Motivação 10 X desânimo 0

O professor Fábio Eltz já se tornou um habitué deste espaço, trazendo sempre temas relevantes e atuais. Desta vez, ele volta para falar sobre desafio e motivação. Então desafiamos você a ler e colocar tudo em prática.

“Sabemos que o desafio sempre mobiliza a humanidade. Da sociedade primitiva à sociedade atual, o ser humano descobre forças admiráveis para enfrentar guerras, doenças, catástrofes e crises econômicas. No mundo empresarial, isso não é diferente. Vemos pessoas que sofrem abalos em sua carreira e acabam descobrindo novos talentos, conquistando espaços nunca antes imaginados.”

Todo líder precisa pensar em desafios, saber que é isso que move o ser humano. Já para o colaborador, o desafio é um grande estímulo para crescer, aprender e se sentir satisfeito. Agir dessa forma não é complicado, basta assumir tarefas que exijam competências maiores do que se tem. Esse processo motiva o colaborador a se desenvolver para alcançar o objetivo estabelecido. E traz a sensação de crescimento.

Na prática, o líder pode fazer com que os desafios se tornem maiores com o decorrer do tempo. Porque ter vencido outros deles anteriormente aumenta a autoestima do colaborador, e dá segurança para ele superar os novos. É uma fonte de aprendizado e autoconfiança. Por isso o líder deve permanentemente estimular a equipe elegendo objetivos de trabalho desafiadores, que levem à conquista e à mobilização de forças individuais e coletivas.

Saber definir indicadores de produção e de eficácia é relativamente fácil, mas quando se trata de motivação e comprometimento torna-se uma tarefa complexa para um líder. Mas, acredite, é possível. Indicador é informação quantitativa estabelecida para avaliar algo, que pode ser tanto um objetivo, um serviço, uma situação ou um processo. Também pode ser um índice ou um número absoluto. E para se avaliar motivação criam-se critérios que são transformados em números, como a tabela abaixo, por exemplo:

Sempre = 5 Muitas vezes = 4 Algumas vezes = 3 Eventualmente = 2 Raramente = 1

Quer ver como funciona? Vou fazer algumas perguntas e você responde de acordo com a classificação da tabela, certo?

  1. Você busca fazer sempre o melhor, trabalhando com qualidade e seguindo os procedimentos corretos?
  2. Contribui com ideias de melhoria, apresentando evolução em sua rotina?
  3. Segue os prazos e apresenta alternativas de agilização de atividades?
  4. Vai além da sua função, demonstrando interesse pelos objetivos e resultados da sua área?
  5. É receptivo às mudanças, com iniciativa para buscar o conhecimento necessário?
  6. Busca sempre superar as metas de trabalho?
  7. Encara as dificuldades como desafios, avaliando as alternativas e apresentando a melhor solução possível?  
  8. Desenvolve-se a partir da identificação com a empresa, demonstrando interesse em crescer profissionalmente? 

Tudo isso pode parecer muito subjetivo, mas é uma excelente forma de avaliação. Para validar e melhorar estes indicadores, os mesmos podem ser definidos em conjunto com a equipe: os colaboradores podem sugerir outros itens mais específicos.

Para terminar, deixo uma dica: especificar o que é motivação e comprometimento é útil tanto ao líder quanto à equipe. Assim, fica mais fácil saber o que fazer e como se comportar.

Crie o hábito de se manter sempre atento e motivado. Desafie a si mesmo. E essa é a primeira coisa que você deve fazer todo dia, desde que acorda.

Fabio Eltz é professor da Integração Escola Negócios, onde ministra vários cursos.

Entenda como utilizar o feedback 360 graus

O fator humano é cada vez mais um desafio para as empresas. Os resultados não dependem só dos produtos e serviços que elas oferecem, mas também dos processos internos, da tecnologia utilizada e, principalmente, das pessoas. É, são as pessoas que fazem uma empresa atingir seus melhores resultados. Mas como desenvolvê-las? Existem profissionais prontos no mercado? Isso é verdade só em parte. Prontos para desafios, sim. Agora, para ajudar a organização a alcançar objetivos específicos, eles ainda têm um caminho a trilhar. E é isso que o professor Fábio Eltz, da Integração Escola de Negócios, vai contar pra gente.   

