Liderança democrática: tudo que você precisa saber

A liderança democrática, também conhecida como liderança participativa ou liderança compartilhada, é um estilo de liderança em que os membros do grupo participam do processo de tomada de decisão. Dessa forma, esse tipo de liderança pode ser aplicado a qualquer organização, de empresas privadas a escolas e ao governo.

Na liderança democrática, todos têm a oportunidade de participar, sugestões são trocadas livremente e a discussão é incentivada. Embora esse processo tenda a se concentrar na igualdade do grupo e no livre fluxo de ideias, o líder democrático ainda está presente para oferecer orientação e controle. Além disso, o líder democrático também é encarregado de decidir quem fará parte do time e quem pode contribuir para as decisões sendo tomadas. 

Diversas pesquisas apontam o estilo de liderança democrática como um dos tipos mais eficazes, que leva à maior produtividade, melhores contribuições dos membros do grupo e maior moral do grupo.

 

Características da Liderança Democrática

Porque o líder exerce um papel importante dentro do estilo de liderança democrática, há quem o confunda com a liderança autocrática. Por isso, acaba havendo uma certa confusão na aplicação desse tipo de liderança na cultura da empresa.

No entanto, ambos os estilos são bem diferentes. Com a ajuda de um pensamento colaborativo, a liderança democrática é um trabalho de equipe, e o líder escolhe a melhor solução oferecida por seus subordinados. No autocrático, por sua vez, vale mais o “manda quem pode, obedece quem tem juízo”.

Para ajudar no entendimento deste estilo de liderança, veja abaixo algumas qualidades que um líder democrático deve ter:

 

Inteligência

Embora todos os líderes devam ter inteligência como uma qualidade, os líderes democráticos estão no topo da lista. Esses líderes são considerados inteligentes porque delegam efetivamente suas responsabilidades. Afinal, precisam ser capazes de fornecer informações básicas, essenciais e precisas para responder às perguntas de seus funcionários (algo que nem todo líder faz bem).

Além disso, os líderes democráticos devem saber selecionar a melhor equipe, com o conjunto certo de habilidades, para trabalhar em um projeto. Ainda, precisam de boas habilidades de tomada de decisão para escolher a solução certa e rejeitar aquelas que podem não atender aos requisitos da situação. Afinal, não é fácil fazer com que tudo funcione bem em um ambiente onde todas as vozes são ouvidas, tomando decisões sem descartar os esforços de ninguém.

 

Criatividade

Um líder democrático também deve mostrar seu lado criativo. Como esse estilo de liderança exige muitas ideias inovadoras e colaboração, o líder deve auxiliar a equipe com conhecimento e criatividade adequados.

Trabalhar em estreita colaboração com seus funcionários para um processo de tomada de decisão requer muita criatividade e paciência. Embora o pensamento criativo seja uma habilidade inata, ele também pode ser aprimorado com o tempo e a experiência. A criatividade é facilmente alcançável quando as pessoas podem falar livremente e são respeitadas igualmente. Os líderes democráticos encorajam tais comportamentos recompensando o pensamento inovador.

 

Imparcialidade

Ao aplicar essa prática de liderança, os líderes democráticos não devem mostrar sinais de preconceito ou favoritismo. Como os funcionários têm a liberdade de falar o que pensam e contribuir igualmente para o processo de tomada de decisão, os líderes devem mostrar justiça em todos os momentos.

Uma das principais maneiras de ser mais justo é definir diretrizes claras. Se você e a equipe criarem um conjunto de listas de verificação e diretrizes para os objetivos que desejam alcançar, você limita o risco de ser injusto. Comunique-se mais com seus subordinados e certifique-se de ouvir o feedback – mesmo quando o considerar desnecessário.

Pesquisadores sugerem ainda que bons líderes democráticos possuem características específicas como saber trabalhar em equipe, adaptabilidade, ter uma mente justa e estar engajado no processo. Sendo assim, líderes democráticos fortes inspiram confiança e respeito entre seus seguidores.

Tratam-se de líderes que são sinceros e tomam decisões com base em sua moral e valores. Eles também tendem a buscar opiniões diversas e não tentam silenciar as vozes discordantes ou aquelas que oferecem um ponto de vista menos popular. Como resultado, os liderados se sentem inspirados a agir e contribuir com o grupo.

 

Vantagens da liderança democrática

O estilo de liderança democrática pode melhorar a cultura de engajamento da empresa, além do comprometimento e satisfação no trabalho dos funcionários.

Esse estilo de liderança também leva a relacionamentos mais profundos. Especificamente entre o líder democrático e os membros de sua equipe. Isso é conseguido através da construção de confiança e respeito. Além disso, um líder democrático incentiva as pessoas a expressarem suas opiniões e compartilharem suas ideias. Assim, é mais provável que a equipe apresente soluções criativas para os problemas.

Nesse sentido, líderes democráticos permitem que o time seja desafiado com problemas e incentivado a tomar decisões. Isso ensina habilidades importantes às equipes, como resolução de problemas e pensamento crítico.

Com o tempo, esses membros da equipe podem alcançar uma posição melhor para assumir responsabilidades maiores e operar de forma mais independente. Ou seja, trabalha-se o desenvolvimento de novos líderes.

Assim, de forma resumida, podemos citar essas características primordiais de um estilo de liderança democrática:

  • Valorização de uma cultura de pessoas em primeiro lugar
  • Fortalecimento das relações no local de trabalho
  • Colaboração aprimorada
  • Equipes em constante aprimoramento
  • Apoio aos funcionários para que eles próprios gerenciem processos

 

Limitações do estilo de liderança democrática

Juntamente com os benefícios, existem alguns desafios associados a um estilo de liderança democrática. Embora os líderes democráticos se preocupem profundamente com suas equipes, eles podem ter problemas para liderar durante uma crise.

  • Muitas vezes demorado processo de tomada de decisão
  • Escolher entre várias opiniões pode deixar os funcionários desapontados
  • Dificuldade em lidar rapidamente com mudanças
  • Decisões de alto risco podem parecer apressadas

Porque o líder democrático confia nas opiniões dos membros da equipe ao tomar decisões importantes, pode ser desafiador tomar decisões quando há uma questão de tempo envolvida.

Além disso, existem várias entradas e opiniões a serem consideradas ao tomar decisões. Portanto, chegar a uma decisão ou solução por meio dessa abordagem pode ser um processo lento.

Por fim, a liderança democrática envolve ouvir inúmeras ideias, muitas vezes contraditórias. Dessa forma, chegar a um consenso pode ser um verdadeiro desafio. Isso também pode fazer com que alguns membros da equipe se sintam desanimados se suas ideias não forem escolhidas para implementação.

 

Como um líder pode usar efetivamente a liderança democrática?

Para usar efetivamente a liderança democrática, um líder deve:

  • Comunicar claramente o processo de tomada de decisão aos membros da equipe e incentivar sua participação.
  • Promover um ambiente aberto e inclusivo, onde os membros da equipe se sintam à vontade para compartilhar suas ideias e opiniões.
  • Procurar informações de todos os membros da equipe, não apenas daqueles que são mais vocais ou assertivos.
  • Estar aberto para considerar diferentes pontos de vista e encontrar maneiras de incorporá-los ao processo de tomada de decisão.
  • Ajudar a facilitar as discussões e a tomada de decisões, garantindo que todos os membros da equipe sejam ouvidos e que a decisão final reflita a opinião de todos.

4 dicas para implementar a liderança democrática no trabalho

Aqui estão quatro dicas para adotar um estilo de gestão democrática no trabalho:

 

1. Decida se é o melhor estilo de liderança para a situação em questão

Como vimos, um estilo de liderança democrático não é a única solução para todos os desafios. Haverá momentos em que esta forma de gestão participativa poderá não ser a abordagem mais eficaz.

Assim, como líder, certifique-se de implantar esse estilo quando ele realmente agregar valor.

Para ajudar na tomada de decisão, pergunte-se:

  • Qual é o objetivo?
  • Por que importa que isso seja feito de forma democrática?
  • Quem será afetado por esse processo?
  • Quanto tempo eu tenho?
  • Qual é o resultado mais importante que estou procurando ao usar essa abordagem?

Se suas respostas indicarem que uma abordagem democrática é o que trará os melhores resultados, então vá em frente.

 

2. Seja aberto e transparente

Se você decidiu usar essa abordagem para uma situação específica, comunicar-se abertamente com sua equipe é fundamental.

Neste processo, é importante que todos saibam:

  • Por que você está usando essa abordagem (por exemplo, você valoriza o feedback do grupo e deseja melhorar algo).
  • Quais são os objetivos (por exemplo, contar com várias ideias antes de decidir sobre um curso de ação).
  • Quais podem ser algumas armadilhas do processo (por exemplo, ele pode levar algum tempo, mas ainda é importante).

Configurar e comunicar de forma colaborativa um processo tende a maximizar sua eficácia. Dessa forma, algumas das limitações do estilo de liderança democrática podem ser evitadas quando se é proativo em relação a elas.

Por exemplo, você pode discutir questões como:

  • Como será tomada a decisão final, considerando que nem as ideias de todos podem ser implementadas?
  • Como podemos criar um ambiente seguro para que todos possam compartilhar abertamente seus pensamentos?
  • O que acontecerá se não chegarmos a um consenso?
  • Como podemos nos concentrar em entregar o melhor resultado sem ficar presos a ideias específicas?
  • Quando você, como líder, intervirá?

Você também pode estruturar a conversa em diferentes fases. O importante é contar com uma estrutura estabelecida que esclarecerá o que os funcionários podem esperar e como o processo prosseguirá.

 

3. Certifique-se de que as pessoas se comprometam com a execução

No final do processo, alguns membros da equipe podem estar mais engajados do que outros. Especialmente se suas ideias foram consideradas.

No entanto, você ainda pode precisar de toda a equipe para a execução efetiva da decisão. Dessa forma, certifique-se de ter uma maneira de envolver todos no plano, para que se comprometam com as entregas.

 

4. Encontre tempo para reflexão e lições aprendidas para o futuro

A reflexão é fundamental. Portanto, reflita imediatamente após o término da conversa ou assim que a decisão for implementada.

Encontre tempo para reagrupar e revisar o processo:

  • O que funcionou bem?
  • Quais foram as principais conclusões?
  • O que poderia ter sido melhor?

Essa reflexão e aprendizado ajudarão a todos a se prepararem para o sucesso na próxima vez que tiverem uma conversa semelhante.

 

Quer ser um líder ainda melhor?

Para saber mais sobre liderança e entender exatamente qual tipo de líder você é, inscreva-se no PDL – PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE LÍDERES, da Integração. Trata-se de um dos maiores e mais completos cursos de liderança do país. Nele, o aluno é acompanhado por um mentor em cada etapa do programa, aprendendo desde como se comunicar de forma eficaz até de que maneira engajar e motivar pessoas, passando por um business game que potencializará seu pensamento estratégico. Saiba mais aqui.

Gestão de tempo: como ter mais produtividade e qualidade de vida

Você sente que está sempre correndo? Seja qual for a missão, a situação ou a tarefa, a sensação é de que sempre falta tempo. Mas o que falta é gestão de tempo.

Trabalhamos mais do que nunca, estamos sempre atrasados com alguma coisa e, na mesma medida, nos cobramos cada vez mais por maestria.

Paradoxalmente, pesquisas comprovam que desperdiçamos tempo com atividades inúteis, e que passamos horas demais dedicados a atividades urgentes, que poderiam ser drasticamente reduzidas com um pouco mais de organização e disciplina.

 

Existem caminhos para uma melhor gestão de tempo

Nos últimos anos, graças à atuação eficaz de bons parceiros, estive com milhares de pessoas em palestras e treinamentos. Produtividade pessoal foi o tema que nos colocou no mesmo caminho. O que há de comum entre estas pessoas?  Todas estão ávidas por mais tempo.

Meu interesse pelo tema vem desde a década de 80, quando, iniciando carreira gerencial em um grande banco, passei a sentir a pressão das múltiplas tarefas e os sintomas do stress por fazer mais e mais ao mesmo tempo em que desejava estar junto da família. Busquei, então, o que havia de melhor em termos de cursos e publicações sobre o tema, montei um programa de treinamento em produtividade pessoal para o banco que, de imediato, lotou 10 turmas e ainda hoje acontece. 

Hoje, trabalhando em treinamentos, palestras e coaching com o tema da gestão de tempo, ouço diversos depoimentos de profissionais que se sentem pressionados pelo tempo e pela busca por melhor desempenho pessoal e profissional tal qual eu senti. 

Maior produtividade para ser bem-sucedido frente às exigências do cargo, do mercado, da empresa e principalmente da família, tem se mostrado uma necessidade geral. 

Não há fórmulas mágicas para administrar melhor o tempo. No entanto, existem algumas estratégias que, adaptadas ao seu estilo e rotina, poderão torná-lo um profissional mais produtivo. 

Neste artigo, apontarei alguns caminhos para uma boa gestão de tempo, priorizando produtividade e qualidade de vida.

 

Estou atrasado, estou atrasado!

