Comunicação assertiva: como aplicar na prática e potencializar seu impacto

Num contexto profissional cada vez mais dinâmico e interconectado, a comunicação assertiva se consolida como um diferencial para o sucesso das relações no ambiente de trabalho. Por isso, cada vez mais as empresas concentram esforços para que, especialmente suas lideranças, aprimorem tal habilidade. Afinal, comunicar-se assertivamente não se trata apenas de expressar opiniões de maneira firme, mas envolve também a capacidade de ouvir atentamente, compreender perspectivas diversas e articular ideias de forma clara e respeitosa.

Neste artigo, vamos falar sobre a importância da comunicação assertiva no cenário corporativo, destacando como essa competência não apenas fortalece as relações interpessoais, mas também impulsiona a eficácia nas negociações, a resolução de conflitos e a construção de uma cultura organizacional saudável. Aprenda estratégias práticas para aprimorar a comunicação assertiva no trabalho, visando não apenas o desenvolvimento pessoal e profissional, mas também a promoção de ambientes mais colaborativos e produtivos.

 

O que é comunicação assertiva?

A comunicação assertiva refere-se a uma habilidade interpessoal que envolve expressar de maneira clara, direta e honesta as próprias ideias, sentimentos e necessidades, respeitando simultaneamente as opiniões e limites dos outros.

Dessa forma, tal abordagem procura evitar a agressividade excessiva, que desconsidera o bem-estar alheio, assim como a passividade, que sacrifica as próprias necessidades em detrimento dos outros. Assim, a comunicação assertiva promove um ambiente de diálogo saudável, facilitando a resolução construtiva de conflitos e o estabelecimento de relacionamentos mais autênticos e eficazes.

 

Quais são os 4 Cs da comunicação assertiva?

Os 4 Cs da comunicação assertiva formam a base para uma interação eficaz e saudável, sendo importantíssimos para o desenvolvimento de relações interpessoais bem-sucedidas no ambiente profissional e pessoal.

Os 4 Cs da comunicação assertiva são:

  1. Clareza: expressar pensamentos e sentimentos de maneira direta e compreensível, evitando ambiguidades e mal-entendidos.
  1. Coerência: manter consistência entre palavras, expressões faciais, linguagem corporal e tom de voz para transmitir uma mensagem unificada e confiável.
  1. Controle: gerenciar emoções e reações de forma equilibrada, mantendo a calma e o controle mesmo em situações desafiadoras.
  1. Consideração: demonstrar respeito pelos outros, levando em conta seus sentimentos, perspectivas e necessidades durante a comunicação, promovendo relações saudáveis e colaborativas.


Qual a importância da comunicação assertiva no trabalho?

Segundo levantamento da McKinsey, em um mundo cada vez mais automatizado e tecnológico como o nosso, três habilidades soft se cosolidam como fundamentais e ao mesmo tempo escassas no mercado. São elas:

Dessa forma, torna-se cada vez mais urgente que as empresas cultivem a comunicação assertiva no trabalho, o que significa fomentar um ambiente no qual os profissionais possam expressar claramente suas ideias, necessidades e expectativas, promovendo uma compreensão mútua entre colegas, superiores e subordinados.

Sendo assim, a comunicação assertiva no trabalho contribui para a resolução eficaz de conflitos, evita mal-entendidos, encoraja um ambiente colaborativo e fortalece a cultura organizacional. Além disso, ela facilita negociações, promove feedback construtivo e contribui para um clima geral mais positivo e produtivo, impactando diretamente no desempenho individual e coletivo.

Em resumo, a importância da comunicação assertiva reside na criação de um ambiente de trabalho transparente, eficiente e propício ao crescimento profissional e à inovação.

 

Como comunicar de forma assertiva no trabalho?

Comunicar de forma assertiva no trabalho envolve práticas que promovem clareza, respeito e eficácia na troca de informações. Aqui, reunimos 10 dicas para aprimorar a forma como você se comunica no dia a dia:

 

  1. Seja claro e direto: comunique suas ideias de maneira clara e objetiva, evitando ambiguidades. Ou seja, tente ser direto ao expressar suas opiniões e necessidades.
  1. Escute atentamente: esteja aberto para ouvir as perspectivas dos outros. A empatia e a escuta ativa são elementos essenciais da comunicação assertiva.
  1. Evite julgamentos: foque nos fatos em vez de fazer julgamentos. Ou seja, procure descrever comportamentos específicos, evitando rotular ou culpar os outros.
  1. Use linguagem corporal positiva: sua linguagem corporal deve estar alinhada com suas palavras. Assim, mantenha contato visual, adote uma postura aberta e evite gestos que possam ser interpretados como agressivos.
  1. Saiba escolher o melhor momento: seja consciente do timing. Dessa forma, busque sempre momentos apropriados para abordar questões sensíveis e esteja atento ao estado emocional das pessoas envolvidas.
  1. Aprenda a dizer não: saiba estabelecer limites de maneira firme e respeitosa. Dizer “não” quando necessário é uma parte importante da comunicação assertiva.
  1. Ofereça e receba feedback construtivo: esteja aberto para receber feedback e seja capaz de oferecê-lo de maneira construtiva. Isso promove um ambiente de transparência, com aprendizado e melhoria contínua.
  1. Não esconda ou tenha vergonha do que sente: você deve, sim, dizer o que sente. É preciso apenas cuidar para que, ao comunicar suas necessidades, sentimentos e opiniões você o faça de maneira honesta, sem ser agressivo ou passivo.
  1. Esteja aberto a negociações: em situações de conflito, busque soluções que atendam às necessidades de ambas as partes. Esteja disposto a negociar e encontrar um terreno comum.
  1. Cultive relacionamentos positivos: construa relações de confiança e respeito com seus colegas. Isso porque ter uma base sólida de relacionamentos facilita a comunicação assertiva.

Por fim, vale lembrar que esta habilidade é algo que se conquista com a prática constante. Só assim podemos lapidar nossa comunicação assertiva no trabalho e, assim, contribuir significativamente para um ambiente mais saudável e produtivo.


3 exemplos de comunicação assertiva no trabalho

Veja três exemplos de como usar, no dia a dia, a comunicação assertiva no trabalho.

1. Ao expressar opiniões em reuniões:

– Evite: “Eu acho que esta é uma má ideia, você deveria considerar mais as sugestões da equipe”

 – Prefira: “Eu gosto dessa contribuição e gostaria de compartilhar também minha perspectiva. Será que não conseguimos explorar mais alternativas, que beneficiem a equipe como um todo? O que você pensa sobre isso?”

2. Ao dar e receber feedback:

– Evite: “Seu trabalho está vindo cheio de erros. Já falei várias vezes, mas não vejo melhora.”

 – Prefira: “Eu notei alguns erros recentes em seu trabalho. Gostaria de entender melhor as dificuldades que você está enfrentando e discutir maneiras de apoiar seu desenvolvimento. Podemos agendar um momento para conversar sobre isso?”

3. Ao delegar tarefas:

– Evite: “Olha só, isso tem que ser resolvido. Dá conta?”

 – Prefira: “Há uma tarefa importante que precisa ser concluída. Posso confiar em você para assumir isso? Se precisar de mais informações ou orientações, estou disponível para ajudar”

Esses exemplos demonstram a importância de expressar pensamentos e sentimentos de maneira clara, respeitosa e proativa. E o mesmo deve valer para a comunicação escrita. Assim, ao escrever e-mails ou enviar mensagens profissionais, também busque ter em mente os 4 Cs.

 

Comunicação assertiva no trabalho: 5 dicas para saber mais

Alguns filmes, cursos e livros ilustram bem como deve ser uma boa comunicação assertiva no trabalho. Aqui, ficam cinco sugestões para você se aprofundar mais no assunto e melhorar sua capacidade de lidar com situações desafiadoras, expressar suas opiniões de maneira clara e defender seus objetivos de maneira eficaz.

 

1 – “O Discurso do Rei” (2010): atenção especial à cena em que o terapeuta Lionel Logue (Geoffrey Rush) desafia o rei George VI (Colin Firth) a superar suas dificuldades de fala, promovendo uma comunicação mais eficaz.

2 – “Erin Brockovich – Uma Mulher de Talento” (2000): Erin (Julia Roberts) dá um show de comunicação assertiva ao lutar pelos direitos dos afetados pela poluição da água, enfrentando empresas poderosas. Foque na cena na qual ela oferece um copo de água aos advogados opositores, durante uma reunião.

3 – “12 Homens e uma Sentença” (1957): diversas cenas nesse filme clássico mostram debates intensos e discussões argumentativas entre os jurados, exemplificando comunicação assertiva em um contexto de decisão crítica.

4 – “Curso COMUNICAÇÃO, RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E FEEDBACK”: Entenda o funcionamento da comunicação e seu impacto nas relações de trabalho. No curso, você aprende a dar e receber feedback de forma produtiva e a aplicar novas estratégias de comunicação assertiva, obtendo uma interação mais eficaz. Além disso, poderá utilizar ferramentas de autoanálise para mudar atitudes e fazer a diferença na interação com o grupo. Clique aqui para saber mais.

5 – “O Poder da Empatia” (2015): Neste livro, Roman Krznaric explora como a empatia pode ser uma força transformadora nas relações pessoais e sociais. O autor argumenta que ao nos colocarmos no lugar do outro, podemos promover uma compreensão mais profunda e construir um mundo mais compassivo e conectado.

Uma palavra final sobre comunicação assertiva no trabalho

Em conclusão, a prática da comunicação assertiva no trabalho é um alicerce vital para o sucesso profissional e o desenvolvimento saudável das relações interpessoais.

Isso porque a habilidade de expressar pensamentos com clareza, ouvir com empatia e cultivar uma comunicação aberta não apenas promove um ambiente colaborativo, mas também fortalece a resiliência diante de desafios. Afinal, ao adotar uma abordagem assertiva, os profissionais contribuem não apenas para seu próprio crescimento, mas também para a construção de culturas organizacionais dinâmicas, onde a transparência e a compreensão mútua prosperam.

9 estratégias para uma aquisição de talentos bem-sucedida

Atrair, contratar e reter os melhores talentos é uma tarefa desafiadora que requer tempo, estratégia e dinheiro. Afinal, à medida que a sua organização evolui, é necessário reavaliar as suas necessidades de talentos – e suas estratégias de aquisição de talentos devem estar alinhadas com a visão e missão da sua empresa e, principalmente, com os valores empresariais.

Embora não existam duas estratégias de aquisição de talentos iguais, há alguns pontos compartilhados por empresas com alto índice de crescimento que devem ser considerados.

Neste artigo, explicamos o que é e como desenvolver uma estratégia de aquisição de talentos bem-sucedida, com dicas práticas voltadas para o RH.

 

O que é aquisição de talentos?

A aquisição de talentos, também conhecida como recrutamento estratégico ou atração de talentos, refere-se ao processo de identificar, atrair e analisar profissionais que tenham conexão e identidade com a sua empresa, proporcionando assim um ambiente específico para o surgimento do talento e a possibilidade de viabilizar a estratégia da empresa, independentemente da posição que se está trabalhando. Dessa forma, o desafio do RH é subsidiar a empresa de pessoas que contribuam para o sucesso empresarial e o crescimento sustentável.

Esse processo vai além de simplesmente preencher vagas em aberto. Envolve a compreensão das necessidades de talento da empresa a curto e longo prazo, o desenvolvimento de estratégias para atrair candidatos adequados, a avaliação de habilidades e competências, e a criação de uma experiência positiva para os candidatos desde o primeiro contato até a integração na equipe.

Além disso, a aquisição de talentos não se limita apenas ao recrutamento externo, mas também abrange a identificação e desenvolvimento de habilidades internas, promovendo uma cultura organizacional que valoriza o aprendizado contínuo e o crescimento profissional.

 

Qual a diferença entre aquisição de talentos e recrutamento?

A diferença entre aquisição de talentos e recrutamento reside em nuances que refletem abordagens distintas no processo de atração e seleção de profissionais para uma organização. Enquanto o recrutamento muitas vezes se concentra em preencher vagas específicas de maneira reativa, a aquisição de talentos adota uma abordagem mais estratégica e proativa.

O recrutamento geralmente tem um foco imediato, visando atender às necessidades presentes de contratação. Ou seja, é um processo que busca candidatos para posições abertas no momento, muitas vezes com um horizonte de curto prazo. Em contrapartida, a aquisição de talentos vai além da simples ocupação de cargos em aberto, concentrando-se na construção de um pipeline de talentos a longo prazo. Este enfoque estratégico antecipa as necessidades futuras da organização e procura desenvolver relacionamentos com profissionais qualificados, mesmo antes de surgirem vagas específicas.

