Regra 70:20:10. O hit do momento entre os profissionais de RH

Por Lucimar Delaroli, consultora da Integração Escola Negócios

“Só sei que nada sei, e o fato de saber isso, me coloca em vantagem sobre aqueles que acham que sabem alguma coisa”.

Sócrates

A frase do filósofo Sócrates nunca foi tão atual. No mundo corporativo de hoje, em que a tecnologia e a Internet provocam mudanças quase diárias, o profissional precisa se reinventar constantemente, se quiser continuar no mercado. Para isso, existem vários modelos de aprendizado e capacitação nas empresas. Vamos falar sobre a metodologia do momento: a regra 70:20:10.

Criada por Morgan McCall, Robert Eichinger e Michael Lombardo, do Center for Creative Leardership (Centro para Liderança Criativa), a regra 70:20:10 mostra como os colaboradores podem aprender nas organizações. Veja como a fórmula é fácil de entender:

  • 70% do aprendizado ocorre pela experiência própria, com as vivências no local de trabalho.
  • 20% decorrem das interações com os colegas de empresa, do compartilhamento de ideias, dos feedbacks recebidos.
  • 10% representam o treinamento formal, as leituras e estudos estruturados.
O que significa, na prática

Essa metodologia é derivada de uma fórmula idealizada por Jack Welch (ex-CEO da General Eletric), e que tinha como objetivo definir a curva de vitalidade da empresa para a construção de meritocracia: 20:70:10 (premiar os 20% melhores, manter os 70% bons e afastar os 10% de pior resultado). Adaptada pelos profissionais de treinamento, a regra 70:20:10 virou o hit do momento para definir o modo como as organizações oferecem aprendizagem empresarial e oportunidades de desenvolvimento para seus colaboradores.

Vou especificar melhor o que disse antes sobre as porcentagens, assim ninguém fica com dúvidas. Vamos lá. 70% da capacitação é sempre fornecida “on the job”: você conta suas experiências e fornece conteúdo para o aprendizado. Os outros 20% são conduzidos informalmente por meio de programas de Mentoring, Coaching, Tutoria, experiências compartilhadas com colegas de diferentes formações e áreas etc. Os 10% restantes são executados formalmente via programas de treinamento. O que inclui, além da metodologia presencial, experiências de autoestudo, interações grupais e de tutoria nas modalidades “blended” (parte presencial, parte virtual), estimulando o 70:20:10 dentro dos 10% de aprendizagens estruturadas.

O potencial de utilização da metodologia

Cada vez mais empresas buscam conteúdos de treinamento que abordem a regra 70:20:10. Ela tem sido usada nos Planos de Desenvolvimento decorrentes de Avaliação de Desempenho e também nos processos de Assessment e Coaching. A ênfase é na potencialização do aprendizado, utilizando para isso as ideias de conhecimento universal e desenvolvimento no dia a dia, aplicadas na geração de resultados.  

Dentro dessa abordagem, as organizações coordenam esforços para alinhar líderes e liderados na cultura da aprendizagem colaborativa, dando sentido à capacitação e co-responsabilizando os profissionais pelo seu crescimento, além da possibilidade de retorno do investimento a cada ação de treinamento.

O que dizem os números

Mesmo diante desse cenário, no Brasil, a mais recente pesquisa da ABTD em parceria com a Integração Escola de Negócios (O Panorama do Treinamento no Brasil: 2019) traz um dado interessante: 6% das empresas participantes não utiliza nenhuma tecnologia no desenvolvimento de pessoas e 71% usam o treinamento presencial. A troca pessoal de conhecimento entre colaboradores é, de fato, a forma mais utilizada.

O que me faz pensar: quantas organizações estão realmente preparadas para entrar nessa curva de capacitação e ajudar a reduzir a escassez de talentos? As empresas precisam aprender que o sucesso se constrói com o desenvolvimento das habilidades e competências dos seus colaboradores. Quem tiver essa visão, tem o futuro garantido.  

Entrevista: como estruturar um sistema de educação corporativa

Cada vez mais a educação corporativa ganha a atenção das empresas. Antenada com as necessidades de seus clientes, a Integração tem em sua grade um curso específico sobre o tema: Como Estruturar um Sistema de Educação Corporativa. Para falar sobre o assunto, o Na Íntegra conversou com os responsáveis pelo curso: Meg Chiaramelli, head das escolas de RH, Vendas e Marketing e do Núcleo de Coaching da Integração; Marcelo Fernandes, head de Aprendizagem Corporativa na Integração e diretor-executivo da Mentor Interativa; e Beto do Valle, diretor-executivo da Impakt Consultoria e consultor na Integração. 

