Programa de Desenvolvimento de Liderança online com aulas ao vivo

O Programa de Desenvolvimento de Liderança (PDL) da Integração foi lançado em 2012 e já teve mais de 3 mil alunos, de diferentes empresas e segmentos, cidades, estados e até países. Agora, o PDL – Para Líder de Pessoas, Processos e Metas ganhou também sua versão online. As aulas são ao vivo e o curso continua com todo o conteúdo que fez dele um dos mais procurados e bem avaliados da Integração. O curso acontecerá entre os dias 1º e 30 de setembro

“Nós nos empenhamos para construir algo muito similar ao curso presencial. O PDL Online tem aulas online ao vivo e um material de autoestudo completo”, garante Fabio Eltz, head das Escolas de Liderança e de Comunicação. Fabio é um dos professores do curso, cujo time inclui Fernando Cardoso, sócio-diretor da Integração, Meg Chiaramelli, head da Escola de RH e do Núcleo de Coach, e os consultores Vivien Chivalski e Marcelo Carbonari.

Aspectos operacionais do dia a dia no trabalho ainda ocupam muito da rotina dos líderes. A estratégia do PDL, portanto, é fazer a transição do comportamental para o papel de gestor. O curso parte do autoconhecimento, expande a perspectiva da liderança e foca em táticas para desempenho. Durante um mês, com aulas online ao vivo em cada um dos módulos, os profissionais terão acesso a conteúdo sobre feedback, motivação, planejamento, delegação e ainda receberão informações importantes sobre como explorar melhorar o potencial da equipe.

Papel do líder de pessoas, processos e metas

Aspectos que envolvem o papel líder estão no primeiro módulo do PDL. Dessa forma, esse módulo se concentra em três eixos de mudança: como melhorar a forma de administração do tempo, como desenvolver habilidades e como encontrar um novo significado para o dia a dia. Os líderes compreenderão como gerenciar o clima de trabalho, como fazer abordagens positivas em casos de conflito e como tirar proveito da diversidade da equipe. Além disso, os alunos serão expostos a conteúdos que vão ajudá-los a conseguir o alinhamento ideal da equipe para implementar as estratégias da área e da empresa. “O objetivo do PDL é fortalecer a liderança. Nesse momento, em que atravessamos uma pandemia, há ainda mais pressão sobre os líderes para recuperar os resultados. Por isso, um líder forte é essencial para que ele consiga dar conta de todos os desafios que ainda vamos enfrentar”, observa Fabio.

Business Game

O segundo módulo do PDL é o Business Game. Assim, os líderes vivenciarão uma experiência diferenciada. Com o uso do simulador de negócios CAPSTONE, os alunos consolidarão modelos e conceitos relacionados a visão sistêmica, tomada de decisão, trabalho em equipe e liderança. A partir de uma plataforma interativa, com simulação de hipóteses, os alunos vão aprender com suas decisões a construir um planejamento gerencial com segurança.

Autoconhecimento

Nesse módulo, os profissionais terão a oportunidade de descobrir aspectos de sua personalidade e inteligência emocional por meio da ferramenta de assessment WorkPlace BigFive Profile®. Os alunos também vão discutir sobre o estilo de liderança e como isso impacta na relação com a organização. Eles também vão compreender como buscar formas de fortalecer essa maneira de liderar.

Líder coach

Outro módulo do PDL Online aborda o líder coach. Nele, os profissionais terão a chance de conhecer as ferramentas de coaching e aprender sobre perguntas poderosas, capazes de melhorar a gestão e o desenvolvimento da equipe.

Comunicação e feedback

Nesse último módulo do Programa de Desenvolvimento de Liderança Online, os profissionais vão tratar de comunicação e relacionamentos, como melhorar o processo de se comunicar, além de aprenderem tudo sobre o processo de feedback.

