As possibilidades para a carreira de coach

João Luiz Pasqual construiu sua carreira no mercado financeiro. Foi diretor executivo de grandes bancos durante quase duas décadas e chegou a ter experiência no exterior. Em determinado momento, percebeu que era hora de pensar numa transição de carreira. “Busquei um processo de coaching para vislumbrar melhor o que eu poderia e gostaria de fazer e acabei descobrindo que me tornar um coach era uma possibilidade interessante”, diz ele, que é Professional Certified Coach pela International Coach Federation (ICF), com mais de 2000 horas de prática.

O mercado de coaching no Brasil tem crescido e se estruturado nos últimos anos. A atividade pode ser uma alternativa de carreira para muitos profissionais. “Quem quer trabalhar como coach precisa encontrar seu diferencial para se destacar frente aos demais. Além disso, precisa ter em mente que ser coach não significa apenas colocar esse título na frente do nome. É necessário procurar uma boa formação e entender que a profissão exige atualização frequente”, explica Pasqual. 

Há cursos de diferentes formatos, de longa ou média duração. Na Integração, por exemplo, o Curso de Coaching tem 70 horas. Ele contempla dois módulos, sendo um presencial, com 40 horas distribuídas em uma semana, e outro virtual, com 30 horas, além de mentoria em grupo, práticas de coaching com colegas de turma e atendimentos pro bonos com clientes. Como requisito de conclusão, o participante deve entregar três sessões de atendimento gravadas e um relatório final em que demostre seus aprendizados. 

No Curso de Coaching da Integração, o participante conhece as principais bases de conhecimento que amparam a prática do coaching profissional e fica sabendo como desenvolver hábitos de reflexão, autoconhecimento e autodesenvolvimento, que irão sustentar o aprendizado contínuo. Daí o nome do curso ser Sustainable Coaching. O curso da Integração é certificado pela ICF como CCE-Continuing Coach Education.

Pasqual acredita que há espaço para os coaches bem preparados devido às mudanças no mercado de trabalho. “Ainda são as empresas que mais procuram processos de coaching para seus profissionais, mas também há outras demandas”, diz. “Um exemplo é o crescente número de startups criadas por jovens talentos que buscam o coaching porque precisam se desenvolver para tocar seus negócios. Há também muita gente em busca de recolocação profissional ou em transição de carreira que precisa de ajuda”, conta Pasqual. 

Quer saber mais sobre o Curso de Coaching da Integração? Acesse o hotsite cursoe fale com nossa Equipe de Relacionamento pelo telefone (11) 3046-7878 ou [email protected].

Os destaques do Leadership Development Program

O Center for Creative Leadership (CCL) é referência global quando o assunto é liderança. Em junho, o sócio-diretor da Integração Fernando Cardoso esteve no campus do CCL, em Greensboro, nos Estados Unidos, para participar do curso Leadership Development Program®. Durante uma semana, o curso abordou temas essencias para as lideranças, como influência, comunicação, pensamento e ação sistêmicos, autoconsciência, resiliência e agilidade de aprendizado. Ao Na Íntegra, o blog da Integração, Fernando traz alguns detalhes dessa imersão. 

Fernando, você já havia participado de algum curso no CCL antes? 

Sim, esta é a quarta vez que vou ao CCL. Todo ano, faço uma atualização no exterior porque é uma maneira importante de buscar tendências para serem apresentadas aos nossos clientes. Nesse curso, em específico, eu era um dos 24 participantes, divididos em duas turmas, e o único estrangeiro. Os demais eram americanos. É muito interessante poder ver de perto um pouco da realidade do mercado dos Estados Unidos, a cultura dos profissionais e o que há de diferente ou de parecido com o nosso cenário. 

O que você observou dessas diferenças e similaridades?

O estresse, as aflições e as inseguranças relacionados ao mercado de trabalho e à formação são muito parecidos, mas o americano tem uma preocupação social maior que a nossa. Além disso, o perfil das pessoas que estão lá buscando se atualizar é de nível sênior. São profissionais de alto nível profissional e cultural investindo em desenvolvimento. No Brasil, o que vemos com mais frequência é a busca pelo desenvolviment como uma preocupação de carreira por profissinais mais jovens. 