A educação corporativa é um tema relevante para as empresas?

Meg Chiaramelli: Sim. É extremamente relevante para as organizações porque os seus resultados dependem de um bom sistema de gestão, de produtos de qualidade, de inovação, e tudo isso é feito por pessoas capacitadas. O sistema de educação corporativa serve justamente para garantir a qualificação dos colaboradores, para que eles consigam entregar um resultado melhor. 

O que há de novo e relevante relacionado ao tema?

Marcelo Fernandes: Temos visto, até em consequência das novas tecnologias, o uso da chamada aprendizagem adaptativa ou personalizada na educação corporativa. Há inclusive curadorias automáticas de conteúdo. Percebemos também uma migração dos sistemas tradicionais de gestão de aprendizagem, conhecidos como Learning Management System (LMS), para os Learning Experience Plataform (LXP). Essas novas plataformas de aprendizagem integram os contextos “formais” de aprendizagem com os “informais” no ambiente de trabalho.

Beto do Valle: Eu acrescentaria que a educação corporativa está sendo percebida como estratégica para o negócio. É crescente a percepção do comando das organizações sobre a contribuição da educação e das competências para o desempenho, não só imediato como também futuro. As organizações tiveram de se desdobrar, desenvolver novas competências e inovar para se diferenciarem. Nesse contexto, a educação teve e tem um papel super-relevante. 

São vários termos relacionados a esse assunto. Vocês poderiam falar sobre educação ou aprendizagem corporativa e universidade corporativa?

Beto: Esses termos e a diferença entre eles são algo que a gente sempre discute entre nós. O mercado não tem um consenso sobre o que é universidade corporativa e quais são os limites desses termos. Normalmente, consideramos universidade corporativa uma das formas de organizar a educação corporativa. Isto é, universidade corporativa é um dos modelos de gestão de educação corporativa. Mas nem tudo que é educação corporativa tem de ser universidade corporativa. Há várias formas de organizar e estruturar a aprendizagem das pessoas no contexto da organização. Universidade corporativa é apenas uma dessas maneiras. Independentemente dos rótulos, o importante é como a organização estrutura seus processos de aprendizagem para desenvolver as pessoas em prol do negócio.

Meg: Realmente é um assunto que pode gerar polêmica, e não existe um conceito-padrão no mercado que defina cada termo. Quando fui reitora de uma universidade corporativa costumava dizer que educação corporativa é o processo de produzir e garantir os conhecimentos necessários para agregar valor ao negócio. Universidade é o nome dado a esse processo ou ao local em que ele ocorre. Ela pode ser física ou não. Na minha experiência, por exemplo, eu não tinha um lugar específico para a universidade corporativa. Os treinamentos aconteciam em hotéis, salas de reuniões e até em espaços virtuais.

Marcelo: Entendo a educação corporativa muito mais como um processo do que como uma maneira ou forma de se entregar os cursos ou treinamentos. A universidade corporativa está muito ligada a essa questão da forma. O termo lembra algo mais acadêmico e também remete a essa questão física que a Meg mencionou. No curso que ministramos na Integração estamos mais voltados para os processos, como podemos construir a aprendizagem focada no desenvolvimento e na melhoria do desempenho. 

Vocês poderiam dar exemplos de educação corporativa alinhada a uma visão estratégica? 

Meg: Na Integração há, como exemplo, um cliente de operações logísticas que tem na estratégia deles o desenvolvimento de inovações e o foco na resolução de problemas crônicos. Nós desenvolvemos para essa empresa um projeto que ensinava uma metodologia de análise e solução de problemas. A ideia desse treinamento era que as pessoas saíssem da sala de aula e partissem para a resolução de um problema real. Nesse processo, surgiram quase 40 problemas cuja resolução traria um resultado efetivo para a companhia, seja financeiro, seja em termos de qualidade.

Outro exemplo é de um banco que estava se tornando digital e precisava mudar o modelo mental de toda a organização. Com um intenso trabalho, as pessoas aumentaram substancialmente seu engajamento às mudanças de processos e passaram a, além de executar, verbalizar que ficou bem melhor. Antes do trabalho, eles não acreditavam que a mudança fosse necessária e não aderiam à nova maneira de atuar.

Marcelo: Um exemplo que considero muito legal foi a implantação de uma escola dentro do sistema de educação corporativa de uma grande empresa do ramo petroquímico. A companhia constatou que a área industrial precisava crescer e se fortalecer por causa da expansão internacional que vivia. Então, criou-se uma escola focada em potencializar a capacitação de operadores, técnicos de manutenção, engenheiros e até trainees. Os resultados têm sido fantásticos. E percebeu-se que, com um olhar estratégico, para expandir precisava ter gente mais capacitada e atualizada sobre os novos processos. 