É preciso matar um leão por dia! Você já ouviu essa frase? Flávia (troquei o nome), uma amiga querida, diz que um só não basta. Ela tem o hábito de acordar às seis da manhã, sem nunca conseguir ir para a cama antes da meia noite. Assim, correr é o que ela mais faz. Logo pela manhã, enquanto toma banho, escuta as notícias no rádio. Em seguida, se “enfia” em uma roupa já deixada sobre a poltrona do quarto na noite anterior, cafezinho ligeiro e vai acumulando nos braço a bolsa, a agenda, e um dos filhos, que deixa na escola, antes de ir para o trabalho. Depois, dentro do carro, aproveita os faróis vermelhos para terminar de se maquiar, e conversar um pouco com o filho.

Quando chega ao escritório, pede o segundo café do dia e inicia a primeira reunião. Antes do almoço, ela já conseguiu deixar metade do seu pessoal desesperado. Lá pelas três da tarde, “engole” um sanduíche, enquanto continua na desenfreada correria. No final do dia, olha angustiada para o relógio, tenta fechar a agenda do dia se entregando avidamente ao trabalho, é a última a sair. Diz que é assim porque trabalha em uma poderosa emissora de televisão.

Nos dias em que chega em tempo para o jantar, ouve o que o marido e os filhos têm a dizer, mas mal responde, pois está preocupada com tudo que ainda tem que fazer. Ao final da refeição, sorri gentilmente para a família, diz que ainda tem muito trabalho, e que sente não poder permanecer mais tempo com eles.

Então, segue em direção ao escritório de casa, e diante do computador tecla compulsivamente, até que, vencida pelo sono, lá pelas tantas, vai para a cama. Segundo ela, antes de dormir, ainda resolve mais alguns detalhes relacionados ao trabalho, pelo celular.

Flávia e sua gestão de tempo (ou falta dela) me faz lembrar do coelho branco da história “Alice no País das Maravilhas”, de Charles Lutwidge Dodgson, que vivia repetindo: Estou atrasado, estou atrasado!

 

Desacelerar não é escolha, é necessidade

Você também deve conhecer pessoas que fazem milhões de coisas ao mesmo tempo, e que se tornaram viciadas em trabalho. Por isso, vivem preocupadas achando que não terão tempo de finalizar tudo a que se propõem, e irritam-se com coisas como o trânsito, um elevador mais demorado ou qualquer acontecimento que impacte sua programação. 

Muitas destas pessoas me procuram reclamando que não conseguem concluir sua interminável lista de coisas a fazer, dizendo que precisam fazer uma melhor gestão de tempo para que assim mais coisas caibam na tal lista. Ao longo do coaching buscamos conscientizá-los, levando-os a entender o cenário, mapear a realidade e entender os benefícios que chegam com as mudanças para assim partir para a ação. 

Nossa sociedade valoriza pessoas que vivem ocupadas, como se não ter tempo para nada fosse sinal de dinamismo e competência. Consequentemente, vemos cada vez mais pessoas dormindo menos, se alimentando apressadamente, e querendo fazer mais em menos tempo. Obviamente, o ditado “a pressa é inimiga da perfeição”, cabe aqui como uma luva. 

Como se não bastasse, ainda vivemos em uma era de fast-foods, celulares de última geração, que nos colocam em contato com o mundo em poucos segundos, e tudo o mais que começa e termina em pouco tempo. Com isso, temos encontros cada vez mais efêmeros e relações de curta duração. Seria esta a era dos relacionamentos líquidos?

Em todo lugar é comum encontrarmos pessoas impacientes, tensas, prontas para se defenderem, sentindo-se ameaçadas ao menor olhar. Só pode ser estresse.

Pois essa tensão constante provoca uma reação que pode prejudicar nossa produtividade. Embora cada pessoa assimile o estresse de forma diferente, suas consequências podem afetar nosso sistema imunológico, comprometendo nossa saúde e bem-estar. Assim, não espere a sua saúde ou vida pessoal estarem comprometidas para se dar conta de que passou dos limites e melhorar sua gestão de tempo. Desacelere! 

 

De workaholic para worklover

Para se tornar uma pessoa bem-sucedida será necessário se conscientizar de que uma boa gestão de tempo nos leva a alcançar metas com equilíbrio, diminuindo significativamente a ansiedade e o estresse e promovendo desenvolvimento com qualidade de vida. 

Quando você programa seu tempo, encontra formas de equilibrar trabalho e vida pessoal, fator indispensável para fortalecer a auto-estima e bem estar. Também se torna capaz de aproveitar melhor cada instante, concentrando-se na tarefa priorizada para aquele momento com maior consciência do grau de importância que ela tem para você. 

Objetivos claros nos deixam mais confortáveis na jornada e representam um grande passo para o nosso desenvolvimento, nos impedindo de desperdiçar energia. Isso significa que, conseguindo visualizar claramente o que está buscando, você tem maiores chances de conquistar suas metas. 

Ao fazer uma boa gestão de tempo você torna o relógio um aliado. Por outro lado, ao negligenciar o tempo, ganhará um inimigo. Sabemos que o tempo é finito e não pode ser controlado, o que podemos fazer é administrar os eventos do nosso dia a dia.

De workaholic para worklover, esta é a meta para Flávia, aquela que conhecemos no início deste texto. O Worklover, embora trabalhe muito, consegue conciliar bem todos os aspectos de sua vida.                                                                  

 

Faça dar tempo

Na gestão de tempo é importante reservar momentos para refletir sobre o que tem importância em sua vida, e quanto tempo você deseja investir nisso. Além disso, estabeleça metas para alcançar tais objetivos, desenvolva um planejamento determinando meios e recursos para atingir resultados, se organize e, finalmente, coloque-se em ação com foco.

Lembre-se que o dia tem apenas vinte e quatro horas, e que melhor do que trabalhar em excesso é agir de forma inteligente.

A gestão de tempo nada tem de magia, sequer funciona igualmente para todas as pessoas. Afinal, cada uma tem seu próprio ritmo e suas prioridades.

Aqui, coloco algumas dicas para melhorar a sua gestão de tempo:

  1. Priorize sua saúde, é sem dúvida seu bem maior; 
  2. Planeje seu dia, seguindo o critério da importância. Ou seja, faça primeiro o que é mais importante; 
  3. Defina suas prioridades, assim evitará desperdício de tempo, conseguindo dar atenção à sua saúde, à família, lazer e férias;
  4. Descubra quais são os seus “sabotadores do tempo”, e fique de olho para que eles não o impeçam de dar conta do seu dia; 
  5. Aprenda com seus erros – caminho percorrido, lição aprendida; 
  6. Delegue, evite a centralização. Com isso, a equipe toda produzirá mais e melhor; 
  7. Avalie o tempo gasto nas tarefas, isso melhora sua próxima programação; 
  8. Troque deslocamentos por reuniões online, sempre que possível; 
  9. Programe reuniões com objetivos claros, poucos participantes, hora estabelecida para início e final e durante a reunião não disperse; 
  10. Seja assertivo e conciso ao redigir e-mails; 
  11. Estabeleça horários específicos para consultar sua caixa de mensagens; 
  12. Diga não, negocie prazos, esteja atento às conseqüências daquilo que adiar; 
  13. Seja estratégico. Ou seja, lembre-se que 20% das atividades correspondem a 80% dos resultados; 
  14. Utilize parte do seu tempo em você mesmo; 
  15. Planejamento, organização, disciplina, prioridades e foco. Eis 5 passos para uma gestão de tempo eficaz.

 

Estas são algumas das situações que, se não observadas, roubam nosso tempo e que mais comprometem nossos resultados.

Para vencer os desperdiçadores do tempo, procure manter-se consciente e atento a você mesmo, percebendo onde o escoar dos minutos o aprisionará ao final do dia. 

Você pode me perguntar: mas será que se eu dominar a gestão de tempo não acabarei me transformando em uma máquina? A resposta é… sim, é possível. No entanto, esta não é uma fórmula pronta e muito menos mágica. Trata-se de uma mudança de atitude. Ou seja, é uma escolha pessoal.

Para saber mais sobre gestão de tempo e conhecer outras técnicas e estratégias para se tornar uma pessoa mais produtiva com qualidade de vida inscreva-se no nosso curso de GESTÃO DE TEMPO E PRIORIDADES.

 

Este artigo é de autoria de Márcia Rizzi, professora da Integração com MBA em RH pela USP e Coach pelo ICI, além de palestrante e instrutora em treinamentos comportamentais. 

Márcia desenvolveu carreira na Caixa Federal onde esteve como Gerente Geral, Gerente Regional e Superintendente de Negócios. É criadora do programa Elas na Liderança, on-line e presencial, além de autora de diversos manuais para treinamento e co-autora dos livros “Ser mais com coaching” e “Palestrantes Campeões, Manual Completo de Coaching”, “Gestão do tempo e produtividade”, “Equipes de alto desempenho”e “Excelência no atendimento ao cliente”, todos da Editora Ser Mais, e “Gestão de Pessoas e Líder Coach”, da Editora França.

Estratégias de negociação: tipos, técnicas e dicas

Tudo ao nosso redor é fruto de negociações. Isso porque alcançar objetivos e concretizar desejos envolve relacionar-se com outras pessoas. Assim, tudo o que você quer está na mão dos outros e as negociações são fundamentais nos processos de vendas, compras e contratação. Isso significa que estabelecer diálogo e relações de confiança pode ser decisivo para projetos, alianças, fusões e cisões, ou mesmo para concretizar planos materiais e em relações pessoais. 

 

A importância de conhecer estratégias de negociação

O processo de negociação começa muito antes das conversas e eventuais negativas. Preparar-se e adquirir conhecimentos, conhecer e dominar algumas técnicas simples, tudo isso pode significar a diferença entre fechar um acordo ou não. 

Além de negociações comerciais, você está em permanente negociação com chefes, pares, subordinados e mesmo em casa e com familiares. Sua capacidade de diálogo determina o sucesso na vida pessoal e também na profissional. 

Neste artigo, apresentamos tipos, técnicas e dicas de estratégias de negociação mais usadas para negociações, com a intenção de tentar contribuir para que você alcance aquilo que almeja. Apresentamos os diferentes tipos e formas de negociação, as etapas e um roteiro que ajuda a evitar erros que podem comprometer acordos importantes.  

 

A busca de acordos por meio do diálogo

Conforme a definição de Adam Berlew, “a negociação é processo em que duas ou mais partes, com interesses comuns e antagônicos, se reúnem para confrontar e discutir propostas explícitas com o objetivo de alcançar um acordo.” 

Trata-se de um processo de comunicação em que pessoas, empresas e instituições dialogam com o objetivo de obter respostas positivas. Como aqui tratamos de pessoas, partimos da premissa de que o ser humano já nasce negociando. Desde o começo. 

A primeira manifestação de um bebê recém-saído do útero materno é o choro, pelo qual expressa suas necessidades de atenção, cuidado e alimentação. Obtido o seu primeiro sim, ele buscará infinitos outros ao longo da vida. Portanto, tenha em mente, que, em todo e qualquer momento da sua vida, você estará negociando. Pode ser com a família (em toda sua amplitude e em todas as idades), com os amigos, professores, chefes, colegas de trabalho, empregados, empregadores, empresas e, muitas vezes, mesmo com pessoas estranhas.

Dentro da área comercial, há diversas dificuldades e nem sempre é fácil manter-se plenamente no mercado. Como atender os clientes, de forma que ambos saiam beneficiados?  

A arte de negociar é uma ciência que pode ser desenvolvida e aperfeiçoada por qualquer um. É consenso que a negociação acontece a todo momento na vida de todos. No entanto, são momentos que passam despercebidos na maioria das vezes. Exemplos de estratégias de negociação no dia a dia são as negociações realizadas em casa, no ambiente de trabalho, em um banco ou no escritório, ou mesmo com prestadores de serviço como médicos e dentistas, fornecedores e demais pessoas com quem você se relaciona. Na realidade, negociamos até com nós mesmos.  

Tudo, ou quase tudo pode ser negociado. Não custa lembrar que 100 % do PIB passa pelas mãos de compradores e vendedores. 

 

Quais são os tipos de estratégias de negociação?

As estratégias de negociação são definidas pelo objetivo que se quer conquistar. É comum afirmar que a comercialização de produtos demanda uma técnica mais competitiva, enquanto que a oferta de serviços requer estratégias cooperativas. Fato certo é que você precisa conhecer as abordagens antes de optar por uma negociação competitiva ou cooperativa. São quatro os tipos de negociação:

 

1 – O primeiro é a negociação acidental, aquela que você faz ao ceder a sua vez na fila para um estranho ou ao dar espaço para um motorista te ultrapassar. São casos em que não há uma relação próxima entre as partes, e em que o resultado não é tão importante assim. É um tipo de negociação considerada acidental por ser inesperada e não partir de um objetivo ou interesse específico definido antecipadamente.

 

  2 – Depois vem a negociação equilibrada, uma das mais difíceis estratégias de negociação de conduzir por envolver relacionamentos mais próximos e resultados significativos. O desafio aqui é encontrar o equilíbrio entre o resultado pretendido e o relacionamento em questão. A dica é ter jogo de cintura e capacidade de equacionar bem possibilidades.  Um bom momento para negociar dias de folga, por exemplo, pode ser quando o seu gestor o orienta a fazer um curso durante alguns fins de semana. 