Café virtual

Durante todo o curso, os alunos terão acesso a uma sala de café virtual. “Essa sala estará aberta 24 horas por dia. Será um espaço para que as pessoas contem histórias e consigam interagir entre elas, assim como acontece no PDL presencial”, diz Fabio. Os professores acompanharão e participarão das conversas, interagindo, dessa forma, com os alunos durante todo mês.

Mentoria no PDL Online

Uma novidade do Programa de Desenvolvimento de Liderança Online são os momentos de mentoria. Durante o curso, serão três sessões em grupo. “Temos certeza que a mentoria será muito bacana. Tanto os professores quanto os alunos têm muitas experiências para contar e isso vai, sem dúvida, enriquecer os temas que vamos discutir no curso”, afirma Fabio.

Dicas para o uso inteligente do e-mail

Tenho uma mensagem importante pra você: por que, muitas vezes, uma coisa que deveria facilitar a vida faz a gente perder tempo e ainda gerar frustração?

Vou ser mais direta: por que aparecem em nossa caixa de mensagens tantos e-mails confusos, desconexos ou que não precisamos receber? Por que escrevemos um e-mail para confirmar ou registrar um simples pedido feito ao colega da mesa ao lado?

A comunicação eletrônica veio para ficar. Nasceu para ser uma ferramenta eficaz nos negócios e nas relações entre pessoas e empresas. O problema surge quando é usada de forma impensada e automática. O e-mail não existe para substituir um telefonema ou uma conversa. Também não faz sentido ligar para alguém, depois de enviar um e-mail para essa mesma pessoa, para explicar exatamente o que se quis dizer por escrito. Isso só confirma uma coisa: a mensagem não foi clara.

Muita gente gasta horas do dia lutando contra a sua caixa de entrada, com dezenas, centenas de e-mails não lidos ou pendentes. Nas piores situações, isso se torna um vício e a pessoa monitora a chegada de novos arquivos o tempo todo. Não se desliga, não cria, não usa outras formas de comunicação.

O uso inteligente do e-mail precisa fazer parte do nosso cotidiano. Temos que entender que a ferramenta existe para encurtar distâncias, facilitar processos, tirar do caminho coisas pequenas. Para que assim possamos investir nosso tempo com a comunicação que realmente importa. Tanto para nós quanto para a empresa. Como isso acontece na prática? Deixo aqui algumas dicas:  

1. Planeje seu texto.

Não caia na armadilha de começar a redigir sem saber exatamente o que e para quem quer comunicar. Muita gente me pergunta: não é melhor começar logo a escrever? Será que as idéias podem vir enquanto digito o texto? Sim, elas podem vir, mas provavelmente de uma forma desorganizada, sem relação com o que é importante para o leitor. Minha recomendação é: pense em quem vai receber a mensagem. Tente antecipar as dúvidas do leitor e quais os pontos importantes que vão envolvê-lo.

2. Tenha um propósito claro.

Saiba exatamente o que você precisa comunicar no e-mail. Com isso, seu texto vai ficar mais claro e objetivo. E o leitor não vai ligar e perguntar: o que você realmente quer de mim?

3. Tenha certeza.

Você precisa enviar a mensagem para aquela pessoa? Evite uma possível resposta como: tudo bem, mas o que eu tenho a ver com isso? Assim, o fluxo de informação em sua empresa vai ser muito mais racional e efetivo.

4. Comece pela informação mais relevante para o leitor.

Só depois dê exemplos, explicações e argumentos. Abandone aqueles inícios clássicos como: “Considerando a reunião do dia tal”, “Tendo em vista as necessidades do cliente”. Seja direto. Se quiser pedir algo, faça isso logo no começo. Se precisar esclarecer alguma coisa, evite rodeios.  

5. Revise seu texto antes de enviá-lo.

Parece óbvio, mas não é. Erros gramaticais, aquela palavrinha solta, uma frase sem sentido, tudo isso pode ser evitado com uma leitura criteriosa. Não deixe que a falta de tempo justifique o envio de uma mensagem mal escrita. É sua imagem que está em jogo.

Ficou alguma dúvida? É só me enviar um email!

