inovação

Por Luis Zanin, head da Conquistar

Lembra quando sonhávamos com o futuro em que teríamos robôs? Eles estavam presentes nos filmes de ficção científica, e tudo o que queríamos era tê-los ao nosso redor para tornar o dia a dia mais fácil. Parece clichê, mas a verdade é que o futuro já chegou, inclusive para a robótica. 

Claro que não há robôs que caminham ao nosso lado e conversam conosco como no cinema, mas eles estão presentes em diversas situações do cotidiano, como no atendimento telefônico ou no chat de várias empresas, na fabricação de carros, nos artefatos que utilizamos para limpar a casa e até mesmo como bicho de estimação. Mais importante do que os robôs em si mesmos, no entanto, foram as mudanças de percepção do ser humano para a construção dessas máquinas. 

Explico melhor: vamos juntar robôs e inteligência artificial. É esta que diferencia os robôs de hoje dos que povoavam as linhas de montagem já na década de 1970. A inteligência artificial pressupõe a aprendizagem e a autonomia para algumas tomadas de decisão, que, por sua vez, vão gerar mais aprendizados. Dessa forma, algo bem sutil, mas importante, é que os robôs e os sistemas de inteligência artificial não saem prontos de fábrica. Na verdade, eles nunca chegam a uma versão final, pois estão em processo contínuo de aprendizagem. 

Essa é uma condição que ocorre em inúmeras situações, não somente na robótica. Não há versão final para muitas coisas, inclusive para nós mesmos, já que nos aprimoramos com o decorrer do tempo para nos adaptar à realidade em que vivemos e até mesmo para transformá-la. 

Foi pensando nesse processo de construção de robôs e inteligência artificial que a Conquistar criou o Bot Creators. Ele é um jogo que foca no contexto da robótica, mas vai além e trabalha conceitos relacionados a métodos ágeis, que são uma alternativa à gestão de projetos. Os métodos ágeis assumem que não há uma versão final para os produtos, pois devem ser sempre atualizados, e, principalmente, focam na importância dos indivíduos e de suas interações, no bom funcionamento desses produtos e na capacidade de resposta deles a mudanças. Isso significa que, ao juntar robótica e métodos ágeis, o Bot Creators leva os participantes a aprender algo novo, a partir da construção de um robô, sabendo que precisarão aprimorá-lo com base nos testes, nas ações das outras equipes e nos recursos disponíveis. 

No Bot Creators, o principal direcionamento para a criação dos robôs é o desafio proposto. Este pode ser colaborativo, com vários robôs atuando em conjunto para mover obstáculos de uma pista de corrida, ou competitivo, em que os robôs duelam entre si em um ringue. Compreender esse desafio é fundamental para que as equipes escolham seus recursos e criem a versão inicial do robô. A seguir, ela deve ser aprimorada na medida em que as equipes aprendem mais sobre o processo de construção e adicionam recursos extras a partir da observação das ações desenvolvidas por outras equipes. Ao final, os robôs são confrontados com seus desafios e passam para o teste final. Mesmo que os resultados não sejam satisfatórios, rodadas adicionais podem ser incluídas para melhoria ou as equipes listam o que implementar nas novas versões. 

Ao unir a construção de um robô, que é uma tarefa lúdica, aos conceitos de métodos ágeis, o Bot Creators faz com que os participantes aprendam e reflitam sobre resolução de problemas, criatividade e inovação.

Visite o site da Conquistar e veja todos os jogos do catálogo. Fale com nossa Equipe de Relacionamento pelo (11) 3046-7878 ou [email protected] e solicite uma proposta customizada para a sua empresa. 

Clique e assista a trechos da aplicação do Bot Creators na prática: vídeo 1 e vídeo 2.