 

3 – Em seguida, a negociação cooperativa, tipo de negociação em que o relacionamento é mais importante do que o resultado. Aqui o que está em jogo é melhorar e tornar o relacionamento ainda mais próximo. Algumas situações em que essa negociação se faz presente são: quando seu cônjuge pede que você vá assistir a um filme de um gênero que você não gosta e você aceita com a condição de que escolherá o próximo filme. Ou quando um colega de trabalho pede ajuda em uma tarefa tediosa. Você o ajuda, pois sabe que ele é um colaborador justo e que, em outro momento, ele poderá retribuir o favor.

 

4 – Por fim, a negociação utilitária, aquelas em que os relacionamentos não são tão importantes quanto os resultados esperados. Manter um relacionamento intenso e de longo prazo não é a prioridade, mas sim a obtenção de um resultado importante. Assim, são as estratégias de negociação em que as chances de conflitos são mínimas e as oportunidades para um bom resultado são satisfatórias. Um exemplo é a oportunidade de comprar imóveis baratos com a queda de vendas no mercado imobiliário. O comprador não precisa se preocupar em “ferir os sentimentos” do proprietário, mas o resultado dessa negociação (a aquisição de um imóvel) é muito importante.

 

Características de um bom negociador

O negociador ideal deve ter postura firme e positiva, ser criativo, ter gosto pelo planejamento e ser orientado por metas. Habilidades pessoais também podem ser importantes. Assim, as pessoas que reúnem atributos de ator ou atriz, bom humor, autoestima elevada e audácia costumam obter bons resultados. Junto a isso, é preciso capacidade de atuar em condições de incerteza, ter jogo de cintura e flexibilidade, paciência e poder de empatia. Nos relacionamentos, é importante apresentar humildade sem submissão, ser articulado, um bom ouvinte e estar bem relacionado. Características como ambição, astúcia, persistência aliadas a cultura geral ampla e capacidade de tomar decisões rápidas também podem ser decisivas para boas estratégias de negociação. 

 

Dicas para criar estratégias de negociação

Um bom negociador deve também dominar alguns conceitos básicos, que são bastante úteis durante as tratativas. 

 

MASA

O primeiro é identificar o MASA  (Melhor Alternativa Sem Acordo). Ou seja, antes mesmo de iniciar uma negociação, fazer a pergunta: o que eu já tenho se não conseguir um acordo melhor? Identificar a sua MASA antes de entrar em qualquer negociação é fundamental. Isso ajuda a determinar o ponto em que você deve dizer não a uma alternativa desfavorável, proporciona segurança psicológica e ajuda a conhecer e desenvolver alternativas para alcançar um acordo.

 

PREÇO DE RESERVA

Outro ponto importante é definir o PREÇO DE RESERVA, o preço máximo que o comprador está disposto a pagar – ou a taxa mínima que um vendedor aceitará por seu produto ou serviço. Trata-se do valor limite admissível para a realização de uma operação. Assim, no caso do consumidor é um teto, enquanto para o produtor é um mínimo. Em qualquer dos casos, os preços de reserva dos agentes determinam a faixa dentro da qual uma troca pode ser realizada. 

Vejamos um exemplo do papel que os preços de reserva desempenham. Em um mercado, um turista tenta barganhar e negocia o preço de uma mercadoria pela qual estaria disposto a pagar até R$55. Quando o visitante pergunta, o vendedor responde que o preço é R$60, mesmo podendo aceitar até R$45. A negociação começa e um preço final de R$50 é alcançado, com ambas as partes se beneficiando. O comprador pagou menos do que o preço de reserva e o comerciante conseguiu um valor superior ao mínimo aceitável.

 

ZAP

  Com isso em mente, é possível pensar no ZAP (Zona de Acordo Possível). É ele que define o espectro de condições que possibilitam o fechamento de um negócio, de modo que seja vantajoso para ambas as partes. Aqui também um exemplo pode ajudar a entender melhor a ideia. Por exemplo, suponhamos que João queira comprar um carro de Maria. Maria sabe que, pela tabela FIPE, seu Gol 1998 vale, aproximadamente, R$7,5 mil. Por outro lado, sabe também que seu carro tem baixa quilometragem, bom estado de conservação e é uma modelo muito popular no Brasil. Ela está disposta a vender por um valor entre R$8 mil e R$10 mil.

Já João, que recentemente conseguiu um emprego, não tem preferência por marca, mas tem certa urgência na aquisição e gostaria de um produto barato, que não lhe traga dores de cabeça. Ele tem R$ 5 mil guardados e poderia parcelar o valor restante até alcançar R$ 9 mil. Temos definidos valores e condições para a negociação. Maria tem uma faixa de preço, João tem uma necessidade e um caixa disponível. O ZAP é um valor entre R$ 8 mil e R$ 9 mil, à vista ou a prazo. A questão passa a ser chegar em um consenso, um bom preço para os dois.

 

CRIAÇÃO DE VALOR POR MEIO DE TROCAS

Mesmo quando não existe ZAP, é possível pensar na CRIAÇÃO DE VALOR POR MEIO DE TROCAS. Esse último conceito envolve a ideia de que, para alcançar um acordo, cada negociador pode “ceder” uma moeda de troca a qual dá pouco valor e, desta forma, criar o ambiente necessário para o consenso. Trata-se de uma maneira de atender o outro sem abrir mão de pontos importantes. A negociação é conduzida de modo a satisfazer ambas as partes.

Ter tudo isso em mente pode fazer toda a diferença na hora de negociar e alcançar bons acordos, com resultados favoráveis considerando objetivos pretendidos e possibilidades. 

Para se aprofundar nos conceitos e estratégias para aprimorar seu poder de influência e atingir seus objetivos, inscreva-se no nosso curso  ESTRATÉGIA DE NEGOCIAÇÃO – MAXIMIZANDO A PERFORMANCE E OS RESULTADOS.

 

Este artigo foi escrito por EDUARDO RIBEIRO, consultor especialista da Integração.

Eduardo é consultor empresarial e palestrante nas áreas de Atendimento ao Cliente e Vendas, Liderança e Trabalho em Equipe, Influência sem Autoridade, Estratégias de Negociação, Criatividade e Inovação, Efetividade Pessoal, Técnicas de Apresentação e outros. Além disso, é professor de Pós-Graduação na FAAP, mestre em Recursos Humanos pela USP e primeiro Reitor da Universidade do Hambúrguer do McDonald ‘s.

Liderança liberal: como ela funciona na prática?

Quando falamos em economia liberal, pressupomos uma intervenção mínima do Estado. Da mesma forma, a liderança liberal diz respeito a um estilo de gestão na qual o líder atua pouco na tomada de decisões. Neste sentido, permite que seus funcionários usem sua criatividade, recursos e experiência para ajudá-los a atingir suas metas, em uma relação de alta confiança.

Não é toda equipe, no entanto, que responde bem à tanta liberdade e autonomia. Como sempre destacamos em nossos artigos sobre liderança, diferentes líderes devem escolher diferentes estilos para gerir um time. Isso porque devem pensar não somente em sua personalidade, mas também na dos seus liderados, além de considerar a cultura da empresa.

Assim, para encontrar o melhor estilo de liderança para você e sua equipe, é importante entender as características de todos eles. Neste texto, destacamos o estilo de liderança liberal, mostrando suas vantagens e desvantagens e como ele funciona na prática.

 

O que é liderança liberal?

A liderança liberal (ou laissez-faire, como também é chamada) é bastante auto-explicativa. Nesse sentido, líderes liberais têm uma atitude de confiança em seus funcionários. Ou seja, eles não microgerenciam ou se envolvem demais, não dão muitas instruções ou orientações. Em vez disso, os líderes liberais permitem que seus funcionários usem sua criatividade, recursos e experiência para ajudá-los a atingir suas metas. Esse tipo de liderança é muito direto – os gerentes confiam em seus funcionários e em suas habilidades. Assim, dão orientação e assumem responsabilidades quando necessário. Há quem afirme, inclusive, que neste estilo de liderança quem de fato lidera não é o gestor, mas sim os membros da equipe.

 

Características dos líderes liberais

Destacamos aqui as principais características de uma liderança liberal:

  • Pouca orientação dos líderes
  • Os funcionários têm a capacidade de tomar decisões
  • Espera-se que as pessoas resolvam seus próprios problemas
  • Acesso a muitos recursos e ferramentas
  • Líderes frequentemente oferecem críticas construtivas
  • Os líderes assumem o comando somente quando necessário
  • Líderes assumem a responsabilidade pelas ações e decisões gerais

 

Vantagens da liderança liberal

Há muitas vantagens no estilo de liderança liberal, algumas das quais incluem:

 

  • Funcionários autônomos e com autodisciplina

A liderança liberal permite que qualquer um lidere. Isso significa que profissionais sob liderança liberal tendem a estar mais inclinados a tomar iniciativas, já que esse estilo de gestão permite tal liberdade. Os funcionários que trabalham sob um líder liberal costumam também se tornar autodisciplinados o suficiente para trabalhar e atingir metas sem que um gerente precise tomar decisões constantes por eles ou lembrá-los sobre seu trabalho.

 

  • Tomadas de decisões mais rápidas e eficientes

Devido à flexibilidade que acompanha a liderança liberal, os times geralmente tomam decisões rapidamente. Isso porque os funcionários se sentem confortáveis o suficiente para colocarem suas opiniões. Da mesma forma, acostumados com a liberdade permitida a todos, também lidam melhor com a diversidade de pensamento, chegando mais rapidamente a uma decisão em comum. Esta decisão, por sua vez, tende a ser melhor do que se tivesse sido tomada por uma única pessoa (o líder), pois contou com inputs de diversos profissionais.

Neste contexto, os funcionários aliviam o estresse do líder, já que têm mais oportunidades de trabalhar com eficiência, gerindo diversas tarefas. Consequentemente, o líder liberal ganha maior capacidade de se concentrar em tarefas executivas, e outras responsabilidades organizacionais.

 

  • Evolução e aprendizados constantes 

Assim como alguns funcionários podem tomar decisões mais rapidamente sob esse estilo de liderança, um funcionário também pode liderar um projeto específico com eficiência devido à experiência anterior. Isso permite que a equipe seja capaz de lidar com diversos tipos de desafios. À medida que diferentes funcionários aprimoram suas habilidades de liderança e continuam a desenvolver seus conhecimentos por meio da iniciativa, o time como um todo se torna mais capaz e flexível.

 

  • Equipe motivada, engajada e inspirada

Permitir que os funcionários demonstrem criativamente suas soluções para os problemas aumenta o moral. À medida que os projetos liderados por funcionários obtêm sucesso, o estilo aberto do sistema de liderança liberal inspira que mais pessoas apresentem ideias e melhorias, o que torna só aumenta o potencial competitivo da organização.

Além disso, profissionais que se sentem valorizados tendem a trabalhar mais e melhor.

 

Desvantagens da liderança liberal

Algumas desvantagens do método de liderança liberal são:

 

  • Funcionários confusos sobre seu papel e papel do líder

No estilo de gestão liberal, os funcionários podem perder alguma consciência do seu papel dentro da equipe. Essa consciência do papel é a percepção que eles têm uns dos outros, incluindo seu líder. Como o gerente em um sistema de liderança liberal convida todos a serem líderes, alguns podem fazê-lo quando não são qualificados. Além disso, os funcionários podem não ver seu gestor como um líder porque muitos ao seu redor têm papel de liderança.

Assim, ao operar um time sob esse estilo de liderança, é importante que o líder mantenha certas responsabilidades gerenciais atribuídas à sua função específica. Dessa forma, sua posição fica mais clara à equipe. Por exemplo, delegar tarefas pode ser um dever exclusivo do líder. Além disso, o gestor deve ter o cuidado de garantir que quem ele delega para cargos de liderança estão qualificados para liderar e tomar decisões.

 

  • Produtividade pode ser impactada por pouca supervisão

Como existem vários líderes dentro da liderança liberal, alguns funcionários podem evitar o trabalho, enquanto outros acabam assumindo diferentes projetos várias vezes. Além de sobrecarregar parte do time – ou provocar uma autoconfiança prematura nesses funcionários – isso pode fazer com que membros da equipe que seriam líderes proeminentes acabem acomodados sem incentivo ou desafios.

Como consequência dessa supervisão da liderança liberal e dos funcionários pouco inspirados, a produtividade pode ser afetada. Uma solução para amenizar esse comportamento são reuniões curtas ocasionais, com o objetivo de avaliar o envolvimento de todos e o progresso com um projeto. Fazendo isso, o líder pode ajudar a manter as prioridades e os padrões do local de trabalho em foco.

 

  • Não é todo funcionário que responde bem à liderança liberal

Pessoas são diversas. Assim, é perfeitamente possível que alguns profissionais simplesmente não se adaptem ao estilo de liderança liberal. Alguns funcionários que desejam um ambiente mais estruturado ou jovens iniciantes e ainda sem experiência podem se sentir sobrecarregados com a ideia de liderar ou ser responsável por importantes decisões e tarefas diárias. Assim, o líder deve sempre buscar conhecer e entender a personalidade de seus funcionários antes de considerar a mudança para esse estilo de liderança.