Outro ponto que fica bem evidente é que os Estados Unidos investem em treinamento e desenvolvimento bem mais que o nosso país. Na última edição do Panorama do Treinamento do Brasil, pesquisa realizada pela Integração, já havíamos mostrado isso. Enquanto o Brasil investe 0,63% em T&D sobre o faturamento anual da organização, nos Estados Unidos esse índice chega 1,43%. Além disso, na nossa pesquisa vimos que no Brasil são 21 horas anuais de treinamento por colaborador, enquanto que nos Estados Unidos, são 33 horas. 

Quais as principais ênfases dadas pelo curso?

O curso deu ênfase a pontos muito interessantes, mas destaria, principalmente, aqueles voltados para questões comportamentais, autoconhecimento e qualidade de vida. Falou-se bastante sobre a importância de balancear a vida pessoal com a profissional, mostrando como isso é fundamental para um desenvolvimento integral. Discutimos como planejamento de vida, administração do tempo, cuidados com a saúde e satisfação pessoal estão conectados ao desenvolvimento profissional.

Algo bacana é que o Leadership Development Programa® não termina com o encontro, que durou cinco dias. Continuamos com reuniões online e o acesso a ferramentas de apoio e consulta. É um programa que nos dá uma boa bagagem e que, sem dúvida, será muito útil para minhas aulas e para a coordenação dos treinamentos que faço na Integração.

E para saber sobre os cursos da Escola de Líderes da Integração, acesse 

Cursos Abertos: http://bit.ly/2u3KlVC

Cursos In Company: http://bit.ly/2z9VM3T

Fernando Cardoso em atualização no CenFernando Cardosoter for Creative Leadership

Entre os dias 11 e 15 de junho, o sócio-diretor da Integração Fernando Cardoso participou do Leadership Development Program®, nos Estados Unidos. O curso, ofertado pelo Center for Creative Leadership — instituição que é referência global quando o assunto é liderança — girou em torno de seis fatores vitais para o sucesso de um líder: influência, comunicação, pensamento e ação sistêmicos, autoconsciência, resiliência e agilidade de aprendizado. 

Fernando foi um dos 24 participantes que se dividiram em duas turmas para se aprofundar em questões como liderar atráves de limites organizacionais ou mesmo geográficos, a construção de ponte entre a liderança e a linha de frente de uma organização, a arte da colaboração, a resolução de problemas em meio a situações complexas e em clima de rápida mudança, entre outros tópicos. 

Em breve, aqui no Na Íntegra, vamos trazer mais detalhes sobre essa imersão de Fernando no curso do Center for Creative Leadership. Acompanhe para ficar por dentro das novidades e tendências de liderança. 
E para saber sobre os cursos da Escola de Líderes da Integração, acesse 

Cursos Abertos: http://bit.ly/2u3KlVC

Cursos In Company: http://bit.ly/2z9VM3T

Faça um autodiagnóstico de administração do tempo

Você tem dificuldades para cumprir prazos? Ou se envolve em tarefas que outros poderiam ou até deveriam fazer? Essas são questões que podem te ajudar a entender qual seu perfil de administração do tempo. “São quatro os tipos principais que caracterizam a maneira de lidar com a realização das tarefas no dia a dia: o Bombeiro, o Fora de Foco, o Indesivo e o Centralizador”, enumera Edson Herrero, head da Escola de Secretariado e Assessment da Integração. De maneira resumida, eles se caracterizam da seguinte forma: 

— Bombeiro: aquele profissional que não consegue fazer planejamento e passa a maior parte do seu tempo “apagando incêndios”, ou seja, resolvendo problemas que surgem em vez de tentar antecipá-los e evitar o aparecimento de novos. 

— Fora de foco: quem tenta fazer tudo ao mesmo tempo e acaba não realizando nada de modo bem feito. 

Indeciso: não gosta de tomar decisões e, por isso, busca envolver outras pessoas na escolha do melhor caminho a seguir ou adia a decisão o máximo possível. 

— Centralizador: prefere fazer tudo sozinho porque não consegue confiar no trabalho da sua própria equipe ou dos pares. 

Quer saber em qual perfil você se encaixa?