Enquanto o recrutamento é, em certa medida, transacional e orientado para a função imediata, a aquisição de talentos adota uma perspectiva mais ampla. Dessa forma, inclui não apenas a contratação externa, mas também a identificação e o desenvolvimento de habilidades internas, promovendo uma cultura organizacional que valoriza o aprendizado contínuo e o crescimento profissional.

Em resumo, a aquisição de talentos representa uma abordagem mais abrangente e estratégica para o processo de atração de profissionais, visando não apenas as demandas presentes, mas também construindo uma base sólida de talentos para o futuro da organização.

 

O que é necessário para atrair talentos?

A aquisição de talentos é um processo que envolve a criação de uma imagem positiva da empresa no mercado de trabalho e a implementação de estratégias eficazes para atrair profissionais qualificados. Aqui estão alguns elementos-chave necessários nesta empreitada:

 

  • Marca empregadora forte:

É importante desenvolver e promover uma marca empregadora forte e autêntica que destaque os valores, cultura e oportunidades de crescimento da empresa. Assim, deve-se comunicar de forma clara e transparente a missão, visão e valores da empresa para atrair candidatos que estejam alinhados a estes princípios.

 

  • Cultura organizacional atraente:

Cada vez mais é preciso que a empresa cultive uma cultura de trabalho positiva e inclusiva, onde os funcionários se sintam valorizados e motivados a contribuir para o sucesso do negócio. Para isso, vale destacar práticas de trabalho flexíveis, programas de bem-estar e outros benefícios que tornem a empresa um local atrativo para se trabalhar.

 

  • Oportunidades de desenvolvimento profissional:

É imprescindível oferecer oportunidades claras de desenvolvimento profissional e crescimento na carreira, demonstrando um compromisso com o aprendizado contínuo dos funcionários. Dessa forma, implementar programas de mentoria e treinamento que ajudem os funcionários a aprimorar suas habilidades e avançar em suas carreiras é fundamental.

 

  • Ambiente de trabalho inovador:

Para atrair profissionais que pensam fora da caixa, deve-se antes investir em um ambiente de trabalho que promova a inovação, a criatividade e o trabalho colaborativo. Neste sentido, destacar projetos interessantes e desafiadores que os candidatos terão a oportunidade de participar ao ingressar na empresa pode ser vantajoso. O clima organizacional é o pano de fundo para a inovação, criatividade e colaboração, no qual o colaborador se sente reconhecido e se envolve em desafios sem medo, em função do apoio recebido e de sentir-se pertencente.

E esse clima também é responsável pela saúde mental dos colaboradores e pela saúde empresarial.

 

  • Processo de Recrutamento Transparente:

Garantir que o processo de recrutamento seja transparente, eficiente e ofereça uma experiência positiva aos candidatos é fundamental. Assim, busque proporcionar feedback construtivo aos candidatos, mesmo que não sejam selecionados, para manter uma reputação positiva no mercado.

 

  • Benefícios e remuneração competitivos:

Ofereça pacotes de benefícios competitivos, incluindo plano de saúde, previdência, benefícios flexíveis, entre outros. Além disso, garanta que as práticas salariais sejam justas e competitivas em comparação com o mercado.

 

  • Presença online e nas redes sociais:

Hoje em dia é imperativo que as empresas mantenham uma presença ativa nas redes sociais e em plataformas online, compartilhando informações relevantes sobre a organização e suas atividades. Por isso, engajar-se em plataformas profissionais, como o LinkedIn, ajuda a ampliar a visibilidade da empresa e atrair talentos.

 

  • Diversidade e Inclusão:

Demonstre um compromisso genuíno com a diversidade e inclusão, promovendo um ambiente de trabalho que acolha profissionais de diferentes origens, experiências e perspectivas.

Ao combinar esses elementos de forma estratégica, uma empresa pode criar um ambiente atrativo para os talentos, tornando-se um empregador de escolha no mercado.

 

9 estratégias para uma aquisição de talentos bem-sucedida

Como já ressaltamos, uma aquisição de talentos bem-sucedida requer uma abordagem estratégica por parte do RH. Aqui, reunimos algumas estratégias que a área de gerenciamento de pessoas pode implementar para atrair e adquirir talentos de forma eficaz:

 

1 – Use as redes sociais para fortalecer a marca empregadora

Beneficie-se das redes para criar uma marca empregadora forte e autêntica que destaque os valores, cultura e oportunidades de desenvolvimento da empresa. Você pode usar plataformas online e offline para compartilhar histórias de sucesso, depoimentos de funcionários, eventos organizados e outras informações que demonstrem o ambiente positivo da empresa.

 

2 – Invista em estratégias de recrutamento proativas

Procure antecipar as necessidades de contratação e desenvolver estratégias proativas para atrair talentos antes mesmo de surgirem vagas. Para isso, mantenha um um banco de talentos atualizado e cultive relacionamentos com profissionais qualificados, de interesse da empresa.

 

3 – Use a tecnologia a seu favor

Utilize sistemas de rastreamento de candidatos (ATS) para gerenciar eficientemente o processo de recrutamento. Além disso, trabalhe com inteligência artificial (IA) e People Analytics (análise de dados) para identificar fontes de talento, prever necessidades futuras e otimizar o processo de seleção.

 

4 – Esteja presente em eventos de recrutamento e feiras de carreira

Participe ativamente de eventos de recrutamento, feiras de carreira e conferências da indústria para estabelecer presença e interagir com potenciais candidatos. Além disso, procure realizar eventos próprios, como dias de portas abertas ou webinars, para mostrar a cultura da empresa e as oportunidades de carreira.

 

5 – Invista em um bom programas de estágio e trainee

Desenvolva programas de estágio e trainee para identificar e nutrir jovens talentos. Neste período, busque proporcionar experiências práticas que permitam aos participantes conhecer a empresa e suas práticas de trabalho.

 

6 – Desenvolva parcerias com instituições de ensino

Estabelecer parcerias com instituições de ensino, universidades e programas de formação profissional para acessar um pool diversificado de talentos é uma ótima estratégia para uma boa aquisição de talentos. Procure participar de eventos acadêmicos e oferecer palestras para construir relacionamentos com estudantes e professores.

 

7 – Flexibilidade e benefícios atraentes

Atualmente, é imprescindível que as empresas ofereçam programas de trabalho flexíveis, como trabalho remoto, horários flexíveis ou outras opções que atendam às necessidades dos candidatos (que podem, inclusive, morar em outra cidade ou mesmo país). Assim, busque garantir também que os pacotes de benefícios e remuneração sejam competitivos e atrativos para o mercado.

 

8 – Avaliação de Competências e Cultura:

Desenvolva processos de seleção que vão além das habilidades técnicas e incluam a avaliação das competências comportamentais e da adequação cultural. Dessa forma, realize entrevistas comportamentais e avaliações práticas para obter uma compreensão mais abrangente dos candidatos.

 

10 – Ofereça e procure receber feedback

Forneça feedback construtivo aos candidatos, mesmo que não sejam selecionados, para promover uma experiência positiva. Além disso, crie mecanismos para receber dos candidatos um feedback que contribua para o aprimoramento contínuo dos processos de recrutamento.

Ao implementar essas estratégias de forma integrada, o RH pode contribuir significativamente para uma aquisição de talentos bem-sucedida, garantindo que a empresa atraia e retenha os profissionais mais qualificados e alinhados com sua cultura e objetivos.

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Automotivação: como se manter motivado para alcançar seus objetivos

Sabe quando você precisa colocar algo em prática, seja isso uma tarefa simples ou um grande projeto, mas simplesmente não consegue? Pois com automotivação esse start fica bem mais fácil.

Isso porque a automotivação nos ajuda a superar desafios, manter a produtividade e perseverar em direção aos nossos objetivos, mesmo quando as condições externas são adversas. Ou seja, é uma valiosa característica para quem busca crescimento pessoal e profissional, além de conquistas significativas.

Neste artigo, vamos explicar o que é automotivação e como exercitar a sua, além de esclarecer de que forma a automotivação se relaciona com a inteligência emocional e é complementada pela disciplina. Ou seja, ao final do texto, colocando nossas dicas em prática, finalizar qualquer tarefa (mesmo as mais chatas) ficará muito mais fácil.

 

O que é automotivação?

A automotivação é a capacidade de motivar a si mesmo internamente, ou seja, sem depender de fatores externos, como recompensas, pressões ou supervisão constante. Dessa forma, diz respeito à habilidade de definir metas pessoais, encontrar a energia e a determinação necessárias para alcançá-las e persistir mesmo quando os desafios surgem. 

 

Qual a relação entre automotivação e inteligência emocional?

A automotivação é um dos 5 pilares da inteligência emocional, que são:

  1. Autoconhecimento: conhecer os seus sentimentos e usá-los para tomar decisões melhores.
  2. Autocontrole: ser capaz de gerir a sua vida emocional, sem ficar paralisado pela depressão ou preocupação, ou ser dominado pela cólera. 
  3. Automotivação: persistir mesmo quando desafiado por situações adversas e direcionar os seus impulsos de forma a cumprir os seus objetivos.
  4. Empatia: habilidade de sentir o que a outra pessoa sentiria, caso você estivesse na mesma situação vivenciada por ela, no contexto de vida dela. Ou seja, se colocar no lugar do outro, não sendo o outro.
  5. Administração dos relacionamentos: cultivo de bons relacionamentos e também de potenciais aliados.

Assim, a automotivação na inteligência emocional refere-se à capacidade de gerenciar e direcionar suas emoções internamente para se motivar e manter um estado emocional positivo, mesmo quando enfrenta desafios, obstáculos ou situações adversas. Faz parte do domínio da inteligência emocional que envolve o autocontrole emocional e a autorregulação.

 

Por que você deve exercitar sua automotivação?

A automotivação oferece uma série de vantagens significativas, tanto no âmbito pessoal quanto no profissional. Aqui estão 10 principais benefícios da automotivação:

  1. Alcançar metas: a automotivação ajuda a manter o foco e a determinação necessários para atingir metas pessoais e profissionais, aumentando as chances de sucesso.
  1. Resiliência: pessoas automotivadas são mais resistentes a desafios e adversidades, lidando de maneira mais eficaz com situações estressantes ou obstáculos.
  1. Maior produtividade: a automotivação aumenta a produtividade, pois as pessoas que são motivadas internamente tendem a ser mais dedicadas e eficientes em suas atividades.
  1. Mais autoconfiança: a capacidade de alcançar metas reforça a autoconfiança, ajudando a melhorar a autoestima e a autoimagem.
  1. Maior equilíbrio emocional: a automotivação permite que as pessoas gerenciem suas emoções de forma mais eficaz e evitem estados emocionais negativos.
  1. Autonomia: para alcançar suas metas, pessoas automotivadas são menos dependentes de fatores externos, como recompensas ou pressões. Isso lhes confere um maior senso de autonomia e controle sobre suas vidas.
  1. Maior respeito e admiração dos outros: a automotivação muitas vezes é vista como uma característica admirável, o que pode levar a um aumento na estima por parte dos outros.
  1. Melhor tomada de decisão: pessoas automotivadas tendem a tomar decisões mais ponderadas e alinhadas com seus objetivos, em vez de ceder a impulsos momentâneos.
  1. Crescimento pessoal: a automotivação promove o desenvolvimento pessoal, afinal, para se manter motivado é importante buscar aprimoramento constante.
  1. Redução do estresse: ao lidar de maneira eficaz com desafios e manter-se focado em suas metas, o estresse associado à procrastinação ou à falta de motivação é reduzido.

Em resumo, a automotivação é uma habilidade valiosa que pode ter um impacto positivo significativo em diversos aspectos da vida de uma pessoa, contribuindo para o sucesso tanto no âmbito pessoal quanto no profissional.

 

O que fazer para ter automotivação?

A automotivação é uma habilidade que podemos aprender e aprimorar ao longo do tempo. Aqui estão algumas estratégias que você pode seguir para desenvolver e fortalecer sua automotivação:

Defina metas claras

Estabeleça metas específicas e mensuráveis que sejam desafiadoras, mas também alcançáveis. Afinal, ter metas claras ajuda a direcionar sua motivação para um propósito específico.

Encontre seu “porquê”

Descubra suas razões pessoais para alcançar esta ou aquela meta. Compreender o significado por trás de seus objetivos aumenta sua motivação.

Crie um plano

Desenvolva um plano de ação detalhado que inclua passos concretos para alcançar suas metas. Assim, com um plano, fica mais fácil manter o foco e a direção.

Estabeleça prazos

Defina prazos para suas metas e marcos intermediários. Dessa forma, criará um senso de urgência que ajudará você a manter o compromisso.