Entenda como a gamificação potencializa os processos de recrutamento

Mais de 1700 pessoas se candidataram a uma vaga de estagiário na área de marketing de patrocínio da Heineken, em Amsterdã, em 2013. Além das tradicionais perguntas — quais seus pontos fortes e fracos, por que você deveria ser contratado — o processo de seleção da multinacional holandesa incluiu alguns eventos inusitados. O mais impressionante acontecia ao final, quando os jovens que sonhavam fazer parte do time da cervejaria eram surpreendidos com o soar de uma sirene e tinham de deixar o prédio às pressas. Do lado de fora, bombeiros fictícios pediam ajuda para segurar uma rede de proteção que serviria para amparar um homem que ameaçava se jogar do telhado.

Todo o processo de recrutamento, que foi gravado, tornou-se um vídeo viral com milhões de visualizações (assista aqui – http://bit.ly/2IO0yr5) e se transformou em um case de utilização da gamificação pelas empresas na seleção de pessoas. “Somente o currículo não é suficiente para apontar qual o candidato mais adequado para uma vaga. Primeiro porque o profissional pode nem mesmo saber descrever bem a real dimensão de suas competências e experiências. Segundo porque, atualmente, os programas curriculares das faculdades estão muito similares”, explica Luis Zanin, head da Conquistar, desenvolvedora de jogos vivenciais e representante exclusiva no Brasil da Catalyst Teambuilding, maior rede de jogos corporativos do mundo. “A gamificação no recrutamento pode ser muito útil porque ela permite balancear a expectativa que se tem com uma contratação, diminuindo os riscos da escolha. Isso ocorre porque um jogo permite visualizar o que distingue melhor um candidato do outro, que é o comportamento. Um ponto interessante é que podemos antecipar algumas tomadas de decisão antes mesmo do ‘jogo’ começar”, complementa.

Dinâmica x Gamificação nos recrutamentos

A introdução de jogos na seleção de pessoas e nos treinamentos de profissionais vem conquistando força desde a década passada. Pode-se afirmar que a gamificação é uma evolução das dinâmicas que os recursos humanos empregavam. “Essas dinâmicas, muitas vezes realizadas ao ar livre, compreendiam ações como andar vendado, superar obstáculos ou construir um barco com pneus e bambus e colocá-lo para flutuar. O que faltava era uma conexão entre cada atividade pela qual o candidato tinha de passar”, diz Zanin. “Colocar os candidatos para fazer esse tipo de tarefa ainda tem espaço e é aí que entra a gamificação, cuja proposta parte da contextualização de todo o processo de recrutamento e da coesão entre as atividades às quais os profissionais serão submetidos”, detalha.

O head da Conquistar conta ainda que, ao contrário das dinâmicas, a gamificação vai além porque sai da simples aplicação de determinada atividade para incorporar  experiências reais e situações do dia a dia das empresas. “Os jogos permitem a customização. Isso é benéfico por alguns motivos: primeiro, evita que os candidatos já saibam que tipo de atividades os esperam na hora da seleção, como acontecia no passado, e dá a possibilidade de a empresa desenvolver um jogo específico para sua estratégia ou identidade, com foco em algo que seus recrutadores realmente desejam observar. Por exemplo, dá para customizar um jogo que ajude o recrutador a escolher a pessoa mais proativa, a mais resiliente ou a que tenha mais valores compartilhados pela organização. Isso vai muito além da utilização de uma ferramenta genérica”, diz.

É aí, segundo Zanin, que a empresa consegue diminuir riscos na contratação. Diz ele: “Se o profissional tem uma carência no currículo, a empresa pode oferecer a ele um curso de pós-graduação ou uma vaga na sua universidade corporativa. Mas se ele não se comporta da maneira esperada pela organização em determinadas situações, isso dificilmente vai mudar. É preciso que essas questões estejam claras na hora da escolha do candidato e os jogos, sem dúvida, auxiliam nesse aspecto”, diz.

Uma boa história

As técnicas de como contar uma história relevante são peças-chave na gamificação. Além de ser o caminho para a construção de uma narrativa que dê sentido às atividades propostas em um processo seletivo, o storytelling permite a customização de forma a ser possível evidenciar o comportamento que se deseja. “No caso do processo seletivo da Heineken, os candidatos não sabiam que estavam sendo filmados, nem desconfiavam que muito do que estava acontecendo ali era uma encenação. Os recrutadores conseguiram ver como cada um reagiu diante daquelas situações inesperadas e puderam fazer a escolha com base nos comportamentos que melhor se conectavam com os valores da organização”, explica Zanin.