O curso que vocês ministram traz um módulo sobre gestão do conhecimento. Qual é a relação com a educação corporativa?

Beto: A gestão do conhecimento está sendo trazida para perto da educação corporativa, que, em geral, aborda os processos de aprendizagem mais estruturados, mais formais. A gestão do conhecimento se preocupa, principalmente, com o fluxo do conhecimento, que não precisa se dar necessariamente de forma estruturada. Pode ser a aprendizagem que ocorre na troca com os pares ou a sistematização dos conhecimentos por meio de processos. No curso, ensinamos como trazer práticas da gestão do conhecimento para enriquecer o aprendizado. Refiro-me aqui às práticas de colaboração, comunidades de prática, lições aprendidas, boas práticas, enfim, há dezenas de práticas que enriquecem o processo de educação corporativa e que apresentamos no curso.  

Marcelo: Acrescento às ponderações do Beto, sobre a educação corporativa estar mais integrada à gestão do conhecimento, que temos auxiliado as instituições a utilizar cada dia mais as “metodologias ativas” na aprendizagem corporativa, como o peer instruction, aprendizagem baseada em projetos/problemas, sala de aula invertida, entre outras.

O que o profissional de educação corporativa tem de dominar?

Meg: É fundamental que ele tenha visão de negócios, esse é um dos pilares, ou seja, o conhecimento de negócios de maneira geral. Outro pilar é ter excelente capacidade de análise e de crítica para entender as necessidades da sua organização e fazer com que as pessoas aprendam e, principalmente, levem esse aprendizado para a prática do dia a dia. O profissional precisa saber fazer um bom planejamento para desenvolver um conteúdo amarrado à realidade. Outro ponto importante é que o profissional de educação corporativa precisa ter capacidade de influência e facilidade de relacionamento, já que ele vai ter de transitar em todos os níveis e em todas as áreas da organização. 

Marcelo: No curso, sempre frisamos que o profissional de educação corporativa não está no negócio de cursos, ele está no negócio da empresa. Essa visão mais estratégica, sistêmica e menos reativa é que diferencia o profissional de educação corporativa dos analistas e coordenadores de treinamento e desenvolvimento. 

Beto: Também reforço a importância de se ter visão de negócio e não somente da atividade de educador ou de responsável pela educação. Quem atua em educação corporativa deve ainda se ver como facilitador, ou seja, esse profissional não é apenas um provedor de educação, ele tem o papel de facilitar oportunidades de aprendizagem casadas com as necessidades do negócio. Não é raro vermos profissionais de educação corporativa querendo monopolizar a aprendizagem, como se ela só ocorresse dentro dos programas que eles oferecem. Não se pode esquecer de que tem muita gente aprendendo na prática. A educação corporativa não pode se distanciar disso. O papel de quem atua na educação corporativa é, portanto, levar os processos de aprendizagem para mais perto do negócio e facilitar, sem pretender ser o provedor único de soluções de aprendizagem. 

Integração é finalista na categoria Treinamento e Desenvolvimento do Top of Mind de RH 2019

Promovido pela Fênix Editora, o Prêmio Top of Mind de RH chega a sua 22º edição e vai eleger as 32 empresas e profissionais mais lembrados no mercado de RH no país em 2019. Pelo 12º ano consecutivo, a Integração figura entre os finalistas e disputa a prestigiada premiação do setor na categoria Treinamento e Desenvolvimento. 

A Integração foi lembrada por profissionais de RH de todo o país, que indicaram empresas e nomes de destaque na área para concorrer ao prêmio. Essa fase da votação ocorreu entre 14 de janeiro e 22 de março. Desde o dia 2 de maio, está aberta a segunda fase, que vai até 25 de setembro. Profissionais de RH podem se cadastrar para fazer parte do Colégio Eleitoral do Top of Mind de RH e escolher seus favoritos ao prêmio em 2019. Participe da votação!

Os destaques do blog da Integração em 2018

Ano novo e muitos projetos pela frente. Já estamos com a agenda cheia de cursos, eventos e novidades, mas queremos aproveitar este início de ano para relembrar como 2018 foi bacana na Integração. Aqui, o que registrando aqui no blog Na Íntegra. Bem-vindos à nossa Retrospectiva 2018:

Janeiro 

Logo no início do ano, compartilhamos a pesquisa Panorama do Treinamento no Brasil 2018. Aquela edição mostrou, por exemplo, que os treinamentos comportamentais haviam crescido cerca de 14%. 