 

  • O conflito pode aumentar

Sob a liderança liberal, alguns funcionários podem agir de acordo com seus próprios interesses, acumulando recursos e direcionando decisões que podem não levar aos melhores resultados para a área. Por outro lado, quando o líder discorda de decisões tomadas pela equipe, isso pode gerar desconforto e redução da produtividade, especialmente quando o time está acostumado a pouca intervenção. 

 

Como a liderança liberal funciona na prática

Embora a liderança liberal tenha seus críticos, que argumentam que o estilo causa níveis baixos de produtividade, a liderança liberal pode trazer benefícios. Aqui,três exemplos de como ela pode ser conduzida na prática:

 

1. Ouvindo sempre os membros da equipe

Digamos que um funcionário aborda um líder de equipe com um problema. Em um bom exemplo de liderança liberal, o líder vai ouvir o funcionário e então propor uma reunião com toda a equipe, durante a qual o assunto seria discutido abertamente. Dessa forma, o líder evita dizer à equipe como resolver o problema, permitindo que eles resolvam por si mesmos.


2. Tendo uma visão clara do negócio

A liderança liberal também é conhecida como “liderança delegativa” porque envolve a entrega de poderes de tomada de decisão a outros sem supervisioná-los. Para isso, no entanto, é fundamental que o líder tenha um plano claro, estando totalmente convencido de sua própria visão para sua equipe ou organização. Caso contrário, não será capaz de delegar responsabilidades de forma assertiva e eficaz. Em resumo, a visão de um bom líder liberal para o negócio deve ser tão clara que ele não tem dúvidas sobre a capacidade da equipe em entendê-la e executá-la.

 

3. Depositando confiança nos outros

A confiança desempenha papéis diferentes neste exemplo de liderança liberal. Um aspecto é a capacidade dos líderes de confiar em suas próprias equipes. A outra é a capacidade do líder de promover a confiança entre os membros da equipe. Equilibrar os dois é um verdadeiro teste do estilo laissez-faire de liderança.

Digamos que um funcionário se aproxime do líder para dizer que outro membro da equipe não está trabalhando tão duro quanto todos os outros. O que o líder deve fazer? Por um lado, deve demonstrar que sua fé em toda a equipe está intacta. Por outro, precisa garantir que a confiança entre os membros do grupo não desmorone. Nessa situação, o líder liberal pode marcar uma reunião com o membro da equipe e perguntar se ele está enfrentando algum problema.

Neste exemplo, é importante observar que o líder não repreende o membro da equipe. Em vez disso, cria um ambiente onde o profissional pode refletir e apresentar uma solução viável por conta própria. Permitir aos funcionários essa autonomia é a marca registrada da liderança liberal e é o que os ajuda a trabalhar com mais eficiência.

Quer saber mais sobre o estilo de liderança liberal e outros estilos de liderança, além de descobrir o seu? Inscreva-se no nosso curso PDL – PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE LÍDERES. Trata-se de um dos maiores e mais completos cursos de liderança do país. Nele, o aluno é acompanhado por um mentor em cada etapa do programa, aprendendo desde como se comunicar de forma eficaz até de que maneira engajar e motivar pessoas, passando por um business game que potencializará seu pensamento estratégico. Saiba mais aqui.

Como ter inteligência emocional e influenciar pessoas

Em 1937, o livro “Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas” chegava às livrarias americanas numa tiragem de 5 mil exemplares, que logo se revelou surpreendentemente modesta. A obra compilava os ensinamentos de Dale Carnegie aos alunos de seu curso de comunicação para adultos em Nova York – dicas simples, mas fundamentais, como sorrir, falar o nome das pessoas, ou sempre começar uma consideração com um elogio sincero. 

Hoje, com dezenas de milhões de cópias vendidas e traduzido para quase 40 idiomas, o livro tornou-se uma “bíblia” da arte da comunicação e influência.

Quase 20 anos depois, em 1995, o psicólogo Daniel Goleman lançou o livro “Inteligência Emocional”. A obra, que até hoje é um best seller, deu ainda mais ênfase à necessidade de desenvolvermos habilidades sociais e cultivarmos bons relacionamentos. Afinal, as relações levam ao gostar que, por sua vez, gera confiança – algo essencial para deixar-se influenciar. 

Ambas as obras são, de certa forma, complementares: enquanto Carnegie foca principalmente no poder da empatia, Goleman traz o elemento não menos importante do autoconhecimento. Somando os dois temos a chave para abrir portas – e influenciar pessoas – no trabalho e na vida pessoal.

 

Inteligência emocional e influência: gerencie conflitos e conquiste aliados

As duas obras são também, pilares para o curso “Inteligência Emocional e Influência: gerenciando conflitos e conquistando aliados”, ministrado pelos consultores e palestrantes Eduardo Ribeiro e Edson Herrero, na Integração Escola de Negócios.

Mestre em RH pela PUC-SP, com pós-graduação em Gestão Estratégica de Recursos Humanos pela USP e especialização em Estratégia de RH pela Michigan Business School, Ribeiro é especialista em relacionamentos em grande parte por utilizar os conceitos propostos por Carnegie e Goleman. Ele explica que exercitar a inteligência emocional não significa atingir um estado de nirvana em que nada o desagrada, e sim reagir de maneira mais inteligente até às situações mais desagradáveis. “Entre o que acontece comigo e a minha reação ao que acontece comigo, há um espaço de tempo. Nesse espaço está a minha oportunidade de escolher as minhas respostas e definir meu destino”, explica o professor.

“Antes de Goleman, sabe como se chamava isso? Maturidade”, diz o especialista, complementando que “Goleman apenas encontrou processos para acelerarmos nossa maturidade, que é a inteligência emocional.” 

E são justamente estes processos, entre outras técnicas e ferramentas, que Eduardo Ribeiro ensina com detalhes no seu curso, e dos quais fala um pouco neste artigo.

 

O que é inteligência emocional?

Inteligência emocional é a capacidade de gerir os comportamentos e atitudes desencadeados por suas emoções, com o intuito de alcançar seus reais objetivos.    

                                                                               

Inteligência emocional pode ser aprendida?

O Q.E. (Quociente Emocional) é o maior responsável pelos nossos sucessos ou fracassos. 

Ao contrário da inteligência racional (pensamento lógico e abstrato, medido por meio dos testes de QI – Quociente de Inteligência), que permanece praticamente a mesma ao longo dos anos, a inteligência emocional pode ser aprendida e aperfeiçoada em qualquer momento de nossas vidas. 

 

Por que manter-se o mesmo quando você pode ser melhor?

Através da consciência do que é inteligência emocional, e de que podemos oferecer uma reação adequada a um sentimento, é possível se sentir mais seguro e esperançoso com o que ainda está por vir. Afinal, sabe-se que sempre pode evoluir, tornando-se uma pessoa melhor.

 

Competências da inteligência emocional

  • Autoconsciência/Autoconhecimento: conhecer os seus sentimentos e usá-los para tomar decisões melhores.
  • Autocontrole: ser capaz de gerir a sua vida emocional, sem ficar paralisado pela depressão ou preocupação, ou ser dominado pela cólera. Por exemplo, grosseria é um sinal de incompetência emocional.
  • Automotivação: persistir mesmo quando desafiado por situações adversas e direcionar os seus impulsos de forma a cumprir os seus objetivos.
  • Empatia: habilidade de sentir o que a outra pessoa sentiria, caso você estivesse na mesma situação vivenciada por ela, no contexto de vida dela. Ou seja, se colocar no lugar do outro, sendo o outro.
  • Administração dos relacionamentos: cultivo de bons relacionamentos e também de potenciais aliados.

 

Inteligência emocional e o sequestro da amígdala

Você sabia que existe uma amígdala no seu cérebro? E que ela controla o seu comportamento?

Pois é isso mesmo. Quem nunca se viu numa situação de “perder a cabeça”, na qual proferiu palavras tomadas pela emoção e depois se arrependeu? Certamente todos nós já passamos por isso, com maior ou menor intensidade.

O fato é que as amígdalas funcionam como um mecanismo de defesa. Nesse sentido, frente a qualquer sinal de perigo ou ameaça, buscam uma reação instintiva, contribuindo assim para que possamos fugir ou atacar algo que está nos colocando em risco.

Em resumo, qualquer um pode ficar zangado – isto é fácil. O desafio é ficar zangado com a pessoa certa, na medida certa, no momento certo, com o propósito certo, e da maneira certa. É aí que entra a inteligência emocional.

 

Inteligência emocional não é atingir um estado de nirvana 

Inteligência emocional não significa atingir um estado de nirvana em que nada o desagrada, e sim conseguir reagir de maneira mais inteligente, mesmo em relação às situações mais desagradáveis. 

Entre o que acontece com você e sua reação a o que aconteceu, existe um espaço de tempo. É neste espaço que está a sua oportunidade de escolher as melhores respostas, definindo o seu próprio destino. 

O grande cuidado aqui, então, é o gerenciamento da sua raiva. Lembrando que a raiva é aquele negócio que faz com que a boca responda mais rápido do que a cabeça!

 

Você não precisa mudar a sua personalidade (e nem poderia)

Imagine a estrutura de um prédio, com pilares e vigas. Da mesma forma que você não pode mudar uma viga de lugar ou desfazer a fundação de um edifício, você não consegue alterar a sua personalidade.

No entanto, é perfeitamente possível, em um prédio, trocarmos a cor da fachada, revestir parte dela com azulejos, refazer o paisagismo. Ou seja, mexer no que as pessoas vêem. A fachada, na nossa analogia, é o seu comportamento. 

Para agir com inteligência emocional, você precisa ter consciência de sua personalidade. Por exemplo, você é uma pessoa estourada? Sabe que quando  alguma coisa lhe incomoda sua reação natural é responder com uma grosseria? Então, você se reprograma. Não nos referimos aqui a deixar de sentir, pois isso é impossível. No entanto, você pode reagir de forma diferente. Por exemplo, pode recorrer ao que chamamos de frase amortecedora. Algumas opções são: “Entendo que possa pensar dessa forma, mas…” ou “Eu também me sentiria assim, mas…”. Ainda, pode contar até 10.

 

Sim, contar até 10 funciona – e a ciência explica

Todo ditado popular tem um fundo de sabedoria. Neste caso, contar até 10 numa situação difícil funciona por duas razões. Primeiro, óbvio, porque leva tempo. “Se inteligência emocional é saber aproveitar o espaço de tempo entre o que acontece comigo e a minha reação, para então decidir como reagir, esse tempo de contar é valioso”, explica Eduardo Ribeiro.

A segunda explicação diz respeito ao cérebro. Isso porque a área responsável por fazer contas fica do lado esquerdo do cérebro, que é o lado racional. Assim, quando conta até 10, você, além de ganhar tempo, estimula o cérebro a reagir racionalmente, e não emocionalmente.

 

Tudo que você precisa está na mão dos outros

E é por isso que a habilidade de influenciar pessoas é tão importante. 

Quando você já sabe como conseguir a cooperação que necessita, ótimo! Nestes casos, tudo o que precisa fazer é pedir. As coisas, no entanto, nem sempre são tão simples. Para agir com efetividade e criar relações em que todos saem ganhando, alguns pontos devem ser considerados:

  • Influência tem a ver com reciprocidade. Ou seja, dar algo que a outra pessoa valoriza em troca do que você quer.
  • Relacionar-se é importante. Isso significa que se você cultiva boas relações terá mais chances de encontrar as pessoas certas e com boa vontade para ajudá-lo.
  • Ter bom senso e mostrar competência no que faz são pressupostos básicos para influenciar no ambiente de trabalho.
  • Colocar os objetivos da empresa acima dos objetivos pessoais faz você ganhar credibilidade em tentativas de influência, além de ajudar a proteger sua reputação entre as pessoas que influenciam.
  • Em geral, a dificuldade em influenciar se encontra em você mesmo. Às vezes a questão está em não saber o que fazer – e isso é relativamente fácil de se resolver.
  • Qualquer pessoa pode ser mais influente do que imagina. Quando o relacionamento é bom, você não precisa fazer um diagnóstico consciente, planejar cuidadosamente a forma de abordar o outro ou atuar com sutileza na implementação de seu projeto. Mas, às vezes, é preciso pensar melhor em como conseguirá o que deseja.

 

Influenciar com mentiras é manipular, mas… 

Há verdades que nem sempre precisam ser ditas. “Influência é quando nós conversamos sobre algo, eu sou transparente com você e acho sinceramente que nós dois temos algo a ganhar com a minha visão, então você se convence. Manipulação, por outro lado, é usar de mentira, de má fé ou distorcer a verdade, para ganho próprio”, explica o especialista. Assim, para influenciar pessoas, é importante ser sincero. Isso não significa, no entanto, ser necessariamente franco. 