Mantenha o foco

Evite distrações e concentre-se nas tarefas que o aproximam de suas metas. Neste ponto, ter autodisciplina é fundamental! Tanto que no final deste artigo falamos justamente sobre disciplina.

Naturalize os desafios

Aceite que desafios e contratempos fazem parte do caminho e que sempre existirão. Por isso, veja-os como oportunidades para crescer e aprender.

Celebre pequenas vitórias

Reconheça e comemore os progressos ao longo do caminho. Isso manterá sua motivação alta.

Seja gentil com você mesmo

Cultive pensamentos positivos e evite a autocrítica excessiva. Acredite em sua capacidade de alcançar suas metas.

Encontre inspiração

Leia livros, assista a masterclasses, faça cursos e ouça histórias de pessoas bem-sucedidas para se inspirar e manter sua motivação.

Priorize a organização

Use ferramentas como listas de tarefas, agendas e aplicativos de produtividade para manter-se organizado, fazer uma boa gestão de tempo e acompanhar o progresso.

Aprenda com o fracasso

Em vez de se desmotivar diante de fracassos, use-os como oportunidades de aprendizado e crescimento. Entenda que errar faz parte de qualquer processo de aprendizagem e caminho para o sucesso.

Avalie seu progresso regularmente

Revise seu plano e ajuste-o conforme necessário. Com isso, ficará mais fácil manter a motivação a longo prazo.

Lembre-se de que com dedicação e prática qualquer pessoa é capaz de fortalecer sua automotivação. Basta acesso a técnicas relacionadas à força mental e desenvolvimento de uma mente mais resiliente e menos vulnerável, como as que mostramos aqui.

 

Mas… não existe automotivação sem disciplina!

A automotivação e a disciplina são duas características relacionadas, mas distintas. Dessa forma, desempenham papéis complementares no alcance de metas e no desenvolvimento pessoal e profissional. Aqui estão as principais diferenças entre automotivação e disciplina:

Automotivação

  • Refere-se à motivação interna e intrínseca, ou seja, a capacidade de motivar a si mesmo com base em seus próprios desejos, objetivos e valores pessoais.
  • Está relacionada à paixão, ao desejo e ao propósito. A automotivação ocorre quando você tem um objetivo claro e significativo por trás de suas ações e metas.
  • Envolve a geração de entusiasmo interno e a criação de um senso de propósito que impulsiona a ação.

Disciplina

  • Refere-se à capacidade de seguir um conjunto de regras, padrões, rotinas ou práticas consistentes, independentemente de sua motivação interna. A disciplina muitas vezes envolve a conformidade com algo já predefinido.
  • Pode ser orientada por recompensas externas ou incentivos, como a promessa de bônus ou a ameaça de punições.
  • Ajuda a manter o compromisso com metas e ações, mesmo quando a motivação interna é fraca ou ausente. Ou seja, você faz mesmo sem querer fazer.
  • É frequentemente associada a práticas regulares, rotinas e autodisciplina, permitindo que você execute tarefas mesmo quando não está particularmente motivado.

Em resumo, a automotivação se concentra em uma motivação pessoal e na criação de um propósito interno, enquanto a disciplina trata da consistência, da conformidade com regras predefinidas e da capacidade de realizar tarefas mesmo quando a motivação é baixa ou nula.

Assim, são habilidades que se complementam. Afinal, a automotivação nos ajuda a iniciar ações e a definir metas com base em um propósito interno, enquanto a disciplina garante que a gente mantenha o compromisso com essas ações e metas, mesmo quando a motivação oscila.

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RH 4.0: o que é, tendências e desafios

Não podemos falar em RH 4.0 sem antes contextualizar nossa mais nova revolução industrial, chamada de Indústria 4.0. Em sua essência, a Indústria 4.0 tem três aspectos importantes: dados, tecnologia e capital humano. Juntos, estes três aspectos criaram inúmeras novas oportunidades – bem como desafios – para as empresas e, claro, suas áreas de Recursos Humanos.

Neste artigo, trazemos importantes insights sobre a gestão de RH 4.0, incluindo suas tendências e desafios. Afinal, hoje trata-se de um setor fundamental para garantir que as estratégias do negócio estejam em harmonia com a gestão de talentos.

 

O que é o RH 4.0?

A expressão “RH 4.0” refere-se a uma abordagem moderna e tecnologicamente avançada da gestão de Recursos Humanos. O termo “4.0” é uma referência à quarta revolução industrial, caracterizada pela integração de tecnologias digitais, automação, inteligência artificial e análise de dados nas operações empresariais.

Dessa forma, na gestão do RH 4.0, as práticas tradicionais de RH são aprimoradas e adaptadas para tirar vantagem das inovações tecnológicas emergentes. Algumas características-chave da do RH 4.0 incluem:

 

Automatização de processos: utilização de ferramentas de automação para otimizar processos de RH, como recrutamento, seleção, avaliação de desempenho, entre outros. Com isso, pode-se economizar tempo, reduzir erros e aumentar a eficiência.

 

Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning (ML): trata-se da aplicação de algoritmos de IA e ML para análise de dados relacionados a RH, para que profissionais da área possam tomar decisões mais informadas sobre previsões de pessoal e personalização de experiências para os colaboradores, entre outras.

 

Analytics de RH: aqui, analisa-se dados para obter insights sobre o desempenho e o engajamento dos funcionários. Isso pode incluir a análise de dados demográficos, feedbacks, e métricas de desempenho para tomar decisões estratégicas.

 

Tecnologias colaborativas: usar plataformas colaborativas e ferramentas de comunicação para melhorar a colaboração entre os membros da equipe e promover um ambiente de trabalho mais conectado também faz parte do RH 4.0.

 

Treinamento e desenvolvimento online: Implementação de programas de aprendizagem online e plataformas de treinamento para o desenvolvimento contínuo dos funcionários.

 

Experiência do colaborador: focar na melhoria da experiência do colaborador, usando tecnologias para oferecer um ambiente de trabalho mais flexível, personalizado e agradável é uma das bases do RH 4.0.

Em resumo, a gestão do RH 4.0 visa transformar os processos de RH para acompanhar as mudanças no ambiente de negócios e as expectativas dos colaboradores, utilizando as tecnologias emergentes para melhorar a eficiência e eficácia das práticas de RH.


3 tendências para a gestão de RH 4.0 

Um relatório de 2023 da Gartner observou que os modelos operacionais de RH do futuro serão caracterizados por maior agilidade, automação e foco na experiência dos funcionários. Neste sentido, podemos apontar 3 grandes tendências para o RH 4.0:


1 – Foco no treinamento e desenvolvimento

Uma tendência importante é o foco na requalificação e qualificação dos colaboradores. Afinal, à medida que a automação e a digitalização começam a facilitar tarefas mais operacionais, é importante que o RH atue contribuindo para que os profissionais adquiram novas habilidades e competências que são relevantes para novas funções e tarefas, criadas pela Indústria 4.0. Dessa forma, o RH 4.0 é aquele que faz de tudo para investir em programas contínuos de treinamento e desenvolvimento. Assim, seus colaboradores podem atualizar seus conhecimentos e habilidades, tornando-se mais preparados para o futuro do trabalho.


2 – Trabalho em rede

Outra tendência emergente de RH é a sua resposta à mudança de organizações hierárquicas para organizações em rede. À medida que a Indústria 4.0 exige mais colaboração entre diferentes funções, locais e partes interessadas, as organizações estão descobrindo que precisam de ser mais flexíveis e ágeis. Dessa forma, a função de RH se revela inestimável, ao promover uma cultura de confiança e capacitação, onde os funcionários podem trabalhar de forma autônoma ou em equipe, compartilhando ideias e feedback e combinando suas perspectivas diversas


3 – Uso estratégico da IA

Uma terceira grande tendência do RH 4.0 é a integração da inteligência artificial com a inteligência humana. Ou seja, à medida que as tecnologias modernas aumentam as capacidades humanas e permitem novas formas de análise de dados e de tomada de decisões, as organizações devem aproveitar os pontos fortes de ambos, humanos e máquinas, para otimizar os seus resultados. Dessa forma, o RH torna-se ainda mais indispensável na redefinição de papéis e responsabilidades dentro da organização, garantindo que os humanos possam se concentrar em tarefas que exigem criatividade, empatia e julgamento, enquanto para as máquinas são delegadas tarefas que exigem velocidade, precisão e consistência.


A importância da experiência do funcionário no RH 4.0

A Employee Experience, ou Experiência do Colaborador, refere-se ao conjunto de interações e percepções que um funcionário tem durante todo o seu ciclo de vida dentro de uma organização. Ou seja, envolve desde a atração inicial de talentos até o envolvimento contínuo e a eventual saída. Fundamental na Indústria 4.0, essa abordagem destaca a importância de as empresas criarem um ambiente de trabalho positivo, oferecendo benefícios, oportunidades de desenvolvimento, reconhecimento e um equilíbrio entre vida profissional e pessoal.

Assim, a Employee Experience busca proporcionar aos colaboradores uma jornada significativa, alinhada com os valores e objetivos da empresa, contribuindo para a satisfação, engajamento e retenção de talentos. Neste sentido, na gestão de RH 4.0, temos a tecnologia desempenhando um papel crucial na personalização dessas experiências, adaptando-se às necessidades individuais e promovendo um ambiente de trabalho inovador e centrado no ser humano.


8 desafios para uma gestão de RH 4.0 bem-sucedida

A implementação da gestão do RH 4.0 traz consigo uma série de desafios que as organizações precisam superar para aproveitar plenamente os benefícios das tecnologias emergentes. Alguns dos desafios mais comuns incluem:

  1. Resistência à mudança: a introdução de novas tecnologias e processos pode encontrar resistência por parte dos funcionários que estão acostumados com métodos tradicionais. A gestão precisa lidar efetivamente com a resistência à mudança, comunicando os benefícios das inovações e oferecendo suporte durante o processo de transição.
  1. Falta de habilidades digitais: a adoção de tecnologias como inteligência artificial e análise de dados requer capacidades específicas. Assim, a falta de tais habilidades digitais, em especial no time de RH, pode ser um desafio. Por isso, investir em um programa de T&D contínuo é essencial para garantir que a equipe esteja apta para lidar com as novas tecnologias.
  1. Segurança da informação: o manuseio de grandes volumes de dados, especialmente informações sensíveis dos funcionários, requer atenção especial à segurança da informação. A gestão do RH 4.0 deve implementar medidas robustas de segurança para proteger os dados contra ameaças cibernéticas.
  1. Personalização sem exclusão: a personalização de experiências para os colaboradores é uma parte crucial da gestão do RH 4.0. No entanto, é importante garantir que a personalização não leve à exclusão ou discriminação. Assim, algoritmos de inteligência artificial devem ser cuidadosamente projetados para evitar preconceitos e vieses inconscientes.
  1. Ética no uso de dados: a coleta e análise de grandes volumes de dados sobre os funcionários levantam questões éticas. Por isso, a gestão do RH 4.0 deve estabelecer políticas claras sobre o uso ético de dados, garantindo a privacidade e a conformidade com as regulamentações de proteção de dados.
  1. Custo de Implementação: a adoção de tecnologias avançadas muitas vezes envolve investimentos significativos. Assim, é fundamental que haja um bom planejamento financeiro para que os custos de implementação garantam retorno sobre os benefícios potenciais, justificando os gastos.
  1. Acessibilidade e inclusão: garantir que as tecnologias adotadas sejam acessíveis a todos os funcionários, independentemente de suas habilidades ou necessidades especiais, é um desafio importante. Dessa forma, a inclusão digital deve ser uma consideração central na implementação da gestão do RH 4.0.

Ao enfrentar esses desafios, as organizações podem avançar de maneira mais eficaz na implementação de uma gestão de RH 4.0 bem-sucedida, colhendo os benefícios das tecnologias emergentes – e não lutando contra elas.

Quer se atualizar em relação aos métodos e possibilidades de soluções dentro do RH 4.0, assim como ter acesso a ferramentas práticas para diagnósticos e intervenções? Conheça nossa FORMAÇÃO EM CONSULTORIA INTERNA DE RH – CURSO DE BUSINESS PARTNER DE RH. Nele, você será capaz de se aprofundar na atuação estratégica do RH, podendo estruturar ou incrementar seu modelo atual de consultoria interna.

Quais são os 5 traços de personalidade e como descobrir o seu

O que é personalidade, afinal? Se formos resumir em uma frase, podemos dizer que a personalidade é um conjunto de características psicológicas distintas e duradouras que moldam o comportamento, os pensamentos e as emoções de um indivíduo ao longo do tempo. Ou seja, diz respeito aos traços únicos que cada um de nós possui, que determinam como interagimos com o mundo e nos relacionamos com os outros. 