Fevereiro

O head da Escola de Liderança, Fabio Eltz, escreveu sobre a importância de se ter “foco no foco do cliente“. Destacou ele: “Para realmente ser próximo do cliente é preciso obsessão por ele. É preciso conhecê-lo, saber do que ele precisa. Entender seus desejos e se fazer presente em sua vida. 

Como fevereiro foi carnaval, não faltou texto mostrando que a folia e liderança têm tudo a ver. 

Março

Escrever um e-mail pode parecer tarefa fácil, mas algumas dicas podem ajudar. Esse assunto foi abordado aqui

Abril 

Meg Chiaramelli, head das escolas de de RH, Vendas e Marketing e do Núcleo de Coaching da Integração, foi fonte de uma matéria da revista Você S/A sobre contratos intermitentes. 

Maio 

Neste mês, foi a vez de Edson Herrrero, head da escola de Secretariado e Assessment da Integração, conversar com a mesma revista sobre gestão colaborativa e produtividade.

O pessoal da Aurora Alimentos, em Chapecó (SC), destacou na sua rede social a vivência aplicada pela Conquistar para os colaboradores de lá. Já a revista interna da Cesari, grupo de empresas integradas de soluções logísticas, falou sobre a implantação da sua universidade corporativa. Um de seus programas, o de Formação de Liderança Estratégica, foi desenvolvido em parceria com a Integração.  

Também falamos sobre liderança digital e contamos que a Integração chegou entre as empresas finalistas do Prêmio Tof of Mind de RH de 2018

Conversamos ainda com o Luis Zanin, head da Conquistar, empresa membro do Grupo Integração, sobre como a gamificação pode ser útil nos processo de recrutamento

Maio teve ainda texto sobre a relação entre arte e empresas, com participação do Fernando Cardoso, sócio-diretor da Integração, e artigo sobre storytelling, escrito pela nossa consultora Fernanda Dutra.

Junho 

Perdeu o audodiagnóstico de administração do tempo que compartilhamos? Ele ainda está disponível no blog.

Demos uma boa dica de leitura em junho: o livro sobre tendências em gestão de pessoas que traz artigo do head de Aprendizagem Corporativa, Marcelo Fernandes.

Explicamos ainda o que é o Método I+5 da Integração e compartilhamos um artigo de Meg Chiaramelli sobre o benefício de se ter uma universidade corporativa.

Mostramos também como o Workplace Big Five auxilia na gestão de perfil.

Julho

Nesse mês, contamos que Fernando Cardoso esteve nos Estados Unidos para uma atualização no Center for Creative Leadership.

Abordamos como jogos vivenciais são ferramentas para sensibilização de colaboradores.

Também falamos de um curso em formato de um jogo com foco na atenção ao cliente.

Agosto

Começamos agosto com um texto sobre as possibilidades da carreira de coach e também destacamos a diferença entre potencial e desempenho

A missão, a visão e os valores da Integração foram tema de um texto em nosso blog. 

Agosto foi especial porque recebemos Mario Sergio Cortella no Workshop de Notáveis.  

Setembro

Este foi o mês em que aconteceu mais uma edição do Road Show, quando os clientes convidados puderam ouvir renomados especialistas sobre liderança digital.

Também lançamos a nova escola da Integração, Transformação Digital, e celebramos o Dia do Profissional de Secretariado e Assessoria Executiva com artigo da nossa consultora Bete D’Elia que destacou seu papel. 

Outubro 

Tivemos Pedro Mandelli com uma excelente palestra sobre Liderança 360 Graus no Workshop de Notáveis.

Publicamos textos sobre tecnologias exponenciais e sobre o novo perfil do profissional de secretariado.

Edson Oliveira, palestrante que fez o Curso de Formação em Coaching conosco, deu um depoimento sobre sua história com a Integração.

Novembro

Apresentamos o novo jogo do catálogo da Conquistar, o Trade Winds, em novembro. 

O Workshop de Notáveis recebeu Eugenio Mussak e César Souza.

Nossa consultora Fernanda Dutra lançou seu primeiro livro.  

Dezembro

Fechamos o ano com a nova edição do Panorama do Treinamento no Brasil. Baixe seu exemplar

Saiu a nova edição do Panorama do Treinamento no Brasil

Em 2018, as empresas brasileiras investiram em treinamento e desenvolvimento (T&D) uma média de R$ 2,21 milhões – montante que representa 1,62% das despesas com folha de pagamento. Essa foi uma das descobertas da 13ª edição do Panorama de Treinamento no Brasil, estudo que investiga os principais indicadores da gestão de T&D nas companhias instaladas no país. Esse número, entretanto, sofreu uma retração de 8% se comparado aos investimentos na área em 2017, acompanhando o cenário de desaquecimento da economia do país. Paradoxalmente, a área tem ganhado relevância e se mostrado mais resistente aos períodos de recessão econômica.