Faça o autodiagnóstico de administração do tempo disponível no link abaixo. “Conhecer como lida com o tempo, saber se consegue ou não distribuir tarefas  — no caso de quem é líder — ou como se sente ao dividir trabalhos com os pares é importante para entender o que precisa ser aperfeiçoado”, diz Herrero. “A partir dessa autoanálise, é possível corrigir o que está em excesso. Por meio de leituras, planejamento e até mesmo coaching, o profissional encontra meios de amenizar algum ponto que está dificultando seu desenvolvimento no trabalho” afirma. 

Acesse o autodiagnóstico de administração do tempo aqui.

Você está preparado para ser um líder digital?

Se há poucos anos a tecnologia era um apoio para o desenvolvimento do trabalho, hoje ela é parte da força competitiva que impulsiona a invenção de novos modelos de negócios. Airbnb e Uber são dois dos principais exemplos de empresas criadas graças à evolução tecnológica. Ter em mente o real potencial das transformações digitais para a inovação é o primeiro passo para se tornar uma liderança nessa nova era.

“Não é preciso trabalhar no Google para ser um líder na atual fase da comunicação. Mesmo quem está numa empresa com características ainda tradicionais pode olhar para esses grandes players e fazer comparações com seu próprio universo”, explica Fabio Eltz, head das escolas de Liderança e de Comunicação da Integração Escola de Negócios. “E deve ir além, questionando o que poderia ser adaptado dessas organizações de ponta para ser aplicado na sua realidade”, completa.

Decisão em tempo real

O número de executivos considerados líderes digitais na atualidade ainda é pequeno. A Oxford Economics, instituto de pesquisa ligado a Universidade de Oxford, realizou uma pesquisa com 4.100 profissionais de 21 países (entre eles, o Brasil) a pedido da SAP, multinacional de desenvolvimento de software. De acordo com o resultado, apenas um em cada cinco executivos se encaixam no perfil de lideranças digitais.

Os especialistas que estudam o tema ainda não cunharam uma definição exata para o termo, mas apontam para os profissionais capazes de se adaptar, a partir da remodelação de seu mindset, a uma transformação cultural que acontece em alta velocidade. “Nesse cenário, é preciso mudar a programação mental para enxergar a tecnologia e tudo o que vem com a transformação digital como uma importante aliada na busca de novas formas de pensar e agir”, afirma Eltz. 

As informações geradas por essa transformação digital são fundamentais para a tomada de decisão, por exemplo. Segundo o levantamento da Oxford Economics, pouco mais da metade dos executivos entrevistados (55%) busca soluções baseadas em dados ou utiliza-os para mapear estratégias da empresa. Quanto à tomada de decisão em tempo real, apenas 46% afirmam que isso ocorre em suas organizações. Entre os executivos brasileiros ouvidos, esse índice é ainda menor, 47% e 38% respectivamente. Diz Fabio Eltz: “O líder digital sabe aproveitar os recursos que existem a sua disposição para entregar as demandas do dia a dia e, assim, encontrar tempo para a criatividade e para buscar vantagem competitiva, capazes de fazer o negócio crescer de maneira escalonável”.

Um outro estudo, feito por MIT Sloan Management Review e Deloitte Digital, mostra que, entre as organizações que têm maturidade digital, 30% delas fazem seus planejamentos estratégicos de olho em horizontes superiores a cinco anos. Já entre as empresas que ainda estão caminhando em sua própria transformação para o digital, esse índice é de 13%.

Portas abertas para a diversidade

Outro aspecto desse novo perfil de liderança é o entendimento de que a diversidade é importante para os negócios. Essa questão foi observada no levantamento encomendado pela SAP: 66% das organizações onde estão os líderes digitais reconhecem o impacto positivo da diversidade na cultura da empresa e 37% a associam à melhora da performance financeira. “Além de buscar a inclusão e a diversidade etnica, cultural e sexual, o líder digital deseja também a diversidade mental e de comportamento. Ele sabe que é bom para os negócios ter alguém criativo, um conservador, um perfil mais crítico e ácido e assim por diante”, explica Eltz.

Na pesquisa da Oxford Economics, 49% dos executivos afirmam que as lideranças de suas organizações reconhecem a importância da diversidade e têm feito esforços para que ela ocorra. Entre os brasileiros, esse índice chega a 95%.