Nossa personalidade é influenciada por fatores genéticos, ambientais e de desenvolvimento, sendo frequentemente descrita em termos de traços de comportamentos, crenças e valores. Por isso, deve ser entendida como algo complexo, construída a partir de inúmeras caraterísticas distintas, que ganham mais ou menos ênfase de pessoa para pessoa. 

Partindo da necessidade de uma linguagem em comum para correlacionar estudos e pesquisas, psicólogos chegaram a um modelo de análise de personalidade chamado Big Five. Nele, considera-se cinco principais tipos de personalidade, todos presentes em todos nós, em maior ou menor grau e que juntos são suficientes para traduzir o comportamento humano e sua individualidade.

Neste artigo, trazemos cada um dos cinco traços de personalidade, explicamos melhor o que é e como funciona o modelo Big Five e mostramos de que forma ele pode atuar para potencializar o sucesso da área de RH de uma empresa.

 

O que é o modelo Big Five?

O Modelo dos Cinco Grandes Fatores, também conhecido como “five factor model” ou “Big Five” , é um dos modelos mais amplamente aceitos e utilizados para estudar a personalidade humana. Sua fundamentação é a psicometria, ele é comprovado por cálculos estatísticos e também o modelo com mais artigos científicos disponíveis no mundo.

Assim, ele se baseia na ideia de que a personalidade pode ser descrita em termos de cinco dimensões fundamentais, cada uma das quais representa um espectro de traços de personalidade. São eles: conscienciosidade, extroversão, neuroticismo, abertura a novas experiências, amabilidade e conscienciosidade.

 

Como funciona o teste de personalidade Big Five?

O teste de personalidade Big Five é geralmente realizado por meio de um questionário. Dessa forma, os participantes respondem a uma série de perguntas sobre seu comportamento, usando escalas de intensidade. Por exemplo, de “fortemente concordo” a “fortemente discordo”. Em seguida, com base nas respostas, pontuações são atribuídas a cada traço, refletindo o grau em que a pessoa se encaixa em cada dimensão. O resultado passa por uma análise estatística para verificar como é cada traço de um indivíduo em relação a uma população. Ou seja, não existe uma definição “este é o tipo de personalidade dessa pessoa”, mas sim um diagnóstico do nível de intensidade que cada um dos cinco traços de personalidade avaliados no teste está presente na personalidade daquele indivíduo.

Dessa forma, os resultados são capazes de fornecer uma visão abrangente das características de personalidade de uma pessoa, o que auxilia na compreensão de seu perfil psicológico. O Big Five Brasil faz esta mesma análise, só que específica para o ambiente corporativo, e tais resultados podem ser usados para diversas finalidades, como explicamos abaixo.

 

Como os 5 tipos de personalidades são usados pelas empresas?

Os testes de personalidade Big Five e outras avaliações de traços de personalidade são frequentemente usados pelo RH das empresas para uma variedade de finalidades, como:

Seleção de Pessoal: muitas empresas usam testes de personalidade Big Five como parte do processo de seleção de candidatos. Isso ajuda a identificar candidatos que têm traços de personalidade que se alinham com os requisitos do cargo e a cultura da empresa. Por exemplo, um cargo que envolve muita interação social pode beneficiar a contratação de pessoas mais extrovertidas, enquanto funções que exigem atenção meticulosa aos detalhes podem favorecer candidatos com alta conscienciosidade.

Desenvolvimento de equipe: o RH pode usar avaliações de personalidade para montar equipes com base em complementaridades de traços de personalidade. Por exemplo, uma equipe de projeto pode se beneficiar da combinação de membros extrovertidos que são bons em comunicação e membros mais disciplinados, que mantêm o foco nas tarefas.

Treinamento e Desenvolvimento: os resultados dos testes de personalidade podem ajudar os profissionais em seu autoconhecimento e desenvolvimento. Por exemplo, se um funcionário tem baixa pontuação em extroversão e precisa trabalhar em suas habilidades de comunicação interpessoal, o RH pode ajudar na construção de plano de ação ou desenvolvimento nessa área.

Avaliação de Cultura Organizacional: os testes de personalidade podem ajudar o RH a avaliar a adequação dos funcionários à cultura organizacional da empresa. Isso é importante para manter um ambiente de trabalho coeso e produtivo.

Sucessão e Planejamento de Carreira: avaliar os traços de personalidade dos funcionários pode ajudar a identificar candidatos internos que têm o potencial para posições de liderança ou que se encaixam em determinadas funções de acordo com seus traços de personalidade.

Resolução de Conflitos: em situações de conflito, os testes de personalidade podem ajudar a entender as diferenças entre as pessoas e fornecer insights sobre como resolver problemas interpessoais.

No entanto, o teste de personalidade Big Five aplicado pelo RH exige conhecimento técnico específico para sua interpretação e diagnóstico. Por isso, aqui na Integração, oferecemos o curso CERTIFICAÇÃO BIG FIVE BRASIL PARA ANÁLISE COMPORTAMENTAL, justamente para tornar tais profissionais especialistas em análise comportamental.

Assim, o uso de testes para avaliar tipos de personalidade no ambiente de trabalho deve ser feito com sensibilidade e de acordo com as melhores práticas éticas.

Quais são os 5 traços de personalidade?

Entenda melhor cada um dos tipos de personalidades, lembrando sempre que somos uma combinação de traços comportamentais e que não há resultado certo ou errado.

  1. Extroversão

A extroversão é o traço que descreve o quão voltada para o mundo exterior uma pessoa é. Indivíduos extrovertidos são sociáveis, falantes, enérgicos e tendem a buscar a companhia de outras pessoas. Eles se sentem energizados em situações sociais e gostam de interagir com os outros. Pessoas extrovertidas são frequentemente vistas como comunicativas e assertivas.

Características marcantes da extroversão:
  • Sociabilidade: Pessoas extrovertidas são naturalmente sociáveis e gostam de interagir com os outros.
  • Expressividade: Elas tendem a ser comunicativas e expressam suas emoções e pensamentos de forma aberta.
  • Energia: Indivíduos extrovertidos são frequentemente enérgicos e ativos em situações sociais.
  • Assertividade: Eles são mais propensos a tomar a iniciativa em grupos e expressar suas opiniões de forma direta.
  • Busca de estímulos: Pessoas extrovertidas são atraídas por atividades emocionantes e novas experiências.
  1. Neuroticismo

O neuroticismo se relaciona com a estabilidade emocional de uma pessoa. Pessoas com alta pontuação em neuroticismo tendem a ser mais sensíveis, ansiosas ou suscetíveis a experimentar emoções negativas. Elas preferem ambientes livres de preocupações e estresse.

Características marcantes do neuroticismo:
  • Ansiedade: Indivíduos com alto neuroticismo são mais propensos a sentir ansiedade e preocupação.
  • Tendência a preocupações excessivas: Eles podem se preocupar com pequenos problemas e eventos do dia a dia.
  • Prontidão: Tendem a ser mais alertas e preocupados.
  • Variações de humor: Experimentam maiores variações emocionais.
  • Suscetibilidade ao estresse: São mais sensíveis a situações estressantes.
  1. Abertura para novas experiências

A abertura para novas experiências descreve o grau de disposição de uma pessoa para novas ideias, criatividade e busca de experiências emocionantes. Pessoas com alta pontuação nesta dimensão são curiosas intelectualmente, apreciam a arte, a cultura e estão dispostas a explorar novas ideias e conceitos. Elas tendem a ser mais criativas e abertas a diferentes perspectivas.

Características marcantes da abertura para novas experiências:
  • Curiosidade intelectual: Pessoas com alta abertura para experiência têm uma forte curiosidade intelectual e desejam aprender constantemente.
  • Criatividade: São capazes de pensar de forma inovadora e gerar novas ideias.
  • Apreciação da arte e da cultura: Valorizam a expressão artística e cultural.
  • Exploração de novas ideias: São abertas a diferentes perspectivas e não têm medo de desafiar convenções.
  • Busca de experiências emocionantes: Tendem a se envolver em atividades fora do comum e aventureiras.
  1. Amabilidade

A amabilidade se refere à disposição de uma pessoa para ser compassiva, cooperativa e amigável com os outros. Indivíduos amáveis são prestativos, preocupados com os sentimentos dos outros e têm empatia. Eles são mais propensos a cooperar e manter relações harmoniosas com os outros.

Características marcantes da amabilidade:
  • Empatia: Pessoas amáveis são altamente empáticas e se preocupam com os sentimentos dos outros.
  • Generosidade: São propensas a ajudar os outros e a fazer atos de bondade.
  • Altruísmo: Colocam as necessidades dos outros antes das suas e são altruístas.
  • Tolerância: São pacientes e tolerantes com as diferenças dos outros.
  • Colaboração: Facilidade com trabalho em equipe e em criar relacionamentos harmoniosos.
  1. Conscienciosidade

A conscienciosidade descreve o grau de organização, autodisciplina, responsabilidade e planejamento de uma pessoa. Pessoas disciplinadas são meticulosas em suas ações, comprometidas com seus objetivos e têm a capacidade de cumprir suas responsabilidades. Elas podem ser vistas como trabalhadoras e organizadas ou rígidas.

Características marcantes da conscienciosidade:
  • Organização: Pessoas disciplinadas são altamente organizadas em suas vidas e ambientes.
  • Autodisciplina: Têm a capacidade de aderir a metas e prazos, mesmo quando não estão sendo supervisionadas.
  • Responsabilidade: Assumem a responsabilidade por suas ações e compromissos.
  • Foco no trabalho: São trabalhadoras e dedicadas ao seu trabalho e às suas tarefas.
  • Planejamento: Planejam suas ações com antecedência e estabelecem metas realistas para alcançar o sucesso.

É importante reforçar que a maioria das pessoas não se encaixa completamente em uma única dimensão, mas exibe uma combinação de traços em graus variados. Dessa forma, quando analisados com propriedade, fornecem uma estrutura útil e bastante confiável para entender as diferenças individuais de personalidade e como elas influenciam o comportamento das pessoas e suas interações umas com as outras.

Quer aprender a interpretar os resultados do teste de personalidade Big Five? No nosso curso de CERTIFICAÇÃO BIG FIVE BRASIL PARA ANÁLISE COMPORTAMENTAL apresentamos toda a fundamentação para que você se especialize em análise comportamental, tendo como base o modelo dos 5 Fatores de Personalidade e seus impactos para utilização nos subsistemas de RH,  podendo assim otimizar o Recrutamento e Seleção, a orientação de carreira, o mapeamento de potencial e o desenvolvimento.

O que é força emocional e por que ela é a habilidade do futuro

O que é força emocional?

A força emocional, muitas vezes chamada de resiliência emocional, refere-se à capacidade de uma pessoa de lidar eficazmente com as emoções, mantendo um equilíbrio mesmo frente às adversidades. Ou seja, é a habilidade de responder a situações estressantes, traumáticas ou desafiadoras de uma maneira saudável e adaptativa.

No entanto, ter força emocional não significa que alguém nunca experimentará emoções negativas, como tristeza, raiva ou medo. Em vez disso, trata-se de como esse indivíduo vai lidar com essas emoções e de que forma elas terão algum impacto na sua vida. Ou seja, pessoas emocionalmente fortes são capazes de enfrentar desafios emocionais com resiliência e adaptabilidade, em vez de serem dominadas por suas emoções. Trata-se, assim, de uma habilidade que pode ser desenvolvida ao longo do tempo, por meio de prática, autoreflexão e busca de apoio quando necessário.

 

Por que a força emocional é a habilidade do futuro?

Podemos dizer que a força emocional é uma habilidade importante para o futuro devido às diversas tendências e mudanças em curso, tanto na sociedade como no mundo corporativo. Como, por exemplo:

 

Transformações no ambiente de trabalho

O ambiente de trabalho está passando por transformações significativas, incluindo hibridização, automação e uso de inteligência artificial (IA), entre outras. Com isso, há uma sensação de incerteza e instabilidade constante que afeta negativamente as pessoas. Dessa forma, a força emocional torna-se particularmente importante, ajudando as pessoas a se adaptarem a essas mudanças, lidar com a pressão e a manter o desempenho, mesmo em ambientes de trabalho cada vez mais dinâmicos.

 

Habilidades interpessoais cada vez mais valorizadas

À medida que a automação e a IA assumem tarefas repetitivas, as habilidades interpessoais tornam-se mais valiosas. A força emocional está intimamente ligada a habilidades como empatia, comunicação eficaz e trabalho em equipe, que são cada vez mais importantes em ambientes de trabalho colaborativos e orientados para as pessoas.