A pesquisa mostra ainda um equilíbrio entre os investimentos em treinamento de líderes e não líderes, com R$ 1,15 milhão (52% da verba total) direcionados à formação de colaboradores e R$ 1 milhão (48%) aplicados no desenvolvimento das lideranças (18% representam capacitações para alta gestão e 30% para níveis de gerência e/ou supervisão). Essa proporção, porém, não é observada nos meios pelos quais são realizadas as capacitações: o investimento em e-learning ou educação à distância (EAD) é de apenas 15% das despesas com T&D contra 62% em treinamentos presenciais. Já os treinamentos “mistos”, que incluem atividades presenciais e EAD, representam 6% dos investimentos, enquanto os treinamentos realizados in-company atingem 17%.

O Panorama também identificou que, entre os não-líderes, 49% das ações de treinamento foram dedicadas à atividade-fim das companhias, enquanto as áreas comercial e administrativa receberam 23% e 28%, respectivamente. Essas ações foram distribuídas entre desenvolvimento comportamental (27%), técnico (49%) e obrigatório (24%) e, para 2019, incluirão temas importantes: a prioridade da indústria será a capacitação na área de processos, o setor de serviços focará em inovação e o comércio dará prioridade a vendas.

“Ouvimos 406 empresas no Brasil para determinar o montante de investimentos em T&D, como essa verba é alocada, o que é possível realizar e os resultados obtidos”, explica Fernando Cardoso, sócio-diretor da Integração. “Um dos diferenciais do nosso estudo é justamente o fato de apresentarmos indicadores financeiros, algo que nenhum outro levantamento do tipo oferece”.

O estudo, desenvolvido pela Integração Escola de Negócios, em parceria com a Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) e a Carvalho & Mello Consultoria Organizacional, analisou dados de empresas de diferentes segmentos e portes, entre nacionais (75%) e multinacionais (25%), com 32% das companhias respondentes representando o segmento da indústria, 13% o comércio e 45% o setor de serviços. Foram avaliados dados como investimentos, alocação de recursos, estratégias e tendências, entre outros, o que permite que as informações sejam analisadas de forma segmentada e confrontadas com os mesmos indicadores auferidos em empresas americanas.

A pesquisa Panorama do Treinamento no Brasil foi lançada na Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento (CBTD), na semana passada, em Santos. A íntegra do estudo está disponível para download aqui

Crédito do texto:
Assessoria de Imprensa
Helena Castello Branco
[email protected]
(11) 9 9872-3676 

Fernanda Dutra lança livro sobre o poder da arte e da gamificação nos treinamentos

Palestrante, coach, consultora de gestão de pessoas e escritora, Fernanda Dutra acrescenta mais um item ao seu currículo. Ela lança hoje, às 19 horas, no Conjunto Nacional da Avenida Paulista, seu primeiro livro: O Efeito Melão – Potencialize a Flexibilidade Cognitiva pela Arte e Gamificação (DVS Editora). 

Na Integração, Fernanda ministra vários cursos como o de Storytelling, o de Técnicas de Argumentação e Persuasão e o de Comunicação Não-Violenta. Em seus cursos, ela utiliza elementos de arte e de contação de histórias e toda a experiência de dez anos como consultora de treinamentos e desenvolvimento de pessoas em várias instituições foram a base para a escrita do seu livro. O lúdico que Fernanda incorpora a suas palestras, oficinas e aulas foi incorporado naturalmente, já que ela aliou suas duas formações: administração de empresas e artes plásticas. “Comecei a inserir a arte nos treinamentos para desenvolvimento de pessoas porque ela tem a capacidade de fazer despertar a plasticidade cognitiva das pessoas”, explica Fernanda. 

Arte e jogo para o desenvolvimento 

Além da arte, a consultora também utiliza a gamificação em seu trabalho. Ela conta por quê: “Os jogos são complementos importantes para os treinamentos. Assim como a arte, eles despertam a consciência e têm um aspecto interessante por ajudar a pessoa a se ver em grupo, a perceber como ela reage em determinadas situações, algo que, muitas vezes, não acontece quando ela está inserida na rotina do dia a dia”. 

Em seu livro O Efeito Melão, Fernanda conta como foi moldando seus cursos e palestras a partir da inserção desses elementos. O storytelling, que ela ensina em suas oficinas, está presente na construção da narrativa. Ou seja, a autora mostra, por meio de suas próprias experiências e histórias, como a arte e a gamificação aumentam a flexibilidade cognitiva, contribuindo para o desenvolvimento das pessoas. 