Você concorda com o resultado? Deixe sua opinião nos comentários e nos diga se a empresa onde você trabalha está preparada para as lideranças digitais.

Gestão colaborativa versus produtividade

A edição da Você RH que está nas bancas traz uma matéria sobre gestão colaborativa, modelo no qual, muitas vezes, não há uma chefia definida e os papéis e responsabilidades são difusos. A matéria mostra que, apesar de esse desenho permitir uma participação mais ativa dos funcionários nas estratégias e nas decisões da empresa, a distribuição do trabalho nem sempre é feita de maneira equilibrada.

A reportagem apresenta o resultado de uma pesquisa publicada na Harvard Business Review, que aponta que somente entre 3% e 5% dos colaboradores ficam com até 35% das demandas de trabalho. “Como não há uma hierarquia definida, em muitos casos, fica apenas insinuado o que cada um deve fazer. Mesmo não existindo uma figura de chefia, é preciso que alguém divida as tarefas e aloque responsabilidades. Caso contrário, o resultado será afetado”, disse Edson Herrero, head da escola de Secretariado e Assessment da Integração à revista Você RH. “Em um ambiente que fomenta a ajuda mútua estão presentes indivíduos de diversos perfis, etnias, orientação sexuais e ideologias. É preciso que todos sejam abertos a conviver com o diferente para se dispor a fazer algo de maneira encadeada”, completou.

Confira a matéria completa na Você RH de abril/maio.

Teste: como está a motivação e o comprometimento da sua equipe

*Por Fábio Eltz, consultor da Integração Escola de Negócios

Definir indicadores de produção e de eficácia é uma tarefa relativamente fácil, mas quando se trata de motivação e comprometimento a questão fica mais complexa. Entretanto, acredite, é possível.

Indicador é informação quantitativa estabelecida para avaliar algo, seja um objetivo, serviço, situação ou mesmo um processo. Pode ser um índice percentual ou um número absoluto. E, para avaliar motivação criam-se critérios que são transformados em números.

Os indicadores e questões parecem subjetivos, mas são melhores do que apenas a percepção sem um critério claro. Para validar e melhorar os indicadores, os mesmos podem ser acordados com a equipe, sendo que ela mesma pode sugerir outros mais específicos.

Especificar o que é motivação e comprometimento é muito útil ao líder e à equipe. Fica mais fácil para os colaboradores saberem o que fazer e como se comportar. E também cria o hábito de se vigiar para se manter mais motivado, como um estímulo para todos.

Para mapear a motivação e o comprometimento de um profissional, sugiro pedir para que ele responda por meio de números as questões abaixo, considerando:

  • 5 = sempre;
  • 4 = muitas vezes;
  • 3 = algumas vezes;
  • 2 = eventualmente; e
  • 1 = raramente.

As questões a serem respondidas são:

  1. Busca fazer sempre melhor, trabalhando com qualidade, seguindo os procedimentos?
  2. Contribui com ideias de melhoria, apresentando evolução em sua rotina?
  3. Segue os prazos e apresenta alternativas de agilização de atividades?
  4. Vai além da função, demonstrando interesse e envolvimento pela área, objetivos e resultados gerais?
  5. É receptivo às mudanças, com iniciativa para buscar todo o conhecimento e aprimoramento necessários?
  6. Busca sempre a superação das metas de trabalho, contribuindo com o melhor de si?
  7. Vai além de sua função, colaborando com os colegas e aproveitando oportunidades de aprendizado?
  8. Encara as dificuldades como desafios, avaliando as alternativas e apresentando a melhor solução possível?
  9. Desenvolve-se a partir da identificação com a empresa, demonstrando interesse em aprimorar-se?

Para entender o nível de motivação e comprometimento do profissional, basta olhar os resultados abaixo.

Acima de 41 pontos – Parabéns, este é um profissional comprometido e motivado. E irá longe na carreira, pois a motivação faz com que utilize todo o seu potencial em favor de atingir bons resultados.

De 32 a 40 pontos – Muito bem, a motivação está bem presente e torna este profissional um destaque no ambiente de trabalho.