Quer saber mais sobre customização de jogos para processos de recrutamento e treinamentos corporativos? Acesse o site da Conquistar http://bit.ly/2KhCydf

Jogos vivenciais como alternativa para reduzir incertezas

*Por Luis Zanin, sócio da Conquistar, empresa do Grupo Integração Escola de Negócios

Imagine a seguinte situação: você, em um dia de calor infernal começa a desejar um sorvete. Passa em frente à padaria para comprar, mas lembra-se de ter visto dois potes de sorvete em seu congelador na noite anterior. Chega em casa, pega colher e calda de chocolate, mas ao abrir o pote se depara com um monte de feijão congelado. Quem nunca passou por isso? É uma surpresa um tanto desagradável, não?

O físico Erwin Schrodinger, em 1935, propôs um exercício mental parecido com o da situação acima, usado para mostrar o poder do observador. Este exercício ficou mundialmente famoso como o experimento do Gato de Schrodinger.  Basicamente, há muitas possibilidades de resultados para um dado acontecimento, mas somente uma estará à vista no momento em que um observador olhar para ela. No caso do sorvete, poderia haver muitas coisas dentro do pote, inclusive sorvete. Porém, ao abrir o pote, o universo escolheu uma possibilidade. No caso, infelizmente, foi feijão.

E se pudéssemos, como de brincadeira, abrir o pote várias vezes? Ver o que aconteceria a cada possibilidade? Estaríamos falando de jogos vivenciais. Eu os vejo como uma espécie de abertura controlada do pote, com a intenção de ter uma ideia melhor do que se pode esperar.

É possível inserir esses jogos no ambiente corporativo para treinar a reação dos profissionais em possíveis momentos desafiadores. Pense em seus colaborares, colegas, equipe, etc. Não se sabe como cada um agirá em determinada situação, talvez pela convivência você pode até ter uma expectativa de comportamento, mas só saberá quando a situação acontecer. Com os jogos vivenciais, posso fazê-los vivenciar uma situação antes que ela aconteça. Em um contexto menos complexo, claro, e que também não garante que a resposta seja a mesma de uma possível situação real, mas isto gerará mais elementos para melhorar a acuracidade da expectativa que você já tem.

O que proponho é que joguem, simulem, treinem. Você, líder da equipe, tente antecipar a reação e atitude dos seus colaboradores antes do momento em que a atitude certa seja crucial. Você, colaborador, faça o mesmo. Perceba qual será sua reação e fique mais preparado para quando chegar aquele momento decisivo.

Com base nesta ideia, pense em um jogo no qual, por exemplo, há diversos checkpoints espalhados pela área de um hotel e que possam, talvez, refletir algumas das metas deste ano. Imagine que para alcançar esses objetivos, uma tarefa precisa ser concluída, usando a estrutura do hotel e simulando, por exemplo, situações reais de venda. Ao final da ação, haverá a oportunidade de mapear as reações de cada participante durante o jogo e corrigir alguns pontos da estratégia que tenham sido mal interpretados.

Por meio de atividades lúdicas, os jogos vivenciais podem ser uma excelente ferramenta para ajudar você a encontrar o que quer quando abrir o pote uma próxima vez.

As novas regras dos jogos corporativos

À beira da piscina de um hotel, Ronaldinho Gaúcho conversa com uma loira de biquíni, alheio ao homem que se aproxima por trás com um celular na mão, posicionado para registrar o encontro. O clique da câmera é inaudível. Antes que o jogador se dê conta da presença do paparazzo, a foto já foi distribuída para centenas de pessoas. Finalmente, Ronaldinho percebe o fotógrafo, sorri e o parabeniza pela tarefa cumprida. A cena não é verídica., mas aconteceu. A ideia foi ilustrar as novas regras dos jogos corporativos.