Arte paralela 

Fernanda também conta como a arte é benéfica para se ter mais foco e concentração. Em um dos capítulos, ela revela que faz mandalas, com as quais presenteia os amigos. A atividade, no entanto, não é apenas parte do trabalho de Fernanda como artista plástica. “O processo de fazer uma mandala funciona como uma meditação ativa. Quando preciso pensar melhor, paro para construir uma mandala e vejo que consigo reorganizar as ideias”, diz ela. 
Para o livro, a autora entrevistou doze profissionais que, como ela, tem a arte como algo que caminha junto a uma outra atividade profissional. “Quando já tinha terminado as entrevistas, descobri que Fernando Cardoso, sócio-diretor da Integração, é escultor. Achei uma coincidência muito bacana. Então, decidi convidá-lo para fazer a crítica de capa do livro”, afirma Fernanda.  

E o melão nessa história?

O Efeito Melão ganhou ainda um prefácio escrito pelo filósofo Mario Sergio Cortella, palestrante que todos os anos participa do Workshop de Notáveis da Integração. “Conheci o professor Cortella por meio de uma amiga que tínhamos em comum. Ele sempre foi muito gentil e generoso comigo e é uma honra ter um prefácio assinado por ele no meu primeiro livro”, afirma Fernanda. 

No livro, Fernanda descreve a história que deu título ao livro. Ela também narra o episódio em que, logo depois de apresentá-la em um treinamento de lideranças, um dos participantes teve uma boa ideia. O CEO da empresa desse participante, ao ouvir a ideia que nasceu ali naquele momento, disse: “é o efeito melão”. O episódio do melão é contado por Fernanda para explicar como o storytelling pode ser útil para transformar temas difíceis – dissonância cognitiva e neuroplasticidade, por exemplo -, em histórias fáceis de serem assimiladas.  

Quer saber mais sobre a história do melão? Clique aqui e veja o vídeo da Fernanda. Leia também O Efeito Melão para saber mais detalhes e ver como utilizar arte e gamificação para potencializar os treinamentos.   

Integração recebe homenagem por estar entre finalistas do Top of Mind de RH 2018

A Fênix Editora reuniu os finalistas do Prêmio Top of Mind de RH 2018 em um coquetel no dia 28 de junho, em São Paulo. O evento marcou a entrega das placas em homenagem aos cinco indicados de cada uma das 34 categorias da 21ª edição do prêmio. A Integração Escola de Negócios é finalista na categoria Treinamento e DesenvolvimentoAnna Barbara Treviso, especialista em Aprendizagem Corporativa, e Pamela Carrere, coordenadora de Marketing, prestigiaram o coquetel como representantes da Integração.

Profissionais de RH de todo o país indicaram empresas e nomes de destaque na área para concorrer ao Top of Mind de RH, um dos mais conceituados prêmios do setor. “Estar entre as cinco empresas mais citadas no seu segmento de atuação representa muito para a Integração. A primeira fase, que elegeu os finalistas, foi feita a partir de indicação espontânea. Isso significa que somos lembrados por muitos profissionais de RH”, comemora Pamela, que recebeu a placa comemorativa em nome da Integração.

A segunda etapa de votação ainda está aberta e vai até 5 de outubro. Para votar é simples: basta acessar o link a seguir  e escolher as empresas e profissionais de recursos humanos que você considera que merecem o Top of Mind de RH em 2018: http://bit.ly/2sEE164.

Jogos vivenciais: ferramenta para sensibilização

Ao longo de mais de uma década de experiência com atividades corporativas, presenciei diversas tendências de métodos para motivar profissionais. Já tivemos, por exemplo, a fase em que muitas empresas recorriam, principalmente, a atividades motivacionais outdoor. O Treinamento Experiencial ao Ar Livre (T.E.A.L) tinha como objetivo identificar certos comportamentos nos colaboradores ou simular situações extremas para que eles pudessem superá-las. Além de criar uma atmosfera motivacional, muitas vezes, esses treinamentos serviam de apoio para seleção de pessoal.

Atualmente, os jogos vivenciais vêm ganhando destaque. Eles diferem das dinâmicas que mencionei acima por estarem alicerçados em conceitos andragógicos (orientação de adultos para o aprendizado) com elementos de gamificação. São ainda contextualizados de modo a criar cenários lúdicos e, assim, alcançar o engajamento para a conclusão de uma tarefa.

Como os jogos podem ajudar as empresas hoje?

O mundo corporativo pode se beneficiar bastante dos jogos porque eles são atividades de sensibilização, isto é, são ferramentas que permitem trabalhar situações alinhadas ao objetivo e à demanda da empresa. Sendo assim, podemos afirmar que os jogos vão além de apenas atividades motivacionais. 