Sinceridade é falar a verdade, enquanto franqueza é falar toda a verdade. Por exemplo, se alguém está claramente acima do peso, mas é uma pessoa que você considera com boa aparência, estará sendo sincero ao dizer que ela é bonita. Contudo, se além disso pontuar a questão da balança, estará sendo franco. Essa franqueza nem sempre é necessária – a não ser, claro, nos casos em que a pessoa pede toda a verdade, sem “papas na língua”. 

 

Não trate os outros como gostaria de ser tratado. Trate-os melhor!

Esse é um dos erros mais comuns, em termos de relacionamento e inteligência emocional. “Imagine que você é líder de vários funcionários, com diversos perfis psicológicos. Se você tratar a todos como gostaria de ser tratado, não vai tratá-los como eles gostariam de ser tratados”, pontua Eduardo Ribeiro. Tem gente que você precisa falar forte, desafiar, e eles dirão: ‘Pode deixar comigo, vou te provar que consigo’. Outros, por sua vez, ao receber o mesmo tratamento, se sentirão desvalorizados e vítimas de uma postura que vêem como agressiva. Assim, a dica é tratar o outro como ele gostaria de ser tratado. Para isso, não tem jeito: é preciso se relacionar, se interessar por ele, conhecê-lo, ouvi-lo, buscando diagnosticar o seu mundo.

Por fim, tratando-se de relacionamentos, lembre-se sempre desta frase de Mario Quintana: “O segredo não é correr atrás das borboletas, é cuidar do jardim para que elas  venham até você”.

Para quem deseja se aprofundar ainda mais no tema, inscreva-se no nosso curso “Inteligência Emocional e Influência: gerenciando conflitos e conquistando aliados”, ministrado por Eduardo Ribeiro, autor deste artigo, aqui na Integração Escola de Negócios. 

Como fazer uma apresentação profissional: 12 dicas práticas

Para entendermos uma informação precisamos que ela faça sentido para nós. O caminho é mais ou menos assim: receber, sentir, refletir, compreender, reorganizar e então agir. Ou seja, um dado sem contexto dificilmente levará à uma ação.

O ser humano pensa de maneira narrativa e gosta de obter conteúdo em forma de história. Portanto, entender a diferença entre apresentar e contar histórias é fundamental para conseguir envolver o público e movê-lo para a ação. E nem o PowerPoint, nem qualquer outro software de apresentação, faz isso por você.

Sendo assim, para montar uma apresentação profissional, os slides devem ser projetados para complementar uma história, e não para substituir o narrador. Neste artigo, trazemos 12 dicas práticas para você fazer uma apresentação profissional criativa e conseguir se destacar na próxima vez que encarar um público – seja em uma conferência, uma reunião ou mesmo uma conversa mais formal.

 

1. Conheça o seu público

Conhecer seu público envolve entender os outros e suas perspectivas, para ver se eles entendem suas palavras, exemplos ou referência que você usa para comunicar suas experiências, pontos e conclusões.

Pergunte a si mesmo quando foi a última vez que você teve uma falha de comunicação com alguém. Sem dúvida, foi recentemente (como é para a maioria das pessoas).

Não é nossa culpa que a linguagem, tanto verbal quanto não verbal, seja um sistema imperfeito. Podemos, no entanto, assumir a responsabilidade pela utilidade e limitações da linguagem para tentar obter uma melhor compreensão de como podemos nos comunicar de forma mais eficaz.

Ao se colocar na posição de comunicador (sim, ao fazer uma apresentação profissional é isso que você é), considere o papel do orador e do público. Ou seja, pense em não apenas o que e como você deseja comunicar, mas também o que e como seu público precisa que você se comunique para que sua mensagem faça sentido e seja eficaz.

Por exemplo, pode haver em seu público um bom número de pessoas que não estão familiarizadas com o tópico que você está apresentando. Nesse caso, é melhor escolher palavras simples e diretas para transmitir sua mensagem facilmente a outras pessoas.

 

2. Domine o conteúdo

Antes de convencer alguém, você mesmo precisa estar completamente convencido de sua ideia ou produto. Assim, é importante que você saiba seus pontos “de frente para trás”.

Quando você se apresenta para um público, provavelmente usará recursos visuais, notas e/ou slides. Embora essas ferramentas ajudem muito, certifique-se de que seu conteúdo não se resuma a elas. Isso porque, para uma apresentação profissional, deve-se ter em mente que esses recursos são apenas auxiliares na tarefa de comunicar uma mensagem.

Ou seja, seu conhecimento sobre o tema deve ir além de suas notas e você precisa ser capaz de responder efetivamente a quaisquer perguntas que surjam.

Você deve inspirar confiança. Assim, ao mencionar um ponto que está em seu slide, por exemplo, faça logo um comentário usando estatísticas que você encontrou ou citações relacionadas ao tópico.

Além disso, ao dominar seu conteúdo, isso o ajudará a se sentir mais seguro e confortável para falar sobre o assunto.

 

3. Estabeleça sua credibilidade logo de cara

É mais provável que seu público ouça o que você tem a dizer se souber que você é confiável. No entanto, isso não significa uma longa introdução com os destaques de sua carreira.

Em vez disso, para começar uma apresentação profissional, comece estabelecendo credibilidade antes de fornecer informações – mesmo tratando-se de um público interno.

Você pode usar uma história curta sobre seu histórico que se relaciona ao tópico, compartilhar uma experiência que moldou a apresentação ou conclusão, ou até mesmo revelar o trabalho braçal ou outras referências que suportam suas informações e estão diretamente relacionadas ao que você está prestes a contar.

O ponto é: faça questão de estabelecer credibilidade, não esperando que isso aconteça naturalmente.

 

4. Faça uma abertura poderosa

Vivemos em uma era em que o público se distrai facilmente (afinal, são muitos os estímulos) e, além disso, espera ser entretido. Dessa forma, comece sua apresentação criativa com algo que chame a atenção, definindo assim o tom para o resto de sua fala.

Você pode começar com uma estatística que choca o público ou com uma citação que os faz ouvir instantaneamente, por exemplo. Outras possibilidades são uma imagem interessante, um vídeo que chame a atenção ou uma história pessoal tocante.

Lembre-se que, tratando-se de apresentações, as primeiras impressões são importantíssimas.

 

5. Use material de apoio

Mesmo que você estabeleça sua credibilidade, você também precisa estabelecer a credibilidade do que você diz durante sua apresentação. Em vez de apenas apresentar o material, acompanhe-o com informações que apoiem o dado colocado. Você não precisa incluir tais conteúdos em seus slides, mas certifique-se de que estejam em suas anotações de fala.

Por exemplo, você pode contar uma história, fornecer estatísticas, fazer pesquisas de referência ou até mesmo fornecer citações de figuras respeitadas que endossam sua mensagem.

 

6. Interaja com seu público

Uma apresentação pode ficar chata e induzir ao sono muito rápido se você apenas falar “para” seu público em vez de falar “com” as pessoas.

Faça uma apresentação criativa transformando sua fala em uma conversa. Isso significa envolver e trazer o público para a discussão. Faça perguntas, receba seus comentários e procure se conectar com eles.

Você também pode também convidá-los para fazer parte da apresentação. Por exemplo, eles podem ser solicitados a levantar a mão se concordarem durante certos pontos da sua fala.

Para uma apresentação criativa é fundamental interagir com seu público, o que também ajuda a prevenir a temida “morte por PowerPoint”, mantendo-os acordados e atentos.

 

7. Ensaie – em voz alta

A maioria das apresentações é facilmente esquecida por uma razão muito simples: os palestrantes esquecem que estão performando, e não apenas falando. Uma ótima apresentação informa, inspira, envolve e entretém. Em outras palavras, é uma performance parcial e deve ser ensaiada como uma.

Dessa forma, não “repasse” seus slides enquanto silenciosamente decora o que dirá. Ao contrário, para garantir uma apresentação criativa, ensaie em voz alta. Ou seja, pratique sua entrega vocal, adicionando pausas pensadas e variando o ritmo de sua fala. Caso a apresentação seja feita em pé, levante-se durante o ensaio. Ela será via Zoom? Então monte o cenário e pratique como se estivesse já com os convidados na sala.

Por fim, se puder, filme-se apresentando. Ao ver a si próprio, terá outra dimensão de sua apresentação, podendo assim lapidar sua entrega.

 

8. Aprimore sua entrega vocal

Oradores que variam o ritmo, o tom e o volume de suas vozes tendem a ser mais eficazes.

Isso significa, por exemplo, levantar a voz ao enfatizar uma mensagem importante ou fazer uma pausa após apresentar um ponto importante.

Simplificando, se você aumentar e diminuir o volume de sua voz e alternar entre um tom alto e baixo ao entregar mensagens-chave, sua apresentação será mais influente, persuasiva e dominante.

Assim, para uma apresentação profissional, não subestime o poder de sua voz para causar uma impressão positiva.

 

9. Reserve um tempo para perguntas e respostas

Independentemente de você estar fazendo uma apresentação pública ou uma apresentação de negócios focada, você deve reservar um tempo para perguntas e respostas no final. Se ninguém fizer uma pergunta, esteja preparado com suas próprias questões que você poderá responder.

Uma forma de colocar essas perguntas é usar frases como “Geralmente me perguntam…” ou “Uma coisa que você ainda pode estar se perguntando é …”

É claro que suas perguntas devem estar diretamente relacionadas à transmissão de sua mensagem e ao alcance de seu objetivo, portanto, use-as estrategicamente.

 

10. Esteja preparado para perguntas difíceis

Perguntas podem surgir durante sua apresentação ou mesmo na sessão de perguntas e respostas, então você precisa estar preparado para as mais difíceis, principalmente aquelas que podem atrapalhar sua apresentação ou subverter seu objetivo. Como você deve conhecer seu tópico e seu público, em uma apresentação profissional deve planejar esses tipos de perguntas.

Considere todas as objeções que o público possa ter ou perguntas que possam levantar sobre seus pontos e informações. Inclua as mais críticas em sua apresentação para deixar de lado as objeções ou esteja preparado para respondê-las quando elas surgirem.

Na prática, isso pode significar ser capaz de justificar algumas de suas declarações e informações ou ter que responder questões de especialistas, como profissionais de áreas como finanças, TI, RH, etc., que podem fazer parte do seu público.

 

11. Tenha um segundo (curto) fechamento após as perguntas e respostas

Inclua um breve encerramento após as perguntas. Este é o momento de resumir (novamente) e transmitir suas principais mensagens e pontos, incluindo sua chamada à ação.

Se precisar, ao montar sua apresentação profissional, pode preparar um slide para isso, no entanto, deve ser capaz de fazer o fechamento final sem um slide como apoio.

 

12. Não exceda o tempo determinado

Planeje o uso do tempo com antecedência. Dessa maneira, ao praticar sua apresentação profissional, garanta que vai conseguir passar por todos os seus pontos principais com folga, deixando ainda algum tempo para perguntas.

Para aprender a estruturar um roteiro impactante e que faça sentido para o seu público ao montar uma apresentação profissional, inscreva-se no nosso curso OFICINA DESIGN DE APRESENTAÇÃO: MAIS QUE UM CURSO DE PPT.

Time comercial: 4 passos para o RH entregar treinamentos de alto impacto

Quem trabalha com T&D certamente já ouviu falar do conceito da Roda de Planejamento de Resultados, tratado no livro “6Ds – As Seis Disciplinas Que Transformam Educação Em Resultados Para o Negócio”, de Cal Wick, Roy Pollock e Andy Jefferson. Afinal, trata-se de uma proposta que vem se mostrando altamente eficaz nos treinamentos, inclusive naqueles desenvolvidos especialmente para um time comercial.

Neste artigo, vamos explicar um pouco sobre a metodologia dos 6Ds, focando em especial no primeiro D (determinar os resultados para o negócio) e sob um olhar focado no desenvolvimento de times de vendas. Afinal, é esta a etapa que traz a ferramenta da Roda de Planejamento de Resultados e suas quatro perguntas fundamentais para o RH identificar as necessidades do cliente e traduzi-las em resultados para o negócio.

 

O que são os 6Ds?

Em uma realidade em que os negócios estão em constante mudança e a um ritmo acelerado, o aprendizado contínuo é essencial para uma  empresa se manter competitiva. Por isso, programas de treinamento têm se tornado cada vez mais um componente importante da aprendizagem dentro das organizações. 

Mas, como sabemos, nem todos os treinamentos são criados iguais. Atualmente, quando analisamos programas considerados de alto impacto, na maioria dos casos podemos identificar seis disciplinas – os 6Ds – praticadas pela maioria das organizações que entregam uma aprendizagem eficaz.

Como citamos acima, os 6Ds vêm do livro “6Ds – As Seis Disciplinas Que Transformam Educação Em Resultados Para o Negócio”, lançado em 2011 nos EUA. Em resumo, os fundamentos dos 6Ds são:

D1 – Determinar os resultados para o negócio;

D2 – Desenhar uma experiência completa;

D3 – Direcionar a aplicação;

D4 – Definir a transferência do aprendizado;

D5 – Dar apoio à performance;

D6 – Documentar os resultados.

Porque o D1 é a etapa em que os resultados do negócio devem ser determinados, é nele que encontramos a Roda de Planejamento de Resultados. Assim, será ele que abordaremos com maior profundidade a seguir, considerando treinamentos para um time comercial.