 

Bem-estar e saúde mental em foco

A saúde mental e o bem-estar dos profissionais, inclusive dos líderes, estão recebendo mais atenção e importância. Assim, a capacidade de lidar com o estresse, gerenciar emoções e buscar apoio quando necessário é fundamental para não sucumbir à ansiedade, desmotivação e pensamentos negativos. 

 

Lideranças capazes de tomar boas decisões

Cada vez mais as empresas querem contar com líderes eficazes em suas tomadas de decisão. Tais profissionais, na maioria das vezes, exibem força emocional. Ou seja, são capazes de tomar decisões ponderadas, considerando as emoções e as perspectivas dos outros, algo particularmente importante em ambientes complexos e em situações de crise.

Portanto, a força emocional é hoje uma habilidade crucial para navegar com sucesso nas complexidades do mundo moderno. E sua relevância só aumentará. Assim, desenvolver essa habilidade não só potencializa a capacidade da própria pessoa de enfrentar desafios e prosperar em ambientes diversos, como promove, através do exemplo, uma maior sensação de bem-estar e segurança na equipe e na empresa de modo geral.

 

O que torna uma pessoa emocionalmente forte?

A força emocional não é uma característica inata, mas sim uma habilidade que pode ser desenvolvida ao longo do tempo. Existem vários fatores que contribuem para tornar uma pessoa emocionalmente forte. Aqui, algumas habilidades que tornam uma pessoa emocionalmente forte.

 

  • Ter autoconhecimento: Uma pessoa emocionalmente forte tem uma compreensão profunda de suas próprias emoções, pensamentos e padrões de comportamento. Isso envolve a capacidade de reconhecer e nomear suas emoções, bem como identificar suas causas subjacentes (ou seja, o que pode estar causando tal sensação).
  • Saber se autogerenciar: Ser capaz de regular as próprias emoções é essencial para ter força emocional. Isso inclui a habilidade de controlar impulsos, lidar com o estresse e manter a calma em situações desafiadoras.
  • Comunicar-se bem: Conseguir expressar emoções de maneira eficaz e assertiva é importante para evitar mal-entendidos e conflitos. Além disso, a boa comunicação permite que as pessoas expressem suas necessidades e sentimentos de forma saudável.
  • Pensar positivo: Manter uma perspectiva positiva pode ajudar a lidar com desafios de maneira mais construtiva. Assim, pessoas emocionalmente fortes tendem a focar nas soluções em vez de se concentrarem apenas nos problemas.
  • Buscar apoio quando necessário: Ninguém é emocionalmente forte o tempo todo, e é importante reconhecer quando é hora de pedir ajuda. Buscar aconselhamento, ter um sistema de apoio social sólido e solicitar assistência quando necessário são sinais de força emocional.
  • Aprender com suas experiências: Pessoas emocionalmente fortes estão dispostas a aprender com suas experiências, sejam elas positivas ou negativas. Dessa forma, encaram os desafios como uma oportunidade de crescimento pessoal.
  • Praticar constantemente: Assim como qualquer competência, a força emocional requer prática constante. Isso envolve a aplicação de todas essas habilidades em situações do dia a dia e o desenvolvimento de estratégias próprias para lidar com emoções de maneira saudável.

 

Como desenvolver sua força emocional?

Desenvolver sua força emocional requer compromisso, dedicação e prática contínua. Aqui estão 17 estratégias que vão te ajudar a fortalecer sua resiliência emocional e se tornar mais emocionalmente forte:

 

  1. Torne-se mais consciente de suas próprias emoções. Identifique e nomeie suas emoções à medida que surgem.
  2. Mantenha um diário emocional para registrar seus sentimentos e pensamentos ao longo do tempo. Isso pode ajudar a identificar padrões emocionais.
  3. Aprenda técnicas de relaxamento, como meditação, respiração profunda e yoga, para ajudar a controlar o estresse e a ansiedade.
  4. Desenvolva estratégias para lidar com emoções intensas, como contar até dez antes de reagir impulsivamente a uma situação.
  5. Encare desafios como oportunidades de aprendizado. Pergunte a si mesmo o que você pode aprender de cada experiência desafiadora.
  6. Cultive um mindset de crescimento, acreditando que você pode se adaptar e crescer com o tempo.
  7. Pratique a escuta ativa ao se envolver em conversas com os outros. Esteja presente e tente entender os sentimentos e perspectivas dos outros.
  8. Tente se colocar no lugar dos outros para desenvolver uma compreensão mais profunda de suas emoções.
  9. Melhore a capacidade de expressar suas emoções de maneira clara e assertiva.
  10. Pratique o pensamento positivo ao desafiar pensamentos negativos automáticos. Pergunte a si mesmo se suas preocupações são realmente baseadas em fatos.
  11. Cultive a gratidão, concentrando-se nas coisas pelas quais você é grato todos os dias.
  12. Esteja aberto a mudanças e aceite que a vida é cheia de incertezas. 
  13. Estabeleça metas realistas e esteja disposto a ajustá-las à medida que as circunstâncias mudam.
  14. Construa e cultive um sistema de apoio sólido, incluindo amigos, familiares e, se necessário, um terapeuta ou conselheiro.
  15. Não hesite em buscar ajuda quando precisar. Falar com alguém pode ser uma maneira eficaz de lidar com emoções difíceis.
  16. Esteja disposto a aprender com suas experiências, sejam elas positivas ou negativas. Analise o que deu certo e o que pode ser melhorado.
  17. Busque cursos e recursos que o ajudem a desenvolver habilidades emocionais.

Lembre-se de que o desenvolvimento da força emocional é um processo contínuo. Por isso, pratique suas habilidades emocionais regularmente em sua vida cotidiana!

 

Qual a diferença entre força emocional e inteligência emocional?

A força emocional e a inteligência emocional são conceitos relacionados, mas eles se referem a aspectos diferentes do nosso relacionamento com as emoções e como lidamos com elas. 

A força emocional se concentra na capacidade de uma pessoa enfrentar adversidades, superar desafios emocionais e manter a resiliência diante de situações difíceis. Assim, envolve a habilidade de gerenciar o estresse e emoções negativas, como tristeza e raiva, recuperando-se após eventos traumáticos. 

Por outro lado, a inteligência emocional se concentra na compreensão das emoções, tanto as suas próprias como as dos outros, e na habilidade de gerenciar essas emoções de forma eficaz. Geralmente, ela se divide em quatro componentes: reconhecimento das emoções, compreensão das emoções, gestão das emoções e habilidades interpessoais.

Em resumo, a força emocional se concentra na capacidade de enfrentar desafios e adversidades, enquanto a inteligência emocional envolve a compreensão e a gestão das emoções, bem como a habilidade de se relacionar emocionalmente com os outros. 

 

Como a força emocional se relaciona com a força mental?

A força emocional e a força mental estão relacionadas, pois ambas envolvem a capacidade de enfrentar desafios e adversidades, mas elas se referem a aspectos diferentes da nossa resiliência e capacidade de superação. 

Enquanto a força emocional diz respeito à capacidade de lidar com emoções, sejam elas positivas ou negativas, de maneira saudável e adaptativa, a força mental se concentra na capacidade de lidar com pressão, estresse e desafios cognitivos e mentais.

Assim, embora a força emocional e a força mental se refiram a aspectos diferentes da resiliência, elas estão interconectadas e podem influenciar uma à outra. Por exemplo, a capacidade de gerenciar emoções de maneira saudável (força emocional) pode ajudar a manter a clareza mental e a tomar decisões eficazes (força mental) em situações estressantes.

Ou seja, desenvolver tanto a força emocional quanto a força mental pode contribuir para uma maior capacidade de superação e sucesso em diversas áreas da vida.

Como o ChatGPT pode ser útil no dia a dia do RH

É inevitável que profissionais e empresas, das mais diversas áreas, não falem sobre ChatGPT. Afinal, dos receios de substituição de trabalhadores aos elogios às maneiras em que pode aumentar a produtividade, a ferramenta de inteligência artificial (IA) pode ser o maior avanço tecnológico desde a invenção do computador pessoal, há várias décadas.

Ele certamente irá mudar a forma como as pessoas trabalham, aprendem, viajam, obtêm cuidados de saúde e se comunicam umas com as outras. Indústrias inteiras serão orientadas em torno de suas possibilidades e empresas se distinguirão pela forma como o utilizam.

Inclusive, algumas já começaram. Morgan Stanley, PwC e Stripe já estão testando chatbots de IA para tornar os processos de trabalho mais eficientes. Sem contar o número de funcionários em milhares de empresas que já usam o ChatGPT com ou sem o conhecimento do chefe.

Se você é da área de RH e, ou resistiu ao uso do ChatGPT ou já o experimentou avidamente em sua função, neste artigo trazemos uma visão aprofundada de como ele pode agilizar tarefas repetitivas – e quais riscos você pode correr se depender demais dele, além das questões éticas de seu uso.

 

O que é ChatGPT?

ChatGPT é uma ferramenta de processamento de linguagem impulsionada por tecnologia de IA que permite que você tenha conversas semelhantes às humanas e muito mais com o chatbot. O modelo de linguagem pode responder perguntas e ajudá-lo em tarefas, como redigir e-mails, redações e códigos.

ChatGPT foi criado pela OpenAI, uma empresa de IA e pesquisa que lançou o ChatGPT em 30 de novembro de 2022. A organização também é responsável pela criação do DALL-E 2, um popular gerador de arte de IA, e do Whisper, um sistema automático de reconhecimento de fala.

 

Como funciona o ChatGPT?

ChatGPT é executado em uma arquitetura de modelo de linguagem criada pela OpenAI chamada Generative Pre-trained Transformer (GPT). 

Modelos generativos de IA desse tipo são treinados em grandes quantidades de informações da Internet, incluindo sites, livros, artigos de notícias e muito mais. Além disso, este modelo de linguagem foi ajustado usando aprendizagem supervisionada e também aprendizagem por reforço. O uso de Aprendizado por Reforço com Feedback Humano (RLHF) é o que torna o ChatGPT especialmente único.

 

O que o ChatGPT pode fazer pelo RH?

Não é nenhum segredo que a IA se tornará parte das funções da área de Recursos Humanos. Inclusive, o aumento contínuo e a implementação de RH algorítmico para contratação, demissão e treinamento de funcionários segue sendo uma tendência.

Aqui, algumas vantagens que a IA pode trazer para os profissionais de RH, se usada corretamente:

 

Eliminação de tarefas repetitivas
Os profissionais de RH muitas vezes lidam com tarefas administrativas repetitivas, como responder a dúvidas comuns dos funcionários, agendar entrevistas ou atualizar registros de funcionários. O ChatGPT pode atender consultas de rotina, fornecendo informações aos profissionais e também aos funcionários de RH para que a área possa se concentrar em atividades mais estratégicas.

 

Melhorar o envolvimento dos funcionários
O ChatGPT pode fornecer respostas personalizadas às perguntas dos funcionários, oferecer orientações sobre políticas e benefícios da empresa e facilitar a comunicação entre o RH e os colaboradores. O ChatGPT também pode auxiliar no desenvolvimento pesquisas dentro de iniciativas de engajamento dos funcionários.

 

Ajudar na redução da rotatividade
O ChatGPT pode ajudar a identificar possíveis motivos para a rotatividade de funcionários, analisando dados quantitativos de RH, como entrevistas de desligamento, pesquisas com funcionários ou feedback. Ele pode identificar padrões, detectar temas comuns e destacar áreas potenciais para melhoria. Esta análise pode ajudar os profissionais de RH a tomar medidas proativas para resolver problemas, melhorar a satisfação dos funcionários e reduzir a rotatividade.

 

Aceleração a busca por talentos
O ChatGPT pode ajudar na aquisição de talentos, selecionando e avaliando currículos ou inscrições de candidatos. Ele pode analisar descrições de cargos e combiná-las com candidatos relevantes, economizando tempo e esforço dos profissionais de RH. Também pode ajudar na formulação de perguntas de triagem e entrevista.

 

Análise de dados qualitativos de RH para identificar tendências e oportunidades
Os departamentos de RH geralmente coletam dados qualitativos por meio de feedback dos funcionários, análises de desempenho ou avaliações culturais. Assim, o ChatGPT pode analisar esses dados para identificar tendências, padrões e oportunidades potenciais de melhoria. Além disso, o ChatGPT pode fornecer aos profissionais de RH insights valiosos e permitir a tomada de decisões baseada em dados, processando e resumindo rapidamente grandes quantidades de dados.

Em resumo, o ChatGPT pode oferecer múltiplas (e potencialmente inexploradas) oportunidades de aplicação para RH em recrutamento, integração, treinamento, chatbots de RH, gerenciamento de desempenho e conformidade.