Os jogos têm o poder de inserir os colaboradores em situações lúdicas, tirando-os do dia a dia, ou seja, da zona de conforto, e colocando-os em contextos totalmente novos que forçam a utilização de diversas competências. Ao serem desafiados, eles precisam pôr em prática elementos comportamentais como comprometimento, liderança, sinergia, além de capacidades técnicas como comunicação assertiva, gestão de recursos e de risco, tempo, e criatividade para desenvolver processos, definir demanda e papéis após análise situacional, entre tantos outros. 

O resultado da vivência dos jogos surge em um curto espaço de tempo, podendo ser estudado e relacionado com as necessidades alinhadas pela empresa. Os jogos fornecem o ambiente perfeito para autoanálise e discussão dos elementos vivenciados e, por isso, são um material rico para gestores, líderes e setores de desenvolvimento humano. Com os indicadores, as corporações podem elaborar planos e ações para as mudanças propostas.

O poder da customização

Vamos pensar num exemplo. Suponhamos que uma empresa esteja em fase de inserção de um novo processo e que tem ocorrido muito ruído por causa desse cenário.  Os gestores, então, decidem fazer um jogo em que as principais competências abordadas sejam processos e comunicação. A partir da atividade, objetivos e ferramentas são inseridos e uma ambientação é criada para gerar experiências intensas, trazendo consciência aos colaboradores sobre a importância daqueles processos e a necessidade de correção dos ruídos. 

Em um jogo, podemos elaborar situações em que os colaboradores necessitem desenvolver processos para avançar na atividade e aperfeiçoar a comunicação para atingir plenamente os objetivos. Com esse material em mãos e no consciente coletivo, os colaboradores conseguem aprofundar uma discussão que, ao final, servirá para que saiam sensibilizados sobre o tema abordado. 

Elementos da cultura e metas da empresa, ou ainda material didático para capacitação dos colaboradores (como partes de cursos de educação corporativa) podem ser inseridos nos jogos, resultando em cenários customizados que refletem a realidade do negócio, sem perder o elemento lúdico. 

Jogos, em suma, são ferramentas para sensibilização, reflexão, mecanismos para uma compreensão das necessidades e simulações de respostas comportamentais. Eles fornecem informações e possibilidades para as mudanças desejadas.

Alain Segers, gerente de Operações da Conquistar 


A Conquistar desenvolve jogos vivenciais e é representante exclusiva no Brasil da Catalyst Teambuilding, maior rede de jogos corporativos do mundo. Conheça nossos jogos http://bit.ly/2KhCydf

Como criar valor em tempos de crise?

*Por Umberto Canônico, consultor da Integração Escola de Negócios

Em um cenário de crise, no qual as perspectivas não são favoráveis para quase nenhum segmento, há uma tendência de que os clientes valorizem ainda mais o próprio dinheiro, ponderando os investimentos. Para ser resiliente num cenário hostil, as empresas devem trabalhar buscando criar valor para seus clientes. Afinal, é isso que eles buscam.

Criar valores não está somente atrelado a produtos ou serviços oferecidos. Isso é obtido direcionando os esforços de todas as áreas de uma empresa em uma única direção, a geração de caixa. A equação é bem conhecida: é preciso aumentar a receita e reduzir os custos, preferencialmente de maneira simultânea.

Apesar de simples, a equação não é simplista, devido aos diversos aspectos que reúne. Veja a seguir algumas ações que, apesar de parecerem óbvias, nem sempre são implementadas pelas empresas para gerar caixa:

Melhorar a venda de produtos de maior valor agregado

Os produtos devem necessariamente ser aqueles que também agregam valor ao cliente, geram caixa para ele e encantam os consumidores.

Manter a equipe comercial alinhada com a estratégia de geração de caixa

Treinar a equipe no processo de vendas, fazendo-a conhecer os diferenciais competitivos dos produtos/serviços que comercializa e a forma com que eles podem se transformar em benefícios para o cliente.

Motivar as equipes interfuncionais

Criar campanhas que abranjam as equipes de vendas, de entrega e o suporte, de forma a criar sinergia e espírito de colaboração.

Criar indicadores de eficiência

Os indicadores devem orientar “como” chegar ao resultado, ou seja, à geração de caixa. Devem ser estruturados de maneira que permita a fácil compreensão, atualização e acompanhamento.

Definir metas realistas

As metas devem refletir o real momento do mercado, suas expectativas e as estratégias da empresa para enfrentar o cenário. Expectativas supervalorizadas, em muitos casos, são inatingíveis e acabam por desmotivar a equipe.