 

Para conseguir resultados, comece com o fim em mente

Ou seja, comece obtendo uma compreensão mais profunda do que o cliente espera que aconteça como resultado do treinamento.

Às vezes, é preciso ajudar os líderes de negócios a entenderem o que é esse resultado. Afinal, existe uma diferença entre o resultado do treinamento para o profissional e o resultado do treinamento para o negócio.

Por isso, no D1 encontramos uma ferramenta para identificar as necessidades do cliente e traduzi-las em resultados para o negócio – trata-se da Roda de Planejamento de Resultados que, por meio de quatro perguntas, busca mapear os pontos críticos desta fase.

 

As 4 perguntas da Roda de Planejamento de Resultados:

  1. Quais necessidades de negócios serão atendidas?
  2. O que os participantes farão de diferente e melhor?
  3. O que ou quem poderia confirmar essas mudanças?
  4. Quais são todos os critérios específicos para o sucesso?

Embora sejam consultas aparentemente simples, quando bem aplicadas, levam a uma rica exploração dos problemas. Mais importante ainda, o uso dessa ferramenta ajuda a posicionar os profissionais de RH e da área de T&D como verdadeiros parceiros de negócios, em vez de apenas “tomadores de pedidos”.

Assim, antes de se planejar um treinamento, as 4 questões macro (sinalizadas na imagem acima), devem ser respondidas. Como neste artigo focaremos especificamente nos treinamentos voltados para um time comercial, iremos responder as perguntas a partir de um olhar de vendas.

 

Como elaborar um treinamento de alto impacto para um time comercial

  1. Quais necessidades do negócio serão satisfeitas?

Essa pergunta é uma oportunidade para o RH atuar de forma estratégica. Ao fazer o levantamento dessa primeira pergunta, torna-se possível ao RH contribuir com o desdobramento estratégico da empresa para a área comercial, concebendo um treinamento alinhado com a estratégia global.

Além de levantar quais são as necessidades do negócio a serem satisfeitas, também é interessante entender quais são as necessidades dos líderes comerciais e quais são as necessidades dos vendedores que serão capacitados. Ou seja, deve-se olhar para o negócio e também para o time comercial como um todo.

Para exemplificar, certa vez uma empresa cliente do segmento industrial tinha como estratégia a expansão de sua atuação para mais regiões do país. Assim, juntamente com o RH da empresa, fizemos o levantamento das necessidades do negócio e foi apontada a exigência de capacitar o novo time comercial que atuaria nessas novas regiões, que deveria seguir um processo comercial de alta performance. Nessa ocasião, foi aproveitada a oportunidade para fazer um treinamento de reciclagem dos processos comerciais junto a equipe antiga de vendedores.

Já os líderes comerciais apontaram que o grande desafio era manter suas equipes engajadas no alcance das metas. Além disso, também nesse levantamento detectou-se a falta de um processo de feedback dos líderes junto aos vendedores. À luz dessas informações, foi elaborado um treinamento específico para os líderes de vendas, com a inclusão de um checklist para que eles pudessem avaliar os vendedores em cada etapa do processo comercial. Dessa forma, ficaria mais fácil oferecer uma devolutiva da parte técnica que os líderes iriam trabalhar no processo de feedback junto aos vendedores.

Por sua vez, o time comercial antigo apontou que o maior desafio era o fechamento das vendas, sem a concessão de descontos e de prazos de pagamento maiores. Além disso, foi relatado uma dificuldade na prospecção de novos clientes. Da mesma forma, o conteúdo programático do treinamento de vendas contemplou esses pontos sinalizados pelos vendedores antigos. Ademais, de acordo com a necessidade do negócio referente a expansão e contratação de novos vendedores, o treinamento também abordou os demais processos de vendas, balizados nas técnicas e ferramentas atuais de alta performance.

 

  1. O que os participantes farão de diferente e melhor?

Quando é tomada a decisão de se fazer um treinamento, certamente é para que os treinandos façam algo de maneira diferente de como já fazem, obtendo, assim, um resultado melhor. Afinal, se for para continuar atuando exatamente como antes, não faz o menor sentido investir tempo, energia e dinheiro em um treinamento, certo? 

Dessa maneira, é importante que se elucide com clareza a seguinte indagação: 

O que os vendedores e líderes farão diferente? 

Por exemplo, podemos considerar que os vendedores novos devem acelerar o processo de aprendizagem e alcançar mais rapidamente as suas metas, por meio da execução de um processo comercial de alta performance. Já os vendedores antigos de média e de baixa performance, irão melhorar os seus resultados, seguindo um processo comercial atual de alta performance nas vendas. 

Por sua vez, os líderes deverão aplicar ferramentas que aumentam o engajamento com seu respectivo time comercial, oferecendo feedbacks melhores e mais assertivos, de acordo com o modelo colocado pela empresa.

 

  1. O que ou quem poderia confirmar essas mudanças? 

Como definir o sucesso do treinamento para a empresa, para o colaborador, para o líder do colaborador? Em resumo, esse é um ponto no qual o RH deve pensar ao elaborar um treinamento.

Trata-se de uma medida qualitativa e que tem como exemplos: pesquisa de satisfação de clientes; vendedores mais engajados; líderes mais felizes ou com mais tempo para assuntos estratégicos.

 

  1. Quais são os critérios específicos do sucesso?

Ao final, sabemos que o RH deve prestar conta à empresa em relação aos investimentos dos quais ele está envolvido. Ciente disso, é importante pensar de que forma o investimento nos treinamentos poderá ser demonstrado pelo RH.

Assim, um caminho para essa métrica quantitativa pode ser a mensuração do antes e do depois do treinamento. Além disso, podemos citar os típicos indicadores numéricos de vendas, como faturamento, positivação, taxa de conversão, número de clientes ativos, cross sell, ticket médio, entre outros. Ou seja, vale a regra de quanto mais específico melhor.

No exemplo citado anteriormente da empresa em expansão de atuação, essa métrica quantitativa foi a mensuração de quanto tempo um novo vendedor demorou até atingir o que a companhia estipulava como alta performance. Além disso, avaliou-se a % de adesão da equipe no preenchimento do CRM e o turnover de cada time comercial.

Em resumo, ao seguir a metodologia da Roda de Planejamento de Resultados, o RH terá mais condições de ser visto pelas equipes comerciais como um Business Partner. Ou seja, como uma área estratégica, capaz de elaborar treinamentos práticos que efetivamente ajudam o time comercial no alcance de suas metas, atendendo as necessidades da empresa como um todo.  

Para capacitar as equipes de vendas da sua empresa com os mais atualizados conhecimentos sobre gestão e liderança de times comerciais, além de permitir que eles ampliem suas estratégias, aprendam e troquem com outros líderes e assim aumentem seus resultados, conheça nosso curso LIDERANDO VENDEDORES PARA BATER METAS.

O que é liderança situacional e como aplicá-la

Basta olhar ao redor na empresa onde você trabalha para perceber que existem muitos tipos de líderes. Você verá, por exemplo, líderes que orientam com instruções detalhadas e acompanham os processos de perto; líderes que preferem observar de longe, fomentando autonomia; líderes que literalmente arregaçam as mangas e trabalham junto com sua equipe e líderes com uma abordagem mais tradicional, delegando tarefas e exigindo o máximo do time, sempre com foco nos resultados. 

Esses são tipos bem definidos de liderança. Mas, se olhar mais atentamente, encontrará um tipo de líder que se adapta aos seus liderados. Quando precisa ser mais duro, fala firme; quando sente que o caminho é a paciência, dedica-se a orientar com tranquilidade. Pois esse é o chamado líder situacional.

Os líderes situacionais avaliam a situação e os indivíduos envolvidos para só então definir sua abordagem. Escolhem o tipo de estilo de liderança mais apropriado para cada circunstância. Em vez de ficarem presos a um único tipo de liderança, incorporam todos os estilos, adaptando-os estrategicamente.

 

O que é liderança situacional?

Liderança situacional é um estilo de liderança adaptável. Trata-se de uma estratégia que incentiva os líderes a olharem para as características dos membros de sua equipe, avaliar as muitas variáveis que influenciam seu ambiente de trabalho e escolher o estilo de liderança que melhor se adapta aos seus objetivos e circunstâncias. 

Como disse Ken Blanchard, autor e consultor americano e um dos criadores do conceito de liderança situacional: “Se no passado um líder era um chefe, hoje os líderes não podem mais liderar apenas com base em seu poder posicional”. 

As constantes mudanças no mundo de hoje exigem que líderes adotem uma abordagem ágil e situacional para seja qual for o desafio enfrentado:

  • Por sua equipe
  • Em seu ambiente de trabalho
  • Na sua organização

Esse é o objetivo do modelo de liderança situacional.

 

5 principais habilidades de um líder situacional

Todo líder tem uma tendência natural para um determinado estilo de gestão, que costuma se tornar sua “zona de conforto”. Assim, migrar para a liderança situacional pode ser um desafio. 

É importante que os líderes se esforcem nesse sentido, no entanto. Diferentes situações exigem diferentes estilos de liderança para trazer os melhores resultados. Assim como precisamos de muitas ferramentas para construir uma casa, precisamos de várias abordagens de liderança para enfrentar os desafios do ambiente de trabalho de hoje. Muitas vezes é preciso um esforço consciente para desenvolver essas habilidades, que vai de mudanças planejadas de comportamento ao investimento em cursos específicos.

Dito isso, em sua essência, os melhores líderes situacionais compartilham algumas qualidades comuns:

 

  1. Flexibilidade

Um líder situacional presta muita atenção às necessidades de mudança – em uma pessoa, em uma tarefa ou mesmo na organização. Eles ajustam seu estilo de liderança conforme necessário para extrair o melhor dos membros da equipe e garantir resultados bem-sucedidos.

 

  1. Escuta ativa

Para entender o que está acontecendo e atender às necessidades de sua equipe, um líder situacional deve alavancar suas habilidades de escuta ativa. Ele deve ser paciente e dedicar o tempo necessário para entender e conhecer completamente sua equipe.

 

  1. Um claro senso de direção

A liderança situacional presume eficácia em fornecer o nível de apoio e orientação que os membros da equipe precisam. Um bom líder situacional deve saber para onde a equipe precisa ir e qual é o próximo passo para chegar lá.

 

  1. A capacidade de incentivar a participação

Na liderança situacional, o gestor deve adotar certos comportamentos que criam segurança psicológica. Ele oferece oportunidades para os membros da equipe compartilharem seus pensamentos, experiências e contribuições. Ele também tem as habilidades necessárias para delegar autoridade efetivamente aos membros da equipe, conforme apropriado.

 

  1. Habilidades de coaching

Para serem mais eficazes, os líderes situacionais precisam desenvolver sua capacidade de treinar pessoas em uma ampla gama de níveis de desenvolvimento. Essa habilidade permite que eles encontrem os membros da equipe onde eles estão e os apoiem para chegar onde precisam estar.

 

Como a liderança situacional funciona na prática?

A liderança situacional pode ajudar os líderes a se adaptarem melhor ao seu ambiente de trabalho e às pessoas que lideram. A capacidade de adaptar seu estilo de liderança é uma habilidade vital que todo profissional deve dominar em sua jornada como líder.

O modelo de liderança situacional considera os níveis de competência e comprometimento dos funcionários. Estes podem variar em diferentes desafios e áreas de desempenho. Também considera a complexidade da tarefa e o nível de direção e apoio exigido do líder.

Essa flexibilidade permite que os líderes atendam a cada situação com o estilo de liderança que melhor capacitará seus funcionários para darem o melhor de si. Afinal, como todo bom líder sabe, há muitas variáveis a serem consideradas quando você trabalha com uma equipe. Cada indivíduo tem o seu:

  • Histórico
  • Tipo de personalidade
  • Estilo de aprendizagem
  • Currículo (experiência)
  • Ego
  • Objetivo (motivadores)

Aqui, um exemplo de como a liderança situacional pode ser aplicada no dia a dia:

Digamos que você tenha um funcionário que é novo na empresa. Você conclui que ele tem pouca experiência ou conhecimento. Em resposta a isso, adapta seu estilo de liderança de acordo. Ou seja, procura liderá-lo de uma maneira que o deixa à vontade para tirar dúvidas e que o ajude a fortalecer sua confiança.

Por exemplo, em vez de simplesmente delegar tarefas, você reserva um tempo para mostrar a ele como realizar o trabalho. Você também vai querer supervisioná-lo mais de perto para garantir que ele esteja no caminho certo. 

À medida que o tempo passa e esse funcionário ganha experiência, se mostrando capaz de executar as tarefas intrínsecas ao cargo, você provavelmente não precisará mais acompanhá-lo tão de perto. Além disso, conhecerá melhor a personalidade, necessidades e motivações desse profissional. Vai então mudar seu estilo de liderança.

Ainda não sabe como fazer isso? Nosso curso de liderança PDL – Programa de Desenvolvimento de Líderes pode ajudar você a se tornar um líder melhor, independentemente do estilo de liderança que escolher.