 

3 exemplos de como o ChatGPT pode ajudar o RH no dia a dia

 

Aqui estão alguns exemplos de consultas que você pode experimentar no ChatGPT:

 

Descrição do cargo: Escreva uma descrição para um cargo de consultoria interna de RH. A descrição do trabalho deve incluir uma lista de responsabilidades e uma de qualificações necessárias, além de remuneração e benefícios.

Depois de receber a resposta da IA com a descrição do trabalho, acrescente:

 

Mídia social: escreva uma postagem nas redes sociais resumindo a descrição do trabalho para o Facebook. Torne-o interessante e direcionado a profissionais de RH em nível sênior.

 

Perguntas da entrevista: crie uma lista de perguntas da entrevista. O gerente de contratação está entrevistando candidatos para um cargo que exige cinco anos de experiência no setor de serviços.

 

Preparação para entrevista: atue como candidato a emprego em uma entrevista. Eu sou o entrevistador e farei perguntas relacionadas à posição generalista de RH. Você responde como candidato. Responda apenas uma pergunta por vez (faça as perguntas indicadas na consulta anterior).

Este é apenas um possível uso do ChatGPT no RH. Mas, vale ressaltar: toda e qualquer resposta a qualquer solicitação exige uma revisão humana e não deve ser considerada exatamente como é apresentada. Na verdade, deve-se sempre presumir que uma certa quantidade de revisões serão necessárias até chegar a um tom que corresponda à marca da sua organização. Além disso, o olhar humano garante que detalhes específicos da situação sejam colocados e erros sejam corrigir.

 

Como usar o ChatGPT de forma ética e segura no RH

Ao decidir quais informações você deve usar para solicitar o ChatGPT, tenha uma premissão sempre em mente: não compartilhe nada que você não compartilharia publicamente.

Isso inclui qualquer informação sensível ou confidencial. Ou seja, tudo bem pedir ao ChatGPT para escrever uma descrição de cargo, mas fornecer detalhes sobre uma alegação de assédio ou informações sobre a licença de um colaborador devido a um problema médico, talvez seja melhor não colocar no sistema.

Assim, compartilhar com o ChatGPT informações regulamentadas, como detalhes pessoais, de saúde ou de pagamento pode violar os regulamentos de conformidade. Isso porque o chatbot aprende com informações digitadas, copiadas e coladas na caixa de prompt. Dessa forma, as informações são armazenadas como parte do processo de aprendizagem do ChatGPT, o que significa que ele pode expor informações confidenciais mesmo que a cópia original seja excluída.

Isso significa que se alguém inserir informações confidenciais – incluindo segredos comerciais, planos de fusão ou demissão ou problemas específicos de desempenho de funcionários – qualquer pessoa poderá perguntar ao ChatGPT sobre isso, e a IA poderá usar essas informações em suas respostas.

Assim, é importantíssimos que o RH crie uma política ChatGPT para funcionários. Considerando que cada vez mais colaboradores usam o ChatGPT – muitos secretamente -, é importante desenvolver uma política sobre, por exemplo, “como usar o ChatGPT com segurança”, vvoltada para os colaboradores. 

Por fim, para garantir mais ética e segurança no uso do ChatGPT, o RH deve consultar o departamento jurídico e de TI (ou um especialista externo em segurança cibernética). Afinal, trata-se de um território desconhecido, o que pede assessoria de pessoas que entendem dos riscos e dos protocolos de segurança.

 

Empregos de RH que o ChatGPT não poderá substituir

Por mais que o ChatGPT e outras aplicações de IA possam facilitar a vida dos profissionais de RH, há certas coisas que ele não conseguirá absorver. Aqui estão alguns exemplos:

 

Fornecer suporte emocional aos funcionários
ChatGPT é adequado para assumir o suporte operacional. No entanto, nunca será capaz de substituir o toque humano ou proporcionar compaixão. Nem será capaz de dar apoio emocional ou ter empatia. Por exemplo, quando um funcionário tem um problema com um colega de trabalho ou gerente, ou quando é preciso intervir para ajudar colaboradores a manterem um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional.

 

Desenvolver estratégias e impulsionar mudanças
Embora a ferramenta orientada por IA possa ajudar a escrever (partes de) uma estratégia, ela não será capaz de criar e implementar uma. Isto também é verdade quando se trata de promover mudanças. Dessa forma, o ChatGPT pode desempenhar um papel de apoio na criação de mudanças organizacionais, mas a mudança ainda precisará ser implementada pela equipe.

 

Moldar a cultura organizacional
O RH é fundamental para moldar a cultura da empresa e influenciar a liderança. Como tal, são responsáveis por alinhar gestores e colaboradores com a cultura, promover um sentido de propriedade e manter a responsabilidade em todos os níveis da empresa. Assim, várias outras atividades continuarão a ser da responsabilidade do RH, como a gestão de ecossistemas de força de trabalho, a redefinição de estratégias de trabalho remoto e híbrido, a criação de organizações orientadas para um propósito e a remodelação da aprendizagem no local de trabalho.

 

Em resumo

Os profissionais de RH devem considerar três fatores ao determinar o que o ChatGPT pode ou não fazer: conhecimento, contexto e formato. Ou seja, embora a IA tenha uma enorme quantidade de conhecimento à sua disposição, falta-lhe contexto. Como tal, qualquer coisa que exija uma compreensão profunda do contexto (estratégia e cultura, por exemplo) está além de suas capacidades.

No entanto, para tarefas repetitivas – que roubam tempo precioso que poderia ser dedicado a questões estratégicas -, análise de dados e compartilhamento de informações, o ChatGPT pode ser um grande aliado no dia a dia do profissional do RH.

O que é liderança antifrágil e como desenvolvê-la

Tudo muda cada vez mais rápido e vivemos em um permanente estado de insegurança e incerteza. Mal nos recuperamos de um “tombo”, e outro obstáculo surge na nossa frente. A sensação de “não dar conta” é constante, assim como sentimentos tais quais ansiedade, tensão, insatisfação, estresse.

É neste contexto que surge a ideia de antifragilidade.

Um bom lugar para começar a entender a antifragilidade é compreender que o estresse não é inerentemente negativo. Afinal, sistemas adaptativos complexos, como o dos humanos, precisam de estresse para aprender, crescer e se desenvolver. Sem isso, podemos nos tornar mais fracos e frágeis. Assim, quando conseguimos encarar o estresse dessa forma, podemos lidar com a incerteza e as dificuldades de modo mais positivo, inclusive nos beneficiando dessa experiência.

Ou seja, quando somos capazes de aprender, desenvolver e melhorar através de disrupções, desafios e mudanças, tornamo-nos antifrágeis. Dessa forma, uma liderança antifrágil é aquela que, na prática, experimenta mais vantagens do que desvantagens em ambientes incertos e voláteis.

Neste artigo explicamos o que é uma liderança antifrágil e apontamos caminhos rumo a esta nova forma de liderar.

 

Qual a diferença entre antifragilidade e resiliência?

Em seu livro “Antifrágil: coisas que se beneficiam com o caos”, Nassim Taleb fez importantes distinções entre fragilidade, resiliência e antifragilidade. O autor define a antifragilidade como sendo o oposto da fragilidade e geralmente melhor que a resiliência.

É claro que sistemas, estratégias, economias ou indivíduos resilientes podem suportar muito mais stress do que se fossem frágeis. No entanto, se algo é antifrágil, torna-se ainda mais forte, prosperando mesmo sob stress, incerteza e imprevisibilidade.

Por isso, há quem defina a antifragilidade como Resiliência 2.0.

 

O que é uma liderança antifrágil?

Como estratégia, a liderança antifrágil visa preparar equipes e organizações para melhorarem quando expostas a eventos adversos – e não somente superar desafios. Dessa forma, como colocado acima, vai além da resiliência ou da recuperação após um “baque”. 

Em resumo, líderes frágeis quebram sob pressão e crises. Líderes resilientes se adaptam e se recuperam. Mas, os líderes antifrágeis tornam-se mais fortes e mais eficazes através da adversidade, da pressão e da incerteza. E ajudam sua organização e equipe a se tornarem igualmente melhor preparados.

 

Qual a importância de uma liderança antifrágil

Segundo dados da Gartner, a mentalidade dos líderes executivos está frequentemente ligada ao medo e ao evitamento de incertezas e mudanças inesperadas. Com isso, eles têm limitada sua capacidade de sentir e de evoluir de forma otimizada frente a incertezas.

No entanto, as empresas e os seus colaboradores precisam de um tipo diferente de liderança, para os motivar a ouvir sinais de que algo não está bem, experimentar e evoluir para prosperar em tempos de incerteza.

Por isso, desenvolver a antifragilidade é essencial para os líderes porque lhes permite adaptar-se às novas circunstâncias e superar as adversidades. Assim, no atual ambiente de negócios acelerado e imprevisível que vivemos são os líderes antifrágeis os mais bem equipados para lidar com desafios e capitalizar oportunidades.

 

Características da liderança antifrágil

Os líderes antifrágeis têm as seguintes características:

  • Modo de aprendizagem contínua: estão constantemente empenhados em aprender a partir do contexto em mudança, através de uma abordagem de aprendizagem contínua.
  • Abertura a novas ideias: reconhecem que a experiência pode ser uma limitação num contexto VUCA e estão abertos a ideias não experimentadas.
  • Planejamento: Esperam o melhor mas estão sempre preparados para o pior, rejeitando a ideia de que quem tem um plano ‘B’ não tem um bom plano ‘A’.
  • Capacidade de delegar decisões: possuem grande aptidão para delegar decisões a equipes em cenários de caos. Para tal, constroem relações de confiança com as pessoas e têm uma abordagem de absoluto respeito pelas competências dos outros.
  • Prontidão para feedback: preocupam-se e são capazes de dar e receber feedback constante para crescer e se desenvolver de acordo com as necessidades do ambiente. Um líder antifrágil está sempre pronto para se atualizar e se desafiar culturalmente.
  • Capacidade de lidar com a imprevisibilidade: utilizam eventos negativos para aumentar a qualidade do desempenho num processo de renascimento que vai além do conceito de resiliência.

Estas características permitem que os líderes antifrágeis prosperem em ambientes complexos e ajudam as suas organizações a permanecer resilientes e a crescer.

 

6 atitudes de líderes antifrágeis

Em seu livro “Becoming AntiFragile: Learning to Thrive through Disruption Challenge and Change“, a especialista Paige Williams lista seis princípios orientadores para ajudar líderes a se tornarem mais antifrágeis. 

 

  1. Não normalize o estresse: tensão e estresse não são sinais de que você ou outras pessoas estão quebrando. Dê às pessoas permissão para verem seu próprio medo ou ansiedade como sinais de que algo não está indo como seu cérebro deseja e precisa de atenção. Lembre-se e aos outros de que é seguro sentar e respirar apesar dessas sensações de desconforto. Então, quando você ou outras pessoas estiverem prontos, basta dar o próximo pequeno passo à frente a partir de uma posição de confiança e boas intenções. E se você precisar lutar novamente logo depois, saiba que esse processo pode ser repetido quantas vezes forem necessárias.

 

  1. Opere na realidade: não permita que seus pensamentos sejam inundados pela auto-sabotagem ou emoções negativas. Quando uma situação for desafiadora, encare-a perguntando a si mesmo ou à equipe: “O que sabemos com certeza? Qual é minha (nossa) parte nisso? Quais são boas ideias para resolver esse problema? O que posso (podemos) fazer para ajudar?”

 

  1. Quebre o negativo e construa o positivo: use os pontos fortes que você e os outros têm para desenvolver e sustentar a antifragilidade. No final de cada dia, pergunte: “O que deu certo hoje e quais pontos fortes tornaram isso possível? O que você espera amanhã e quais pontos fortes você pode aproveitar para tornar isso mais energizante e agradável?”

 

  1. Use os riscos de forma calculada e inteligente: traga opções adotando uma mentalidade de constante melhoria e crie segurança psicológica para que todos se sintam à vontade para defender a inovação. Considere algumas perguntas como parte de um ciclo de aprendizagem e torne-as um hábito Por exemplo: “O que correu bem? O que foi desafiador? Quais as lições aprendidas? Quais ajustes devem ser feitos?”

 

  1. Busque a sabedoria coletiva: convide diversas contribuições, incentive conflitos saudáveis e procure saber o que pode ser melhorado – tanto da sua equipe quanto dos seus diretores. Procure identificar onde realmente reside o comprometimento e a energia das pessoas para a ação, em vez de desperdiçar tempo, energia e esforço tentando fazer com que as pessoas simplesmente cumpram suas tarefas.

 

  1. Enfrente o jogo infinito: aproveite o significado e o propósito para dimensionar suas abordagens para benefícios de longo prazo, além desta crise. Esteja ciente de que este é um jogo infinito, que requer energia, por isso não deixe de comemorar marcos ao longo do caminho e faça da gratidão a atitude de sua equipe.