De 20 a 31 pontos – A motivação está em um nível médio, algumas vezes ajudando e em outras faltando. Há um bom espaço para aumentar o nível de motivação e tirar proveito da inteligência e potencial que tem.

Até 19 pontos – Existe muito espaço para melhoria da motivação. É preciso pensar que a motivação é o combustível das competências. Desenvolver as competências é importante, mas muitas vezes é mais rápido utilizar as que estão presentes com mais empenho. E para isso, precisa estar motivado.

O que acha de começar esse mapeamento por você?

Como um bom ambiente de trabalho garante a motivação

*Por Lucimar Delaroli, consultora da Integração Escola de Negócios

Por volta de 1940, o psicólogo americano Abraham Maslow desenvolveu uma teoria que até hoje é bastante aceita e estudada com afinco: a teoria da Motivação Humana, sobre hierarquia motivacional. Ela diz que nós, seres humanos, temos necessidades que mobilizam nosso comportamento em busca de saciá-las e que, enquanto esse desejo não é atendido, fica difícil pensarmos em alcançar objetivos mais refinados. Esta teoria foi e é importante para líderes e organizações poderem auxiliar no bem estar e na motivação de seus colaboradores, quando oferecem as condições necessárias para que os mesmos concentrem-se em necessidades mais elaboradas, como engajamento à missão ou senso de pertencimento ao grupo.

Com a evolução da tecnologia, foi possível aperfeiçoar o entendimento do funcionamento do cérebro e da mente dos seres humanos. E, por meio da neurociência, descobriu-se que o cérebro humano é um órgão social, responsável por analisar e classificar situações da vida como ameaça ou recompensa. De maneira mais simples, os neurônios dispostos no nosso corpo são responsáveis por captar as sensações e impressões do mundo exterior e dos nossos sentimentos e disparar comandos para este sistema límbico, fonte das emoções. Este sistema classifica a informação e dispara uma resposta hormonal de luta ou fuga, muito imediata, sem que tenhamos a consciência disso. A resposta é disparada para o neocortex – área mais sofisticada do cérebro, e bem desenvolvida nos humanos –, responsável por nossa “racionalidade” e que irá determinar o melhor comportamento a ser adotado.

Em resumo, para manter-se motivado e engajado, é preciso perceber as situações como recompensa e não como ameaça. A tendência é que você enxergue e reaja às situações de acordo com o grupo social de maior influencia sobre seus pensamentos. As respostas de ameaça no ambiente de trabalho consomem mais energia cerebral e causam ao corpo a mesma sensação de sofrimento físico. Se eu sou maltratado por um colega ou líder, eu sinto fisicamente essa ‘dor’, na mesma área cerebral que seria ativada caso eu tivesse levado uma pancada no dedão. Tudo vai depender de como você percebe a situação. Quando nos sentimos ameaçados, ficamos mais vulneráveis a estados de não concentração, não bloqueando os estímulos do ambiente. Com isso, produtividade, engajamento e motivação são prejudicados.

Com o conhecimento dessa realidade, o pesquisador australiano David Rock lançou o livro Quiet Leadership, que defende a teoria de que “não devemos dizer aos outros o que fazer e sim ensinar as pessoas a pensar”. O especialista trouxe sua contribuição para aprimorar a motivação das pessoas, orientando líderes e organizações com relação aos fatores que podem reduzir a sensação de ameaça e potencializar a percepção de recompensa. Trata-se do sistema SCARF, cuja sigla significa:

  • Status – Assegure-se do seu valor pessoal e das suas contribuições, além de sentir-se respeitado em seus direitos de ser como é e agir como julga melhor. O oposto – ser discriminado, desvalorizado, etc – tende a gerar grande sentimento de ameaça.
  • Certainly – Certainly, segurança ou previsibilidade significa ter uma direção, um parâmetro, conhecer as regras, os critérios, confiar nas pessoas e nas decisões que estão em andamento. São acontecimentos que permitam que o colaborador se dedique ao seu trabalho, sem ficar consumindo energia desnecessária para tentar descobrir o que vem a seguir, qual é a próxima mudança. Aqui, não se fala em zona de conforto, mas sim em estabilidade.
  • Autonomy – Aqui, autonomy ou autonomia é empoderamento para que o colaborador, dentro dos limites de sua função, da experiência e do cargo que ocupa, possa opinar, decidir, ter liberdade de ação em relação à forma como conduzirá suas tarefas. Estimular esse empoderamento é muito relevante para a motivação.
  • Relatedness – Relatedness significa estabelecer conexões/ relações saudáveis, de confiança, abertura e aceitação à diversidade e ao direito de ser de cada um. Pode ser traduzido também como empatia, colaboração, cooperação, ambiente saudável e relações respeitosas.
  • Fairness – O termo fairness significa senso de justiça, e alerta para o fato de que o desrespeito e a injustiça acionam mecanismos fortíssimos de defesa que consomem as energias dos colaboradores no ambiente de trabalho de maneira improdutiva. Isso se dá em favoritismos, privilégios sem critérios, ambiguidades, nepotismos, falta de coerência, entre outras situações.

E você, como está lidando com estes fatores em suas relações de trabalho? Sabe dizer se sua percepção é alinhada ao contexto? Busca autocrítica e autoconhecimento? Gera ou contribui de modo positivo para o desenvolvimento desses fatores nos demais colegas? Caso seja líder, está atento a estes mesmos fatores nos membros de sua equipe?

Dedique tempo para limpar sua tela mental, colocando as situações na perspectiva mais real possível. Cuide de si e ajude a cuidar dos outros. Seja autêntico, leal e sincero consigo e com os outros, mas sem perder de vista a empatia e a gentileza, porque, no final, é sempre isso que queremos!

Faça parte da geração de resultados

O professor Edson Herrero fala sobre as diversas gerações que convivem em uma empresa, seus benefícios e sua gestão.  

É inevitável: cada geração tem suas diferenças. E isso cria cada vez mais dilemas que precisam ser gerenciados pelas lideranças nas organizações. Mas essas diferenças também trazem ganhos para as equipes, uma vez que promovem surpresas, quebras de paradigmas e estimulam, querendo ou não, um olhar diferente e inovador nas equipes.

Liderança flexível

Apesar de tudo o que representa em termos de mudanças benéficas para pessoas e empresas, as marcadas diferenças exigem das lideranças um drive mais flexível no manejo dos conflitos gerados, tanto dentro quanto fora dos grupos.

Que gerações são essas? Vamos falar um pouco das características e do modo de agir de cada uma:

Veteranos

Nascidos depois da 1ª e antes da 2ª Guerra Mundial – 1920 a 1944.

  • Trabalham, agem e gerenciam seus negócios de maneira uniforme.
  • Lidam com produtos e vislumbram ganhos em grande escala.
  •  Orientam-se pelo sentido do dever e da obediência às regras.
  • Acreditam nas possibilidades lógicas.
  • Têm disciplina, lealdade e respeito à hierarquia.
  • Seguem a orientação de histórias empresariais consagradas.
  • Investem de forma conservadora.

Baby Boomers

Nascidos entre 1945 e 1960 (filhos da guerra).

  • São engajados em questões políticas.
  • Creem no progresso econômico e social.
  • Gerenciam por consenso.
  • São otimistas.
  • São obcecados pelo trabalho, mesmo em detrimento da vida familiar.
  • Procuram resolver tudo sozinho.

Geração X

Nascidos entre 1961 e 1980.

  • São autoconfiantes e céticos.
  • Tentam equilibrar a vida profissional com a pessoal.
  • Cumprem objetivos, e não prazos.
  • São informais, tanto para se vestir como para se relacionar com as pessoas.
  • Têm aversão à estruturas hierárquicas muito rígidas.
  • Buscam trabalhos que permitam a liberdade de pensar e de agir por conta própria.

Geração Y

Nascidos a partir de 1981 (geração digital).

  • São otimistas em relação ao futuro.
  • Rejeitam a categorização de raça, cor, religião e nível social.
  • Têm rapidez de raciocínio.
  • São capazes de fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo.
  • Absorvem um enorme número de informações.
  • Têm certo grau de dificuldade para correlacionar conteúdos.
  • Exigem que seus líderes pratiquem o que pregam.
  • Não abrem mão de tempo livre para o lazer e o ócio.
  • São apolíticos.