“O Feedback 360º é uma excelente ferramenta para estimular o desenvolvimento pessoal com foco nas demandas da empresa. Você passa a se ver a partir de diferentes ângulos, o que possibilita o aumento do autoconhecimento e uma maior precisão nos pontos que devem ser aprimorados”, diz Fábio. “Para garantir maior assertividade, a aplicação do Feedback 360º precisa ser muito bem estruturada. Funciona assim: o avaliado recebe o feedback do seu superior, subordinados ou pares, e ainda faz sua própria autoavaliação. Este conjunto de diferentes visões dá credibilidade ao resultado, fazendo com que múltiplas perspectivas sejam consideradas. E é um importante passo para se iniciar o desenvolvimento, junto com a análise das competências específicas. Outro aspecto a ser considerado: as avaliações são feitas de forma anônima, evitando constrangimentos. Tudo isso representa um processo extremamente rico, deixando o avaliado mais seguro sobre sua atuação e comportamento”, continua. 

Para pensar na importância do Feedback 360º é preciso considerar o aumento expressivo do autoconhecimento que o processo permite: como saber mais sobre nós mesmos, nossas emoções, reações, preferências, objetivos, valores e também sobre como os outros nos veem. Segundo o professor, ” para se conhecer, o profissional precisa refletir e interpretar suas atitudes. É uma realização, e não algo totalmente disponível. De nada adianta ele perceber os colegas, superiores e subordinados e não se perceber. Como influenciar sua equipe? Como seu jeito de ser e agir pode trazer resultados diferentes, no desempenho e no relacionamento com as pessoas? São questionamentos que devem sempre ser feitos.”  

Fábio enfatiza que o grande objetivo do Feeddback 360º é fazer o avaliado utilizar as percepções coletadas para aprimorar sua carreira profissional. E dá algumas dicas para que a ferramenta seja bem aproveitada:

  • Considere que a avaliação 360º mensura percepções que não podem ser encaradas como verdades absolutas.
  • Deve ser utilizado como uma estratégia de reflexão e de desenvolvimento. E não deve ser considerado uma mediação de performance, muito menos ser vinculado a um programa de remuneração variável.
  • É uma ação para mudar o futuro, não para fazer críticas sobre o passado.
  • Não é um evento emocional, mas sim um modo de garantir maior abrangência de percepções que vão ajudar a desenhar o processo como um todo.
  • O avaliado deve ser envolvido sempre, desde a escolha dos participantes que vão fazer sua avaliação até a elaboração e execução do plano de desenvolvimento.
  • A transparência do processo é fundamental para sua credibilidade.

“O autoconhecimento é o porto de partida para o desenvolvimento”, finaliza.

*Fabio Eltz, professor da Integração Escola de Negócios.

Dicas para estreitar relacionamentos na empresa

Convidamos o professor Fábio Eltz, da Integração Escola de Negócios, para falar sobre as vantagens de um bom ambiente de trabalho. E de como você é o grande responsável por isso.

DICA 1 – Aceite que o ser humano é complexo

Um dia estamos alegres, no outro acordamos de mau humor. Isso acontece com todo mundo. Não podemos pensar que só os outros têm seu dia de estresse ou de irritação. Todos nós temos problemas e dificuldades, altos e baixos. Por isso, se você está bem hoje, ajude o colega que está em um dia ruim. Assim, em algum outro momento você também vai receber apoio.

DICA 2 – Melhore sua percepção

Pessoas não são máquinas fotográficas que absorvem todos os detalhes de uma cena. A percepção depende da capacidade de atenção, dos interesses, das emoções, do sistema neurológico. Os comportamentos nos relacionamentos estão sujeitos a variações internas (pessoais) ou externas (situacionais). Esses fatores costumam gerar distorções de percepção. Comece a enxergar o seu colega e as situações como um todo, não se prenda a um único detalhe. Por exemplo: se alguém foi mal-educado com você, pense nos problemas que talvez ele esteja enfrentando. Se você melhora a percepção, os relacionamentos no trabalho também melhoram.

DICA 3 – Seja mais empático

Empatia é a capacidade de reconhecer necessidades e desejos das outras pessoas, permitindo relacionamentos mais eficazes. É um estado que faz perceber corretamente os componentes emocionais do outro, colocando-se no lugar dele. Ao compreender melhor as pessoas você aumenta sua visão como ser humano. E passa a aceitar melhor as diferenças, aprendendo a conviver com elas.  