Quem a narra a história acima é Luis Zanin, head da Conquistar, empresa do Grupo Integração. A Conquistar desenvolve jogos e atividades vivenciais para empresas. Segundo Zanin, a prática de jogos corporativos evoluiu bastante nos últimos 20 anos. “As dinâmicas de grupo eram usadas pelo RH para identificar comportamentos ou desenvolver competências”, diz “E ainda servem para isso, mas podem ser utilizadas para muito mais”.

Entre as novas regras dos jogos corporativos está a transmissão de conteúdos, que foi o que se passou no episódio vivido por Ronaldinho Gaúcho – na verdade, um sósia dele. Dificilmente um folder ou um PowerPoint seriam tão eficazes. Zanin explica:

“Nosso cliente era uma empresa de telefonia que estava lançando uma linha de celulares. Os diferenciais dos aparelhos eram GPS, câmera fotográfica, acesso a redes sociais e ao e-mail. Em vez de fazer uma apresentação tradicional dos produtos para a equipe de Vendas, a empresa nos contratou para criar uma vivência prática dessas funcionalidades. Como toda campanha deles era baseada em futebol, desenvolvemos o desafio: espalhamos sósias de jogadores pelo hotel e enviamos instruções por e-mail à equipe. Utilizando coordenadas de GPS, os colaboradores deveriam encontrar os sósias dos jogadores, tirar fotos deles e compartilhar por redes sociais.”

A atuação da Conquistar

A Conquistar atende clientes de diversos tamanhos, nacionalidades e áreas de atuação. Para satisfazer os objetivos específicos de cada um, a customização dos jogos não é uma escolha, é uma necessidade. A Conquistar tem uma equipe fixa de coordenadores que trabalha com parceiros definidos projeto a projeto, que podem ser circenses, aventureiros, músicos, a depender da natureza do jogo.

Nenhum jogo faz milagre, diz Zanin. Porém, se bem feitos, ele garante que os resultados aparecem e são mensuráveis. Ele dá como exemplo uma atividade em que o board de uma indústria de alimentos multinacional se encontrou com crianças carentes em São Paulo para trocar experiências culturais. A atividade foi organizada pela Conquistar no Parque do Ibirapuera, em 2010. Ao final, a companhia fez uma doação substancial de dinheiro à instituição responsável pelas crianças, e sugeriu que cada diretor e VP ali presentes também contribuíssem por conta própria, a seu critério. A doação voluntária foi o dobro do valor da original, chegando a dezenas de milhares de dólares.

Na entrevista a seguir, Luis Zanin deixa claro que não existem “modelos de gaveta” ou estruturas rígidas para que um jogo vivencial funcione. O que não impede que se possam tirar lições importantes a respeito dos objetivos e da eficácia de sua atividade.

O jogo não faz milagres

Para empresas que buscam transformar comportamentos ou criar competências na equipe, Zanin alerta: as novas regras dos jogos corporativos permitem que eles sirvam como diagnóstico, não como tratamento.

“Quatro horas de atividade não vão mudar sua equipe. Mas o jogo pode servir como diagnóstico. Digamos que a visão do líder seja: ‘Está tudo errado na minha equipe, ninguém se entende’. E aí o jogo mostra o contrário. Por que eles se entendem no jogo, mas não na empresa? Será que é porque, no jogo, a comunicação é mais clara? Pode ser que falte clareza. Ou então: se uma pessoa se comporta mal no dia a dia, mas o ambiente ou a situação do jogo a fazem se comportar como a empresa esperava, será que o ambiente corporativo não precisa ser mudado? Não dá para transformar a empresa num resort, mas o ambiente talvez esteja pesado demais.”

O jogo não é remédio de dose única

As novas regras dos jogos corporativos também mostram que eles precisam fazer parte de um trabalho maior e mais duradouro, seja para identificar problemas, seja para consolidar soluções.

