Workshop de Notáveis 2019 começou em grande estilo com Eugenio Mussak

Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) dedicou um livro a seu filho. Em Ética a Nicômaco, o filósofo grego deixou três perguntas para que o filho refletisse diariamente como forma de alcançar uma vida virtuosa e feliz. 

  • Quem sou eu?
  • Quem eu gostaria de ser?
  • O que eu preciso fazer para me tornar quem eu quero ser?

Foi com esse ensinamento deixado pelo discípulo de Platão que o educador Eugenio Mussak abriu sua palestra, na semana passada, no Workshop de Notáveis da Integração. Mussak, que é um dos mais renomados pensadores brasileiros de temas relacionados à gestão, falou sobre Inteligência Competitiva para Liderança. 

O leitor deve estar se perguntando o que as reflexões de Aristóteles têm a ver com o assunto da palestra. De acordo com Mussak, tudo. “A ideia é que a resposta a ‘quem eu gostaria de ser’ seja diferente a cada dia. Isso significa que tenho consciência da necessidade de desenvolvimento”, disse Mussak. “Ao propor refletir sobre o que é preciso fazer para se tornar quem a gente gostaria de ser, Aristóteles introduziu o pensamento estratégico, que parte da avaliação da situação atual e aponta caminhos para chegar ao que se deseja no futuro”, explicou.

No mundo do trabalho, ser competitivo faz parte desse processo de crescimento. Das discussões que Mussak propôs aos líderes presentes, as respostas sobre o que significa ser competitivo apontaram para: conseguir se manter no mercado, apresentar diferenciais, ter capacidade constante de evolução. “Nem todos são naturalmente competitivos, mas os profissionais devem indagar como podem ser competitivos dentro do padrão que a personalidade de cada um permite”, disse Mussak. 

Múltiplas inteligências

Além de uma profunda explanação sobre o conceito de competitividade e sua evolução ao longo do tempo, Mussak também abordou a existência dos diferentes tipos de inteligência. Quem desenvolveu a ideia de múltiplas inteligências foi o psicólogo americano Howard Gardner, da Universidade Harvard. De acordo com ele, existem ao menos oito tipos de inteligência e nenhuma delas deve ser desprezada:

1 – Lógico-matemática: associada à capacidade de trabalhar com a matemática, utilizar fórmulas e desempenhar raciocínio lógico.

2 – Naturalista: relacionada ao interesse pela natureza, à familiaridade com as plantas e animais.

3 – Espacial: habilidade para compreender figuras, formato de construções ou dimensões de terrenos, tornando fácil lidar com mapas e plantas, por exemplo. 

4 – Corporal: é a inteligência dos atletas, bailarinos, artesãos e até mesmo dos cirurgiões. Pessoas com essa inteligência têm equilíbrio, flexibilidade, coordenação e sabem utilizar o corpo para expressar emoções.

5 – Musical: típica de quem é sensível a notas e timbres, não só de instrumentos, mas também de sons da natureza. 

6 – Interpessoal: ligada à capacidade de se relacionar com outras pessoas, demonstrar empatia e compreender o que os outros querem passar. 

7 – Intrapessoal: relacionada à inteligência emocional, está presente em quem desenvolve a autocompreensão e a autoestima. 

8 – Linguística: presente em quem tem facilidade de aprender idiomas, domina as palavras e a escrita, além de conseguir falar de forma clara e precisa. 

Mussak explicou que alguém pode ter um ou mais desses tipos de inteligência e destacou que cada uma delas tem seu peso. O importante, conclui-se da participação de Mussak no Workshop de Notáveis, é saber identificar suas inteligências e seus pontos fortes, as competências que precisam ser trabalhadas, além de estar atento à necessidade de aperfeiçoamento constante, já que vivemos na era do conhecimento. Dessa forma, é possível manter-se competitivo no mundo atual. 

Fique atento às próximas paletras do Workshop de Notáveis.

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