Faça parte da geração de resultados

O professor Edson Herrero fala sobre as diversas gerações que convivem em uma empresa, seus benefícios e sua gestão.  

É inevitável: cada geração tem suas diferenças. E isso cria cada vez mais dilemas que precisam ser gerenciados pelas lideranças nas organizações. Mas essas diferenças também trazem ganhos para as equipes, uma vez que promovem surpresas, quebras de paradigmas e estimulam, querendo ou não, um olhar diferente e inovador nas equipes.

Liderança flexível

Apesar de tudo o que representa em termos de mudanças benéficas para pessoas e empresas, as marcadas diferenças exigem das lideranças um drive mais flexível no manejo dos conflitos gerados, tanto dentro quanto fora dos grupos.

Que gerações são essas? Vamos falar um pouco das características e do modo de agir de cada uma:

Veteranos

Nascidos depois da 1ª e antes da 2ª Guerra Mundial – 1920 a 1944.

  • Trabalham, agem e gerenciam seus negócios de maneira uniforme.
  • Lidam com produtos e vislumbram ganhos em grande escala.
  •  Orientam-se pelo sentido do dever e da obediência às regras.
  • Acreditam nas possibilidades lógicas.
  • Têm disciplina, lealdade e respeito à hierarquia.
  • Seguem a orientação de histórias empresariais consagradas.
  • Investem de forma conservadora.

Baby Boomers

Nascidos entre 1945 e 1960 (filhos da guerra).

  • São engajados em questões políticas.
  • Creem no progresso econômico e social.
  • Gerenciam por consenso.
  • São otimistas.
  • São obcecados pelo trabalho, mesmo em detrimento da vida familiar.
  • Procuram resolver tudo sozinho.

Geração X

Nascidos entre 1961 e 1980.

  • São autoconfiantes e céticos.
  • Tentam equilibrar a vida profissional com a pessoal.
  • Cumprem objetivos, e não prazos.
  • São informais, tanto para se vestir como para se relacionar com as pessoas.
  • Têm aversão à estruturas hierárquicas muito rígidas.
  • Buscam trabalhos que permitam a liberdade de pensar e de agir por conta própria.

Geração Y

Nascidos a partir de 1981 (geração digital).

  • São otimistas em relação ao futuro.
  • Rejeitam a categorização de raça, cor, religião e nível social.
  • Têm rapidez de raciocínio.
  • São capazes de fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo.
  • Absorvem um enorme número de informações.
  • Têm certo grau de dificuldade para correlacionar conteúdos.
  • Exigem que seus líderes pratiquem o que pregam.
  • Não abrem mão de tempo livre para o lazer e o ócio.
  • São apolíticos.

É evidente que não podemos generalizar as pessoas conforme essa divisão. É absolutamente possível que um colaborador Geração X reúna um ou mais atributos de um colaborador da Geração Baby Boomers, e vice-versa. Ainda bem que isso ocorre, não é?

Articulador de diferenças

Deixo uma dica para os líderes de qualquer geração: os ganhos com a diversidade no ambiente de trabalho podem ser inesgotáveis se a liderança souber como gerir, de maneira cooperativa e colaborativa, as marcadas diferenças existentes entre uma geração e outra.  

Atue como um articulador entre as deficiências de um e as competências e habilidades do outro, de forma a compartilhar ideias e recursos entre todos os colaboradores. Assim, você proporciona mais e melhores experiências, contribuindo para a individualidade e o autodesenvolvimento e oferecendo resultados mais eficazes para as empresas.”

Edson Herrero é professor da Integração Escola Negócios, onde ministra o curso Desenvolvimento de Coordenadores e SupervisoresClique aqui e conheça o programa do curso.

Emoção e razão: modo de usar

Vou começar com uma metáfora. Imagine que temos dois cães em constante conflito dentro de nós: um se chama razão. O outro, emoção. Quem ganha a disputa? Aquele que mais alimentarmos. Porque é essa a única escolha que temos. Escolha, guarde esta palavra.

Ao contrário do que muita gente pensa, autocontrole não significa apenas controlar as próprias emoções. É tomar uma atitude adequada envolvendo os sentimentos, o que chamo de atitude de ganho, algo que leva uma pessoa a atingir o resultado que procura de forma muito mais rápida.  

Resumindo:

Ter inteligência emocional é alimentar o cão certo, no momento certo, para que ele trabalhe a seu favor e o conduza em direção aos seus objetivos.

Quem tem autocontrole não se torna uma pessoa que aceita tudo com frieza e insensibilidade, mas alguém que participa, sente, se envolve e se emociona. Tudo isso mantendo o foco em seus objetivos, escolhendo as melhores respostas e o melhor comportamento para cada situação.

Aí você me pergunta: qual a importância desta competência no ambiente de trabalho? Definitivamente, não há mais espaço nas empresas para pessoas emocionalmente instáveis. A performance de um profissional é medida não só pelos seus resultados, mas também pela sua maneira de agir.

Por isso, deixo aqui 3 dicas para ajudar você a manter o autocontrole:

1. Conte até 10 se estiver em uma situação difícil. Sim, funciona. E tem explicação científica.

Primeiro, o óbvio: contar até 10 leva tempo. E se inteligência emocional é saber aproveitar os segundos ou minutos entre o que acontece comigo e a minha reação, para depois decidir o que fazer, esse tempo é mesmo valioso. Segundo, porque quem conta é o lado esquerdo do cérebro. Assim você é estimulado a reagir racionalmente, e não emocionalmente.