DICA 4 – Aumente o autoconhecimento

É tudo o que sabemos sobre nós mesmos, nossas emoções, reações, preferências, objetivos, valores. E também sobre como os outros nos percebem. Todos nós temos pontos cegos, que são características pessoais das quais não temos conhecimento, mas que são evidentes para quem nos observa. E isso pode gerar dificuldades nos relacionamentos. Pare e pense um pouco: Quem sou eu? Quais são as minhas manias? Será que ando me irritando muito? O que me incomoda ou me deixa feliz? Faça esse exercício e veja como você vai compreender melhor as pessoas.

DICA 5 – Desenvolva suas habilidades sociais

São os comportamentos disponíveis no repertório de uma pessoa. E que contribuem para a qualidade e a efetividade das interações que ela estabelece com os outros. Sociabilidade é a capacidade de estabelecer contato de forma produtiva. É nutrir as relações positivamente e extrair o máximo delas. É ter competência para administrar relacionamentos e criar network. É encontrar pontos em comum e cultivar afinidades. Passe a defender suas posições sem ansiedade, encarando as diferenças de posicionamento como algo natural. Expresse seus sentimentos. Assim você exerce seus direitos sem interferir nos dos outros.

“Dizem que o trabalho enobrece o homem. Vou mais além: é você que enobrece o seu ambiente de trabalho”

finaliza Fábio.

*Fabio Eltz, professor da Integração Escola Negócios, onde ministra vários cursos de Comunicação e Liderança.

Há vagas para você

O mercado de trabalho não é mais o mesmo. Mas é difícil saber como se preparar para enfrentá-lo, já que as mudanças acontecem o tempo todo. Em matéria de empregabilidade, o mercado premia quem estiver melhor preparado para assumir desafios. E são profissionais assim que as empresas procuram.   

“Veja o cenário atual, repleto de diversidade cultural e de múltiplas inteligências”, diz Fábio Eltz, professor da Integração Escola de Negócios. “Não trabalhamos apenas com pessoas que pensam como nós. As equipes são compostas de 3 ou 4 gerações e perfis totalmente diferentes. E as divergências estão cada vez mais presentes no dia a dia. Para sobreviver neste novo cenário é preciso entender que a construção do sucesso é uma escolha coletiva. Toda boa ideia é decorrente da conexão de outras ideias por meio do trabalho em equipe”, continua Fábio.

Metodologias em ação

Quando se fala em educar o profissional, não nos referimos apenas aos cursos de graduação e pós-graduação, mas também ao desenvolvimento de competências comportamentais e à descoberta de novas formas de utilização da mente. Por isso, a primeira tarefa dos processos educacionais é fazer pensar. Articular conhecimentos. Desafiar a mente sempre que for possível. Como? Por meio de metodologias de aprendizado que garantem adesão e melhor concentração, como o estudo de cases de sucesso e de fracasso de empresas, que estimulam nossa análise crítica.

Outra metodologia ativa é o desenho de cenários e desdobramentos de possibilidades. Por exemplo: Se o produto da sua empresa fosse eliminado do mercado, o que você faria? E a empresa, sobreviveria? É um exercício que faz pensar e utiliza todo o conhecimento acumulado. 

Para Fábio, “além dos desafios constantes que podemos impor ao nosso cérebro, outra forma de educar o profissional para ser competitivo é aumentar o seu conhecimento em diversos campos. O trabalho voluntário é um ótimo exercício. Algumas instituições sociais ainda não estão acostumadas a pensar como uma empresa. Assim, para ser bem sucedido, você vai precisar usar seus recursos intelectuais e sua criatividade para driblar a falta de recursos.”

De modo geral, utilizar melhor as ferramentas mentais é fundamental para o sucesso na carreira. E Fábio resume tudo nesta dica: aproveite todas as experiências que puder. Trabalho voluntário, curso no exterior, leitura de livros com cases de empresas. Quanto mais diversificada a sua experiência, mais possibilidades de conquistas profissionais.  

*Fabio Eltz, professor da Integração Escola Negócios, onde ministra o curso de PDL – Programa de Desenvolvimento de LiderançaClique aqui e conheça o programa do curso.