Vivien Chivalski é professora da Integração Escola Negócios, onde ministra o curso de Redação Empresarial. Clique aqui e conheça o programa do curso. 

Comunicação escrita eficaz nas empresas

A tecnologia proporcionou avanços à comunicação escrita corporativa. Atualmente, temos excelentes ferramentas para nos auxiliar a corrigir erros, usar soluções gráficas e, principalmente, economizar tempo no envio e recepção das mensagens.

Por outro lado, escrever também pode ser algo complexo. Equipes cada vez mais enxutas, excesso de tarefas a realizar, grande volume de informações desafiam nosso cotidiano e nos levam a ter pouco tempo para planejar e elaborar os textos como provavelmente gostaríamos de fazer. Selecionamos algumas dicas da especialista Vivien Chivalski, para auxiliar você a melhorar a sua comunicação no ambiente corporativo:

1. Escrever não é falar

O primeiro ponto que devemos observar é que há muitas informações a serem passadas e devemos separar as essenciais das desnecessárias, antes de iniciar qualquer processo de comunicação. Outro ponto é perceber que as pessoas são diferentes, têm culturas, percepções e imagens distintas, mas precisam construir algo comum.

Ao convocar um grupo para uma reunião, por exemplo, o redator deve se lembrar de todas as informações necessárias para que cada leitor participe da reunião no dia e hora marcados. Se, após enviar a mensagem, o redator precisar confirmar informações, esclarecer o que escreveu ou acrescentar detalhes pelo telefone, significará que a comunicação não foi eficaz.

A comunicação nas empresas tem papel integrador e viabilizar a tomada de decisões, ações e processos diretamente relacionados à imagem, reputação e clima organizacional, questões fundamentais para que se atinjam os resultados esperados.

O processo de comunicação pode realizar-se pela linguagem oral ou escrita e, embora a língua seja a mesma, a expressão escrita difere da oral – falar é diferente de escrever, pois os recursos de um são diferentes dos do outro. Devemos analisar a linguagem oral como algo que serve de suporte à escrita.

A língua falada pressupõe contato direto entre as pessoas, onde o vocabulário é mais restrito, mas está em constante renovação. Se o orador não usar recursos que garantam empatia com a audiência na emissão, pode ser que a comunicação não aconteça, mesmo que haja planejamento e preparação para o discurso.

Na linguagem escrita, o contato é indireto entre os interlocutores. As estruturas e o vocabulário são mais apurados e mais conservadores. Também há alguns desafios e um deles é que escrevemos muito atualmente e, algumas vezes, optamos pela escrita quando outra forma de comunicação seria a melhor opção.

Comunicar-se de forma eficaz é promover a troca/o encontro. É saber influenciar as pessoas sabendo ouvi-las. É ser claro e manter-se no foco, saber claramente o que se espera de cada reunião, e-mail, contato telefônico, recado, aviso no mural. Escolher a melhor forma de transmitir a informação é um dos primeiros passos para ser eficaz na comunicação.

2. Seja profissional e cordial

Um texto corporativo deve ser focado apenas em assuntos relacionados à empresa. Não há espaço para assuntos pessoais, brincadeiras e piadas, mas isso não quer dizer que essa comunicação deva ser pesada ou arrogante. Ser objetivo, e tratar diretamente dos assuntos importantes ao negócio e às relações de trabalho, mostra respeito com o leitor e evita constrangimentos.

Precisa pedir um favor? Vai cobrar um devedor? Está bravo? Precisa fazer uma reclamação? Seja educado sempre! Comunique-se com firmeza, assertividade, declare exatamente o que precisa ser dito, mas seja educado em qualquer circunstância. Inicie um documento com cordialidade, use palavras como “por favor” e “obrigado”, assuma e assine tudo o que escrever.

3. Primeira pessoa, sempre

Escreva na primeira pessoa do singular ou do plural. Evite expressões que despersonalizam a comunicação como: recomenda-se, o departamento recomenda, é recomendável. Além disso, evite mudar de abordagem no meio do texto: se começar com recomendamos, continue com essa forma de linguagem até o fim do texto.