“Talvez a palavra tratamento se encaixe bem nesse tema, porque um tratamento, raramente, é feito com uma dose só. Na nossa parceria com a Integração, muitas vezes o jogo da Conquistar é inserido num programa maior. Aí faz sentido. O jogo pode servir no início, para fazer o diagnóstico da equipe, ou mesmo ser colocado no final, para sedimentar o conhecimento que foi passado ao longo do programa, fazendo a equipe passar por situações em que aquele conhecimento, aqueles conceitos, sejam colocados em prática.”

O jogo pode não curar, mas ensina

Graças às novas regras dos jogos corporativos eles também se tornaram uma oportunidade excelente para transmitir conteúdos. Os conceitos passados à equipe, quando aplicados na prática, ficam muito mais acessíveis.

“O jogo é uma grande ferramenta de transmissão de conteúdos, que podem ser os valores da empresa, os diferenciais do produto, como no exemplo da empresa de telefonia. Uma vez, fizemos uma convenção de planejamento de metas para uma companhia de marcas de bebidas. O briefing inicial era uma queixa das convenções anteriores, em que se alugavam hotéis belíssimos no Nordeste, no Sul, mas todo mundo ficava horas dentro de uma sala, só esperando pela festa à noite. O que fizemos foi intercalar as apresentações com atividades que usavam a própria estrutura do hotel – campo de golfe, cancha de bocha, parede de escalada, jet ski– para fixar os pontos fundamentais. Foi a convenção mais bem avaliada de todos os tempos daquela empresa.”

Defina objetivos claros

A eficácia da atividade vivencial vai depender dos objetivos – e do entendimento perfeito entre todas as partes. Quanto mais claros os objetivos, melhor. “Hoje temos menos tempo para realizar essas atividades, elas têm de ser mais claras no que estão querendo passar. Então, para um jogo dar certo, primeiro ele depende de um briefing bem passado e de que nós, da Conquistar, entendamos bem esse briefing. Os objetivos podem ser desde transmitir conteúdos até, simplesmente, deixar a equipe feliz. Já recebemos briefings assim: ‘Nossa equipe vendeu muito este ano, a gente quer que eles saiam felizes. Não venham falar de planejamento, de produto…’ O cliente não quer dar a tarde livre apenas, então a gente desenvolve atividades em que a equipe trabalhe junta, todos se conheçam… mas se divirtam!”

As regras do jogo devem ser simples

Quanto mais simples as regras, mais espaço o jogo dá para a criatividade dos participantes e para soluções fora da caixa.

“Quanto mais complexas e detalhadas as tarefas, maiores as possibilidades de você limitar as ideias ou atitudes dos participantes. A gente já foi surpreendido várias vezes, porque não há como prever as soluções encontradas para um mesmo desafio. Em uma atividade nossa, o desafio era construir uma torre usando três hastes de madeira que – nós imaginávamos – deveriam ser presas em cima. Um participante fez o contrário, prendeu embaixo… e funcionou! Se a instrução fosse ‘construir uma torre presa em cima, dessa forma aqui’, ele jamais teria feito aquilo. Cercear a criatividade é muito ruim para o jogo e para a empresa.”

Evite constrangimentos…

O jogo deve integrar cada participante em atividades que combinem com seu perfil e que colaborem para o resultado geral da equipe – como numa empresa.

“Quando surgiram os jogos vivenciais, havia muita atividade outdoor, de aventura. Tem muita gente hoje em dia com trauma disso. Para os monitores dessas atividades, o dia começa com dez quilômetros de corrida e mais vinte de pedalada. Se pedir para esses caras elaborarem uma prova leve, eles vão fazer o participante correr um quilômetro, nadar 500 metros. Para eles, é leve. Mas um jogo tem que levar em consideração o perfil dos diferentes participantes: o atlético, o calmo, o competitivo, o tímido… Como a gente resolve isso no jogo? Com diversas tarefas. ‘Vocês dois pedalam, porque gostam e podem, enquanto outros cinco fazem uma tarefa mais calma. Quem é bom de negociação, vai conversar com outras equipes etc.’ É ruim quando aparece aquele cara que não participa de atividade nenhuma; mas se isso acontece é culpa nossa e do briefing, não dele.”