 

Vantagens da liderança situacional

  1. Reconhece e valoriza a diversidade 

Mesmo que possamos encontrar pontos em comum com outras pessoas em algum nível, os humanos são indivíduos únicos. Experiências de vida e visões diferentes criam diversidade, algo extremamente positivo. Em vez de tratar todos igualmente a partir de uma perspectiva singular, o líder situacional reconhece a necessidade de ser flexível. Eles não insistem em um conjunto específico de regras que devem ser seguidas por todos. Em vez disso, criam um ambiente onde as pessoas são encorajadas a se posicionarem e compartilharem ideias. Isso aumenta engajamento e inovação.

 

  1. Cria um ambiente confortável e de união

Na liderança situacional o líder atua a partir das necessidades de sua equipe. Isso faz com que as pessoas se sintam à vontade para executar suas tarefas e também motivadas. Isso faz com que se tornem mais produtivos, impactando positivamente os resultados do negócio. Além disso, em um ambiente em que todos se sentem contemplados, os riscos de desenvolvimento de conflitos internos são reduzidos. 

 

  1. Considera as diferentes fases de desenvolvimento do profissional

Em vez de agrupar todos os funcionários em uma categoria genérica, na liderança situacional situações individuais são consideradas. O objetivo do líder situacional é avaliar a competência de cada funcionário e, em seguida, aumentar os níveis de motivação com base no estilo que melhor funciona para essa pessoa. Essa abordagem melhora a eficácia de uma equipe e maximiza o desempenho de cada membro individualmente. 

 

  1. Aumenta a eficácia dos treinamentos

Os líderes situacionais se concentram nas necessidades de curto prazo. Isso permite que eles personalizem cenários de treinamento para novos funcionários, que podem ser rapidamente atualizados. Essa vantagem permite que o líder encontre oportunidades educacionais também para toda a equipe de modo geral. Ou seja, as escolhas de treinamentos e cursos de desenvolvimento para o time se tornam muito mais acertadas.

 

Desvantagens da liderança situacional

  1. Pode ser ineficaz em ambientes com diretrizes muito rígidas

Os gestores que se encontram em uma posição em que tarefas devem ser concluídas de maneiras específicas acharão a flexibilidade da liderança situacional uma desvantagem em muitas circunstâncias. Isso ocorre porque eles estão sendo solicitados a seguir um conjunto específico de regras, políticas ou regulamentos que são inflexíveis. Quando o líder situacional não pode ser flexível, seus pontos fortes são retirados dele. Ele passa a ocupar um espaço muito mais de fala do que de escuta, o que significa estar preso a um estilo de liderança mais diretivo.

 

  1. Pode gerar mal-entendidos nas relações

Por mais contraditório que possa ser, enquanto a liderança situacional tende a reduzir conflitos na equipe, pode produzir conflitos em relação ao líder em si. Por exemplo, quando um colaborador precisa de mais atenção que outros, o time pode perceber esse tempo dedicado como favoritismo. Por isso, é especialmente importante que o líder situacional esteja atento também às emoções e ao “clima” da equipe e de cada indivíduo.

 

  1. Depende de um determinado conjunto de habilidades 

Ao optar pela liderança situacional, o profissional precisa ter um determinado conjunto de habilidades. Assim, se o líder consegue ler facilmente situações e entender o que as pessoas precisam, ele será eficiente em seu papel. Se, por outro lado, esse conjunto de habilidades não foi totalmente desenvolvido, suas respostas como líder não serão tão eficazes. 

 

Uma última palavra sobre liderança situacional

Você consegue pensar em algum exemplo de liderança situacional que você encontrou em sua carreira?

Se você puder, é provável que esse tipo de líder tenha feito você se sentir apoiado e valorizado. A capacidade de se adaptar a diferentes pessoas e situações pode tornar um líder mais versátil que se sai bem em uma equipe diversificada.

Mas isso não quer dizer que outros tipos de liderança não possam funcionar. Cada líder, como cada membro da equipe, é diferente. Cada líder tem seu próprio estilo, pontos fortes e fracos.

A verdade é que conhecer os diferentes tipos de liderança é o primeiro passo para se tornar um líder melhor – seja qual for o seu estilo. Isso porque você se tornará mais consciente da sua personalidade como gestor. Sem contar que poderá “pegar emprestado” alguns traços de cada estilo para melhorar suas habilidades de liderança.

Tornar-se um líder melhor pode beneficiar sua carreira, equipe e organização. Se você está determinado a crescer como líder e indivíduo, nosso curso de liderança PDL – Programa de Desenvolvimento de Líderes pode ajudar. Entre em contato com a gente hoje mesmo =)

Como fazer slides criativos?

Não importa a sua área de atuação, você certamente já viu alguma apresentação chata e pouco clara. Isso acontece porque muitos apresentadores se apoiam no PowerPoint como centro de suas apresentações. O programa, no entanto, é simplesmente um auxiliar. 

Por causa dessa confusão, inclusive, que o PowerPoint geralmente fica com uma má reputação. Ao pensar em como fazer slides criativos, tenha em mente que o PowerPoint é apenas uma ferramenta que você usa para conseguir compartilhar sua mensagem com um público.

Para criar apresentações envolventes, memoráveis e únicas, é preciso ter ideias criativas, sim. Mas também é importante conhecer algumas dicas e truques que podem fazer a diferença ao criar apresentações incríveis – seja qual for a ferramenta escolhida.

Para aprender como fazer slides criativos, além de um roteiro matador e uma apresentação final perfeita, inscreva-se no nosso curso OFICINA DESIGN DE APRESENTAÇÃO: MAIS QUE UM CURSO DE PPT.

 

  1. Saiba o que precisa ser dito (o que não pode faltar)

A primeira coisa que você precisa fazer, antes mesmo de considerar o design da sua apresentação, é escrever seus pontos de discussão e delinear seu discurso.

Pense na estrutura que deseja seguir ao longo de sua fala, concentrando-se em especial nos pontos principais. O que você não pode deixar de comunicar para o público específico com quem irá falar?

Depois de montar um esboço (pode ser no Word ou em um caderno) que represente a sequência que deseja seguir, aí então pode pensar no modelo de apresentação que melhor se ajusta ao seu tópico.

E lembre-se: nada de encher os slides de texto! Se as pessoas precisam ler seus slides então não prestarão atenção na sua fala. “Ah, mas trata-se de uma apresentação que vou enviar para alguém”. Mesmo assim, se a ideia era ler muito texto o formato seria Word e não apresentação em slides, certo? 

 

  1. Intercale o uso de elementos de design com o uso de fotos

Você certamente irá ilustrar seu conteúdo, certo? Pois em vez de usar o tradicional foto + texto em todos os slides, que tal recorrer ao que chamamos de elementos de design?

Pense, por exemplo, em um slide com formas geométricas e o texto no centro. Ou, ainda, em ícones específicos para cada ponto do texto – em vez de usar bullet points (aliás, podemos concordar em jamais usar bullet points em uma apresentação?).

 

  1. Alinhe seus objetos

Organizar suas informações e usar recursos visuais. Duas ideias de como fazer slides criativos que já exploramos. Agora, um terceiro ponto importantíssimo: alinhamento.

Quando os elementos não estão alinhados, tudo parece “jogado” e bagunçado. O resultado? Quem olha para o slide o percebe – de forma até inconsciente – como um trabalho desleixado (mesmo que você tenha se empenhado para deixá-lo bacana). 

Alinhamento significa que partes do conteúdo no slide são ordenadamente posicionadas em relação a:

  • Borda do slide: evite colocar elementos grudados nas bordas
  • Outros elementos: procure usar o mesmo espaçamento entre elementos de mesmo tamanho e importância
  • Texto: nada de grudar um texto no outro ou uma foto no texto

Como você pode ver no exemplo acima, quando há alinhamento o slide parece instantaneamente limpo e organizado. Agora as pessoas podem se concentrar no conteúdo, não na “bagunça”.

 

  1. Escolher uma paleta de cores

Sua paleta de cores é importante, e usar um esquema de cores mais ousado é uma ótima maneira de atrair a atenção do público e também parecer mais “profissional”.

Alguns sites ajudam a montar uma paleta de cores ideal para a sua apresentação, como por exemplo o Adobe Color ou o Canva. Você pode criar sua paleta a partir de uma cor que preferir ou de uma cor já estabelecida, como por exemplo a cor do logo da sua empresa.

Lembrando que as cores quentes (vermelho, laranja, amarelo) transmitem sensação de calor, alegria e descontração. Enquanto as cores frias (azul, violeta, verde) passam a ideia de calma, tranquilidade e esperança

 

  1. Escolha suas fontes 

O texto também é um elemento de design. Assim, escolher bem as fontes que usará faz diferença na percepção das pessoas sobre o tema tratado e mesmo na facilidade (ou não) que ideias-chave são entendidas e assimiladas.

Existem centenas de fontes para escolher, então para saber quais são as melhores para usar e como destacá-las em seus slides faça isso:

  • Certifique-se de usar no máximo 2 fontes diferentes entre si: uma pode ser mais espessa e reta e a outra menos espessa e de fácil leitura para textos um pouco mais longos, por exemplo. 
  • Cada fonte deve ter uma função específica na apresentação: uma para destacar e outra para leitura fluida.
  • Teste bastante, usando diferentes tamanhos e formatos das fontes, como por exemplo negrito ou itálico e até mesmo variando as cores para destacar um trecho mais importante no meio do texto.

E lembre-se sempre: em uma apresentação, idealmente não temos muitas palavras na tela. Então certifique-se de que o texto que escolheu se concentra no seu ponto principal do slide.

 

  1. Mantenha seu design consistente por toda a apresentação

As cores, as fontes e mesmo o tipo de foto escolhida, tudo deve se manter ao longo da apresentação. 

A ideia é que todos os slides tenham uma aparência semelhante, criando um deck de apresentação coeso que parece intencional e projetado profissionalmente.

Quando pensamos em como fazer slides criativos então, devemos pré-selecionar esses recursos do design: cores, imagens, fontes. Já falamos sobre cores e fontes. Sobre as imagens, a dica é manter um mesmo estilo ao longo de toda a apresentação.

Por exemplo, se escolher fotos de situações reais e espontâneas (ou seja, que não são um desenho, uma ilustração 3D, que não são fictícias ou editadas…), atente para que todas tenham esse estilo. Caso prefira as mais posadas, então siga este modelo. O importante é a consistência.

 

  1. Use recursos visuais para fundamentar ideias abstratas

Gráficos e ícones ajudam a ilustrar seu ponto e também a enfatizá-lo. Além disso, inclua imagens que causem impacto no público e tornem a essência do seu argumento memorável. E não se atenha apenas aos visuais de apresentação tradicionais. Modernize sua apresentação incluindo uma variedade de elementos, como gráficos, sim, mas também emojis e até GIFs quando apropriado.

 

  1. Destaque pontos importantes com metáforas visuais

Elementos visuais, sejam emojis, gráficos ou imagens, não devem ser usados ​​gratuitamente em sua apresentação. Em vez disso, ao pensar em como fazer slides criativos tenha em mente que tudo deve ter um propósito específico.

Uma maneira poderosa de usar imagens é através de metáforas visuais. Não apenas diga às pessoas que, com seu plano, novos seguidores serão atraídos como abelhas ao mel. Ilustre o slide com uma imagem para ajudar o ponto a “grudar” na mente deles.

Imagens visuais de uma situação com a qual já estamos familiarizados nos ajudam a reter informações por mais tempo. É uma associação fácil.

 

  1. Recorra aos vídeos para aumentar o interesse

Como você provavelmente já sabe, o texto corrido não é exatamente a melhor maneira de atingir um público nos dias de hoje. É essencial usar outras mídias, como fotos, gráficos, infográficos e… vídeos!

Imagine que você deseja que as pessoas ouçam um especialista em um determinado tópico. Uma solução é pré-gravar sua narração e adicioná-la diretamente aos seus slides. Ou talvez você queira ilustrar uma ideia que as fotos sozinhas não conseguem mostrar. Adicione um vídeo. Isso aumenta instantaneamente o interesse do público – e  também dá a você uma pequena pausa enquanto eles assistem.

Seus aplicativos de apresentação geralmente incluem recursos de vídeo fáceis de usar. 

 

  1. Use o texto de forma criativa

Já falamos sobre a importância de escolher bem as fontes utilizadas em sua apresentação. Se a ideia é como fazer slides criativos, pense em usar os próprios textos como elemento de design.

Você pode, por exemplo, acrescentar uma forma atrás do seu texto. Ou então atrás de palavras que gostaria de destacar.

 

 

Outra sugestão é colocar o seu texto no espaço “em branco” (mais liso e vazio) de uma foto. Procure utilizar fotos com mais espaço em branco do que você faria normalmente e tente posicioná-las estrategicamente, “abrindo espaço” para o texto. Isso ajuda você a encontrar o local perfeito para colocar seu texto para que seja fácil para seu público ler, mantendo o slide ainda bastante visual.

 

 

Combinar cores sobre uma imagem é mais uma forma de inserir texto de um jeito mais criativo. Para isso adiciona-se sobre a foto uma forma colorida, mas translúcida, ou seja, que trará cor, mas ainda mostrará o que está no fundo.