4. Fale a linguagem do leitor

Um bom texto deve ser escrito para o outro, o leitor, que precisa ter respeitados seu repertório, necessidades de informação e de direcionamento. No entanto, é preciso cautela, pois podemos ter leitores diferentes. As pessoas são únicas e têm necessidades diferentes de
informação, detalhamento e explicações. Além disso, recebem e entendem as informações seguindo seu jeito de pensar e suas expectativas. Para definir qual é o perfil do seu leitor, faça a si mesmo as seguintes perguntas:

  • Quem vai liderar a ação?
  • Quem vai agir?
  • Quem vai utilizar as informações?
  • Quem precisa conhecer a situação?
  • Quem será mencionado?
  • Quem deve ser consultado?

Nunca distraia, confunda ou ofenda seus leitores. Excesso de informação pode distrair e alguns aspectos podem confundi-los, como: cores, datas, horas, símbolos, medidas, nomes incorretos e excesso de números.

Ofensas são mais subjetivas – um pedido fora de contexto, cópias desnecessárias e tantas outras situações podem estremecer relacionamentos com pares, clientes, fornecedores. Além disso, as pessoas não buscam informações da mesma forma: algumas as querem para tomar decisão (decisoras), para elas o tempo da informação é já, agora. Há outras que são analíticas (introspectivas), precisam da informação, mas precisam também de tempo para digeri-las, o tempo delas é o depois. Há, ainda, quem precise de suporte e aceitação social para captar a mensagem (sociáveis) e outras pessoas que sentem que a informação só é confiável se houver detalhes (detalhistas).

5. Regras de etiqueta

O e-mail é um documento empresarial como qualquer outro. Apesar da rapidez em enviar/receber a mensagem e da proximidade que há com o leitor, ele deve seguir as mesmas regras de educação e profissionalismo que regem as relações nos negócios. Nesse contexto, as principais regras de etiqueta são:

  • Escrever com tato e evitar excesso de letras maiúsculas e minúsculas 
  • Usar cumprimento inicial e assinar as mensagens     
  • Revisar a mensagem para que não haja erros gramaticais  
  • Evitar enviar mensagens com cópia para todos. É preciso ter cuidado com o endereço de e-mail das outras pessoas
  • Não ofender, distrair ou confundir o leitor
Quer desenvolver ainda mais a sua comunicação estrita?

No curso de Redação Empresarial você vai aprender a produzir textos mais claros, concisos, estruturados e estimulantes aos leitores. Quebrar barreiras na aprendizagem de conceitos gramaticais, com dicas e soluções aplicáveis à realidade de trabalho. Entender a importância da comunicação escrita para as empresas e elabore um material de autoanálise para criar um plano de melhoria.

O objetivo do curso
  • Fortaleça seu poder de comunicação escrita com habilidades de expressão, organização de ideias e linguagem.
  • Ganhe confiança e segurança para expor ideias, apresentar projetos e engajar pessoas pela comunicação escrita. Aprenda a expressar-se com clareza para ganhar atenção e adesão dos leitores.
  • Tenha força nos argumentos e exposição de ideias de forma estruturada, confiante e congruente. Estabeleça uma comunicação escrita assertiva, segura e cordial para se chegar a resultados positivos e relacionamentos cada vez mais saudáveis.
  • Saiba como evitar distrações e desgastes criados por comunicação escrita incerta ou inadequada à situação e ao momento

Para mais informações do curso de Redação Empresarial, da Integração Escola de Negócios, clique aqui

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O desafio de se comunicar bem

Imagine dois profissionais de perfis opostos. Um é prático, argumenta e se expressa com clareza e objetividade. Em reuniões, expõe opiniões com desenvoltura. Seus e-mails são curtos. O outro é introspectivo, tímido. Dado a reflexões, preocupa-se sempre em pensar mais antes de falar. Não raro, sai de reuniões sem abrir a boca. Seus e-mails são pontuados por considerações e ressalvas. Ambos são reconhecidos como bons profissionais. Mas qual dos dois se comunica melhor? Qual é o desafio de se comunicar bem?

