Vinte e quatro horas por dia é pouco para você?

Em São Paulo, 13ºC. Garoa, vento e sensação térmica de 9ºC. Gosto sempre de fazer uma analogia entre o tempo (clima) e o tempo (horário). Porque se o dia tem 24 horas, muitas vezes sentimos a sensação de que tem 20, 19, 15 horas. Na verdade, tudo depende de como gerenciamos essa grande riqueza da vida: o tempo.

Correria. Essa palavra define a nossa época. Dia após dia, a impressão que temos é que falta tempo para tudo o que queremos fazer. Escuto isso com frequência em nossos treinamentos de Gestão do Tempo e Produtividade. Você também sente algo parecido?

No site www.salary.com há uma pesquisa mostrando que quase 70% dos americanos admitem desperdiçar tempo no trabalho. Dentre eles, 11% dedicam horas do expediente para assuntos não relacionados com as tarefas profissionais ou a carreira. Todos os entrevistados votaram nos principais vilões da produtividade:

  • 43% admitem perder tempo conversando com os colegas sobre. assuntos não relacionados à empresa.
  • 28% navegam na internet durante o expediente.
  • 19% culpam as intermináveis reuniões.
  • 13% sentem-se sobrecarregados de trabalho.
  • 8% dizem que são interrompidos pelo chefe várias vezes durante o dia.

É, isso também acontece lá fora. Então vou dar 10 dicas para você ganhar tempo e se tornar mais produtivo:

  1. Planejamento. Tenha sempre em mente aonde quer chegar.
  2. Organização. Cada coisa no seu lugar, cada lugar só com suas coisas.
  3. Disciplina. Para manter a ordem e seguir nas trilhas determinadas.
  4. Estabeleça prioridades, sempre.
  5. Tenha foco, isso evita distrações.
  6. Assertividade. Ajuda você a se comunicar com eficácia.
  7. Maturidade. Saiba dizer não.
  8. Lidere-se. Para não ser liderado por prioridades alheias.
  9. Escolha um método, por mais simples que seja.
  10. Faça o que gosta, goste do que faz e divirta-se fazendo.

Agora, se você é daqueles que passam horas nas redes sociais, cuidado. Isso pode se tornar um poderoso ladrão de tempo. Meu conselho: tenha horários pré-determinados para acessar LinkedIn, Facebook, Twitter, etc. Participe apenas das redes sociais que achar mais interessantes. Também evite entrar na Internet quando estiver com amigos ou colegas de trabalho em restaurantes ou bares. Dê atenção a eles, coloque a conversa em dia, dê boas risadas, demonstre seu interesse naquele encontro.  

Para terminar, deixo algumas questões para você refletir.
  • Quais são os seus sabotadores de tempo?
  • Você é perfeccionista e perde tempo com detalhes que não fazem diferença no resultado final?
  • Sente dificuldades para estabelecer limites a si mesmo e aos outros?
  • Participa de todas as reuniões possíveis?
  • Convida para essas reuniões apenas quem pode contribuir?
  • O que você faz se o seu chefe o interrompe com frequência?

Esta última eu já respondo, porque é uma questão delicada. Proponha uma conversa amistosa e respeitosa, visando a maior produtividade de ambos. Combinem como agir ao longo do dia, evitando tantas interrupções. Se for o caso, reveja as alçadas de decisão e deixe um horário pré-estabelecido para a troca de ideias sobre as tarefas em geral.

Enfim, não há formula mágica para ganhar tempo no trabalho. Há, sim, formas de agir que nos tornam mais ou menos produtivos.”

Márcia Rizzi é professora da Integração Escola Negócios, onde ministra o curso Administração do Tempo. Clique aqui e conheça o programa do curso.

Já pensou em ter um mentor na vida profissional?

Por Marcia Rizzi, consultora da Integração

No dia a dia das organizações, a cooperação deveria ser a base de tudo, porém a realidade mostra o oposto. A extrema competição interna destrói bons relacionamentos e gera ambientes hostis. Esse tem sido o tom nas últimas décadas. Cada um busca garantir o seu espaço sem favorecer os colegas, construindo barreiras que dificultam o trabalho e ameaçam a saúde dos colaboradores.

Precisamos repensar as empresas

Transformar o ambiente para que as pessoas possam crescer e se desenvolver além das metas e números. Nossa proposta é, então, dar um refresh no cenário corporativo, oferecendo trocas enriquecedoras para os colaboradores e para as organizações.

Como fazer isso? O programa de Mentoring é um dos caminhos. Essa metodologia vem sendo construída sem autores definidos, mas Rosa Bernhoeft é uma excelente referência para nós. Para Rosa, mentor é aquele que conduz, sinaliza, orienta, sem que precise fazer ou decidir pelo outro.

O papel de um mentor tem história: eles eram íntimos dos reis e chegavam mesmo a influenciar suas decisões. Nos tempos atuais, se apresentam de diversas formas: pais, professores, parentes, amigos, companheiros de trabalho. Resumindo: são pessoas que servem de exemplo e inspiração para a nossa conduta na vida.