Essa foto incorporada no slide pode ocupá-lo completamente ou apenas parte dele – e o seu texto vai em cima. Por causa da camada colorida translúcida sobre a foto, ele ficará legível (preocupe-se sempre em manter seu texto legível!). 

 

 

Essas foram apenas 10 dicas de como fazer slides criativos. E, acredite, uma vez que você aprende o caminho para colocar em prática essas técnicas de design, fazer apresentações realmente impactantes ficará muito mais fácil. 

Para aprender mais dicas de como fazer slides criativos, além de ferramentas para estruturação de um roteiro de apresentação que faça sentido para o outro, garantindo que sua mensagem chegue a quem deseja, inscreva-se no nosso curso OFICINA DESIGN DE APRESENTAÇÃO: MAIS QUE UM CURSO DE PPT.

 

Como otimizar o processo de decisão para uma liderança de sucesso

Artigo escrito por Fernando Cardoso, sócio-diretor da Integração Escola de Negócios e Conquistar, ex-conselheiro do CRA-SP, autor e palestrante com mais de 15 anos de experiência em estudos de personalidade, autoconhecimento e liderança.

Caminhamos em uma linha evolutiva impressionante. Como diz Peter Diamandis em seu livro “Abundância”, vivemos em uma maravilhosa era de recursos abundantes. Essa trajetória, no entanto, não foi algo fácil – e segue sendo cada vez mais desafiadora. A régua não para de subir e os padrões se mantêm cada vez mais elevados.

O que mudou no mercado de trabalho apenas na última década? Algumas empresas estão crescendo exponencialmente, outras encerrando suas atividades, vemos o surgimento de serviços, assim como novas tecnologias e possibilidades, até os padrões de se vestir estão diferentes, isso citando só alguns exemplos.

Você consegue imaginar um mundo sem computadores, celulares ou Wi-Fi. Difícil, não? Pois assim era a infância deste que vos escreve. Isso não faz nem 40 anos (a internet, por exemplo, foi oficialmente ”inventada” em 1983).

 

Líder: um atleta do mundo executivo

Repare no futebol. Antigamente questões como sobrepeso, pouca massa muscular, alimentação errada ou mesmo o uso do tabaco eram irrelevantes. Fiava-se no “talento”, no dom daquele que “nasceu para jogar bola”. 

Hoje o “joga bonito” sozinho não ganha título. O atleta precisa trabalhar próximo ao limite do seu corpo e utilizar todo conhecimento e tecnologia disponíveis para potencializar o seu desempenho. Dieta adequada, suplementos, fortalecimento muscular, treinos táticos e técnicos, sem contar o acompanhamento multidisciplinar, envolvendo médicos, fisioterapeutas e psicólogos.

O mesmo acontece no mundo executivo e na liderança.

Há algumas décadas, eram aceitáveis frases como “só preciso um par de mãos” ou “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. A área de Recursos Humanos já foi um dia apenas  “departamento pessoal”.

Hoje trabalhamos com conceitos como colaboração, diversidade, humanização, autonomia, construção participativa. “O computador é uma bicicleta para o nosso cérebro”, já dizia Steve Jobs. Ou seja, da mesma forma que nossas capacidades físicas e mentais se multiplicam, atividades que pouco exigem do cérebro gradativamente passam a ser executadas robôs, computadores e inteligência artificial. 

A expectativa é que até 2025, mais de 85 milhões de empregos no mundo sejam substituídos por automação e no mesmo período outros 97 milhões de empregos mais complexos serão criados, segundo relatório do Fórum Econômico Mundial de 2020.

 

Nunca se exigiu tanto dos líderes – e do cérebro

Neste universo automatizado, competências como pensamento analítico, inovação, criatividade, liderança, influência, pensamento estratégico, inteligência emocional e habilidade de resolução de problemas complexos passam a valer ouro, e são chamadas de competências do futuro.

Nunca se exigiu tanto da liderança como hoje. Para a construção de relações, alinhamento dos times, lidar com incertezas, busca por propósito, criação de equipes automotivadas, com alto desempenho e inovadoras, além da manutenção de questões como segurança psicológica, felicidade no trabalho, diversidade e, claro, entrega de resultados. 

Com isso, também nunca se exigiu tanto do cérebro humano.

Neste cenário, o líder que busca atingir um desempenho excelente, equilíbrio na vida ou mesmo evoluir como ser humano, em uma cultura que tanto exige de nossas habilidades comportamentais, precisa necessariamente entender como o cérebro funciona.

 

A relação entre a neurociência e uma liderança de sucesso

O cérebro é indiscutivelmente o órgão mais faminto do corpo, consumindo cerca de 20% de sua energia por dia (o coração consome 10%).

Uma de suas partes mais importantes, representando aproximadamente metade do volume do cérebro, é a região chamada de neocórtex. O neocórtex é responsável, entre outras coisas, por nossa capacidade de visão de futuro, planejamento e por nosso pensamento consciente. Ou seja, uma parte bastante ativa no dia a dia de um líder, com um importante papel no processo de tomada de decisões de forma prática e estratégica.

A questão é que quase 95% dos nossos comportamentos não são determinados por nosso consciente, mas sim pelo nosso inconsciente (Bargh & Chartrand, 1999). Ou seja, pelas emoções e sentimentos. O pensamento consciente fica, assim, com apenas 5% de influência em nossas tomadas de decisão. 

Se o líder e todos que o rodeiam são regidos em quase 95% por seu inconsciente, por suas emoções e sentimentos, como construir a partir daí relações mais frutíferas, obter melhores resultados do meio e se desenvolver?

A resposta passa pela neurociência e por ampliarmos nosso entendimento sobre o ser humano e sobre como navegar nas questões de relacionamento e comportamento com outras pessoas e com nós mesmos.

É preciso ter em mente que o cérebro é uma “máquina” maravilhosa, que representa uma das evoluções mais potentes da natureza e que possibilitou ao ser humano atingir o topo da cadeia alimentar. Porém, essa “máquina” também possui certas limitações e é cheia de vieses. Por isso é tão importante para uma liderança de sucesso entender um pouco melhor como o cérebro funciona.

 

O papel do consciente e do inconsciente

Como expliquei acima, nosso sistema mental funciona a partir da ação de nosso inconsciente e consciente. O primeiro nos motiva, dirige e determina o que é importante para nós, reagindo a diversas situações. O segundo, representado pelo neocórtex, tenta prever a consequência de nossas ações, identificando situações semelhantes às já vividas, e procurando obter melhores resultados de nossas atuações no meio. 

Liderança é uma atividade prioritariamente social, que exige saber se relacionar com o outro, obter o melhor das relações e da cooperação. Mas como exercer tal atribuição sendo regido por um cérebro baseado em reconhecimentos de padrões e dominado pelas emoções inconscientes? Tão cheio de preconceitos e vieses, tanto em você líder, quanto nos indivíduos da sua equipe? 

Uma excelente forma de ilustrar este cenário é com um dito popular: “não existe uma verdade e sim três, a sua versão, a minha e o fato”. Pois nossa “verdade” nada mais é do que nosso olhar, referências, padrões e pontos de vista, influenciados por nossos desejos mais profundos. Grande parte deles, inclusive, desconhecidos por nós mesmos.

Como eliminar tantos vieses, agir de forma justa e encontrar o equilíbrio nas relações? 

A resposta simples e objetiva é o autoconhecimento. Precisamos ter consciência do mundo à nossa volta, das consequências de nossos atos, comportamentos e decisões. O problema? Fica difícil estar ciente de tudo ao redor quando o inconsciente trabalha mais rápido e decide tudo por nós (Raymond Kurzweil, 2012).

 

Racionalidade acima de tudo?

Como seria um gestor desprovido de suas emoções, sutilezas, sensibilidade e intuição? Certamente não um bom líder.

Estudos feitos com pessoas que tiveram danos cerebrais e que ficaram desprovidas de emotividade mostram que a ausência de emoções tem um efeito negativo na vida cotidiana. Em muitas o que se viu foi uma incapacidade de tomada de decisão, ausência de empatia, pouca capacidade criativa, dificuldade de manter relações, de articular soluções, de motivar, engajar e de lidar com a subjetividade, capacidades tão atuais e necessárias na liderança hoje. 

O mesmo efeito negativo podemos ver no extremo oposto. Imagine uma pessoa inundada de emoções, sem a capacidade racional de planejar, pensar no futuro, prever situações e consequências, aprender e não repetir alguns erros, ponderar e se conter. Fica igualmente difícil liderar sem tais habilidades, não?

A resposta para uma liderança de sucesso, então, é o equilíbrio. Ou seja, é confiar em nosso sistema mental da forma como é, com o consciente e o inconsciente se complementando de forma perfeita – como tudo na natureza. 

 

Como encontrar o equilíbrio para uma liderança de sucesso

Esse importante processo de autoconhecimento pelo qual todo líder deve passar gira em torno de entender que temos dois sistemas trabalhando conjunta e simultaneamente. 

O inconsciente nos rege, influencia fortemente nossas decisões e em alguns momentos nos domina 100%. É a tal da “resposta rápida”, segundo algumas literaturas. Só que essa “resposta rápida” às vezes é demasiadamente pautada por nossas emoções, sendo baseada em dados incompletos ou imprecisos. Isso pode conduzir o líder a atitudes como decisões erradas, leitura equivocada de tendências, procrastinação e falta de habilidade de relacionamento. Como resultado, pode haver uma desunião ou desmotivação do time. 

O processo de autoconhecimento sob a perspectiva da neurociência é entender que precisamos elevar o protagonismo do consciente, sem dúvidas. Mas não torná-lo senhor dos nossos atos.

A intenção é que, sabendo do poder que o inconsciente exerce sobre o ser humano, você possa então trabalhar certas respostas para ter atitudes mais equilibradas. Isso envolve a ponderação, a reflexão, ganhar tempo em algumas decisões e conter alguns impulsos. Além disso, deve se questionar sobre seus vieses inconscientes e preconceitos, buscando neutralizá-los em alguma medida.

Não se trata de mudar nossa personalidade, nossa natureza. Até porque a essência de cada indivíduo é algo belo e único. O que podemos fazer é aprender, entender por que o mundo reage a nós da forma que reage, que tipo de “frutos” temos colhido e como influenciar nós mesmos e o meio em que vivemos para obter melhores resultados. Esse é o papel do nosso neocórtex, ou seja, do consciente. Afinal, é o nosso pensamento racional que busca resultados melhores da vida, nos permitindo aprender com os erros. 

Para isso, inúmeras técnicas e ferramentas estão ao nosso alcance. Estar atento, presente e concentrado é uma delas. Conhecer a si próprio, incluindo seus vieses e preconceitos, é outra. 

 

Identifique diferenças e complementaridades

Uma das ferramentas mais importantes para uma liderança de sucesso é a de saber reconhecer as diferenças entre as pessoas. Acredite ou não, perceber e ter claro que os indivíduos são genuinamente diferentes não é algo intuitivo. Assim, essa é uma tarefa ligada ao nosso consciente. E é um entendimento que amplia profundamente nossos horizontes. 

Um líder que percebe as diferenças pode tratar cada um de forma mais adequada, desafiando cada membro da equipe de maneira mais coerente com sua natureza. Mais importante, é capaz de descobrir as complementaridades existentes no time – incluindo aquelas em relação ao próprio gestor.

Como você lida com quem é diferente de você? Você rejeita ou aceita, valoriza ou despreza, admira ou inveja, busca o diálogo ou se afasta?

Ter consciência destas diferenças pode ser libertador. É uma atitude que nos traz sabedoria, e, além das possibilidades já descritas, um modo de obter o melhor de cada um. Além disso, nos permite um desenvolvimento pessoal e profissional riquíssimo. Afinal, reconhecendo as diferenças, podemos aprender com elas. 

Dessa forma, identifique as pessoas opostas a você, observe suas qualidades, busque conselhos, convide-as para serem suas mentoras (e vice versa). Ademais, procure discutir as diferenças, negociando estratégias de relacionamento e complementaridade. 

Muito provavelmente também verá nessas pessoas características que despreza. Para uma liderança de sucesso, a dica então é ser tolerante pois juntos dos “defeitos” estão as qualidades, as quais podem passar despercebidas caso não esteja atento.

Na verdade, essa troca é a complementaridade perfeita: você apoia e ensina as pessoas opostas a você no que lhes falta e vice-versa.

Para se aprofundar no tema conheça nosso curso CERTIFICAÇÃO BIG FIVE BRASIL PARA ANÁLISE COMPORTAMENTAL, que apresenta toda a fundamentação para que você se especialize em análise comportamental, tendo como base o modelo dos 5 Fatores de Personalidade e seus impactos no desempenho dos profissionais, podendo assim otimizar a orientação de carreira, seleção, mapeamento de potencial e desenvolvimento.E, para potencializar suas habilidades de liderança, inscreva-se em nosso curso PDL – PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE LÍDERES. Nele, trazemos um módulo justamente sobre estilos de liderança e como descobrir o seu, além de todas as ferramentas necessárias para se tornar um bom líder.