Segundo a consultora Vivien Chivalski, que ministra seminários sobre comunicação corporativa, técnicas de apresentação, redação empresarial e formação de comunicadores, responder a essa pergunta com base apenas nas informações acima seria um erro. “Na comunicação, não importa como você é, importa com quem vai falar. É nesse contexto que entra o desafio de se comunicar bem”, diz ela.

Para a especialista, mesmo os mais tímidos podem aprender técnicas para desenvolver capacidade de expressão, assertividade e abordagens eficazes de comunicação. Da mesma forma, pessoas com dificuldade de se expressar por escrito podem exercitar tal habilidade. “A técnica é o mais fácil”, garante. O “pulo do gato”, no entanto, estaria na capacidade de adaptação da pessoa às diversas situações de interação. Isso envolve conhecer o interlocutor, colocar-se no lugar dele, escutá-lo.

Ela dá um exemplo: “A sede da empresa vai mudar do bairro A para o B. A pessoa encarregada de informar os colaboradores prepara um e-mail expondo as razões da mudança e suas implicações para o funcionamento da empresa. Mas… e quanto às implicações para a vida dos funcionários?” Levar em consideração esses fatores – por exemplo, como o novo endereço afeta os deslocamentos diários entre empresa e residência, ou quais serviços e facilidades o novo bairro tem a oferecer para os funcionários – ajudaria a estabelecer uma comunicação mais eficaz.

O que caracteriza uma boa comunicação

“As pessoas dizem: a boa comunicação é clara e objetiva. Eu concordo. Mas o maior desafio de se comunicar bem é: clareza e objetividade para quem?”. Nas palavras da professora, para vencer o desafio de se comunicar bem é preciso aceitar que essa “é uma relação de adaptação o tempo todo, que requer mais do que habilidades, requer atitudes, como empatia, inteligência emocional e social, escuta ativa”.

Nos cursos que ministra, como os que oferece na Integração, Vivien costuma dizer que, se houvesse uma equação para ultrapassar o desafio de se comunicar bem, assim ela seria descrita: 1O3A. Ou: Observação, Análise, Avaliação e Ação. É preciso, segundo essa equação, observar e analisar o contexto, primeiro, para depois avaliar o que deve ou não ser comunicado, para quem e como deve ser comunicado. E só então partir para a ação concreta, seja ela redigir um e-mail, pronunciar-se em uma reunião ou, mesmo, calar-se. “As pessoas costumam agir primeiro. Só quando percebem que algo não deu certo é que vão observar, analisar e avaliar. Aí eu brinco que entra um outro A, o do Arrependimento.”

Qualquer pessoa que já enviou um e-mail um pouco mais exaltado para um colega de trabalho sabe do que ela está falando.

De acordo com a especialistas, o é que muitos dos profissionais que ela atende argumentam “não terem tempo a perder” com a reflexão anterior. “Principalmente os profissionais de áreas produtivas ou muito especialistas em suas áreas dizem: ‘Eu tenho é que trabalhar, não posso me preocupar com a comunicação’”, diz. “Como se fosse possível trabalhar sem fazer comunicação.”

Os riscos de não se comunicar bem

Os resultados de tal negligência, argumenta Vivien, podem custar mais do que aparentam: “Quantos e-mails são trocados sob base de emoções negativas? Quantos são enviados apressadamente, só para depois eu ter de ligar para o destinatário e confirmar que, sim, ele havia lido e entendido a mensagem? Qual o número dos que são disparados com cópia para todos, mesmo que alguns não estejam envolvidos? E quantos são enviados só para eu me livrar da ‘batata quente’ ou para colocar temor: ‘O chefe está sabendo”?

Ela cita uma pesquisa da revista Exame que afirma que o profissional brasileiro utiliza, em média, duas horas por dia lendo e redigindo e-mails. E continua: “Agora imagine que cada e-mail sem resultado custasse à empresa um centavo – o que não é verdade, custa até mais. O quanto as empresas estão jogando no lixo porque seus profissionais não se comunicam bem?”