 

A antifragilidade e as emoções: para ter uma, lide com a outra

Não podemos falar sobre liderança antifrágil sem tratar da regulação emocional do líder, especialmente como resultado de contribuições externas. Até porque o ser humano vivencia um fenômeno chamado contágio emocional. Ou seja, somos altamente propensos a “assumir” as emoções daqueles que nos rodeiam. Por isso, até como exemplo, o líder deve ser capaz de regular e de lidar com suas próprias emoções (além da dos seus liderados). 

Esta é uma jornada de longo prazo, que envolve compreender e aceitar suas emoções, tornando-se mais forte através delas e das experiências vividas. Até porque não só o próprio profissional, mas também a organização deve mudar sua mentalidade em torno do que é o trabalho emocional de um líder.

Entendemos que nem sempre é fácil para um líder processar suas emoções (ou mesmo reconhecê-las), especialmente se atua num ambiente não receptivo a vulnerabilidades. No entanto, sugerimos algumas atitudes para ajudar neste processo:

 

  • Seja proativo em vez de reativo

Manter-se atualizado com as tendências e com as expectativas da organização e da equipe, contribui para um pensamento diferenciado e mais confiante frente às adversidades. O mesmo vale para estar constantemente desenvolvendo sua liderança antifrágil e habilidades intrínsecas a ela.  

 

  • Fique feliz em ajudar sua equipe

Em todo o espectro do comportamento humano, sabemos que obtemos mais energia e força de coisas que consideramos significativas. Portanto, a questão para nós é: como podemos encontrar sentido em apoiar os nossos colaboradores (por exemplo, ouvi-los quando estão em um dia ruim)? Algumas ideias:

  • Conecte-se ao seu propósito como líder e anote os principais resultados que você está tentando alcançar em relação ao seu pessoal. Mantenha esses resultados em mente.
  • Reflita sobre uma ocasião anterior em que você conseguiu resolver um problema, remover um obstáculo ou ajudar um colega. Como se sentiu? Lembre-se dessa experiência e busque repeti-la.

 

  • Abrace interações como oportunidades de aprendizagem

Em vez de chegar a cada momento com a sensação de que é um desafio a superar ou uma tarefa de liderança que deve vencer, tente mudar seu pensamento para perceber as interações como locais de constante aprendizagem e desenvolvimento. Isso está relacionado a ter uma mentalidade construtiva – um sentimento de que as dificuldades são oportunidades para crescer.

 

  • Não seja tão duro com você mesmo

A maneira como você responde a uma situação nem sempre será exatamente como planejado. Mas, se você reservar algum tempo para refletir sobre o que aconteceu – e não a partir do julgamento e autopunição – estará cultivando sua antiflagilidade, ou seja, permitindo que um “fracasso” se torne aprendizado e melhoria.

 

A liderança antifrágil deve moldar o líder do futuro

Por fim, tenha em mente as palavras de Taleb: “o primeiro passo para a antifragilidade consiste em primeiro diminuir a desvantagem”. Assim, procure entender o que pode ser eliminado da sua vida que não agrega ao seu bem-estar e aos seus objetivos. Como sociedade, tendemos a achar que precisamos de mais coisas, quando na verdade a resposta pode ser precisar de menos. Ou seja, para uma liderança antifrágil, avalie o que na sua vida profissional (e pessoal) é desnecessário, sendo apenas “desvantagem”.

Hoje apenas a resiliência não é suficiente. Afinal, já ultrapassamos a simples necessidade de nos adaptarmos e nos recuperarmos rapidamente de situações difíceis. O que precisamos agora é começar a nos tornar antifrágeis. Um passo nesse sentido é passar pela experiência do nosso PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE LÍDERES, o PDL, que ajuda profissionais a pensar e agir como líderes do futuro, mais confiantes, estratégicos, empáticos, inovadores e antifrágeis. Clique aqui para saber mais.

O que é força mental e como desenvolver a sua

Existem muitas teorias sobre como alguém se torna um líder de sucesso. De enfrentar mudanças com tranquilidade a ter fortes habilidades de comunicação ou inteligência emocional, o que vemos em líderes eficazes são diversas qualidades distintas, que de alguma forma reforçam um claro poder de influência e impulsionam seu sucesso.

Quando não conseguimos articular claramente essas qualidades, muitas vezes falamos em “algo a mais”. No entanto, poderíamos tranquilamente dizer que esses líderes, que exibem uma mentalidade acima da média, juntamente com força de vontade e capacidade de transcender probabilidades intransponíveis, têm… força mental.

Afinal, a força mental é a capacidade de trabalhar duro e responder com resiliência ao fracasso e à adversidade. Mas também é mais do que isso. E é este o tema deste artigo.

O que é força mental?

A força mental é a habilidade cognitiva e emocional de reformular pensamentos negativos e circunstâncias adversas. Ser mentalmente forte, ou mentalmente resistente, ajuda-nos a resistir às influências internas e externas que enfraquecem a nossa autoconfiança e bem-estar.

Podemos usar a metáfora da saúde física para compreender a força mental. Assim como a força física é um componente da aptidão física, a força mental faz parte da aptidão mental.

A aptidão mental é o conjunto completo de práticas que permitem manter e melhorar seu estado mental. Dessa forma, a força mental ajuda você a manter o foco em momentos cruciais – por exemplo, o atleta que precisa abafar a multidão para marcar um gol da vitória. 

Em outras palavras, a força mental é a nossa capacidade de funcionar de forma eficaz e sustentável face aos desafios e ao stress – sem sacrificar a nossa própria saúde, identidade e bem-estar mental. Por isso, está intimamente relacionada à resiliência. 

 

Por que todo bom líder precisa de força mental?

Cada vez mais, no ambiente profissional, precisamos lidar com questões que vão além da parte técnica da nossa função. Para os líderes, isso é ainda mais necessário, afinal, devem não só obter resultados, mas inspirar pessoas a trabalharem da melhor forma possível. Assim, é fundamental que desenvolvam força mental, em especial para:

 

  • Criar uma mentalidade vencedora

Embora a força mental esteja ainda muito ligada a potencializar o desempenho, especialmente nos esportes, ela vai muito além disso. 

O primeiro filtro pelo qual passamos qualquer experiência que vivemos é o pensamento. Ou seja, se seu pensamento for “fraco”, provavelmente gerará um padrão igualmente baixo de desempenho e resultados. Por sua vez, uma mentalidade vencedora pode desbloquear o potencial ilimitado para criar, influenciar e gerar resultados que ativam o sucesso.

Por isso, não se engane: o sucesso da liderança depende da capacidade de adquirir uma mentalidade profundamente poderosa – a mentalidade de um campeão.

 

  • Fortalecer caráter e resistência

A liderança não é feita apenas de grandes vitórias e um bom líder sabe disso. Erguer as mangas, enfrentar dificuldades e fazer o que for preciso para transpor desafios faz parte do “pacote”. Assim, líderes que são mentalmente fortes não desviam, mas abraçam obstáculos e incertezas, por entenderem seu potencial de torná-los mais inteligentes, ágeis e resilientes.

Além disso, uma das marcas excepcionais da força mental é que ela ajuda os líderes a buscar seu “porquê”. Isso é especialmente importante em tempos difíceis – quando o comprometimento pode aumentar ou diminuir. Por isso, o impulso interno para atingir metas, apesar dos contratempos, é uma das coisas que distingue um bom líder.

 

  • Ter coragem para desafiar o status quo

Em vez de um compromisso arbitrário com princípios e práticas do passado, as lideranças de hoje têm seus olhos focados na inovação. Assim, como toda a premissa de força mental é construída sobre a vontade de enfrentar o medo, agir e prosperar em meio à adversidade, a coragem é um imperativo de liderança. Seria difícil, talvez até impossível, liderar sem a disposição de enfrentar turbulências e lidar com o desconhecido.

A coragem permite que os líderes floresçam em ambientes que mudam constantemente. Também os encoraja a assumir novas oportunidades de aprendizado e crescimento. Além disso, a coragem funciona como um catalisador para uma auto-estima saudável, o que também ajuda os líderes a navegar com eficácia pelo estresse, crises e conflitos. 

 

Como desenvolver sua força mental: 7 dicas práticas

Aqui estão sete ações que você pode começar a praticar hoje mesmo para melhorar sua força mental:

 

  1. Resista ao impulso de desejar que a vida fosse mais fácil

Todos nós passamos por isso e são muitas as vezes que desejamos que houvesse uma versão mais fácil da vida do que a que estamos vivendo atualmente. Mas, esse tipo de fantasia pode paralisar nossa força mental. Para ser fácil a vida primeiro deve ser difícil. Pense em um bebê: o quanto é desafiador para ele conseguir algo tão banal como andar? No entanto, com o tempo, essa criança logo está correndo, saltando, escalando – e muitas vezes sem medo. 

Aprender qualquer habilidade é difícil no começo, mas fica mais fácil com o tempo e quase tudo no mundo segue esse mesmo padrão. Portanto, se pretendemos viver uma vida que melhora constantemente, devemos sempre estar em um estado em que estamos aprendendo ou tentando algo novo. Inclusive, podemos até estar num lugar onde duvidamos de nós mesmos, onde não temos certeza, onde parece que não conseguiremos – pois é aí que começa o verdadeiro progresso.

 

  1. Investigue cada pensamento

Existem várias maneiras pelas quais nossa força mental pode ser desafiada como líderes. Mas, não importa quais sejam, elas começam como pensamentos simples. Assim, procure investigar seus pensamentos, em especial os negativos. Pergunte-se:

  • “Por que será que estou me sentindo assim?”
  • “Quão emocionante essa história soaria quando eu finalmente superasse isso?”
  • “O que eu poderia aprender com essa situação negativa?”

Perceba que, como líderes, você invariavelmente entrará em situações aparentemente impossíveis, em algum momento sentirá que sua confiança foi traída e certamente se decepcionará, com os outros e com você mesmo. Mas, lembre-se: o que importa não é o que acontece com você, mas como você reage. Assim, investigue cada pensamento antes de permitir que ele entre no seu subconsciente e controle a situação.

 

  1. Mantenha um diário

Se você deseja verificar sua força mental regularmente, manter um diário é uma ótima ideia. Afinal, acompanhar seu crescimento pessoal ao longo do tempo é importante para dar perspectiva quando as coisas parecerem fora de controle e aumentar sua auto-estima.

Não há regras para o que você coloca em seu diário. Tente escrever livremente por vários minutos, estabelecer metas ou fazer anotações de situações estressantes que parecem particularmente desafiadoras. Às vezes, o ato de escrever ajuda nosso cérebro a começar a lidar com nossas dificuldades. É um pequeno passo para tentarmos acalmar nossa mente e nos sentirmos novamente no controle.

 

  1. Pratique a autocompaixão

Muitos de nós pensamos que seremos de alguma forma mais produtivos se nos punirmos, mas esse não é o caso. Praticar autocompaixão na verdade nos ajuda a construir resiliência. Afinal, quando nos concentramos no que fazemos bem – em vez de em todos os nossos fracassos – mantemos uma mentalidade construtiva, ao mesmo tempo que evitamos a espiral descendente. Assim, procure desenvolver pensamentos como: “Tudo bem, isso não deu muito certo, mas aqui está o que aprendi – e como posso fazer melhor na próxima vez”.

Veja, toda situação tem um cenário pior do que o que vivemos atualmente. Se abordarmos nossa situação atual com gratidão, podemos ativar esse poder de encontrar aprendizado na adversidade, ganhando energia para melhorar nossa força mental.

 

  1. Saia da sua zona de conforto

Quer saber se desenvolveu as habilidades básicas de força mental? Então saia da sua zona de conforto. Como muitas habilidades, a força mental não pode ser dominada sem prática. Em algum momento, você poderá ter que fazer algo novo, desconhecido ou assustador – e isso é uma coisa boa.

Comece pequeno ou grande – não importa. Inscreva-se em uma aula, tome um café com alguém que o intimida ou candidate-se ao emprego dos seus sonhos. Seja o que for, preste atenção em como você reage quando os sentimentos assustadores surgem. Em seguida, escreva tais emoções em seu diário e comente-as, como faria com um bom amigo. Você aprenderá que é capaz de fazer coisas difíceis – e pode até gostar delas.

 

  1. Desenvolva uma rotina diária

Para ganhar força física é preciso uma rotina de exercícios, certo? Ninguém ganha uma barriga “tanquinho” fazendo uma abdominal a cada 15 dias. Assim, para construir força mental, você deve construir rotinas diárias que reforcem as novas habilidades que você está praticando.