É evidente que não podemos generalizar as pessoas conforme essa divisão. É absolutamente possível que um colaborador Geração X reúna um ou mais atributos de um colaborador da Geração Baby Boomers, e vice-versa. Ainda bem que isso ocorre, não é?

Articulador de diferenças

Deixo uma dica para os líderes de qualquer geração: os ganhos com a diversidade no ambiente de trabalho podem ser inesgotáveis se a liderança souber como gerir, de maneira cooperativa e colaborativa, as marcadas diferenças existentes entre uma geração e outra.  

Atue como um articulador entre as deficiências de um e as competências e habilidades do outro, de forma a compartilhar ideias e recursos entre todos os colaboradores. Assim, você proporciona mais e melhores experiências, contribuindo para a individualidade e o autodesenvolvimento e oferecendo resultados mais eficazes para as empresas.”

Edson Herrero é professor da Integração Escola Negócios, onde ministra o curso Desenvolvimento de Coordenadores e SupervisoresClique aqui e conheça o programa do curso.

Dicas para ter uma equipe unida e competitiva

Para o líder, ter uma equipe dos sonhos não é somente um ideal para sua satisfação pessoal. É uma forma objetiva de melhorar a produtividade e os resultados. Mas construir esta equipe exige atitude e determinação. Em primeiro lugar, o líder precisa refletir:

  1. Quais investimentos foram feitos até hoje para que os  meus subordinados formem um time?
  2. Será que eu costumo investir tempo e esforço para construir uma verdadeira equipe? O que eu faço de importante neste aspecto?
  3. Como seriam os resultados se eu tivesse uma equipe dos sonhos?

Um por todos e todos por um.

Outras coisas também devem ser enfatizadas. É preciso que os colaboradores tenham consciência das vantagens do trabalho em equipe, da complementaridade e interdependência que o processo produtivo impõe. Naturalmente, isso deve ser trabalhado até que todos tenham um bom nível de absorção. Junte-se a isso a disposição de compartilhar objetivos, decisões, responsabilidades e resultados.  

É indispensável que todos tenham a definição clara desses objetivos e resultados, individuais e em grupo, que precisam ser alcançados. E que o líder faça uma avaliação constante de todo o processo.

Em um time de sucesso, existe sempre a percepção de que o fracasso de um pode significar o fracasso de todos. Por isso, no trabalho de construção da equipe dos sonhos, o aprimoramento das relações interpessoais e a valorização da comunicação são fundamentais.

Um desafio permanente.

A equipe dos sonhos apresenta 20 características que podem ser potencializadas por meio de ações e atividades específicas de reforço. O líder deve colocar essas ações em prática de acordo com o perfil da sua equipe. E também pode envolver o time no dimensionamento do que vai ser feito. Vamos às características:

  • Trabalhar em torno de um objetivo comum.
  • Desenvolver as habilidades dos seus integrantes.
  • Usar eficientemente os talentos disponíveis.
  • Acolher as diversidades.
  • Oferecer melhorias contínuas.
  • Ter princípios positivos e pactuados.
  • Agir efetivamente e produzir resultados.
  • Aceitar críticas e elogios como uma possibilidade de crescimento.
  • Cooperar ao invés de competir.
  • Aceitar positivamente as ideias de cada um.
  • Não desviar dos seus objetivos.
  • Utilizar os recursos sabiamente.
  • Comunicar-se abertamente.
  • Atuar com transparência e ética.
  • Ensinar e aprender uns com os outros.
  • Resolver os conflitos efetivamente.
  • Admitir imposições de forma produtiva.
  • Aceitar desafios de maneira empreendedora.
  • Dividir as honras dos seus feitos.
  • Celebrar seu sucesso.

Colocar tudo isso em prática é um desafio invencível para o líder? Keep calm, estamos falando de uma equipe dos sonhos. A liderança deve escolher as características mais importantes e trabalhar todas elas gradativamente, acompanhando a evolução. Construir uma equipe é um desafio permanente, tenha sempre isso em mente. O desempenho e os resultados mostram que vale a pena.   

Fabio Eltz é professor da Integração Escola Negócios, onde ministra o curso PDL – Programa de Desenvolvimento de Liderança. Clique aqui e conheça o programa do curso.