Embora, obviamente, não exista a receita infalível da boa comunicação, Vivien admite haver ingredientes indispensáveis para que um profissional desenvolva-se como um bom comunicador – e não apenas em seu cotidiano corporativo. A seguir, ela cita alguns desses ingredientes.

Quatro requisitos para se comunicar bem

1. Seja Claro, conciso, simples – para o outro

Preocupar-se com o entendimento do interlocutor numa conversa, ou do receptor de uma mensagem escrita, é regra básica, mas facilmente ignorada. Uma vez, num curso, as pessoas se apresentavam dizendo as siglas de seus departamentos: ‘Meu nome é João, do ABCD’ ou ‘Eu sou Maria, do XYZ’”, diz Vivien. “Elas estavam tão acostumadas a usar a sigla de seus setores que não percebiam que eu não fazia a menor ideia do que estavam falando.”

Para a professora, a concisão também é importante – “quem fala demais dá bom dia a poste”, brinca –, mas não pode vir às custas do entendimento ou do bom relacionamento. “Saber o quanto é preciso falar ou escrever é uma habilidade.”

E sempre ajuda ter em mente o princípio da simplicidade, principalmente na linguagem escrita, que costuma trair alguns vícios: As pessoas acham que, ao recorrer à comunicação escrita, você tem que colocar roupa de gala. Coisas como ‘vimos por meio desta’ ou ‘acusamos recebimento’, que só criam gordura e distração.

2. Tenha um propósito

Ser objetivo é ter um objetivo. Posso dizer que a objetividade vem antes das habilidades de ser claro, conciso e simples.”, diz Vivien. “Eu preciso saber qual é o meu propósito, qual resultado espero, para definir o que vou comunicar.” A definição de objetivos evitaria equívocos comuns no uso do e-mail corporativo, como o hábito de enviar uma mensagem com cópia para vários destinatários sem necessidade, ou escrever mensagens que precisam ser acompanhadas de explicações mais detalhadas ao telefone. “Muitas vezes a pessoa recebe um extenso e-mail, muito bem explicado, e envia de resposta apenas um ‘ok’. Mas ok a quê? A qual ponto do e-mail? Quer dizer, ela não estava comprometida com o resultado da conversa. Enviou a resposta só para se livrar da obrigação, sem compromisso.”

3.   Acredite que terá resultado

Um item que parece bobagem. No entanto, quantas vezes não se ouve, no dia a dia corporativo, reclamações como “não adianta falar com fulano, ele não resolve”, ou “um e-mail não vai resolver nada”? Vivien garante: Isso, nas empresas, tem um papel terrível, é uma atitude tóxica. As pessoas deixam de tratar dos problemas, empurram com a barriga, já falam desmotivados – ou pior, falam para os lados, reclamam para os outros, o que é uma atitude passivo-agressiva.” A ausência da comunicação por falta de visão de futuro, diz a especialista, é muito grave.

4.   Antes de falar, escute – o outro e a você mesmo

Não se deve interpretar o conselho literalmente. A escuta à que Vivien se refere é a observação do contexto, a tentativa de entender a posição do interlocutor – e a sua própria posição. E isso, às vezes, envolve uma mudança de comportamento: Não se trata de habilidades, mas de atitudes: empatia, inteligência emocional e social. É desafiador e instigante porque mexe com muita coisa. Nos meus treinamentos, às vezes, eu só preciso repetir uma frase que um aluno disse, para que ele perceba: ‘Agora que você falou, vejo que é pesado o que eu disse.’ Isso é muito mais profundo do que aprender técnicas: eu faço um curso de redação e melhoro minha escrita, pronto. Mas para mudar minha atitude, é preciso estar disposto a isso, ter a percepção de que a comunicação é estratégica, necessária e não pode ser segregadora. É um ato de humildade, se você pensar bem.”