Podemos definir o mentor como um colaborador que tem ampla experiência em determinada área da empresa. Assim, ele pode assumir o papel voluntário ou oficial de orientador de outro colaborador, que tanto pode ser experiente como estar em início de carreira. O Mentoring depende também de um promotor, o líder principal, que deve comunicar abertamente o seu apoio e confiança no processo.

Mentoring envolve questões de vida e carreira

É um processo de médio e longo prazo que pode utilizar:

  • Coaching – quando o foco é melhorar a performance profissional atual.
  • Avaliação de Desempenho e Avaliação 360º – quando se pretende avaliar o perfil profissional.
  • Orientação para questões pessoais – para ampliar a percepção sobre a sua vida fora do trabalho.  

O passo inicial é o mentorado admitir suas lacunas e aceitar receber orientação. O passo seguinte é escolher uma pessoa que o ajude a pensar se suas escolhas indicam o caminho certo ou se será necessário fazer ajustes. O ponto de partida é a confiança. O objetivo é a troca de experiências e o incentivo ao aprendizado. O mentor representa a organização. Compartilha sua experiência e conhecimento, transmite valores, visão e padrões da empresa, oferece soluções para aspectos técnicos e explica as formas eficazes de chegar aos resultados esperados.

Na prática, toda organização que tem adotado o Mentoring direciona o processo a grupos de profissionais de grande potencial. Aqui fazemos um convite à reflexão: por que o Mentoring não é levado a todos os níveis? São inúmeros os benefícios da sua aplicação, como o auxílio na integração e formação de novos colaboradores, acelerando a adaptação deles à cultura organizacional, aumentando a confiança e o comprometimento com sua nova empresa. Já os obstáculos ao processo podem ser percebidos pela resistência interna e pelo clima de competição, entre outros.

Pare e pense. O que eu posso fazer para me desenvolver mais, e até mesmo mudar a minha rotina profissional? Procure um mentor. Ou incentive processos de Mentoring na sua organização.”   

Está se sentindo pressionado? Impressione

O profissional de hoje é alvo de pressões por todos os lados. Metas, metas e metas. Prazos, prazos e prazos. As empresas têm objetivos cada vez mais desafiadores, e o colaborador que não se adaptar a esses novos tempos vai ficar para trás.

Para falar melhor sobre o assunto, convidamos a professora Márcia Rizzi, da Integração Escola de Negócios.  

1. Pode contar pra gente o que é resiliência? 

O termo veio da Física. Significa a capacidade que alguns materiais têm de absorver impacto e retornar à forma original, como uma mola. Transferido para o contexto das organizações, este conceito é usado para identificar as pessoas que superam dificuldades e desafios. E que se fortalecem a partir de várias adversidades, como a pressão pelo cumprimento de metas. Sabe um ótimo exemplo de resiliência? O bambu. Porque enverga mas não quebra com o vento.

2. Por que é considerada a competência do momento no mundo empresarial?  

Os altos níveis de cobrança por resultados e a competitividade nas organizações justificam a grande procura por pessoas resilientes. No trabalho, convivemos o tempo todo com situações que podem causar frustração: discussões, pressões, fofocas. Ser resiliente é se tornar resistente a tudo isso. Quem desenvolve esta competência tem mais chances de construir uma carreira sólida e duradoura.  

3. As organizações preferem os profissionais resilientes? Quais as características deles?

Sim, o clima organizacional e o relacionamento entre os colaboradores sofrem o impacto da presença ou não dessa capacidade. A principal característica deste tipo de profissional é aceitar positivamente as mudanças e enxergar nelas uma oportunidade de crescimento. Outras características são: autoconfiança, bom humor, empatia, otimismo, sociabilidade, autoconhecimento e valores positivos.

4. Que dica você dá pra alguém que quer se tornar resiliente? 

Você pode aprender esta capacidade em qualquer fase da sua carreira. Resiliência não é uma característica que você tem ou não: há maneiras de identificar como uma pessoa lida com o estresse.

Antes de tudo, busque um sentido para a sua vida estabelecendo um NORTE, uma direção para os seus objetivos e projetos. Tanto no lado pessoal quanto no profissional. Agora, pra desenvolver essa competência é necessário autoconhecimento. Então, coaching e terapia também podem ajudar. Conhecendo-se melhor e captando a percepção de como as pessoas veem você, fica mais fácil traçar metas e reagir com naturalidade às mudanças.

5. Que cursos tratam disso na Integração Escola de Negócios?

Olha, nós temos diversos treinamentos que abordam o assunto, como cursos de liderança, negociação, relacionamento interpessoal e administração do tempo. É só dar uma passadinha na Integração.

* Márcia Rizzi, professora da Integração Escola Negócios, onde ministra o curso de Administração do Tempo. Clique aqui e conheça o programa do curso.