Redefinir investimentos e lançamentos de produtos/serviços

Ao avaliar o portfólio das empresas será possível ver que a lei de Pareto (20% dos produtos é responsável por 80% do faturamento) se aplica a todas as companhias, em relação ao número de produtos responsável pela geração de caixa. É preciso rever o portfólio, pois as implicações em se manter uma quantidade imensa de produtos afetam vários setores da empresa e ao invés de gerarem caixa acabam por destruí-lo.

Auxiliar clientes no processo de geração de caixa é possível por meio de quatro práticas:

1 – Prometer o que se pode cumprir e cumprir o que foi prometido: Sem dúvida, esta atitude está diretamente ligada à qualidade.

2 – Conhecer o negócio do cliente: Isso permitirá oferecer um “mix” de produtos/serviços adequados, considerando localização, perfil de consumo dos clientes dele, tamanho do estabelecimento e custos fixos.

3 – Oferecer a quantidade de produtos de acordo com o potencial do cliente: Deve-se levar em consideração o giro dos produtos, a frequência de compra e seu fluxo de caixa.

4 – Executar o sell out ajudando no giro dos produtos: Auxiliar no abastecimento e na exposição dos produtos e verificar a precificação, tendo em vista que produto sem preço não vende. Também é importante prover a comunicação por meio da correta utilização dos materiais de merchandising.

Essas são algumas sugestões que permitem às empresas trabalhar o que chamamos de cadeia de valor. Assim, vamos satisfazer a empresa por meio da geração de caixa. Em resumo:

  • Os clientes vão se manter fiéis ao fornecedor, pois também geram seus caixas.
  • Os consumidores terão suas expectativas atendidas ao comprarem os produtos/serviços.
  • Os fornecedores terão a continuidade de suas vendas.
  • Os colaboradores terão a garantia de seus empregos.

Quais dessas atitudes sua empresa tem posto em prática?

Área de T&D também é estratégica para os negócios

*Por Marcelo Fernandes, consultor da Integração Escola de Negócios

Os departamentos de treinamento são frequentemente avaliados pelos números que geram, seja de programas oferecidos, colaboradores treinados e conteúdos de e-learning produzidos, entre outros. Porém, avalio que esta seja uma métrica altamente ineficaz, para os que querem atingir uma efetiva melhoria no desempenho organizacional.

Abordagem sistêmica do T&D

Hoje, o que se espera dos profissionais de RH responsáveis pelo desenvolvimento e capacitação nas organizações não é a simples oferta de um catálogo de cursos. A expectativa é de que eles criem experiências de aprendizagem incorporadas ao trabalho, que atendam as necessidades empresariais vitais e resultem em melhor desempenho e impacto sobre os negócios.

Esta abordagem mais abrangente e sistêmica para as ações de treinamento, desenvolvimento e educação nas organizações envolve o entendimento de um conjunto de 10 componentes fundamentais para sua efetiva implementação:

1 – Direcionadores: mapear as competências organizacionais, para identificar as necessidades de aprendizagem atuais e futuras, considerando também o planejamento estratégico;

2 – Governança: modelar a forma de funcionamento do sistema de educação corporativa, definindo atores e seus papéis, com base em transparência para os processos de planejamento, decisão e gestão;

3 – Missão e visão: estabelecer os propósitos do sistema de educação corporativa. A missão acentua os propósitos e a visão procura descrever como o sistema deve ser para alcançar sua missão;

4 – Serviços: elaborar o rol de serviços, com soluções abrangentes e integradas às estratégias da organização. Busca-se também criar um ambiente que facilite o aprendizado;

5 – Programas: definir e estruturar programas educacionais, de acordo com os grandes eixos de educação corporativa e com público-alvo estabelecido;

6 – Recursos: estabelecer recursos humanos, materiais, físicos, financeiros e tecnológicos necessários à implantação e manutenção do sistema de educação corporativa;

7 – Organização: busca-se definir a forma de organização do sistema de educação corporativa. Uma questão que se levanta diz respeito sobre a centralização ou descentralização de suas atividades;

8 – Parceiros: selecionar os parceiros internos e externos com os quais o sistema de educação corporativa se associará;

9 – Tecnologia: definir as tecnologias para que a aprendizagem seja distribuída em toda a organização bem como a forma de utilização;

10 – Resultados: estabelecer as ações que buscam avaliar o nível de eficácia de uma ação educacional e, principalmente, as suas causas, de forma a permitir que novas melhorias possam ser feitas no processo.

A aplicação de cada componente descrito de forma alinhada com os objetivos do negócio tem grande relevância no projeto de um sistema de educação corporativa, permitindo à organização fortalecer a capacidade de aprendizado de seus colaboradores.