A menos que este seja o objetivo

Novamente, tudo volta à definição clara dos objetivos. Às vezes, o objetivo é justamente tirar o participante de sua zona de conforto e provocar discussão.

“Muitas vezes os jogos são pensados para fazer as pessoas se movimentarem. A empresa quer mexer um pouco com o corpo mole, por exemplo, dizer que espera mais do colaborador. Um dos jogos mais curiosos que já desenvolvemos tinha a ver com questões éticas. Uma empresa começou a ver que, na competição do dia a dia, seus vendedores passaram a exibir comportamentos questionáveis. O que a gente fez? Criou um jogo com várias armadilhas éticas. Se uma equipe alcançasse uma soma de pontos acima de um número determinado, era porque fez algo que não deveria ter feito. Então, colocávamos os materiais de cada equipe – barbante, cola, tesoura etc. – muito próximos uns dos outros, fáceis de serem roubados. O jogo também usava dinheiro falso, com notas marcadas, e colocávamos algumas numa sala que ninguém poderia abrir. Quase todos caíram em tentação – e isso motivou a discussão depois.”

Jogos vivenciais: uma brincadeira séria

Os jogos vivenciais têm sua origem nas dinâmicas de grupo – importantes e ainda bastante utilizadas, sobretudo, nos processos de seleção. Uma vez criadas situações fictícias com desafios pontuais e necessidades específicas de interação, avaliadores encontram uma oportunidade de reconhecer diferentes perfis profissionais. Além de permitir escolher os novos empregados, os jogos ajudam a decidir como encaminhá-los às áreas mais condizentes com as suas posturas e tendências. Não demorou muito para que essas mesmas dinâmicas passassem a ser realizadas em outras situações, buscando promover a integração de equipes. “As atividades ao ar livre, como acampamentos e rafting, figuram nas agendas de muitas empresas como categorias de jogos vivenciais integradores e geradores, por exemplo, de capacidade de liderança”, explica Luis Zanin, head da Conquistar, empresa do Grupo Integração.

Um exemplo citado por Zanin aponta para uma equipe de vendas que necessita aprender sobre as características de um produto que acaba de ser lançado. “Se apresentamos um desafio a essa equipe que a leve a identificar e a utilizar as reais potencialidades desse produto, certamente o discurso de venda será mais apropriado, seguro e efetivo”, explica.

Da mesma maneira, os jogos ajudam em processos gerais de aprendizado, como aqueles voltados à assimilação de princípios e valores da empresa. Também podem ser aplicados em ações de treinamento mais específicos. O importante é manter o caráter de desafio e de ludicidade, permitindo aos jogadores experimentarem as etapas, as dificuldades e as conquistas do jogo proposto.

Jogadas especiais com jogos vivenciais

Ao mesmo tempo, a evolução dos jogos vivenciais não tira deles um aspecto importante para atividades de recursos humanos e de processos seletivos. E é justamente aqui que se pode verificar sua capacidade mais dinâmica. É possível criar situações que trabalhem a competitividade de uma equipe por meio de jogos com colocações finais claras e premiação para os vencedores, por exemplo. Mas, se uma equipe está excessivamente competitiva e necessitando aprimorar a capacidade de cooperação, outro jogo, completamente diferente, pode levar o grupo a uma experiência de vitória coletiva ou de premiações em maior escala. “

Trabalhar com jogos vivenciais, atualmente, equivale a criar para atender a necessidades singulares”, explica Zanin. Ainda segundo ele, a elaboração e a execução de um jogo leva em conta, além do objetivo final da atividade, o espaço físico disponível. O tempo reservado para a ação, o público presente e o valor reservado para o treinamento ou da dinâmica também devem ser considerados.

Para dar conta de tantas demandas, não basta apenas ser um profissional com formação em áreas como administração ou psicologia. A criação e execução desses jogos – um mercado em crescimento no país – exige criatividade, desprendimento e mente aberta. “É o espaço profissional perfeito para quem adorava jogar com os amigos na infância e adolescência e nunca abria mão de inventar uma boa brincadeira”, completa Zanin.