Escrever um diário, praticar a atenção plena e se conectar com seus pensamentos podem fazer parte dessa rotina. Ou seja, priorize ações que incentive você a parar, refletir e questionar, escolhendo pensamentos e comportamentos que fortaleçam sua confiança.

Certifique-se de que sua rotina diária também inclua práticas de autocuidado. Muitas vezes, quando as pessoas estão num processo de desenvolvimento pessoal, acabam deixando outras áreas em segundo plano, afinal, o tempo deve ser otimizado. No entanto, não deixe de priorizar seu bem-estar básico, como descansar o suficiente, fazer atividade física e estar atento ao que você come.

 

  1. Mantenha suas conexões fortes

Um dos indicadores mais fortes de satisfação com a vida são nossos relacionamentos com os outros. Assim, não tente fazer tudo sozinho. Precisamos ter pessoas queridas por perto, para nos ajudar a celebrar vitórias, nos impulsionar e nos confortar em tempos difíceis.

Pense que sua rede de apoio (ou seja, seus amigos e familiares) é tão importante quanto seu coach ou mentor, caso tenha alguém o guiando neste desenvolvimento de sua força mental. Assim, divirta-se, passe tempo com as pessoas que você ama e faça coisas que te deixem feliz. Afinal, a alegria frequentemente nos isola do estresse e nos faz continuar quando queremos desistir.

 

Lembre-se:

Nossa força mental nos ajuda a resistir quando somos tomados por pensamentos negativos. Quando estamos mentalmente fortes, lidamos melhor com os altos e baixos da vida, dia após dia. E – tal como a força física – é uma espécie de músculo mental que podemos desenvolver para melhorar o nosso bem-estar geral.

E, para saber mais sobre liderança e todas as capacidades necessárias para se tornar um bom líder, inscreva-se no nosso PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE LÍDERES (PDL), clicando aqui.

Assédio no trabalho e a Lei 14.457/22: ações para o RH

Podemos considerar assédio no trabalho condutas abusivas exageradas, que podem ser de teor físico, psicológico, verbal ou sexual. Embora nem sempre, na maioria das vezes o comportamento está associado a relações de poder e por vezes surge também por viés discriminatório. Por isso, conscientizar funcionários, em especial as lideranças, sobre os riscos deste abuso (e o que é caracterizado como abuso) sempre foi tão importante para combater o assédio.

Com a publicação, em setembro de 2022, da Lei 14.457/22, ações de conscientização tornam-se obrigatórias a cada 12 meses. Isso porque a lei determina a criação de um Canal de Denúncias em empresas com CIPA e institui o Programa Emprega + Mulheres, alterando a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Além disso, a Lei traz importantes mudanças nos objetivos da CIPA, dando destaque ao combate ao assédio e outras formas de violência e discriminação via uma abordagem formativa e educativa.

 

O que é assédio no trabalho?

No Brasil, temos três principais tipos de assédio no trabalho, e que abordamos no curso ASSÉDIO MORAL, SEXUAL E DESRESPEITO A IDENTIDADE: PRINCIPAIS TÉCNICAS PARA O RH NA IDENTIFICAÇÃO, PREVENÇÃO E TRATAMENTO.

 

Assédio sexual

É o constrangimento de caráter sexual, quando o constrangedor (que pode ser de um nível hierárquico superior ou não), valendo-se de sua posição ou influência, procura obter satisfação de seus desejos. Ele pode ser por chantagem e por intimidação.

Assédio sexual por chantagem acontece quando o assediador condiciona o sucesso de sua investida a um prejuízo, ou não, da situação de trabalho da vítima. Já o assédio sexual por intimidação reúne condutas que resultam num ambiente de trabalho hostil, intimidativo ou humilhante, dirigidas a uma pessoa ou a um grupo de pessoas em particular. Por exemplo, a exibição de material pornográfico ou comentários desconfortáveis de cunho sexual. E, embora nem sempre o crime de assédio sexual seja caracterizado, o agressor pode cometer outros crimes sexuais que também são passíveis de punição.

 

Assédio moral

Assédio moral é conduta abusiva e que pode ser efetivada por palavras, comportamentos (inclusive discriminatórios), e até mesmo gestos. Ou seja, trata-se de uma conduta reiterada, que fere a dignidade do profissional. Ele pode acontecer independente da posição hierárquica do funcionário, sendo dividido em:

1. Assédio moral vertical: ocorre quando a relação de trabalho envolve posições hierárquicas distintas, subdividindo-se em assédio moral vertical descendente, que é quando o superior hierárquico, em geral aproveitando-se de sua autoridade, vitimiza o trabalhador de hierarquia inferior;  assédio moral vertical ascendente, que ocorre quando um subordinado ou grupo de subordinados vitimiza o chefe, constrangendo-o por algum motivo ou interesse.

2. Assédio moral horizontal: quando se dá entre colegas,  sem relação hierárquica.

3. Assédio moral misto: quando os assédios vertical e horizontal se dão de modo simultâneo; na hipótese, o alvo sofre pela ação de superiores hierárquicos e também por colegas com os quais não tem relação de subordinação.

4. Assédio moral organizacional, ou estratégico: quando a própria política interna ou a cultura organizacional da empresa atua no sentido de assediar todos os colaboradores, seja por metas inatingíveis ou algumas ações “motivacionais” que acabam por constranger os colaboradores.

 

Discriminação

É a discriminação devido a uma característica, mesmo que momentânea, de uma pessoa. Inclui-se aqui discriminações de gênero, religiosa, racial, em relação à orientação sexual, identidade de gênero e também contra grávidas e lactantes.

A OIT (Organização Internacional do Trabalho) aponta 12 pontos de discriminação, e a legislação não tem uma lista estanque quanto a isso, portanto a discriminação abrange muitos temas que às vezes passam desapercebido aos colaboradores. Assim, é importante a conscientização e que eles tenham conhecimento que a maior parte das atitudes discriminatórias também é crime.

 

Principais pontos da Lei 14.457/22

O Art. 23 da Lei 14.457/22 coloca medidas que devem ser adotadas pelas empresas com Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio (CIPA). Entre essas medidas sobre assédio no trabalho temos:

I – atualização nas normas internas da empresa, que agora deverão incluir regras de conduta a respeito do assédio sexual e de outras formas de violência, com ampla divulgação aos colaboradores;

II – consolidação de procedimentos para o recebimento de denúncias: a empresa agora deve ter ferramentas e protocolos para acolher e acompanhar denúncias e, quando for o caso, para aplicar sanções administrativas aos responsáveis diretos e indiretos da transgressão. Tudo isso, é claro, com garantia de anonimato a quem realiza a denúncia;

III – além disso, é obrigatório incluir temáticas sobre prevenção e combate ao assédio sexual e outras formas de violência também nas atividades e práticas da CIPA;

IV – realização de ações de capacitação, orientação e sensibilização de colaboradores, independentemente do nível hierárquico, no mínimo 1 vez por ano sobre temas relacionados à violência, ao assédio, à igualdade e à diversidade no trabalho, em formatos acessíveis, apropriados e que tragam resultados efetivos.

 

Quais as consequências do assédio no trabalho?

As consequências para as vítimas de abuso no local de trabalho costumam ser graves e duradouras. Além de arruinar o prazer da vítima em cumprir sua função e mesmo seguir na carreira escolhida, o abuso no trabalho geralmente leva a problemas de saúde mental duradouros, como transtorno de ansiedade, depressão, pânico e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Isso porque, em muitos casos, o abuso ocorre por longos períodos, sem testemunhas e sem denúncias.

Para a empresa, o assédio no trabalho também tem repercussões negativas. Afinal, funcionários que sofrem abuso deixam de ser produtivos, não inovam, deixam de pensar estrategicamente e, com o tempo, podem deixar de trabalhar devido a problemas relacionados à saúde mental. Ainda, tais empresas podem ficar para trás na aquisição de talentos.

 

Como o assédio no local de trabalho é perpetuado?

O primeiro passo para abordar o assédio no trabalho é entender de que forma ele é perpetuado, ou seja, por que ele acontece.

Estigma: Estigmas são estereótipos negativos baseados em raça, etnia, orientação sexual, identidade de gênero, cultura, doença mental, deficiências físicas e outras características. Os estigmas podem levar os membros da equipe a serem vistos e tratados negativamente por colegas de trabalho e líderes de escritório.

Uma cultura de silêncio: muitos trabalhadores e testemunhas não se manifestam sobre o assédio no local de trabalho. Eles podem se sentir intimidados ou com medo de retaliação, ou então podem sentir que os supervisores ou departamentos de RH representam a empresa em vez de seus funcionários.

Falta de informação ou treinamento: os funcionários podem não entender totalmente suas opções de resposta ao assédio. A falta de educação sobre discriminação, assédio e a lei para funcionários e líderes de escritório pode levar a um ambiente de trabalho tóxico. É importante ainda conscientizar tanto as lideranças quanto os demais colaboradores que a empresa pode cobrar o valor de eventuais indenizações, pagas às vítimas, das situações acima, do próprio agressor. 

 

Como combater o assédio no trabalho

Para maximizar a saúde e o bem-estar dos profissionais, é fundamental criar locais de trabalho onde todos, independentemente de sua posição, estejam seguros. Assim, abordagens sistêmicas em nível organizacional podem ajudar a prevenir os danos associados a diferentes tipos de assédio no trabalho.

 

Cultura organizacional

Embora as características do agressor sejam importantes, o bullying é um comportamento de oportunidade possibilitado por ambientes organizacionais que permitem que ele ocorra e continue. As organizações não podem eliminar o egoísmo da natureza humana, mas é possível criar sistemas nos quais o comportamento egoísta seja desencorajado em vez de reforçado.

Sistemas organizacionais eficazes de prevenção do bullying não precisam ser projetados do zero. Os mecanismos que apoiam a produtividade por meio do trabalho assíncrono e facilitam organizações inclusivas e psicologicamente saudáveis cumprem dupla função na prevenção do bullying. Mecanismos antibullying eficazes estão enraizados na justiça organizacional, na transparência, no foco nos resultados e no uso de instrumentos válidos na tomada de decisões. Eles são apoiados por ferramentas que facilitam o trabalho inclusivo e flexível; voz; e participação.

 

Pesquisas de clima

As pesquisas servem para identificar como anda o ambiente de trabalho. Por meio delas, o colaborador pode apontar o que está atrapalhando o bom ambiente da empresa e como isso está ocorrendo.

 

Recrutamento e seleção

Mecanismos válidos e bem elaborados de recrutamento, seleção e gerenciamento de talentos que se concentram em habilidades demonstradas, resultados e capacidade de apoiar os outros (em vez da capacidade de se expressar) também desempenham um papel significativo no estabelecimento de um clima organizacional positivo. Isso pode ajudar a evitar a contratação e promoção de tomadores e indivíduos excessivamente confiantes, mas incompetentes, identificando os primeiros sinais do potencial comportamento de intimidação de alguém. Por exemplo, pedir aos candidatos que descrevam suas experiências de fracasso ou de permitir que outros tenham sucesso revelará graus de humildade, autoconsciência e orientação para os outros.

 

Treinamento e desenvolvimento

Uma forma de ajudar os funcionários a entenderem seu papel na prevenção dos diferentes tipos de assédio no trabalho é fazer com que eles façam um treinamento de prevenção de assédio. O treinamento também pode reforçar as diretrizes definidas pela empresa como comportamentos aceitáveis e reforçá-las com exemplos relacionáveis.

Em especial, direcione esses treinamentos para as lideranças, que não só precisam estar atentos às suas próprias atitudes, como também darão o exemplo para suas equipes. 

 

Comunicação 

É fundamental definir comportamentos inaceitáveis nas políticas oficiais. Afinal, como funcionários podem ter pontos de vista diferentes sobre o que torna um ambiente hostil, é importante que o RH defina claramente em seu código de conduta ou manual que tipos de condutas são tidas como inaceitáveis.

 

Denúncia e repercussão

Por fim, a organização deve incentivar os funcionários a se manifestarem quando sentirem que estão sofrendo assédio no trabalho. Descreva os procedimentos, investigue as reclamações – e o mais importante – tome medidas preventivas.

Além disso, certifique-se de que há na empresa um canal de denúncia anônima, que facilite a descoberta de casos de assédio.

 

Uma palavra final

Abordar o assédio no trabalho não é fácil, mas fazê-lo de forma sistêmica apoia o bem-estar e a sensação de pertencimento, podendo prevenir até mesmo o declínio de uma organização. Por sua vez, ignorar ou “passar a mão na cabeça” dos agressores resulta na perda de talentos e profissionais criativos e inovadores. Com o tempo, há o risco de a empresa ser tomada por indivíduos tóxicos, que manterão o negócio muito aquém do que poderia ser.

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