2. Mantenha o foco no que realmente importa. 

É fundamental que você tenha sempre em mente qual o objetivo que deseja alcançar. Afinal, essa é a primeira coisa que devemos pensar na hora de tomar a direção certa.

3. Pratique o autoconhecimento: perceba os sinais.

Preste atenção. Quando a emoção está tentando dominar você, seu corpo sempre envia algum sinal: as mãos começam a suar, as pernas ficam bambas, aparece aquele friozinho na barriga, entre outros sintomas. Então, fique atento para colocar os próximos passos em ação.

Não estou dizendo que você precisa mudar a sua personalidade. Longe disso. Você precisa é ter consciência dessa sua personalidade. Vou usar mais uma metáfora (já deu para perceber que gosto delas!): imagine a estrutura de um prédio, com pilares e vigas. Você não pode mudar uma viga de lugar ou desfazer a fundação. Isso é a sua personalidade. Mas você pode pintar a fachada de uma cor diferente, ou usar azulejos. Isso é o que as pessoas veem, o seu comportamento.  

Para terminar, se você é uma pessoa que se irrita facilmente e sabe que, quando algo o incomoda, a sua reação natural é responder com uma grosseria, REPROGRAME-SE. Reaja de maneira diferente. Experimente usar frases amortecedoras, do tipo ‘ Entendo que você pensa dessa forma, mas…’ ou ‘Eu também me sentia assim, mas…’ 

Enfim, nunca é demais refletir: quantas vezes tive atitudes descontroladas e inadequadas a uma determinada situação? Por que ser eu mesmo se eu posso ser melhor que eu mesmo? Será que não está na hora de buscar a competência do autocontrole? Sim, uma competência, algo que pode ser desenvolvido. Então vamos lá, coloque tudo isso em prática a partir de agora. O resultado depois você me conta!  

Eduardo Ribeiro é professor da Integração Escola Negócios, onde ministra o curso de Inteligência Emocional e Influência. Clique aqui e conheça o programa do curso.

Quer viver como protagonista ou como vítima?

Nesta semana, a protagonista do nosso blog é a professora Carla Weisz, da Integração Escola de Negócios. Carla também é escritora e adianta para nós, com exclusividade, um dos temas do seu livro “O dono da história”. Boa leitura.  

“Muitas vezes, sem perceber, reclamamos de situações externas que estão fora do nosso controle. Quando temos esta postura, acabamos ensinando nossas equipes e nossos filhos a se tornarem experts em reclamação, desenvolvendo a mania de culpar os outros ao invés de buscar soluções para atingir os melhores resultados, seja para a empresa ou para suas próprias vidas.”

Os bens materiais, a posição social, o trânsito, a política, o chefe, a economia, a concorrência, o câmbio, entre outros, são fatores externos que não podemos controlar. Só que muitas vezes reclamamos disso ou daquilo e, sem perceber, deixamos que essas queixas dominem nosso próprio espírito, pois esquecemos que a única coisa que está sob nosso controle somos nós mesmos.  

Em situações como essas que o protagonista deve direcionar toda sua energia na busca de uma solução. Um exemplo: você reconhece que seu concorrente está melhor preparado e dedica-se a aprender o que ainda não sabe sobre o mercado.

Transforme reclamação em ação

Claro que nem sempre é fácil evitar o que sentimos. Há dias em que as situações se complicam e comprometem nossos planos. Aí ficamos realmente desolados. Mas se queremos atuar como protagonista, devemos escolher como agir em relação aos nossos sentimentos e aos desafios que aparecem em nosso caminho. Sendo objetiva: temos 2 opções de atitude perante uma dificuldade. Podemos ficar reclamando sem parar. Ou então ir atrás de uma solução. Transformar essa reclamação em ação.  

Sabe qual a principal qualidade do protagonista? A humildade. Reconhecer que não sabe lidar com os desafios da vida e buscar o aprendizado, ver a si próprio como parte de um processo, e não como um produto acabado. É se manter aberto para aprender ou até mesmo desaprender.

Levar a vida com atitude de protagonista traz vários benefícios:
  • Aumenta a chance de realização pessoal.
  • Possibilita uma visão realista do que “EU” posso mudar ou influenciar.
  • Traz maior assertividade nas escolhas.

Uma frase poderosa que aciona o protagonista é: o que eu ainda não fiz que, se passar a fazer, vai aumentar minhas chances de ter bons resultados? Para finalizar, quando uma empresa ou uma pessoa têm atitude e mente de protagonista, a energia do trabalho se transforma:

  • Das queixas para as soluções.
  • Da busca de culpados para a responsabilidade compartilhada.
  • Da busca de culpados para a responsabilidade compartilhada.
  • Da defensividade para a cooperação.
  • Da reatividade para a proatividade.

“Deixo então uma última dica: Cada um de nós pode ser responsável pelo mundo que deseja viver. Agir, sempre. Acomodar, nunca.”  

Carla Weisz é consultora na Integração Escola Negócios.